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segunda-feira, 18 de outubro de 2010


REFUGIA-TE EM PAZ


"Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer"
(Marcos, 6:31)

O convite do Mestre, para que os discípulos procurem lugar à parte a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno.

Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vêm, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual. Inúmeras pessoas atravessam a estrada, famintas de ouro, e voltam carregadas de ilusões. Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor.

Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade, e jamais apareceu tanto volume de desencanto nas almas.

A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos como nunca; no entanto em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade.

As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico.

Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas para os olhos dos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário.

Aprimoram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia.

Como acontecia nos tempos da permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana, e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero.

Ó, meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses da tua alma.

É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia penetra no santuário, dentro de ti mesmo.

Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando em teu íntimo, o fluxo e o refluxo da multidão. Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam do cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à Luz Espiritual. São os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade, que o plano da carne te impôs. Em certas circunstâncias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto não vivas exclusivamente ao lado deles.

Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal.

Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor, e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.


Livro: Fonte Viva, lição 147 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

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