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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NA BARCA DO CORAÇÃO


Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...


Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: - que dia!


Lembra-te...


Caía a tarde e a multidão ainda estava reunida na praia.


Desde que o Sol surgira, Jesus atendera as incontáveis súplicas daqueles que o buscavam. Mãos e lágrimas roçavam-lhe o rosto e a túnica - antes tão limpa e alva - e agora, toda manchada de lamentos.


Finalmente, chegara às margens do lago, vencendo a dor e as tristezas dos sofredores. Aqueles que O viram deixando atrás de si um rastro confortador de estrelas, perguntavam-se: - quem será este homem, a quem as dores obedecem?


O céu acendia as cores da noite quando a barca de Pedro recolheu preciosa a carga.


Jamais Jesus mostrara na face sinais tão evidentes de cansaço. Acomodado sobre uma almofada de couro, sua majestosa cabeça pendeu sobre o peito, como um girassol real despedindo-se ao poente.


Seus lábios deixaram escapar um longo suspiro antes de adormecer. Seus amigos pescadores não ousaram perturbar-lhe o merecido sono, manejando remos com cuidado, auxiliados pelos sussurros de doce brisa.


O lago de Genesaré assemelhava-se a gigantesco espelho de prata ao luar, tranqüilo e sereno como o Mestre adormecido.


Faltava pouco para completar a travessia, quando tudo transformou-se.
O tempo irou-se, sem aviso. Adensadas, as nuvens de gaze leve tornaram-se tenebrosa tempestade, e o lago esqueceu a calmaria, encrespando-se, açoitado pelo vento.


Para a barca, vencer a tormenta era como lutar contra vigoroso e invencível Titã.
Pedro usou toda a sua força e sabedoria nos remos, gritando ordens que se perdiam entre as gargalhadas dos trovões e dos relâmpagos.


Os discípulos assustados correram a acordar Jesus que ainda dormia.
- Mestre! - exclamaram em coro desesperado - pereceremos!


Jesus, assim desperto, levantou-se prontamente, equilibrando o corpo cansado muito ereto, apesar da barca que por pouco não naufragava.


Sua majestosa silhueta parecia estar envolta em misteriosa luz, quando ergueu os braços, ordenando à tempestade:
- Calai-vos! E voltando-se para os amigos:- acalmai-vos! Homens, onde está a vossa fé?


Os ventos emudeceram e o lago baixou suas ondas, aplacado por misterioso imperativo.


Os discípulos olhavam-se, num misto de surpresa e alívio.
Envergonhados, voltaram-se para os remos. No compasso ritmado avançava a barca, ao compasso do coração daqueles homens que se perguntavam: quem será este homem, a quem os ventos obedecem?


Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e a barca de teu coração agitar-se, desgovernada, sobre as ondas...


Quando as obrigações diárias, as dificuldades e os problemas, as surpresas - nem sempre agradáveis -, levarem-te a dizer: - que dia!


Lembra-te... Acorda a mensagem do Cristo adormecida em ti e... Acalma-te!


Autor do Texto Desconhecido.
Fonte do texto e da imagem: Internet Google.

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