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terça-feira, 9 de abril de 2013


Guto e o Vício da Mentira

Guto era um garoto muito esperto. Sempre soube bem aproveitar as oportunidades que teve na vida. Estudava muito e ia bem na escola porque sabia como era importante e difícil para seus pais o sustentarem em um bom colégio.

Adorava matemática e sonhava em ser engenheiro de grandes construções no futuro. Gostava de sua casa e ajudava a mantê-la em ordem, apesar de ser muito carente.

Acompanhava desde pequeno a mãe nos encontros infantis no Centro Espírita.

Agora, que já era mais crescido, com mais responsabilidades e decisões, não ia mais com tanta frequência ao Centro, mais ainda aparecia lá “de vez em quando” porque se sentia bem.

A vida seguia normal, proporcionando as lições necessárias para Guto.

Uma, em particular, se tornou inesquecível: ele não era de mentir, mas, naquele dia, para não receber o castigo em casa, resolveu mentir.

Brigara na escola com um colega e sabia que, por causa disso não poderia ir na excursão da turma, marcada para o fim de semana seguinte. Era algo que estava aguardando há muito tempo.

Não contou nada para os pais, foi na excursão e, aparentemente, o caso ficou para trás. Mas não foi bem assim. Olhando as “vantagens”, tomou gosto pela mentira e passou a utilizar deste infeliz recurso sempre que podia, tirando benefícios nas situações.

Chegou um momento em que estava “viciado” na falsidade e não conseguia mais parar, porque uma mentira levava a outra.

Uma noite ele teve um sonho. Sonhou que era um engenheiro muito famoso e estava recebendo um prêmio por ter projetado uma grande obra na capital. Estava muito feliz e orgulhoso. Mas algo aconteceu.

No momento da premiação, em vez de receber o prêmio, ele foi conduzido à prisão, porque a sua grande obra havia desmoronado.

Foi descoberto que ele utilizava materiais de baixa qualidade, baratos e cobrava como se fossem de luxo; enganara a muitos colegas de profissão para crescer na carreira; prejudicara a muitos com suas mentiras e falsidades...

No sonho, a caminho da prisão, ele se lembrara que tudo começara com pequenas mentiras “inocentes” que ele fazia na infância, e chorou muito.

Apareceu-lhe uma pessoa que lhe disse: - Não se esqueça que, antes de reencarnar, você prometeu a si mesmo que jamais se utilizaria da mentira. Veja agora as consequências...

Neste momento ele acordou extremamente suado e angustiado.

Percebeu que era “apenas” um sonho. Recordou-se de suas aulas no Centro Espírita onde lhe falaram que, muitas vezes, o Espírito protetor se comunica conosco através dos sonhos.

Estava claro para Guto que este diálogo era um aviso para ele mudar de atitude a partir de agora, superando o vício da mentira que trazia com ele, de outras reencarnações.

Orou em agradecimento ao seu Anjo e dormiu mais tranquilo, prometendo jamais se esquecer dos seus novos propósitos e de retomar os estudos no Grupo Espírita.

Luis Roberto Scholl
Fonte do texto e imagem: Internet Google.

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