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terça-feira, 31 de julho de 2012

Melindres

Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração. Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.

Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.

Muitas vezes, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá-la.

Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.

Quem reclama agrava as dificuldades.

Não cultive ressentimentos.

Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.

Não se aborreça, coopere.

Quem vive de se ferir acaba na condição de espinheiro.

Francisco Cândido Xavier

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DIANTE DA JUSTIÇA

“Meus irmãos, que aproveita alguém se disser que tem fé e não tiver obras? Porventura, a fé pode salva-lo?” (Tiago, 2:14).

Estranha a norma do homem, quando julga possuir as chaves da Vida Superior, simplesmente por manter a fé, como se bastasse apenas a convicção para que se realize serviço determinado.

Comparemos fé e obras com a planta e as construções.

Sem plano adequado, não se ergue edifício em linhas corretas.

Note-se, porém, que o aleijão arquitetônico, improvisado sem plano, ainda serve, em qualquer parte, para albergar os que jornadeiam sem rumo, e o projeto mais nobre, sem a concretização que lhe corresponda, não passa de preciosidade geométrica, sentenciada ao arquivo.

Um viajante transportará consigo vasta coleção de croquis pelos quais se levantará toda uma cidade, mas, se não dispõe de uma tenda a que se abrigue durante o aguaceiro, decerto que os desenhos, conquanto respeitáveis, não impedirão que a chuva lhe encharque os ossos.

Possuir uma fé será reter uma crença religiosa; no entanto, cultivar a fé significa observar segurança e pontualidade, na execução de um compromisso.

Ninguém resgata uma dívida unicamente por louvar ao credor.

À vista disso, não nos iludamos.

Asseguremo-nos de que não faltará a Bondade Divina, mas construamos em nós a humana bondade.

Por muito alta seja a confiança de alguém no Poder Maior do Universo, isso, por si só, não lhe confere o direito de reclamar o bem que não fez.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 140 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Deus Sabe

Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.

Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.

Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.

Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.

Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.

Deus sabe tudo!

Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor; assinalando o teu caminho com as pegadas de luz; características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.

Livro: Filho de Deus – Médium: Divaldo P. Franco - Espírito Joanna de Ângelis.
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terça-feira, 24 de julho de 2012

ENSEJO AO BEM

"Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando- se, lançaram mão de Jesus e o prenderam." (MATEUS, 26:50.)

É significativo observar o otimismo do Mestre, prodigalizando oportunidades ao bem, até ao fim de sua gloriosa missão de verdade e amor, junto dos homens.

Cientificara-se o Cristo, com respeito ao desvio de Judas, comentara amorosamente o assunto, na derradeira reunião mais íntima com os discípulos, não guardava qualquer dúvida relativamente aos suplícios que o esperavam; no entanto, em se aproximando, o cooperador transviado beija-o na face, identificando-o perante os verdugos, e o Mestre, com sublime serenidade, recebe-lhe a saudação carinhosamente e indaga: Amigo, a que vieste?

Seu coração misericordioso proporcionava ao discípulo inquieto o ensejo ao bem, até ao derradeiro instante.

Embora notasse Judas em companhia dos guardas que lhe efetuariam a prisão, dá-lhe o título de amigo.

Não lhe retira a confiança do minuto primeiro, não o maldiz, não se entrega a queixas inúteis, não o recomenda à posteridade com acusações ou conceitos menos dignos.

Nesse gesto de inolvidável beleza espiritual, ensinou-nos Jesus que é preciso oferecer portas ao bem, até a ultima hora das experiências terrestres, ainda que ao término da derradeira oportunidade, nada mais reste além do caminho para o martírio ou para a cruz dos supremos testemunhos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 90 Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 22 de julho de 2012

Incursão na Consciência

Remontando-se à origem da vida nos mais remotos passos, encontra-se a presença do psiquismo originado em Deus, aglutinando moléculas e estabelecendo a ordem que se consubstanciou na realidade do ser pensante.

Etapa a etapa, através dos vários reinos, essa consciência embrionária desdobrou os germes da lucidez latente até ganhar o discernimento vasto, plenificador.

À medida que a complexidade de valores se torna unificada, por atavismo das experiências anteriores, os conflitos e os distúrbios que respondem na área psicológica pelos muitos problemas que o afligem.

Faz-se então indispensável, ao adquirir-se o conhecimento de Si, o aprofundamento da busca da sua realidade, deslindando os complicados mecanismos viciosos que impedem a marcha ascensional e não o levam à realização total.

Os impulsos orgânicos propelem sempre para a comodidade, a satisfação dos instintos, o imediatismo do prazer, a prejuízo da meta essencial: a libertação dos processos determinantes dos renascimentos carnais, que são as paixões primitivas.

A atração pelo mundo exterior conduz, por sua vez, a inumeráveis distonias emocionais, que atormentam e desvairam o indivíduo, afugentando- o de si mesmo num rumo difícil de ser mantido.

Somente através de um grande empenho da vontade é possível olhar para dentro e pesquisar as possibilidades disponíveis para melhor identificar o que fazer, quando e como realizá-lo.

Trata-se, essa tarefa, de um desafio que exige intenção lúcida até criar o hábito da interiorização, partindo da reflexão para o mergulho no oceano do Si, daí retirando as pérolas preciosas da harmonia e da plenitude, indispensáveis à vivência real de ser pensante.

A mente não adestrada nessa busca hesita e retrai-se, impedindo-se o descobrimento dos recursos inimagináveis, que esperam para ser desvelados.

As tendências ao relaxamento e ao menor esforço, inerentes ao processo da evolução pelo trânsito nas fases anteriores, dificultam os procedimentos iluminativos imprescindíveis.

Na excursão ao mundo objetivo o ser adquire conhecimentos intelectuais e experiências vivas das realizações humanas; no entanto, apenas no esforço de interiorização conseguirá identificar- se com os objetivos essenciais da sua realidade, harmonizando-se.

Adquirir a consciência plena da finalidade da existência na Terra constitui a meta máxima da luta inteligente do ser.

O Evangelho refere que Jesus asseverou, conforme as anotações de Mateus, no capítulo seis, versículos vinte e dois e vinte e três: a candeia do corpo são os olhos.

Se estes, pois, forem simples, todo o teu corpo fiará luminoso; mas se forem maus, todo o teu corpo ficará às escuras. Se, portanto, a luz que há em ti são trevas, quão densas são as trevas!

Nessa figura admirável, o Psicoterapeuta por excelência estabeleceu a essencialidade da vida nos olhos, encarregados da visão, a fim de que, despretensiosos dos aparatos transitórios do mundo, mergulhem na luz interior, de modo que tudo se faça claridade.

O reino da luz é interno, sendo imperioso penetrá-lo, para que as trevas da ignorância não predominem, densas e perturbadoras.

Os olhos espirituais - a mente lúcida – são a chama que desce ao abismo da individualidade para iluminar os meandros sombrios das experiências passadas, que deixaram marcas psicológicas profundas, ora ressumando de forma negativa no comportamento do ser.

Insatisfação, angústia, fixações perturbadoras são o saldo das vivências perniciosas, cujas ações deletérias não foram digeridas pela consciência e permanecem pesando-lhe na economia emocional.

Manifestam-se como irritabilidade, mal-estar para consigo mesmo, desinteresse pela vida, idéias autodestrutivas, em mecanismos de doentia expressão, formando quadros psicossomatológicos degenerativos.

Quaisquer terapias, para fazê-los cessar, terão que alcançar-lhes as raízes, a fim de extirpá-las, liberando os núcleos lesados do psiquismo e restaurando-lhes a harmonia vibratória ora afetada.

Trata-se de uma experiência urgente quão desagradável nas primeiras etapas, porquanto, a exemplo de outros exercícios físicos, causam cansaço e desânimo, resultantes da falta desse hábito salutar, até que, vencida essa primeira fase, comecem a produzir leveza e rapidez de raciocínio, lucidez espiritual e inefável bem-estar.

Cada vez que é vencido um patamar e superados os impedimentos castradores e de culpa, mais amplas possibilidades se apresentam, liberando o indivíduo dos conflitos habituais e equipando-o de legítimas alegrias.

A vida se lhe torna ideal, e a morte não se afigura desagradável, por vivenciá-la nos estados de meditação, sentindo-se o mesmo no corpo ou fora dele.

Interiorizar-se cada vez mais, sem perder o contato com o mundo físico e social, deve ser a proposta equilibrada de quem deseja realizar-se no encontro com os valores legítimos da existência.

Podemos considerar que esse tentame leva o experimentador do mundo irreal - o físico - para o real - o transpessoal - gerador e causal de todas as coisas.

Médium: Divaldo P. Franco – Espírito: Joanna de Ângelis.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 19 - A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

Parábola da Figueira Seca

8. Quando saiam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. - No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até á raiz. - Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. - Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. - Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece. (S. MARCOS, cap. Xl, vv. 12 a 14 e 20 a 23.)

9. A figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais brilho tem do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz, de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram?

Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas, porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à raiz.

Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.

10. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito.

Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há-os por toda a parte, em todos os países em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados.
Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos se se recusam a utilizá-la em beneficio dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos Espíritos maus.

Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 15 de julho de 2012

A CARIDADE MAIOR

Ao Homem que alcançara o Céu, pedindo orientação sobre as tarefas de benemerência social que pretendia estender na Terra, o Anjo da Caridade falou compassivo:

– Volta ao mundo e cumpre, de boa vontade, as obrigações que o destino te assinalou!...

Para que te sintas de pé, cada dia, milhões de vidas microscópicas esforçam-se em tua carne, garantindo-te a bem-estar...

Cada órgão e cada membro de teu corpo amparam-te, abnegadamente, para que te facas abençoado discípulo da civilização.

Os olhos identificam as imagens que já podes perceber, livrando-te da desordem interior.

Os ouvidos selecionam sons e vozes para que não vivas desorientado.

A língua auxilia-te a expressar os pensamentos, enriquecendo-te de sabedoria.

As mãos realizam-te os sonhos, engrandecendo-te o caminho na ciência e na arte, no progresso e na indústria.

Os pés sustentam-te a máquina física para que te não arrojes à inércia.

A boca mastiga os alimentos para que te não condenes à inação.

Os pulmões asseguram-te o ar puro contra a asfixia.

O estômago digere as pegas com que nutrirás próprio sangue.

O fígado gera forças vitais que te entretêm a harmonia orgânica.

O coração movimenta-se sem parar, escorando-te a existência.

Vives da caridade de inúmera vidas inferiores que te obedecem a mente.

Torna, pois, ao lugar em que o Senhor te situou e satisfaze as tarefas imediatas que o mundo te reserva!...

Caridade é servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso;

é cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros;

é não incomodar quem trabalha;

é aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil;

é suportar sem revolta a bílis do companheiro;

é auxiliar os parentes, sem reprovação;

é rejubilar-se com a prosperidade do próximo;

é resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases;

é não afligir quem nos acompanha;

é ensurdecer-se para a difamação;

é guardar o bom-humor, cancelando a queixa de qualquer procedência;

é respeitar cada pessoa e cada coisa na posição que lhes é própria...

E por que o Homem ensaiasse inoportunas indagações, o Anjo concluiu:

– Volta ao corpo e age incessantemente no bem!...

Não percas um minuto em descabidas inquirições. Conduze os problemas que te atormentam o espírito ao teu próprio trabalho e o teu próprio trabalho liquidá-los-á...

A experiência aclara o caminho de quantos lhe adquirem o tesouro de luz. Recolhe as crianças desvalidas, ampara os doentes, consola os infelizes e socorre os necessitados. Não olvides, pois, que a execução de teus deveres para com o próximo será sempre a tua caridade maior.

Livro: Cartas e Crônicas – Médium: Chico Xavier - Espírito Irmão X.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 14 de julho de 2012

Amanhecer

Quero nascer de novo em cada dia que nasce.

Quero ser outra vez novo, puro, cristalino.

Quero lavar-me, cada manhã, do homem velho, da poeira velha, das palavras gastas, dos gestos rituais.

Quero reviver a primeira manhã da criação, o primeiro abrir dos olhos para a vida.

Quero que cada manhã, a alma desabroche do sono como a rosa do botão, e surja como a aurora do oceano, ao sorriso dos teus lábios, ao gesto de tua mão.

Quero me engrinaldar para a festa renovada com que cada dia nos convida e desdobrar as asas como a águia em demanda do sol.

Quero crer, a cada nova aurora, que esta é a definitiva, a do encontro com a felicidade, a da permanência assegurada, a de teu sim definitivo.

Chico Xavier

sexta-feira, 13 de julho de 2012

COM ARDENTE AMOR

“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros.” – Pedro. (I Pedro, 4:8).

Não basta a virtude apregoada em favor do estabelecimento do Reino Divino entre as criaturas.

Problema excessivamente debatido – solução mais demorada...

Ouçamos, individualmente, o aviso apostólico e enchamo-nos de ardente caridade, uns para com os outros.

Bem falar, ensinar com acerto e crer sinceramente são fases primárias do serviço. Imprescindível trabalhar, fazer e sentir com o Cristo.

Fraternidade simplesmente aconselhada a outrem constrói fachadas brilhantes que a experiência pode consumir num minuto.

Urge alcançarmos a substância, a essência...

Sejamos compreensivos para com os ignorantes, vigilantes para com os transviados na maldade e nas trevas, pacientes para com os enfermiços, serenos para com os irritados e, sobretudo, manifestemos a bondade para com todos aqueles que o Mestre nos confiou para os ensinamentos de cada dia.

Raciocínio pronto, habilitado a agir com desenvoltura na Terra, pode constituir patrimônio valioso; entretanto, se lhe falta coração para sentir os problemas, conduzi-los e resolvê-los, no bem comum, é suscetível de converter-se facilmente em máquina da calcular.

Não nos detenhamos na piedade teórica.

Busquemos o amor fraterno, espontâneo, ardente e puro.

A caridade celeste não somente espalha benefícios. Irradia também a divina luz.

Livro: Pão Nosso, lição 99 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quinta-feira, 12 de julho de 2012

NOS DOMÍNIOS DO BEM

"Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse compor obrigação, mas espontâneo" - Paulo (Filemon, 1:14.)

É das Leis evolutivas que todos os agentes inferiores da Natureza sirvam em regime de compulsória.

Pedras são arrancadas ao berço multimilenário para que obedeçam nas construções.

Tombam vegetais, a duros lances de força para se fazerem mais úteis.

Animais sofrem imposições e pancadas, afim de se entregarem à prestação de serviço.

Alcançando, no entanto, a razão, por atestado de madureza própria, o espírito é chamado ao livre arbítrio, por filho do criador que atingiu a maioridade na criação. Chegado a essa fase, ilumina-se pela chama interior do discernimento para a aquisição das experiências que lhe cabem realizar, de modo a erguer seus méritos, podendo, em verdade, escolher o caminho reto ou sinuoso, claro ou escuro, em que mais se apraza.

Reflete, pois, na liberdade íntima e pessoal de que dispões para fazer o bem, amplamente, ilimitadamente, constantemente...

Escrevendo a Filêmon, disse Paulo: "mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse como por obrigação, mas espontâneo".

Assim, também, o Divino Mestre para conosco.

Aqui e ali, propõe-nos, de maneira direta ou indireta, ensinamentos e atitudes, edificações e serviços, mas espera sempre por nossa resposta voluntária, de vez que a obra da verdadeira sublimação espiritual não comporta servos constrangidos.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 120 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 11 de julho de 2012

INTERCESSÃO

“Irmãos, orai por nós” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:25)

Muitas criaturas sorriem ironicamente quando se lhes fala das orações intercessórias.

O homem habituou-se tanto ao automatismo teatral que encontra certa dificuldade no entendimento das mais profundas manifestações de espiritualidade.

A prece intercessória, todavia, prossegue espalhando benefícios com os seus valores inalterados. Não é justo acreditar seja essa oração o incenso bajulatório a derramar-se na presença de um monarca terrestre a fim de obtermos certos favores.

A súplica da intercessão é dos mais belos atos de fraternidade e constitui a emissão de forças benéficas e iluminativas que, partindo do espírito sincero, vão ao objetivo visado por abençoada contribuição de conforto e energia. Isso não acontece, porém a pretexto de obséquio, mas em conseqüência de leis justas.

O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos matérias não registram; só admite o auxílio tangível, no entanto, na própria natureza física, vêem-se árvores venerandas que protegem e conservam ervas e arbustos, a lhes receberem as bênçãos da vida, sem lhes tocarem jamais as raízes e os troncos.

Não olvides os bens da intercessão.

Jesus orou por seus discípulos e seguidores, nas horas supremas.

Livro: Pão Nosso, lição 17 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 8 de julho de 2012

DESCANSAR

“E ele disse-lhes: vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco; porque havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer.” (Marcos, 6:31)

Pressa e agitação caracterizam o ambiente das criaturas menos avisadas em todos os tempos.

Na época de Jesus, muita gente já ia e vinha aqui e acolá, sofrendo a pressão de exigências da vida material, acreditando não dispor de tempo para pensar.
Isso fez que o Mestre se dirigisse à multidão, exortando: “vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco”.

Entretanto, assim como aparecem os que exageram as próprias necessidades, caindo em precipitação, temos os companheiros que se excedem no descanso, encontrando, a cada passo, motivos para a fuga do dever a cumprir.

À vista de embaraços mínimos, declaram-se fatigados, desiludidos, deprimidos ou enfermos, e param a máquina do serviço que lhes compete, recolhendo-se à inércia, com o pretexto de meditação, refazimento, virtude ou prece. Para isso, muitos dizem que o próprio Jesus aconselhou o repouso e a oração, esquecendo-se de que o Senhor reconstituía as forças no retiro, a fim de tornar ao serviço e prosseguir trabalhando...

Nesse sentido, convém recordar as palavras textuais do Evangelho: Jesus não afirmou: repousai quanto quiserdes, mas sim, repousai um pouco.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 152 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 4 de julho de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 17 – Sede Perfeitos

PARÁBOLA DO SEMEADOR

5. Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; - em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. - Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim:
Aquele que semeia saiu a semear; - e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram. - Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. - Mas, levantando-se, o sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram. - Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. - Ouça quem tem ouvidos de ouvir. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 1 a 9.)

Escutai, pois, vós outros a parábola do semeador. - Quem quer que escute a palavra do reino e não lhe dá atenção, vem o espírito maligno e tira o que lhe fora semeado no coração. Esse é o que recebeu a semente ao longo do caminho. - Aquele que recebe a semente em meio das pedras é o que escuta a palavra e que a recebe com alegria no primeiro momento. - Mas, não tendo nele raízes, dura apenas algum tempo. Em sobrevindo reveses e perseguições por causa da palavra, tira ele daí motivo de escândalo e de queda. -
Aquele que recebe a semente entre espinheiros é o que ouve a palavra; mas, em quem, logo, os cuidados deste século e a ilusão das riquezas abafam aquela palavra e a tornam infrutífera. - Aquele, porém, que recebe a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e em quem ela produz frutos, dando cem ou sessenta, ou trinta por um. (S. MATEUS, cap. XIII. vv. 18 a 23.)

6. A parábola do semeador exprime perfeitamente os matizes existentes na maneira de serem utilizados os ensinos do Evangelho. Quantas pessoas há, com efeito, para as quais não passa ele de letra morta e que, como a semente caída sobre pedregulhos, nenhum fruto dá!

Não menos justa aplicação encontra ela nas diferentes categorias espíritas.

Não se acham simbolizados nela os que apenas atentam nos fenômenos materiais e nenhuma conseqüência tiram deles, porque neles mais não vêem do que fatos curiosos? Os que apenas se preocupam com o lado brilhante das comunicações dos Espíritos, pelas quais só se interessam quando lhes satisfazem à imaginação, e que, depois de as terem ouvido, se conservam tão frios e indiferentes quanto eram? Os que reconhecem muito bons os conselhos e os admiram, mas para serem aplicados aos outros e não a si próprios?

Aqueles, finalmente, para os quais essas instruções são como a semente que cai em terra boa, dá frutos.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 3 de julho de 2012

HERESIAS

"E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 11:19.)

Recebamos os hereges com simpatia, falem livremente os materialistas, ninguém se insurja contra os que duvidam, que os descrentes possuam tribunais e vozes.

Isso é justo.

Paulo de Tarso escreveu este versículo sob profunda inspiração.

Os que condenam os desesperados da sorte não ajuízam sobre o amor divino, com a necessária compreensão. Que dizer-se do pai que amaldiçoa o filho por haver regressado a casa enfermo e sem esperança?

Quem não consegue crer em Deus está doente.

Nessa condição, a palavra dos desesperados é sincera, por partir de almas vazias, em gritos de socorro, por mais dissimulados que esses gritos pareçam, sob a capa brilhante dos conceitos filosóficos ou científicos do mundo.

Ainda que os infelizes dessa ordem nos ataquem, seus esforços inúteis redundam a benefício de todos, possibilitando a seleção dos valores legítimos na obra iniciada.

Quanto à suposta necessidade de ministrarmos fé aos negadores, esqueçamos a presunção de satisfazê-los, guardando conosco a certeza de que Deus tem muito a dar-lhes. Recebemo-los como irmãos e estejamos convictos de que o Pai fará o resto.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 36 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hoje foi postada a biografia do mês de Julho de 2012 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a Willian Crookes.

PERU PREGADOR

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.

De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.

Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.

O peru, muito confiante, assegurava que Jesus Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranqüilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.

As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os ali mesmo, ante o assombro geral.

Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.

Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.

Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda a parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.

As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.

Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d´Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?

O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte ao madeiro a ter de justiçar, que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete.

Explicou por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete, do Apóstolo Mateus, que esclarece – “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”.

Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mesmo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.

Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à deles.

Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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