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quarta-feira, 31 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 31.05.23

“Cada existência é para o ser humano um novo ponto de partida para seu aperfeiçoamento moral e espiritual”.

 Autor: Allan Kardec

ABRE A PORTA

"E havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo." - (JOÃO, 20:22.)

Profundamente expressivas as palavras de Jesus aos discípulos, nas primeiras manifestações depois do Calvário.

Comparecendo à reunião dos companheiros, espalha sobre eles o seu espírito de amor e vida, exclamando: "Recebei o Espírito Santo.

"Por que não se ligaram as bênçãos do Senhor, automaticamente, aos aprendizes? por que não transmitiu Jesus, pura e simplesmente, o seu poder divino aos sucessores? Ele, que distribuíra dádivas de saúde, bênçãos de paz, recomendava aos discípulos recebessem os divinos dons espirituais.

Por que não impor semelhante obrigação? É que o Mestre não violentaria o santuário de cada filho de Deus, nem mesmo por amor.

Cada espírito guarda seu próprio tesouro e abrirá suas portas sagradas à comunhão com o Eterno Pai.

O Criador oferece à semente o sol e a chuva, o clima e o campo, a defesa e o adubo, o cuidado dos lavradores e a bênção das estações, mas a semente terá que germinar por si mesma, elevando-se para a luz solar.

O homem recebe, igualmente, o Sol da Providência e a chuva de dádivas, as facilidades da cooperação e o campo da oportunidade, a defesa do amor e o adubo do sofrimento, o carinho dos mensageiros de Jesus e a bênção das experiências diversas; todavia, somos constrangidos a romper por nós mesmos os envoltórios inferiores, elevando-nos para a Luz Divina.

As inspirações e os desígnios do Mestre permanecem a volta de nossa alma, sugerindo modificações úteis, induzindo-nos à legítima compreensão da vida, iluminando-nos através da consciência superior, entretanto, está em nós abrir-lhes ou não a porta interna.

Cessemos, pois, a guerra de nossas criações inferiores do passado e entreguemo-nos, cada dia, às realizações novas de Deus, instituídas a nosso favor, perseverando em receber, no caminho, os dons da renovação constante, em Cristo, para a vida eterna.

Livro: Vinha de Luz – Lição 011 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 29.05.23

“Qualquer que seja a crise de sua vida, nunca destrua as flores da esperança para que possa colher os frutos da fé”.    

 Autor: Konrad Lorenz

LEVANTAI OS OLHOS

"Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." - Jesus. (JOÃO, 4:35.)

O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.

A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.

Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.

Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas.

É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.

Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.

Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.

Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.

Verdades eternas proclamam que a felicidade não é um mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro dos filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas; no entanto, para receber tão altos dons é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e santificar os raciocínios.

É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.

Irmão muito amado, que te conservas sob a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono...

Não te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos, desenganos!...

Olha para o alto! ...

Repara as frondes imortais, balouçando-se ao sopro da Providência Divina!

Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no Infinito, na direção dos Céus.

Livro: Vinha de Luz – Lição 010 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 26 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 26.05.23

“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano”.

 Autor: Isaac Newton

A LUZ SEGUE SEMPRE

"E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram." - (LUCAS, 24:11.)

A perplexidade surgida no dia da Ressurreição do Senhor ainda é a mesma nos tempos que passam, sempre que a natureza divina e invisível ao olhar comum dos homens manifesta suas gloriosas mensagens.

As mulheres devotadas, que se foram em romaria de amor ao túmulo do Mestre, sempre encontraram sucessores.

Todavia, são muito raros os Pedros que se dispõem a levantar para a averiguação da verdade.

Em todos os tempos, os transmissores de notícias de além-túmulo peregrinaram na Terra, quanto hoje.

As escolas religiosas deturpadas, porém, somente em raras ocasiões aceitaram o valioso concurso que se lhes oferecia.

Nas épocas passadas, todos os instrumentos da revelação espiritual, com raras exceções, foram categorizados como bruxos, queimados na praça pública, e, ainda hoje, são tidos por dementes, visionários e feiticeiros.

É que a maioria dos companheiros de jornada humana vivem agarrados aos inferiores interesses de alguns momentos e as palavras da verdade imortalista sempre lhes pareceram consumado desvario.

Entregues ao efêmero, não creem na expansão da vida, dentro do infinito e da eternidade, mas a luz da Ressurreição prossegue sempre, inspirando seus missionários ainda incompreendidos.

Livro: Vinha de Luz – Lição 009 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 24 de maio de 2023

MARCAS

"Desde agora ninguém me moleste, porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus." - Paulo. (GÁLATAS, 6:17.)

Todas as realizações humanas possuem marca própria.

Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos.

Se medida semelhante é aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.

Jesus possui igualmente os sinais d’Ele.

A imagem utilizada por Paulo de Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa.

As marcas do Cristo não são apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.

Em cada situação, o homem pode revelar uma demonstração do Divino Mestre.

Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo.

O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, a glorificação e ao martírio.

Sua atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes.

Todos os dias, portanto, o discípulo pode encontrar recursos de salientar suas ações mais comuns com os registros de Jesus.

Quando termine cada dia, passa em revista as pequeninas experiências que partilhaste na estrada vulgar.

Observa os sinais com que assinalaste os teus atos, recordando que a marca do Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos.

Livro: Vinha de Luz – Lição 008 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 22 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 22.05.23

“Responder uma agressão com outra é a mesma coisa que lavar a alma com lama”.

 Autor: Mahatma Gandhi

Prece: Oração pelos amigos

Meu Deus; são muitos os amigos que o Senhor me deu; uns mais próximos, outros mais distantes... Mas não importa, pois todos ocupam um lugar em meu coração. Por isso, nesta hora eu peço por todos os meus amigos. Vem abençoá-los na saúde, na família, na vida profissional e na vida espiritual; concede a cada um deles força e sabedoria, para serem, a cada dia, mais que vencedores.

Oro também por aqueles amigos que nesta hora passam por momentos difíceis; ajude­os a superar os obstáculos com a Tua força e bondade.

Senhor, peço que abra as portas para todos os meus amigos e que eles possam conhecer a Ti como eu conheço, abençoa-os de tal maneira que possam reconhecer que a nossa amizade é um presente do Senhor.

Em nome de Jesus, 

Amém.

Autor: José dos Reis de Macedo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 19 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 19.05.23

“Se você pudesse vender a sua experiência pelo preço que ela lhe custou, ficaria rico”.

 Autor: J. P. Morgan

Poesia: Amizade

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado.

A Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

William Shakespeare
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 17.05.23

“Paz não é ausência de guerra, é uma virtude, um estado mental, uma disposição para benevolência, confiança e justiça”.

 Autoria: Baruch Spinoza

174 Pelos Obsidiados

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

81. PREFÁCIO. A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. Oblitera todas as faculdades mediúnicas; traduz-se, na mediunidade escrevente, pela obstinação de um Espírito em se manifestar, com exclusão de todos os outros. 

Os Espíritos maus pululam em torno da Terra, em virtude da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja que eles desenvolvem faz parte dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, como as enfermidades e todas as tribulações da vida, deve ser considerada prova ou expiação e como tal aceita. 

Do mesmo modo que as doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um Espírito mau. As causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral, tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque aí não raro o paciente perde a vontade e o livre-arbítrio. 

Quase sempre, a obsessão exprime a vingança que um Espírito tira e que com frequência se radica nas relações que o obsidiado manteve com ele em precedente existência. (Veja-se: Cap. X, n° 6; cap. XII, n° 5 e n° 6.) 

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro fluido mau. Mediante ação idêntica à do médium curador nos casos de enfermidade, cumpre se elimine o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um reativo. Esta a ação mecânica, mas que não basta; necessário, sobretudo, é que se atue sobre o ser inteligente, ao qual importa se possa falar com autoridade, que só existe onde há superioridade moral. Quanto maior for esta, tanto maior será igualmente a autoridade. 

E não é tudo: para garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos seus maus desígnios; fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particulares, objetivando a sua educação moral. Pode-se então lograr a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito. 

A tarefa se apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o concurso da sua vontade e da sua prece. O mesmo não se dá, quando, seduzido pelo Espírito embusteiro, ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina e se compraz no erro em que este último o lança, visto que, então, longe de secundar, repele toda assistência, É o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação. (O Livro aos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII.) 

Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de atuar sobre o Espírito obsessor. 

82. Prece. (Para ser dita pelo obsidiado.) - Meu Deus; permite que os bons Espíritos me livrem do Espírito malfazejo que se ligou a mim. Se é uma vingança que toma dos agravos que eu lhe haja feito outrora, tu a consentes, meu Deus, para minha punição e eu sofro a consequência da minha falta. Que o meu arrependimento me granjeie o teu perdão e a minha liberdade! Mas, seja qual for o motivo, imploro para o meu perseguidor a tua misericórdia. Digna-te de lhe mostrar o caminho do progresso, que o desviará do pensamento de praticar o mal. Possa eu, de meu lado, retribuindo-lhe com o bem o mal, induzi-lo a melhores sentimentos. 

Mas, também sei, ó meu Deus, que são as minhas imperfeições que me tornam passível das influências dos Espíritos imperfeitos. Dá-me a luz de que necessito para as reconhecer; combate, sobretudo, em mim o orgulho que me cega com relação aos meus defeitos. 
Qual não será a minha indignidade, pois que um ser malfazejo me pode subjugar! 

Faze, ó meu Deus, que me sirva de lição para o futuro este golpe desferido na minha vaidade; que ele fortifique a resolução que tomo de me depurar pela prática do bem, da caridade e da humildade, a fim de opor, daqui por diante, uma barreira às más influências. 
Senhor, dá-me forças para suportar com paciência e resignação esta prova. Compreendo que, como todas as outras, há de ela concorrer para o meu adiantamento, se eu não lhe estragar o fruto com os meus queixumes, pois me proporciona ensejo de mostrar a minha submissão e de exercitar minha caridade para com um irmão infeliz, perdoando-lhe o mal que me fez. (Cap. XII, nº 5 e nº 6; Cap. XXVIII, nº 15 e seguintes, 46 e 47.) 

83. Prece. (Pelo obsidiado.) - Deus Onipotente, digna-te de me dar o poder de libertar N... da influência do Espírito que o obsidia. Se está nos teus desígnios pôr termo a essa prova, concede-me a graça de falar com autoridade a esse Espírito. 

Bons Espíritos que me assistis e tu, seu anjo guardião, dai-me o vosso concurso; ajudai-me a livrá-lo do fluido impuro em que se acha envolvido. 
Em nome de Deus Onipotente, adjuro o Espírito malfazejo que o atormenta a que se retire. 

84. Prece. (Pelo Espírito obsessor.) - Deus infinitamente bom, a tua misericórdia imploro para o Espírito que obsidia N... Faze-lhe entrever as divinas claridades, a fim de que reconheça falso o caminho por onde enveredou. Bons Espíritos, ajudai-me a fazer-lhe compreender que ele tudo tem a perder, praticando o mal, e tudo a ganhar, fazendo o bem. 

Espírito que te comprazes em atormentar N..., escuta-me, pois que te falo em nome de Deus. 

Se quiseres refletir, compreenderás que o mal nunca sobrepujará o bem e que não podes ser mais forte do que Deus e os bons Espíritos. Possível lhes fora preservar N... dos teus ataques; se não o fizeram, foi porque ele (ou ela) tinha de passar por uma prova. Mas, quando essa prova chegar a seu termo, toda ação sobre tua vitima te será vedada. O mal que lhe houveres feito, em vez de prejudicá-lo, terá contribuído para o seu adiantamento e para torná-lo por isso mais feliz. Assim, a tua maldade tê-la-ás empregado em pura perda e se voltará contra ti. 

Deus, que é Todo-Poderoso, e os Espíritos superiores, seus delegados, mais poderosos do que tu, serão capazes de pôr fim a essa obsessão e a tua tenacidade se quebrará de encontro a essa autoridade suprema. Mas, por isso mesmo que é bom, quer Deus deixar-te o mérito de fazeres que ela cesse pela tua própria vontade. E uma mora que te concede; se não a aproveitares, sofrer-lhe-ás as deploráveis consequências. Grandes castigos e cruéis sofrimentos te esperarão. Serás forçado a suplicar a piedade e as preces da tua vítima, que já te perdoa e ora por ti, o que constitui grande merecimento aos olhos de Deus e apressará a libertação dela. 

Reflete, pois, enquanto ainda é tempo, visto que a justiça de Deus cairá sobre ti, como sobre todos os Espíritos rebeldes. Pondera que o mal que neste momento praticas terá forçosamente um limite, ao passo que, se persistires na tua obstinação, aumentarão de contínuo os teus sofrimentos. 

Quando estavas na Terra, não terias considerado estúpido sacrificar um grande bem por uma pequena satisfação de momento? O mesmo acontece agora, quando és Espírito. Que ganhas com o que fazes? O triste prazer de atormentar alguém, o que não obsta a que sejas desgraçado, digas o que disseres, e que te tornes ainda mais desgraçado. 

A par disso, vê o que perdes; observa os bons Espíritos que te cercam e dize se não é preferível à tua a sorte deles. Da felicidade de que gozam, também tu partilharás, quando o quiseres. Que é preciso para isso? Implorar a Deus e fazer, em vez do mal, o bem. Sei que não te podes transformar repentinamente; mas, Deus não exige o impossível; quer apenas a boa-vontade. Experimenta e nós te ajudaremos. Faze que em breve possamos dizer em teu favor a prece pelos Espíritos penitentes (nº 73) e não mais considerar-te entre os maus Espíritos, enquanto te não contes entre os bons. 
(Veja-se também, atrás, o nº 75: "Preces pelos Espíritos endurecidos".) 

Observação. - A cura das obsessões graves requer muita paciência, perseverança e devotamento. Exige também tato e habilidade, a fim de encaminhar para o bem Espíritos muitas vezes perversos, endurecidos e astuciosos, porquanto há-os rebeldes ao extremo. Na maioria dos casos, temos de nos guiar pelas circunstâncias. Qualquer que seja, porém, o caráter do Espírito, nada se obtém, é isto um fato incontestável pelo constrangimento ou pela ameaça. Toda influência reside no ascendente moral. Outra verdade igualmente comprovada pela experiência tanto quanto pela lógica, é a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas, palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas exteriores, ou quaisquer sinais materiais. 

A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII - "Da obsessão". - Revue Spirite, fevereiro e março de 1864; abril de 1865: exemplos de curas de obsessões.) 

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 15 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 15.05.23

“Não busquem pessoas perfeitas porque não somos, busquem apenas pessoas que nos valorizem”.

Autor: Renato Russo

Estória: Encontro Com a Realidade

Marcos era um menino que, não obstante ter tudo, não dava o menor valor às coisas que possuía.

Nunca estava contente com os brinquedos que ganhava, reclamava sempre das roupas que sua mãe comprava com tanto carinho.

Mas o pior mesmo é quando chegava a hora das refeições. Marcos nunca estava satisfeito, a comida sempre ruim e sem gosto.

Sua mãezinha aconselhava-o, preocupada com seu bem-estar:

— Coma um pouco, meu filho. Você precisa se alimentar!

— Não quero! Não gosto de nada! Esta comida está uma droga. Quero chocolate e biscoitos.

— Mas meu filho — insistia a mãe com carinho e tolerância — você nem experimentou! A carne assada está uma delícia. Além do mais, os alimentos são necessários para nosso organismo. Você acabará ficando fraco...

O garoto fazia uma careta de desagrado e respondia mal-educado:

— Não. Não quero. Não gosto de carne assada. Ainda se fosse uma torta de frango...

A mãe suspirava, desanimada.

No dia seguinte, porém, à hora do almoço, a mãezinha afirmava contente:

— Hoje fiz o que você queria, meu filho. Veja o que temos para o almoço. Uma linda e apetitosa torta de frango!

O menino fazia uma careta e reclamava, mal-humorado:

— Torta de frango?!... Logo hoje que estou com vontade de comer uma macarronada?

E assim acontecia sempre: no café da manhã, no almoço, no jantar. Nada estava bom.

Ele não se alimentava a não ser de bobagens, e a cada dia se enfraquecia mais, embora sua mãe o aconselhasse, preocupada:

— Marcos, meu filho, temos que saber agradecer a Deus o que nos concede. Existem muitas crianças que dariam tudo para ter o que você tem e não dá valor.

Marcos tinha um colega na escola que vivia sempre muito calado. Era um menino humilde, bom e delicado, e Marcos gostava dele.

Certo dia, Marcos reclamou da insistência de sua mãe para que ele se alimentasse e perguntou se a dele, João, também era assim.

— Não — respondeu João com simplicidade.

— Como? Sua mãe não insiste para que você coma?

— Não. Minha mãe me deixa à vontade.

Marcos ficou todo entusiasmado:

— Ah! Como gostaria de morar na sua casa! Estou cansado da vida que levo. Eu não poderia passar uns dois dias com vocês? Olhe, este final de semana estarei livre; meus pais vão viajar e ficarei com os empregados. Não será difícil convencer mamãe a deixar-me ficar em sua casa. Por favor, eu gostaria muito!

Com a insistência de Marcos, Joãozinho concordou, relutante.

Não tinham muito tempo, pois já era sexta-feira. Concedida permissão para passar o final de semana com o amigo, Marcos arrumou algumas coisas numa pequena mochila e foram para a casa de Joãozinho.

Andaram... andaram... andaram muito. Essa foi a primeira decepção de Marcos, pois a casa ficava muito longe, num bairro distante do centro da cidade.

Ao chegarem, o menino estranhou a simplicidade da moradia. Era uma pequena construção de madeira, pintada de creme e cercada por um jardinzinho.

João apresentou o amigo à sua mãe, explicando que Marcos iria ser hóspede da casa por dois dias. Amável, a senhora falou-lhe com um sorriso amigo:

— Seja bem-vindo, meu filho!

Alegando que estava cansado, Marcos pediu para repousar um pouco, indagando onde era o quarto que iria ocupar.

— Aqui mesmo! — apontou Joãozinho — Dormiremos meu irmão, você e eu no mesmo quarto. Você e meu irmão ocuparão as camas, eu durmo no chão.

Marcos nada disse, mas não gostou de repartir o quarto com outras pessoas. Sempre tivera o seu próprio quarto.

A refeição foi frugal, consistindo em chá com pão. Estranhando, Marcos perguntou: — Só isso?

— Só. Essa é a nossa janta. — respondeu a dona da casa com delicadeza — Desde que meu marido morreu, nossa situação ficou muito difícil e luto para sustentar a casa. Aceita um pouco de chá?

— Não gosto de chá, obrigado.

— Sinto muito. Não temos outra coisa para lhe oferecer. Quando tenho dinheiro compro leite, mas hoje não deu.

Marcos foi dormir com o estômago vazio. Na manhã seguinte, o café foi mais magro ainda. Não havia pão, só chá.

Era sábado e não teriam aula. A mãe de Joãozinho acordou-os cedo. Precisavam ajudá-la nos cuidados com a horta.

A contragosto, Marcos trabalhou a manhã inteira. Na hora do almoço estava esfomeado. Para comer, havia alguns ovos, cenouras e couves, colhidos na horta, e arroz.

Com a fome que estava, Marcos até aceitou a comida simples com prazer. Após o almoço ajudaram nas tarefas domésticas, depois foram brincar.

Àquela altura, Marcos já estava com fome novamente. Lembrava-se da comidinha gostosa e farta de sua mãe, dos doces saborosos, dos biscoitos... e sentiu uma profunda saudade. Agora tudo aquilo lhe parecia tão importante!

A mãe de Joãozinho tinha feito pão e o cheiro de pão assado era muito convidativo. Comeu pão e tomou chá, como se fosse a melhor refeição do mundo.

Após o final de semana, quando voltou para casa, estava bem diferente. Ao encontrar sua mãe Marcos falou-lhe comovido:

— Estava com muita saudade, mamãe.

— Como foi o passeio? — perguntou ela, sentindo que algo acontecera.

— Sabe, mamãe, aprendi muita coisa. Aprendi até a gostar de chá, cenouras e couves! Joãozinho é um menino muito pobre e eles quase não têm o que comer. Ele não tem roupas, nem brinquedos e seus sapatos estão furados. Agora entendo porque a senhora disse que temos que agradecer a Deus tudo o que temos.

A mãe abraçou o filho, emocionada.

— Que bom, meu filho, que você agora pensa assim.

— Compreendo agora que a vida pode ser muito difícil e acho que tive um encontro com a realidade. Quero pedir que a senhora vá comigo até a casa do Joãozinho. Tem tanta coisa que não preciso e que faz falta a eles!

A mãe fitou com os olhos rasos de lágrimas aquele garoto de oito anos e que agora lhe parecia um homenzinho, falando tão sério e compenetrado.

Abraçou-o com imenso carinho, agradecendo a Deus a proveitosa lição que seu filho tivera.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Prece: Oração Pela Libertação dos Vícios

Senhor Jesus, está escrito: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", portanto, venho a Ti neste momento, pedir e receber libertação deste vício de.........................

Possa eu ser mais livre e feliz na força do Senhor, pois por mim mesmo não consigo parar. Peço-te que, pelo teu poder, estas amarras possam ser quebradas. Que eu possa, em libertação total, Te agradecer por minha redenção e remissão dos meus pecados.

Preenche todo o meu vazio com Tua presença e com Tua paz. Entrego a Ti o meu caminho, confio em Ti e que tudo farás.

Entrego este vício de............................ nas Tuas mãos, e peço: arranca de mim este mal que tem destruído minha saúde. Eu agradeço porque pelo poder e pelo amor do Senhor estou liberto deste mal.

Em nome de Jesus, 

Amém.

Autor: José dos Reis de Macedo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 10 de maio de 2023

173 Pelos Doentes

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

77. PREFÁCIO. As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena; são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. 

As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões. (Cap. III, n° 9.) 

Temos, assim, de nos resignar às consequências do meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a outro. Isso, no entanto, não é de molde a impedir que, esperando tal se dê, façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais. Se, porém, mau grado aos nossos esforços, não o conseguirmos, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação os nossos passageiros males. 

Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de cura. A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é dever nosso procurar esses meios e aplicá-los. 

A par da medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na mediunidade curadora e a influência da prece. (Ver, no Cap. XXVI, a notícia sobre a mediunidade curadora). 

78. Prece. (Para ser dita pelo doente.) - Senhor, pois que és todo justiça, a enfermidade que te aprouve mandar-me necessariamente eu a merecia, visto que nunca impões sofrimento algum sem causa. 

Confio-me, para minha cura, à tua infinita misericórdia. Se for do teu agrado restituir-me a saúde, bendito seja o teu santo nome. Se, ao contrário, me cumpre sofrer mais, bendito seja ele do mesmo modo. 

Submeto-me, sem queixas, aos teus sábios desígnios, porquanto o que fazes só pode ter por fim o bem das tuas criaturas. 

Dá, ó meu Deus, que esta enfermidade seja para mim um aviso salutar e me leve a refletir sobre a minha conduta. Aceito-a como uma expiação do passado e como uma prova para a minha fé e a minha submissão à tua santa vontade. (Veja-se a prece n° 40.) 

79. Prece. (Pelo doente.) - Meu Deus, são impenetráveis os teus desígnios e na tua sabedoria entendeste de afligir a N... pela enfermidade. Lança, eu te suplico, um olhar de compaixão sobre os seus sofrimentos e digna-te de pôr lhes termo. 

Bons Espíritos, ministros do Onipotente, secundai, eu vos peço, o meu desejo de aliviá-lo; encaminhai o meu pensamento, a fim de que vá derramar um bálsamo salutar em seu corpo e a consolação em sua alma. 

Inspirai-lhe a paciência e a submissão à vontade de Deus; dai-lhe a força de suportar suas dores com resignação cristã, a fim de que não perca o fruto desta prova. (Veja-se a prece n° 57.) 

80. Prece. (Para ser dita pelo médium curador.) - Meu Deus, se te dignas servir-te de mim, indigno como sou, poderei curar esta enfermidade, se assim o quiseres, porque em ti deposito fé. Mas, sem ti, nada posso. Permite que os bons Espíritos me cumulem de seus fluidos benéficos, a fim de que eu os transmita a esse doente, e livra-me de toda ideia de orgulho e de egoísmo que lhes pudesse alterar a pureza.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 9 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 09.05.23

“Deus amou os pássaros e inventou árvores. O homem amou os pássaros e inventou gaiolas”.

 Autor: Jacques Deval

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Estória: Salvando Uma Vida

Era um lindo sábado de sol. Henrique passeava com seu pai caminhando sob a sombra das árvores no parque municipal.

Calado, o pequeno Henrique pensava. Ficara impressionado com algumas cenas que tinha visto no dia anterior durante a transmissão do jornal de uma emissora de televisão.

— Papai, como pode existir gente que mata outras pessoas? — perguntou.

Apertando mais a sua mãozinha, o pai respondeu:

— É mesmo muito triste, não é, meu filho? Isso acontece porque os homens ainda trazem o mal no coração. Se todos se amassem como irmãos, isso não aconteceria. Seríamos todos como uma grande família!

O garoto, de apenas seis anos, mas muito observador, pensou um pouco e retrucou:

— Mas ontem mesmo eu vi na televisão uma notícia que um pai foi preso porque machucou seu filho! Eu pensei que todos os pais amassem seus filhos!

Naquele momento estavam passando por um banco e o pai convidou:

— Vamos nos sentar e descansar um pouco.

Acomodados no banco, o pai fitou o menino que aguardava uma resposta, e prosseguiu:

— Todas as pessoas, Henrique, são espíritos em evolução. Deus, que é o Supremo Criador, criou os seres para a evolução. Através de muitas vidas, todos progridem e se aperfeiçoam, tornando-se melhores. Desde os micróbios, que nós não vemos porque são muito pequenos, até os astros celestes que contemplamos à distância, tudo progride.

O menino estava surpreso e pôs-se a perguntar:

— Ah! E o meu gatinho? E as flores desse jardim? E os peixes que vimos no lago? E...

O pai sorriu amorosamente, completando:

— Tudo, meu filho. Os minerais, os vegetais, os animais e os seres humanos. Tudo evolui. Assim, quando a criatura humana comete maldades, significa que ainda tem muito o que aprender. Até mesmo os pais, que os filhos julgam serem as melhores pessoas do mundo, embora amem seus filhos, são imperfeitos e trazem agressividade dentro de si. Com o tempo, todas as pessoas se tornarão boas e só praticarão o bem: a si mesmas, aos seus semelhantes e ao mundo em que vivem.

— Ah!...

— Por isso, devemos respeitar a natureza, respeitando a vida.

Henrique, que ouvia com muita atenção, lembrou:

— Mas os homens matam os animais para comer. Coitadinhos!

— Sim, meu filho, mas isso faz parte da nossa cultura e tende a desaparecer. O pior é que há homens que matam e destroem por prazer. Os animais, que são inferiores a nós, só matam para se defender ou para saciar a fome. Mas o homem mata por maldade os próprios irmãos de raça, e os animais, por esporte; destrói a natureza por ambição, queimando as matas, sujando os rios e poluindo as cidades.

O garoto, com carinha preocupada, exclamou:

— Puxa, papai! Eu quero fazer alguma coisa para ajudar!

— Muito bem, meu filho. Todos nós podemos ajudar a preservar o nosso planeta para que ele seja melhor, mais limpo e mais agradável. Sabe como? Dando o exemplo de amor e respeito pela vida e mostrando às outras pessoas como devem agir.

Henrique sentiu-se naquele instante como um homenzinho a quem fosse conferida grande tarefa.

Era tarde. Hora de voltar para casa.

Recomeçaram a caminhar, quando viram, vindo em sentido contrário, uma garotinha e sua mãe.

A menina, que tinha acabado de comprar um sorvete, desembrulhou o picolé, jogando o papel no chão.

Quando mãe e filha se aproximaram de Henrique e seu pai, um pequeno grilo surgiu do meio dos arbustos, saltando entre eles.

As reações foram diferentes. A garota tirou o sorvete da boca e correu até onde estava o inseto, levantando ameaçadoramente o pé para esmagá-lo.

Henrique também correu, e, mais rápido, jogou-se no chão e conseguiu pegar o grilo, antes que ela o atingisse com o pé.

Depois se levantou, ainda ofegante, acariciou o assustado grilo que repousava na palma de sua mão, sorriu satisfeito e disse:

— Por que queria matá-lo? Deixe-o viver! Ele não lhe fez mal algum!

E, ante o assombro de mãe e filha, coradas de vergonha, Henrique fitou o pai com orgulho, afirmando:

— Temos que preservar a vida, não é papai?

Em seguida, sem esperar resposta, reiniciou sua caminhada.

Deu alguns passos, mas sentiu que ainda faltava alguma coisa. Parou, virou-se para a menina e completou:

— E saiba que lugar de papel é no lixo!

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 5 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 05.05.23

“Sem a saudade o amor irá embora”.

 Autor: Allan Petermann

Poesia: Ao Sol do Campo

Prossegue, semeador, alçando monte acima,

A plantação da fé na gleba da esperança,

Ara, semeia, aduba, e, intimorato, avança,

Consagrado a servir no sonho que te arrima.


Não aguardes lauréis de transitória estima

E se a nuvem de angústia e lágrimas te alcança,

Deténs na própria fé refúgio e segurança

No grande espinheiral de amor que te sublima.


Vara vento, granizo, injúria, lama, prova,

E espalha, aqui e além, a paz que te renova,

No tempo a recordar solo vivo e fecundo.


Ama, serve e constrói! ... Onde lidas e esperas,

Trazes contigo a luz dos gênios de outras eras

Que promovem, com Cristo, a redenção do mundo.

Livro: Recanto de Paz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Auta de Souza.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 4 de maio de 2023

PENSAMENTO DO DIA 04.05.23

“Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional”.

 Autor: Roger Crawford

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Biografia: JOAQUIM CARLOS TRAVASSOS

1839 – 1915

Os Travassos existem de norte a sul do Brasil, acreditando-se serem descendentes longínquos de três irmãos portugueses que, perseguidos durante a dominação espanhola, se refugiaram em terras brasileiras. Um destes irmãos localizou-se na Ilha Grande (Estado do Rio de Janeiro), e possivelmente é ele o tronco do qual muito mais tarde, após várias gerações, surgiria, em 1839, Joaquim Carlos Travassos, que nasceu no município de Angra dos Reis, na Fazenda da Longa (Ilha Grande), de propriedade de seus pais, Cel. Pedro José Travassos e D. Emília Rita Travassos.

A família era composta de sete irmãos: quatro homens e três mulheres. Todos receberam boa educação, e Joaquim, ao término dos estudos preparatórios, ingressou na antiga Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com cerca de dezessete anos. Estudou com afinco e dedicação as dezoito cadeiras do curso, e à 30 de Agosto de 1862 apresentava sua tese à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sustentando-a com brilhantismo.

Aos 27 de Novembro de 1862, na presença de Suas Majestades Imperiais, conferia-se o grau de doutor aos novos doutorandos, entre ele o Dr. Joaquim Carlos Travassos.

Em 1862 ou 1863, contraía ele núpcias com Srta. Maria Antônia de Oliveira, que deu à luz duas filhas.

Aceitara as ideias espíritas numa época em que, de Kardec, só se achavam traduzidos para o português dois opúsculos: “O Espiritismo na sua expressão mais simples” e “Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita”. Os livros básicos da Codificação eram estudados no próprio francês de origem, língua, aliás, que todas as pessoas cultas obrigatoriamente deviam saber.

Antes de ser espírita, Travassos, de acordo naturalmente com a crença de seus pais, dizia-se católico. Entretanto, era, em verdade, um livre pensador, desprendido de dogmas e voltado para a Verdade, acrescentando que uma compreensão superior da vida o impedia de cair nas garras do fanatismo, seja religioso, científico ou político.

Não sabemos o motivo que o levara a ingressar no Espiritismo, mas foi pelo estudo ponderado das obras de Kardec e de outros autores, que ele, em pouco tempo, se tornou fervoroso adepto da Terceira Revelação. Tanto o francês quanto o inglês eram línguas que Travassos lia e traduzia com perfeição, e isto muito lhe facilitou o conhecimento da Doutrina.

Uniu-se a outros estudiosos dos fenômenos espíritas, formando-se um grupo de criteriosos e cultos observadores, grupo que coexistia com outros espalhados pelo País. Não havia ainda, no Rio de Janeiro, uma associação central que orientasse a propaganda e estabelecesse a união entre os poucos espíritas existentes. Somente a 2 de Agosto de 1873 se erigiu uma sociedade nesses moldes, a segunda em todo o território nacional, tomando o nome de “Grupo Espírita Confúcio”.

Sua primeira Diretoria, da qual o Dr. Joaquim Carlos Travassos fora secretário geral, ficou assim constituída: Dr. Siqueira Dias, presidente; Doutor da Silva Netto, vice-presidente; Sr. Eugênio Boulte, 2º secretário; Sr. Marcondes Pestana, 3º secretário Dr. Bittencourt Sampaio, Mme. Perret Collard e Mme. Rosa Molteno, membros do Conselho Fiscal.

Todos os adeptos cultos sentiam a necessidade urgente de serem traduzidos para o vernáculo as obras fundamentais de Kardec. O povo não conhecia o francês e a disseminação do Espiritismo encontrava, por isso mesmo, sérios embaraços. Além do mais, estavam surgindo vários grupos, onde os seus componentes mal conheciam os princípios mais elementares da Doutrina, tudo isto por falta de obras espíritas na língua nacional.

Travassos examinou todo este estado de coisas, e resolveu empreender a árdua tarefa de traduzir do francês as obras capitais de Allan Kardec.

Portanto, é a Travassos que o Brasil espírita deveu a primeira tradução das principais obras do Codificador, ou sejam: O Livro dos Espíritos, com o pseudônimo de Fortúnio, traduzido da 20ª edição francesa, sem data de publicação; O Livro dos Médiuns, em 1875, traduzido da 12ª edição francesa, sem o nome do tradutor; O Céu e o Inferno, em 1875, traduzido da 4ª edição francesa, sem o nome do tradutor; O Evangelho segundo o Espiritismo, em 1876, traduzido da 16ª edição francesa, sem o nome do tradutor.

A modéstia e a simplicidade de Travassos, qualidades que nos foram confirmadas por ilustre pessoa que com ele privou, impediram que o seu nome aparecesse. Todas essas quatro obras foram dadas à luz por intermédio da Editora B. L. Garnier, que igualmente, pelo muito que fez a prol da propaganda do Espiritismo pelo livro, merece a nossa admiração e o nosso reconhecimento.

Não foi tão somente a tradução das obras kardequianas a magna e importantíssima contribuição que Joaquim Carlos Travassos trouxe ao Espiritismo nascente no Brasil. A ele deve-se, também, o Doutor Adolfo Bezerra de Menezes. Logo que “O Livro dos Espíritos“ saiu do prelo, o Dr. Travassos ofereceu ao seu grande amigo Bezerra, a quem sinceramente admirava, um exemplar da obra. E foi esta que atraiu o então ilustre político para a Doutrina Espírita.

Com o advento da República, Travassos foi eleito senador na primeira Legislatura do Estado do Rio de Janeiro. Os Anais do Senado desse Estado (1891) registram os fatos ocorridos durante o curto período de existência dessa Casa Legislativa. A 1ª sessão preparatória realizou-se em 27 de Julho de 1891, e a sessão de instalação ocorreu a 4 de Agosto do mesmo ano, sob a presidência do Senador Demerval da Fonseca.

Travassos, na falta do Presidente, assumiu a presidência nas sessões de 28 de Julho e de 15 de Setembro, e por várias vezes atuou como 1º e 2º secretário.

Na sessão ordinária de 28 de Agosto de 1891, o nosso ilustre biografado apresenta um projeto de lei regulamentando a colonização e a imigração no Brasil, já declarando, naquele tempo, num longo e belo discurso, que a imigração é necessária, urgente, mas que seja posta em prática “sem empirismo e com todo o cuidado, a fim de que não venha a causar-nos maiores males futuros“. Entra numa bem argumentada exposição no que diz respeito à seleção do imigrante colonizador, e o seu verbo se desdobra em páginas cheias de vibração e sabedoria, nelas revelando o coração de um brasileiro que pulsa com força e carinho pelos problemas nacionais.

Este bem elaborado trabalho recebeu elogios de um dos homens mais competente na matéria, naquela época: o Visconde de Taunay, então presidente da Sociedade de Imigração do Brasil.

Após a queda do marechal Deodoro da Fonseca, subiu à Presidência da República Floriano Peixoto, que depôs todos os governadores que aderiram ao golpe de 3 de Novembro de 1891. O governo Portella, do Estado do Rio, caiu e o Congresso fluminense foi extinto. Travassos, contrário ao procedimento do “Marechal de Ferro“, abandonou a política, retirando-se à vida privada. Desde então dedicou todas as suas energias, com sinceridade e entusiasmo, aos estudos de pecuária e de agricultura, relacionando-os à economia do País, por compreender que o desenvolvimento do Brasil depende em larga escala da boa solução desses problemas.

A última parte da vida de Travassos foi acidentada e cheia de percalços. Basta dizer que no Rio de Janeiro, em menos de quinze anos, residiu nas ruas de São Carlos, José Bonifácio, Frei Caneca, Benjamim Constant (junto à Igreja Positivista), e cremos que na Praça Niterói. Em 1913 mudou-se para a rua Correia Dutra, onde, à 1 hora e 35 minutos da madrugada do dia 6 de Fevereiro de 1915, desencarnava com a idade de 76 anos, vitimado pela arteriosclerose.

Fonte do texto: Biografias Espírita. 
Imagem meramente ilustrativa(não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.