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quinta-feira, 31 de março de 2011

DESLIGAMENTO DO MAL

Antes da reencarnação, no balanço das responsabilidades que lhe competem, a mente, acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada pelos resultados das próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de libertar-se dos compromissos assumidos com os sindicatos das trevas.


Para isso partilha estudos e planos referentes à estrutura do novo corpo físico que lhe servirá por degrau decisivo no reajuste, e coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à feição de câmara corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das sugestões infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos.


Patronos da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança do povo, escolhem o próprio encarceramento da idiotia, em que se façam despercebidos pelos antigos comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles mesmos transformados em lobos inteligentes; espiões que teceram intrigas de morte e artistas que envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza de raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que, um dia, elegeram por associados e irmãos de luta mais íntima.


Criaturas insensatas, que não vacilavam em fazer a infelicidade dos outros, solicitam nervos paralíticos ou troncos mutilados, que os afastem dos quadrilheiros da sombra, com os quais cultivavam rebeldia e ingratidão; e homens e mulheres, que se brutalizaram no vício, rogam a frustração genésica e, ainda, o suplício da epiderme deformada ou purulenta, que provoquem repugnância e conseqüente desinteresse dos vampiros, em cujos fluidos aviltados e vômitos repelentes se compraziam nos prazeres inferiores.


Se alguma enfermidade irreversível te assinala a veste física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes alguém contigo, portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar semelhante dificuldade, como sendo a luz de uma bênção.


Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos ansiosos, pela mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões.


Livro: Justiça Divina – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

quarta-feira, 30 de março de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS




Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras




SANSÃO
Antigo membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863


21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.


Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa?


Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.


Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.


É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis?


Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?


Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal.


Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.


Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.

terça-feira, 29 de março de 2011

VIAGEM




A existência terrestre é uma viagem educativa.


Começa na meninice, avança pelos caminhos claros da plenitude física e altera-se na noite da enfermidade ou da velhice, para renovar-se, além da morte.


Repara, pois, como segues. Não te agarres aos bens materiais, senão no estritamente necessário, para que te faças valioso irmão no concurso aos companheiros de jornada e útil a ti mesmo.


Há muitos viajores que sucumbem na caminhada sob pesados madeiros de ouro a que se jungem, desorientados.


Não reclames devotamento do próximo, e sim, ama e auxilia a todos os que se aproximem de ti, para que o teu amor não desça do alto aos tenebrosos despenhadeiros do exclusivismo.


Muitos peregrinos enlouquecem o coração no mel envenenado das aflições doentias e demoram-se longos séculos na corrente viscosa do charco. Não prossigas viagem guardando ressentimento, para que não aconteça te prendas impensadamente aos labirintos do ódio.


Muitos viajantes, a pretexto de fazerem justiça, tombam insensatos, em escuras armadilhas da crueldade e da intriga, com incalculáveis prejuízos no tempo. Recorda que iniciaste a excursão terrestre sem qualquer patrimônio e encontraste carinhosos braços de mãe que te embalaram, amparando-te, em nome do Eterno.


Lembra-te de que nada possuis, à frente do Pai Celestial, senão tua própria alma e, por isso mesmo, só em tua alma amealharás o tesouro que a ferrugem não consome e que as traças não roem.


Prazer e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança, beleza da forma ou tortura do corpo físico, são simplesmente lições.


O caminho do mundo que atravessas cada dia é apenas escola.
Teus afetos mais doces são companheiros com tarefas diferentes das tuas. Segue sem imposição, sem preguiça, sem queixa e sem exigência.


O corpo é o teu veículo santo.


Não lhe conspurques a harmonia.


A experiência é tua instrutora.


Não lhe menosprezes o ensinamento.


O próximo de qualquer procedência é teu irmão.


Não o abandones.


O tempo é o empréstimo divino que recebeste do Céu, para a edificante peregrinação.


Valoriza-o com o teu aprimoramento no amor e na sabedoria.


E aceitando Jesus por mestre, em teus passos de cada hora, guarda a certeza de que, em breve, atingirás a alegria do sublime retorno ao Divino Lar.




Livro: Caridade – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 28 de março de 2011

ASSUNTOS DE TEMPO




Se você já sabe quão precioso é o valor do tempo, respeite o tempo dos outros para que as suas horas sejam respeitadas.


Recorde-se de que se você tem compromissos e obrigações com base no tempo, acontece o mesmo com as outras pessoas.


Ninguém evolui, nem prospera, nem melhora e nem se educa, enquanto não aprende a empregar o tempo com o devido proveito.


Seja breve em qualquer pedido.


Quem dispõe de tempo para conversar sem necessidade, pode claramente matricular-se em qualquer escola a fim de aperfeiçoar-se em conhecimento superior.


Trabalho no tempo dissolve o peso de quaisquer preocupações, mas tempo sem trabalho cria fardos de tédio, sempre difíceis de carregar.


Um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz.


Se você aproveitar o tempo a fim de melhorar-se, o tempo aproveitará você para realizar maravilhas.


Observe quanto serviço se pode efetuar em meia hora.


Quem diz que o tempo traz apenas desilusões, é que não tem feito outra coisa senão iludir-se.




Livro: Sinal Verde – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.

domingo, 27 de março de 2011

O DIVINO SERVIDOR

Quando Jesus nasceu, uma estrela mais brilhante que as outras luzia, a pleno céu, indicando a manjedoura.

A princípio, pouca gente lhe conhecia a missão sublime.

Em verdade, porém, assumindo a forma duma criança, vinha Ele, da parte de Deus, nosso Pai Celestial, a fim de santificar os homens e iluminar os caminhos do mundo.

O Supremo Senhor que no-lo enviou é o Deus de Todas as Coisas. Milhões de mundos estão governados por suas mãos.

Seu poder tudo abrange, desde o Sol distante até o verme que se arrasta sob nossos pés; e Jesus, emissário d’Ele na Terra, modificou o mundo inteiro.

Ensinando e amando, aproximou as criaturas entre si, espalhou as sementes da compaixão fraternal, dando ensejo à fundação de hospitais e escolas, templos e instituições, consagrados à elevação da Humanidade. Influenciou, com seus exemplos e lições, nos grandes impérios, obrigando príncipes e administradores, egoístas e maus, a modificarem programas de governo.

Depois de sua vinda, as prisões infernais, a escravidão do homem pelo homem, a sentença de morte indiscriminada a quanto não pensassem de acordo com os mais poderosos, deram lugar à bondade salvadora, ao respeito pela dignidade humana e pela redenção da vida, pouco a pouco.

Além dessas gigantescas obras, nos domínios da experiência material, Jesus, convertendo-se em Mestre Divino das almas, fez ainda muito mais.

Provou ao homem a possibilidade de construir o Reino da Paz, dentro do próprio coração, abrindo a estrada celeste à felicidade de cada um de nós.

Entretanto, o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança. Viveu num lar humilde e pobre, tanto quanto ocorre a milhões de meninos, mas não passou a infância despreocupadamente.

Possuiu companheiros carinhosos e brincou junto deles. No entanto, era visto diariamente a trabalhar numa carpintaria modesta. Viva com disciplina.

Tinha deveres para com o serrote, o martelo e os livros. Por representar o Supremo Poder, na Terra, não se movia à vontade, sem ocupações definidas.

Nunca se sentiu superior aos pequenos que o cercavam e jamais se dedicou à humilhação dos semelhantes.

Eis porque o jovem mantido à solta, sem obrigações de servir, atender e respeitar, permanece em grande perigo.

Filho de pais ricos ou pobres, o menino desocupado é invariavelmente um vagabundo. E o vagabundo aspira ao título de malfeitor, em todas as circunstâncias.

Ainda que não possua orientadores esclarecidos no ambiente em que respira, o jovem deve procurar o trabalho edificante, em que possa ser útil ao bem geral, pois se o próprio Jesus, que não precisava de qualquer amparo humano, exemplificou o serviço ao próximo, desde os anos mais tenros, que não devemos fazer a fim de aproveitar o tempo que nos é concedido na Terra?


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 26 de março de 2011


A Vida


De tudo, ficaram três coisas:

A certeza de que estamos sempre recomeçando...

A certeza de que precisamos continuar...

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto devemos fazer da interrupção um caminho novo...

Da queda um passo de dança...

Do medo, uma escada...

Do sonho, uma ponte...

Da procura, um encontro...


Fernando Sabino

sexta-feira, 25 de março de 2011


OBEDEÇAMOS


“Escrevi-te confiando na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que te digo”. – Paulo (Filemon, 1:21)


Escrevendo ao companheiro; Paulo não afirma confiar na inteligência que pode envaidecer-se e desgovernar-se.

Nem na força que induz à mentira.

Nem no entusiasmo suscetível de enganar a si próprio.

Nem no desassombro que, muita vez, é simples temeridade.

Nem no poder capaz de iludir-se.

Nem na superioridade que costuma desmandar-se no orgulho.

O apóstolo confia na obediência.

Não na passividade-cegueira que alimenta a discórdia e o fanatismo, mas na compreensão que se subordina ao trabalho por devotamento ao bem de todos, enxergando na felicidade alheia a felicidade que lhe é própria.

Para que atinjas a comunhão com o Senhor não é necessário te consagres ao incenso da adoração, admirando-o ou defendendo-o.

Obedece-lhe. Seguindo-lhe as recomendações aperfeiçoarás a ti mesmo pela cultura e pelo sentimento e terás contigo o amor e a lealdade, a harmonia e o discernimento, a energia e a brandura que garantem a eficiência do serviço a que foste chamado.

Saibamos, pois, - obedecer ao Senhor em nosso mundo íntimo e aprenderemos a fazer mais pela vida do que a vida espera de nós.


Livro: Segue-me – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


Fonte da imagem: Internet

quinta-feira, 24 de março de 2011


ESMAGAMENTO DO MAL


“E o Deus de paz esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés.” – Paulo. (Romanos, 16:20).


Em toda parte do Planeta se poderá reconhecer a luta sem tréguas, entre o bem e o mal.

Manifesta-se o grande conflito, sob as mais diversas formas, e, no turbilhão de seus movimentos, muitas almas sensíveis, de modo invariável, conservam-se na atitude de invocação aos gênios tutelares para que estes venham à arena combater os inimigos que as atordoam, prostrando-os de vez.

Solicitar auxílio ou recorrer à lei da cooperação representam atos louváveis do Espírito que identifica a própria fraqueza, contudo, insistir para que outrem nos substitua no esforço, que somente a nós outros cabe despender, demonstra falsa posição, suscetível de acentuar-nos as necessidades.

Satanás, representando o poder do mal, na vida humana, será esmagado por Deus; todavia, Paulo de Tarso define, com bastante clareza, o local da vitória divina. O triunfo supremo verificar-se-á sob os pés do homem.

Quando a criatura, pela própria dedicação ao trabalho iluminativo, se entregar ao Pai, sem reservas, efetuando-lhe a vontade sacrossanta, com esquecimento do velho egoísmo animal, apreendendo a grandeza de sua posição de espírito eterno, atingirá a vitória sublime.

O Senhor Todo-Paternal já se entregou aos filhos terrestres, mas raros filhos se entregaram a Ele. Indispensável, pois, não esquecer que o mal não será eliminado, a esmo, e sim debaixo dos pés de cada um de nós.


Livro: Pão Nosso, lição 27 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


Fonte da imagem: Internet

quarta-feira, 23 de março de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Causas Atuais das Aflições


4 – As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se quisermos, tem duas origens bem diversas, que importa distinguir: umas têm sua causa na vida presente; fora desta vida.

Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são as conseqüências naturais do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!

Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração! Que de dissensões de disputas funestas poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!

Quantos pais infelizes com os filhos, por não terem combatido as suas más tendências desde o princípio. Por fraqueza ou indiferença, deixaram que se desenvolvessem neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que ressecam o coração. Mais tarde, colhendo o que semearam, admiram-se e afligem-se com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes e as decepções da vida, interroguem friamente a própria consciência. Que remontem passo a passo à fonte dos males que os afligem, e verão se, na maioria das vezes, não podem dizer: “Se eu tivesse ou não tivesse feito tal coisa, não estaria nesta situação”.

A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria.

Os males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.

5 – A lei humana alcança certas faltas e as pune. O condenado pode então dizer que sofreu a conseqüência do que praticou. Mas a lei não alcança nem pode alcançar a todas as faltas. Ela castiga especialmente as que causam prejuízos à sociedade, e não as que prejudicam apenas os que as cometem. Mas Deus vê o progresso de todas as criaturas. Eis por que não deixa impune nenhum desvio do caminho reto. Não há uma só falta, por mais leve que seja, uma única infração à sua lei, que não tenha conseqüências forçosas e inevitáveis, mais ou menos desagradáveis. Donde se segue que, nas pequenas como nas grandes coisas, o homem é sempre punido naquilo em que pecou. Os sofrimentos conseqüentes são então uma advertência de que ele andou mal. Dão-lhe as experiências e o fazem sentir, a diferença entre o bem e o mal, bem como a necessidade de se melhorar, para evitar no futuro o que já foi para ele uma causa de mágoas. Sem isso, ele não teria nenhum motivo para se emendar, e confiante na impunidade, retardaria o seu adiantamento, e portanto a sua felicidade futura.

Mas a experiência chega, algumas vezes, um pouco tarde; e quando a vida já foi desperdiçada e perturbada, gastas as forças, e o mal é irremediável, então o homem se surpreende a dizer: “Se no começo da vida eu soubesse o que hoje sei, quantas faltas teria evitado; se tivesse de recomeçar, eu me portaria de maneira inteiramente outra; mas já não há mais tempo!” Como o trabalhador preguiçoso que diz: “Perdi o meu dia”, ele também diz: “Perdi a minha vida”.

Mas, assim como para o trabalhador o sol nasce no dia seguinte, e começa uma nova jornada, em que pode recuperar o tempo perdido, para ele também brilhará o sol de uma vida nova, após a noite do túmulo, e na qual poderá aproveitar a experiência do passado e pôr em execução suas boas resoluções para o futuro.

terça-feira, 22 de março de 2011


Na Educação Cristã


Prepara a terra e farás a sementeira.

Aduba o solo e terás a plantação.

Lavra a madeira e encontrarás a estátua divina.

Condiciona o barro e a argila dar-te-á o vaso.

Malha a bigorna e o ferro conferir-te-á benefícios.

Estuda e aprenderás.

Auxilia e colherás o auxilio.

Ampara e o suprimento do Céu responderá aos teus apelos.

Irmana-te com todos e todos te estenderão o concurso fraternal.

Ilumina os companheiros da retaguarda e os vanguardeiros do Amor alimentar-te-ão a lâmpada.

Produze bondade e estímulo em torno de teus passos e o incentivo do Mais Alto enriquecer-te-á o celeiro.

Acharás o que procuras.

Colherás o que semeias.

Eduquemos nos padrões de Jesus e o futuro será presidido pela realidade cristã.

Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo e salvar.

Em razão desta verdade o Senhor foi chamado o Divino Mestre, e, é ainda por isto que o Reino de Deus na Terra é obra de educação.


Livro: Doutrina E Aplicação – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.


Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 21 de março de 2011


PELAS MÃOS DO TEMPO


O ciclo anual no infinito do tempo é de algum modo, semelhante à existência no infinito da vida.

Na primavera temos a infância e a juventude, coloridas de suaves promessas.

No verão, encontramos a plenitude orgânica, repleta de energia.

No outono, vemos a madureza, tocada de experiência.

No inverno, sentimos a presença da noite fria e obscura, precedendo a alvorada nova.

Se te empenhas no aproveitamento do corpo terrestre como instrumento necessário à formação do futuro, reflete na bênção do dia e vale-te dela na própria renovação.

Para esse fim, não te despreocupes da mente, para que a criação, o trabalho e a vigilância te inspirem a caminhada na construção do porvir, que desejas entretecido de paz e luz.

Assume com a própria consciência, o compromisso da redenção de ti mesmo e resgata-o, com o respeito dentro do qual sabes solver no mundo a promissória bancária que te desafia a responsabilidade e envolve o nome.

Lembra-te das horas que escoam implacáveis e afeiçoa-te ao cumprimento do dever como sendo o culto da própria felicidade.

Observa o microcosmo em que a Lei Divina te situa temporariamente, no aprendizado salvador...

A família consangüínea, a casa de trabalho, a autoridade humana a que te subordinas; o templo de tua fé, o grupo dos amigos e dos desafetos e o caminho das obrigações inelutáveis, a se revelarem de hora a hora...

Repara o tesouro das oportunidades de serviço e faze dele abençoada escola de preparação espiritual, ante a imortalidade que te espera...

Exercita a bondade e enriquece-te de conhecimentos superiores; auxiliando aos que te rodeiam em cada instante de hoje que te foge ao olhar, e, da estação em que estiveres, partirás, pelas mãos do tempo, em demanda da sabedoria e do amor que te aguardam o coração, no Grande Amanhã, ao esplendor do Sol Inextinguível.


Livro: Taça de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 20 de março de 2011


O BURRO DE CARGA


No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias e remoques dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pêlo mal tratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

-Triste sina a que recebeste! Não invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

-Pudera! – exclamou um potro de fina origem inglesa – como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?

O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.

Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

-Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi esse miserável sofrendo rudemente nas mãos de bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu se não para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.

Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

-Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver se não sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

-Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade – informou o monarca -, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.

O empregado perguntou:

-Não prefere o árabe, majestade?

-Não, não – falou o soberano -, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

-Não quer o potro inglês?

-De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

-Não deseja o húngaro?

-Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

-O jumento serviria? – insistiu o servidor atencioso.

-De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

-Onde está o meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.

O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem.

Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar, servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 19 de março de 2011


A Senha

Sonhei que Eu estava em um enorme jardim,
neste sonho não tinha dor, era só amor,
e uma felicidade sem fim.

Comecei a contemplar a natureza, e pensei:
Meu Deus quanta beleza, envolta de tanta riqueza.
Talvez não merecia estar ali.

Caminhei um pouco mais, não pude deixar de notar,
Lírios com o seu perfume, rosas a bailar.

Os pássaros formavam uma orquestra,
Rios e cascatas embelezavam o lugar.

Crianças cantarolavam lindas canções de ninar,
Era a presença do Mestre Jesus, Iluminando aquele lugar.

Sentei sobre uma sombra fresca, de um enorme Jatobá,
quando uma voz meiga e suave começou a me falar:

Era a minha querida Mamãe,
Que há muito tempo partiu.

Conversamos por longo tempo até chegar
o momento e a hora do regressar.

Acordei um tanto emocionado, coração
descompassado mas, consegui suportar.

Naquele sonho maravilhoso,
Ficou uma linda mensagem de esperança
e de felicidade.

A senha para adentrar neste mundo é A CARIDADE...


Denílson Ferreira da Silva

sexta-feira, 18 de março de 2011


JULGAMENTOS


Observando os atos dos outros, é importante lembrar que os outros igualmente estão anotando os nossos. Sabemos, no entanto, de experiência própria que, em muitos acontecimentos da vida, há enorme distância entre as nossas intenções e nossas manifestações.

Quantas vezes somos interpretados como ingratos e insensíveis, por havermos assumido atitude enérgica ante determinado setor de nossas relações, após atravessarmos, por longo tempo, complicações e dificuldades, nas quais até mesmo os interesses alheios foram prejudicados em nossas mãos?

E quantas outras vezes fomos considerados relapsos ou pusilânimes, à vista de termos praticado otimismo e benevolência, perante aqueles com os quais teremos chegado ao extremo limite da tolerância?

Em quantas ocasiões estamos sendo avaliados por disciplinadores cruéis, quando simplesmente desejamos a defesa e a vitória dos entes que mais amamos, e em quantas outras passamos por tutores irresponsáveis e levianos, quando entregamos as criaturas queridas às provas difíceis que elas mesmas disputam, invocando a liberdade que as Leis do Universo conferem a cada pessoa consciente de si?

Reflete nisso e não julgues o próximo, através de aparências. Deixa que o AMOR te inspire qualquer apreciação, e, quando necessites pronunciar algum apontamento, num processo de emenda, coloca-te no lugar do companheiro sob censura e encontrarás as palavras certas para cooperar na obra de ilimitada misericórdia com que DEUS opera todas as construções e todos os reajustes.

Corrige amando o que deve ser corrigido e restaura servindo o que deve ser restaurado; entretanto, jamais condenes, porque o Senhor descobrirá meios de invalidar as posições do mal para que o bem prevaleça, e, toda vez que as circunstâncias te exijam examinar os atos dos outros, recorda que os nossos atos, no conceito dos outros, estão sendo examinados também.


Livro: Alma e Coração – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


Fonte da imagem: Internet.

quinta-feira, 17 de março de 2011


ERRADICAÇÃO DO MAL


Com exceção daqueles que vivem na Terra, no desempenho de tarefas especializadas de amor e elevação, todos os espíritos que se encarnam ou reencarnam no mundo se conservam no plano físico, assinalados em compromissos diversos, como seja:

Necessidade de evolução;

Imperativos de burilamento;

Encargos expiatórios;

Supressão de conflitos


Em vista disso, as piores calamidades suscetíveis de ocorrer na existência particular da criatura serão sempre;

Não conhecer obstáculos;

Ignorar limitações;

Jamais facear o peso do fracasso;

Não ter opositores

Não atravessar desilusões;

Não suportar, alguma vez o vazio da solidão.

Isso porque só a crise e o sofrimento realizam a mudança e só a mudança determina a renovação, através da qual o bisturi da vida pode fazer a erradicação do mal, no âmago de nós mesmos.


Livro: Paz e renovação – Médium: Chico Xavier – Espírito: Albino Teixeira.


Fonte da imagem: Internet

quarta-feira, 16 de março de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Os Tormentos Voluntários


FÉNELON
Lyon, 1860

23 – O homem está incessantemente à procura da felicidade, que lhe escapa a todo instante, porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam o inevitável cortejo desta vida, dele poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa. Ma ele a procura nas coisas perecíveis, sujeitas às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, única felicidade verdadeira neste mundo, ele procura com avidez tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo. E, coisa curiosa, parece criar de propósito os tormentos, que só a ele cabia evitar.

Haverá maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciúme?

Para o invejoso e o ciumento não existe repouso: sofrem ambos de uma febre incessante. As posses alheias lhes causam insônias; os sucessos dos rivais lhes provocam vertigens; seu único interesse é o de eclipsar os outros; toda a sua alegria consiste em provocar, nos insensatos como eles, a cólera do ciúme. Pobres insensatos, com efeito, que não se lembram de que, talvez amanhã, tenham de deixar todas as futilidades, cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, pois os seus cuidados não têm compensação no céu.

Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui; que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não inventa necessidades absurdas, e a calma em meio das tormentas da vida não será uma felicidade?

terça-feira, 15 de março de 2011


RECEITA CONTRA O EGOÍSMO


1 – Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.


2 – Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe A palavra.


3 – Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.


4 – Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertence, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.


5 – Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.


6 – Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.


7 – Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.


8 – Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.


9 – Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.


10 – Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.


Livro: Marcas do Caminho – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.


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segunda-feira, 14 de março de 2011


TEMPO E NÓS


Você diz que não tem dinheiro para socorrer aos necessitados, mas dispõe de tempo par auxiliar de algum modo.


Você afirma que não pode escrever longa carta ao amigo que lhe pede conforto, mas dispõe de tempo para fazer um bilhete.


Você diz que não possui elementos para clarear o caminho dos que jazem no erro, mas, dispõe de tempo a fim de articular algumas palavras, a benefício dos que se demoram na ignorância.


Você afirma que lhe falta competência, diante das tribunas edificantes, mas dispõe de tempo para essa ou aquela frase de esperança e consolo.


Você diz que não detém qualquer dom mediúnico que lhe garanta as atividades na sementeira do bem, mas, dispõe de tempo, a fim de colaborar na assistência aos irmãos em obstáculos muitos maiores do que os nossos.


Você afirma que não retém bastante saúde para alentar essa ou aquela tarefa no bem aos outros, mas dispõe de tempo que lhe faculta ofertar migalha de gentileza no amparo aos semelhantes.


Você diz que caiu moralmente e não mais pode estender a luz da fé, mas dispõe de tempo para levantar e seguir adiante.


Você afirma que o companheiro é difícil de suportar, mas dispõe de tempo para renovar-lhe a maneira de ser, através dos seus próprios exemplos.


Você diz que a dificuldade é insuperável, mas dispõe de tempo a fim de contorná-la, atingindo a realização do melhor.


Você afirma que a sua felicidade acabou e estira-se na estrada, como se a sua provação fosse mal sem remédio...


Meu amigo, observe o tempo, pense no tempo, aceite o tempo e agradeça ao tempo, de vez que o tempo recomeça a cada dia e todos nós, com a Bênção de Deus, tudo podemos recomeçar.


Livro: Aulas da Vida – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.


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domingo, 13 de março de 2011


O AMIGO SUBLIME


É sempre o amigo sublime.

Educa sem ferir-nos.

Diverte, edificando-nos o caráter.

Revela-nos o passado e prepara-nos, diante do porvir.

Repete-nos o que Sócrates ensinou nas praças de Atenas.

Descobre-nos ao olhar maravilhado as civilizações que passaram. O Egito resplandecente dos faraós, a Grécia dos filósofos e artistas, a Jerusalém dos hebreus, desfilam ante a nossa imaginação, ao seu toque espiritual.

Conta-nos o que realizou Moisés, o grande legislador.

Lembra-nos a palavra de Platão e Aristóteles.

Junto dele, aprendemos quanto sofreram nossos antepassados, na conquista do bem-estar de que gozamos presentemente.

Descreve-nos a inutilidade das guerras nascidas do ódio que devastaram o mundo Aconselha-nos quanto à sementeira de tranqüilidade e alegria. Ajuda-nos no entendimento de nós mesmos e na compreensão de nossos vizinhos. Dá-nos coragem para o trabalho, e humildade no caminho da experiência.

Sem ele, perderíamos as mais belas notícias de nossos avós e a obra da vida não alcançaria a necessária significação; passaríamos na Terra, em pleno desconhecimento uns dos outros, e a lição preciosa dos homens mais velhos não chegaria aos ouvidos dos mais novos; a religião e a ciência provavelmente não surgiriam à luz da realidade; os mais elevados ideais do espírito humano morreriam sem eco; a indústria, o comércio e a navegação não possuiriam pontos de apoio.

É o traço de união, entre os que ensinam e aprendem, entre os milênios que já se foram e o dia que vivemos agora.

É, ainda, a esse amigo abençoado que devemos a coleção de notícias e ensinamentos de Jesus, que renovam a Terra para o Reino Divino.

Esse inesquecível benfeitor do mundo é o livro edificante. Por isto, não nos esqueçamos de que todo livro consagrado ao bem é um companheiro iluminado de nossa vida, merecendo a estima e o respeito universal.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.


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sábado, 12 de março de 2011


A Vida Futura



Para que a sua vida tenha sentido
Um sentido maior e real
É preciso crer na vida futura
Isso é fundamental.

Deves entender que esse momento é passageiro.
Por mais tempo que passes aqui
Deves escolher melhor os teus valores
E pensar em sempre evoluir

Fazendo o bem, amando o próximo
Distribuindo a paz nesse mundo lindo
Se dispersando das ilusões que faz padecer,
E que dificulta sempre o caminho

Jesus, o mestre do amor
Modelo enviado por Deus
Para que possamos nos guiar.
Disse que a felicidade não é deste mundo.

Portanto, meu amigo!
Não vá se enganar.


Reynollds Augusto

sexta-feira, 11 de março de 2011


Lei de Retorno


“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. – Jesus. (João, 5:29).


Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação.

Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e imperecível?

As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte corporal. Suas realizações no porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora, todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz.

Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório.

É a volta à lição ou ao remédio.

Não lhes surge diferente alternativa.

A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus.

Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas.

Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador.

Através da referencia do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece.

Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.


Livro: Pão Nosso, lição 127 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


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quinta-feira, 10 de março de 2011


DIANTE DO MAL


Diante do campo surpreendido pelo fogo, o amigo da terra, compreendendo o valor da plantação que o mundo lhe confia, usa recursos numerosos para combater a devastação.

É a faixa isolante, limitando a chama devoradora.

É a projeção de água simples, com o intuito de abortar os impulsos do incêndio.

É a areia abafante, destinada a apagar a labareda tocada de violência.

A manifestação do mal é fogo na região em que os Desígnios Divinos situaram a nossa existência.

Oferecer-lhe bases de sustentação, através do ódio e da vingança, da reação e da discórdia, da antipatia cultivada e da maledicência, seria perpetuar-lhe a marcha de arrasamento.

Auxiliemos, assim, aos que nos rodeiam.

O ensinamento do Cristo resulta de princípio matemático, dentro da lei de reciprocidade.

Não eliminaremos o foco infeccioso, favorecendo-lhe a cultura.

Silenciemos diante daqueles que nos ofendem, trabalhemos em benefício dos que nos desajudam, amparemos a quem nos perturba e amemos, com positivas demonstrações de boa vontade, aos que nos perseguem ou caluniam...

Somente assim estaremos ajustando as colunas da verdadeira fraternidade, na construção do Reino do Senhor, na Terra, de vez que o Espiritismo Cristão é amor, fazendo sempre o melhor, na elevação e no aprimoramento da Vida e da Humanidade.


Livro: Fé, Paz e Amor – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 9 de março de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


O Suicídio e a Loucura


14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apóiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa idéia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.

A propagação das idéias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a idéia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a idéia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.

17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus.

O espírita tem, portanto, para opor à idéia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar.

De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes.

Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência.

terça-feira, 8 de março de 2011


NA LUTA EDUCATIVA


Mas pela graça de Deus sou o que sou... - Paulo. (I Coríntios, 15:10)


Ninguém nos desconhece a inferioridade de espíritos ainda vinculados aos processos evolutivos da Terra, sempre que tenhamos a nossas condições imperfeitas confrontadas com as qualidades sublimes que imaginamos nas entidades angélicas.

Não nos é lícito, porém, negar os recursos de aperfeiçoamento que já nos felicitam.

Somos incipientes no trato dos conhecimentos superiores, mas já estamos instruídos quanto à necessidade de adquiri-los.

Achamo-nos empenhados a débitos enormes, diante de muitas existências transcorridas no erro; no entanto, já sabemos que, se formos leais ao cumprimento dos deveres que o resgate nos impõe, é possível atenuar muitas dificuldades e transpor vitoriosamente as barreiras que nos separam da vitória sobre nós mesmos.

Experimentamos tentações escabrosas, segundo as falhas que ainda nos marcam a posição; todavia, não ignoramos que triunfaremos sobre todos os alvitres da sombra, desde que estejamos atentos aos impositivos do serviço e da vigilância.

Percebemos as fragilidades que nos assinalam a existência para o levantamento de construções morais nos domínios da virtude; entretanto, dispomos das mais nobres instruções para guiar-nos no caminho da elevação.

Melhoremo-nos, melhorando a vida.

Aprendamos para ensinar.

Impossível ocultar as deficiências de que somos ainda portadores; conquanto isso, podemos parafrasear Paulo de Tarso, asseverando: dentre os espíritos devedores e imperfeitos, reconhecemos estar em meio dos mais necessitados de regeneração e ensinamento, mas pela graça de Deus já somos o que somos.


Livro: Bênção de Paz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


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segunda-feira, 7 de março de 2011


O TEMPO I


O tempo é um empréstimo de Deus.

Elixir miraculoso – acalma todas as dores.

Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma.

Com o tempo erramos, com ele retificamos.

Em companhia dele esposamos graves compromissos e por ele amparados resgatamos todos nossos débitos.

Enquanto acreditamos que o tempo nos pertence, muitas vezes, caímos presas de cipoais de sombra, mas quando compreendemos que o tempo é de Deus, o nosso retorno à paz se concretiza em abençoada recuperação de nós mesmos para o amor que tudo regenera e tudo santifica.

Confiemos, assim, no tempo que o Senhor nos concede à própria libertação e prossigamos convertendo nossos problemas em lições e as nossas lições em bênçãos da Divina imortalidade.

Jesus está conosco e ao toque de sua Infinita Bondade todas as nossas experiências se transformam em motivo de felicidade imperecível.


Livro: Comandos do Amor – Médium: Chico Xavier – Espírito: Apparecida.


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domingo, 6 de março de 2011


DOS ANIMAIS AOS MENINOS



Meu pequeno amigo:

Ouça.

Não nos faça mal, nem nos suponha seus adversários.

Somos imensa classe de servidores da Natureza e criaturas igualmente de Deus.

Cuidamos da sementeira para que lhe não falte o pão, ainda que muitos de nossa família, por ignorância, ataquem os grelos tenros da verdura e das árvores, devorando germens e flores. Somos nós, porém, que, na maioria das vezes, garantimos o adubo às plantações e defendemo-las contra os companheiros daninhos.

Se você perseguir-nos, sem comiseração por nossas fraquezas, quem lhe suprirá o lar de leite e ovos?

Não temos paz em nossas furnas e ninhos, obrigados que estamos a socorrer as necessidades dos homens.

Você já notou o pastor, orientando-nos cuidadosamente? Julgávamo-lo, noutro tempo, um protetor incondicional que nos salvava do perigo por amor e lambíamo-lhe as mãos, reconhecidamente.

Descobrimos, afinal, que sempre nos guiava, ao fim de algum tempo, até ao matadouro, entregando-nos a impiedosos carrascos. Às vezes, conseguíamos escapar por momentos, tornando até ele, suplicando ajuda, e víamos desiludidos que ele mesmo auxiliava o verdugo a enterrar-nos o cutelo pela garganta a dentro.

A princípio, revoltamo-nos. Compreendemos, depois, que os homens exigiam nossa carne e resignamo-nos, esperando no Supremo Criador que tudo vê.

As donas de casa que comumente nos chamam, gentis, através de currais, pocilgas e galinheiros, conquistam-nos a amizade e a confiança, para, em seguida, nos decretarem a morte, arrastando-nos espantados e semi-vivos à água fervente.

Não nos rebelamos. Sabemos que há um Pai bondoso e justo, observando-nos, decerto, os padecimentos e humilhações, apreciando-nos os sacrifícios.

De qualquer modo, todavia, estamos inseguros em toda parte.

Ignoramos se hoje mesmo seremos compelidos a abandonar nossos filhinhos em lágrimas ou a separar-nos dos pais queridos, a fim de atendermos à refeição de alguém.

Por que motivo, então, se lembrará você de apedrejar-nos sem piedade?

Não nos maltrate, bom amigo.

Ajude-nos a produzir para o bem.

Você ainda é pequeno e, por isto mesmo, ainda não pode haver adquirindo o gosto de matar. Não é justo, assim, colocarmo-nos de mãos postas, ante o seu olhar bondoso, esperando de seu coração aquele amor sublime que Jesus nos ensinou?


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 5 de março de 2011


Ateus


O bilionário dizia
Que Deus é o ouro da mina,
No entanto, ao ver-se leproso,
Pediu a benção Divina.

Homem rico e gastador,
Grande ateu entre ateus,
Mas vendo o seu filho morto,
Clamou chorando por Deus.


Jair Presente

sexta-feira, 4 de março de 2011


LEI DO MÉRITO


Se presumes que Deus cria seres privilegiados para incensar-lhe a grandeza, pensa na justiça, antes da adoração.

Para isso, basta lembrar as circunstâncias constrangedoras em que desencarnaram quase todos os grandes vultos das ciências, das religiões e das artes, que marcaram as idéias do mundo, nas linhas da emoção e da inteligência.


Dante, exilado.

Leonardo da Vinci, semi-paralítico.

Colombo, em desvalimento.

Fernão de Magalhães, trucidado.

Galileu, escarnecido.

Behring, faminto.

Lutero, perseguido.

Calvino, endividado.

Vicente de Paulo, paupérrimo.

Spinoza, indigente.

Milton, privado da visão.

Lavoisier, guilhotinado.

Beethoven, surdo.

Mozart, em penúria extrema.

Braille, tuberculoso.

Lincoln, assassinado.

Joule, inválido.

Curie, esmagado sob as rodas de um carro.

Lilienthal, num desastre de aviação.

Pavlov, cego.

Gandhi, varado a tiros.

Gabriela Mistral, cancerosa.


E os gênios da altura de Hugo e Pasteur, Edison e Einstein, partiram da Terra menos dolorosamente, é forçoso reconhecer que passaram, entre os homens, também sofrendo e lutando, junto à bigorna do trabalho constante.

Cada consciência é filha das próprias obras.

Cada conquista é serviço de cada um.

Deus não tem prerrogativas ou exceções.

Toda glória tem preço.

É a lei do mérito de que ninguém escapa.


Livro: Justiça Divina – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.


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quinta-feira, 3 de março de 2011


OBEDIÊNCIA E VIDA


Todo progresso no mundo se baseia em evolução e seqüência.

Sem ordem e sem limites, sem dimensões e sem horários, a vida na Terra seria apenas o caos.

Todas as obras da Criação se revestem de grandeza, pela obediência com que se vinculam à Vida Cósmica.

Ninguém concebe férias para o Sol, a fim de que se refaça de imaginária fadiga.

Pessoa alguma espera que o mar se derrame, engolindo cidades, a não ser nos raros momentos que a História registra.

Seria ilógico pensar numa fonte que se voltasse para a retaguarda, resolvendo encerrar-se num poço.

Todo progresso no mundo se baseia em evolução e seqüência.

Realmente a liberdade autêntica existe, no entanto, essa liberdade tem o tamanho dos deveres cumpridos.

Sem ordem e sem limites, sem dimensões e sem horários, a vida na Terra seria apenas o caos.


Livro: Centelhas – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

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quarta-feira, 2 de março de 2011


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap.5 – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Motivos de Resignação


12 – Pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranqüilidade para o futuro.

O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo”. O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?

É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres. Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável. Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra. Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento. Eis por que precisamos recomeçar exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.

Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.

13 – O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o eu sofrimento, quando o considera mais longo. Ora, aquele que se coloca no ponto de vista da vida espiritual, abrange na sua visão a vida corpórea, como um ponto no infinito, compreendendo a sua brevidade, sabendo que esse momento penoso passa bem depressa.

A certeza de um futuro próximo e mais feliz o sustenta encoraja, e em vez de lamentar-se, ele agradece ao céu as dores que o fazem avançar. Para aquele que, ao contrário, só vê a vida corpórea, esta parece interminável, e a dor pesa sobre ele com todo o seu peso. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções. Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma, enquanto com a inveja, o ciúme e a ambição, entregam-se voluntariamente à tortura, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.