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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Vendilhões Expulsos do Templo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 26 - DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

5. Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: - e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo.

Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações?

Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões!

Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o perderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; - S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13).

6. Jesus expulsou do templo os mercadores.

Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma.

Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus.

Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ÁRVORE DA AMIZADE

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo.

Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida.

Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família, a qual respeitamos e desejamos o bem.

Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.

Muitos desses são designados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...

Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.

Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.

O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.

Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam aumentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade... Hoje e Sempre...

Simplesmente por que: Cada pessoa que passa em nossa vida é única.

Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.

Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.

Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 24 de agosto de 2013

O Trabalho dos Guias

Quando sentires da tristeza o véu
Cobrir-te a alma a soluçar de dor,
Tudo perdido, as esperanças mortas,
A vida escura sem nenhum calor...

Quando sentires, nessas noites longas,
Que a tua alma em sofrimento atroz
Perdeu o rumo, como perde o barco
Por entre a onda em vendaval feroz...

E na amargura em que tu te consomes
Ninguém te ajuda, nem um peito só;
E quando vires que os amigos falsos,
Inda te cobrem de mais lodo e pó...

É nesse instante que na escuridão
(Anjo celeste que enviou Jesus!)
Alguém o pranto que teus olhos vertem,
Aflito enxuga irradiando luz,

Anjo da Guarda de bondade imensa,
Cuja missão é dirigir-te o passo,
Contigo sofre porque não o ouviste,
E te atiraste ao traiçoeiro laço!

Oh! Quantas vezes! Quantas vezes! Quantas!
Tu, fascinado com a ilusão do mundo,
Ouviste o Anjo segredar baixinho:
"Foge depressa, que o abismo é fundo!"

Cumpre este Anjo sob a Luz do Cristo
Missão sublime que lhe deu Maria:
A de velar-te  não importa a hora,
Seja de noite, madrugada ou dia!

Quantas virtudes seu trabalho exige
Para realizar-se em teu escuro mundo:
Dedicação, que nem as mães possuem!
A humildade e um amor profundo!

Nos manicômios, no asilo ou creches,
Nos hospitais ou nas prisões cruéis,
Todos que sofrem nunca estão sozinhos,
Nem mesmo as moças dos fatais bordéis!

Por que não tentas conversar com o Guia?
Ouvi-lo podes através da mente!
E Anjo da Guarda tem visão do Cosmos!
E vê além deste viver presente!

Assim fazendo, encurtarás as provas
Que se acumulam no passar do dia;
Adeus tristezas, sofrimento, tédio!
Ouve inda hoje a sábia voz do Guia!

 Médium: Jorge Rizzini – Espírito: Casemiro de Abreu

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ASSUNTO DE TODOS

Efetivamente não dispões do poder de improvisar a paz do mundo; entretanto, Deus já te concedeu a faculdade de renunciar à execução dos próprios desejos, em favor da tranquilidade desse ou daquele ente querido, que depende de tua abnegação para ser mais feliz.

Não consegues estabelecer o entendimento fraternal entre todas as comunidades a que te vinculas; no entanto, a Divina Providência já te honrou com a bênção das palavras, no uso das quais podes entretecer a concórdia, no agrupamento de criaturas em que a vida te situou.

Não reténs o dom de te fazeres ouvir indefinidamente por todos, em todos os recantos do orbe, no levantamento do bem; todavia, a Sabedoria infinita já te confiou o benefício das letras, com as quais podes gravar os teus pensamentos nobres, inspirando bondade e segurança em tuas áreas de ação.

Não tens contigo os elementos precisos para sustentar a harmonia, nos lugares onde a Humanidade surge ameaçada de caos e perturbação, mas o Amor Supremo já te entregou a possibilidade de manter a ordem, quando não seja dentro da própria casa, pelo menos no espaço diminuto em que te dedicas ao trato pessoal.

Não extinguirás a fome que ainda atormenta vastos setores da Terra, mas podes ceder um prato em auxílio de alguém.

Não curarás todas as enfermidades que flagelam largas regiões em todo o Planeta. No entanto, podes ofertar, de quando em quando, uma hora de serviço no socorro aos doentes.

Não logras trazer o Sol para clarear os caminhos entenebrecidos durante a noite, mas podes acender uma vela e rechaçar a escuridão.

Realmente, por enquanto, nenhum de nós, os Espíritos em evolução na Terra pode jactar-se de ser uma enciclopédia de talentos para realizar todas as operações do Bem Universal, ante as leis de Deus, mas, ajustados às Leis de Deus, todos já possuímos recursos para evolver na direção do Bem-Maior, fazendo o bem que podemos fazer.

Livro: Rumo Certo, lição 7 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 17 de agosto de 2013

SUPORTAR NOSSA CRUZ

A cruz do Cristo é a do exemplo e do sacrifício, induzindo-nos à subida espiritual, nos domínios da elevação.

A nossa, porém, será, sobretudo, nós em nós mesmo.

Aguentar-nos como temos sido nas múltiplas existências passadas.

Carregar-nos com as imperfeições e dívidas que inadvertidamente acumulamos; entretanto, agradecendo e abençoando a lixívia de suor e pranto no resgate ou na tribulação com que as extirparemos.

Em muitos episódios difíceis da existência, consideramos demasiadamente amargo o cálice da prova redentora que se nos destina, mas, de maneira geral, não é a medicação providencial nele contida que nos aflige e sim a nossa própria debilidade em aceita-la.

Em numerosas crises do mundo, julgamos excessivamente pesada a carga dos desenganos que nos fustigam o espírito; no entanto, não é o volume das desilusões educativas, que nos são indispensáveis, aquilo que nos faz vergar os ombros da alma e sim o nosso orgulho ferido a se nos esfoguear por dentro do coração.

Suportar a nossa cruz será tolerar as tendências inferiores que ainda nos caracterizam, sem acalenta-las, mas igualmente sem condenar-nos, por isso, diligenciando esgotar em serviço, em paciência, em serenidade e em abnegação a sucata de sombras que ainda transportamos habitualmente no fundo das nossas atividades de auto aprimoramento ou reabilitação.

Chorar, em muitas ocasiões, mas nunca desesperarmos.

Errar ainda vezes muitas, no entanto, retificar-nos, em todos os lances da estrada, tantas vezes quantas se fizerem necessárias.

Reconhecer-nos no espelho da própria consciência, resignar-nos com as nódoas e cicatrizes emocionais da culpa que ainda se nos estampam na face espiritual e acatar no trabalho e no sofrimento a presença de cirurgiões divinos, cujo esforço nos regenerará os tecidos sutis da alma, preparando-nos e instruindo-nos para o Mundo Melhor.

Suportar nossa cruz jamais será maldizê-la ou lamenta-la e sim acolher-nos imperfeitos como ainda somos, perante Deus, mas procurando, por todos os meios justos, melhorar-nos e burilar-nos, avançando sempre, mesmo que vagarosamente, milímetro por milímetro, nos caminhos de ascensão para a Vida Eterna.

Livro: Rumo Certo, lição 59 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Preces Pagas

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 26 - DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

3. Disse em seguida a seus discípulos, diante de todo o povo que o escutava: -Precatai-vos dos escribas que se exibem a passear com longas túnicas, que gostam de ser saudados nas praças públicas e de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos festins - que, a pretexto de extensas preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão condenação mais rigorosa. (S. LUCAS, cap. XX, vv. 45 a 47; S. MARCOS, cap. XII, vv. 38 a 40; S. MATEUS, cap. XXIII, v. 14).

4. Disse também Jesus: não façais que vos paguem as vossas preces; não façais como os escribas que, "a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas", isto é, abocanham as fortunas.

A prece é ato de caridade, é um arroubo do coração. Cobrar alguém que se dirija a Deus por outrem é transformar-se em intermediário assalariado.

A prece, então, fica sendo uma fórmula, cujo comprimento se proporciona à soma que custe. Ora, uma de duas: Deus ou mede ou não mede as suas graças pelo número das palavras. Se estas forem necessárias em grande número, por que dizê-las poucas, ou quase nenhumas, por aquele que não pode pagar? E falta de caridade. Se uma só basta, é inútil dizê-las em excesso. Por que então cobrá-las?

É prevaricação.

Deus não vende os benefícios que concede. Como, pois, um que não é, sequer, o distribuidor deles, que não pode garantir a sua obtenção, cobraria um pedido que talvez nenhum resultado produza?

Não é possível que Deus subordine um ato de clemência, de bondade ou de justiça, que da sua misericórdia se solicite, a uma soma em dinheiro. Do contrário, se a soma não fosse paga, ou fosse insuficiente, a justiça, a bondade e a clemência de Deus ficariam em suspenso.

A razão, o bom senso e a lógica dizem ser impossível que Deus, a perfeição absoluta, delegue a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preço para a sua justiça.

A justiça de Deus é como o Sol: existe para todos, para o pobre como para o rico. Pois que se considera imoral traficar com as graças de um soberano da Terra, poder-se-á ter por lícito o comércio com as do soberano do Universo?

Ainda outro inconveniente apresentam as preces pagas: é que aquele que as compra se julga, as mais das vezes, dispensado de orar ele próprio, porquanto se considera quite, desde que deu o seu dinheiro.

Sabe-se que os Espíritos se sentem tocados pelo fervor de quem por eles se interessa.

Qual pode ser o fervor daquele que comete a terceiro o encargo de por ele orar, mediante paga?

Qual o fervor desse terceiro, quando delega o seu mandato a outro, este a outro e assim por diante?

Não será isso reduzir a eficácia da prece ao valor de uma moeda em curso?

Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 11 de agosto de 2013

A Expressão da Verdade

No tic-tac do tempo no compasso ininterrupto
Tornando em eternidade, os segundos e minutos.
Transformando em cinzas a matéria perecível.
Onde estão os carrascos cruéis da inquisição?
Que mataram sem piedade os indefesos cristãos
Derramando sangue num espetáculo inconcebível.

Onde estão os juízes que condenaram Jesus?
Ao martírio cruel morrer pregado em uma cruz
Onde estão os algozes que abriram as feridas
Onde os ditadores que semearam sobre a terra
A discórdia originando em devastadora guerra
Transgredindo as leis que regem nossas vidas.

Por certo todos passaram para o esquecimento
Um só permanece, é lembrado a todo o momento.
Não pela força e arrogância, mas pela humildade.
O mestre Jesus Cristo, o humilde por excelência.
Pelas suas palavras pronunciadas com eloquência
Permanece entre nós como expressão da verdade.

Autor: Noraldino

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

PERDOAR E COMPREENDER

Muita gente perdoa, no entanto, não compreende, e muita gente compreende, todavia, não perdoa.

Muitos companheiros se alheiam às ofensas recebidas, procurando esquece-las, mas querem distância daqueles que as formulam, sem lhes entender as dificuldades, e outros muitos compreendem aqueles que os molestam, entretanto, não lhes desculpam os gestos menos felizes.

Perdoar e compreender, porém, são complementos do amor e impositivos do aceitar os nossos companheiros da humanidade, tais quais são.

Reflitamos nisso, reconhecendo que o entendimento e a tolerância que os outros solicitam de nós são a tolerância e o entendimento de que nós necessitamos deles.

É possível que nos haja ferido e igualmente provável tenhamos ferido a outrem.

Alguém terá errado contra nós e teremos decerto errado contra alguém.

Pondera isso e compadece-te de todos os ofensores.

Quem te prejudica talvez age sob compulsiva da necessidade; quem te menospreza, possivelmente sofre a influência de transitórios enganos; aquele que te esquece com aparente descaso estará enfermo da memória, e aquele outro ainda que te golpeia evidentemente procede sob a hipnose da obsessão.

Nunca te revoltes, nem desanimes.

Faze o bem, olvidando o mal.

Desculpemos quaisquer faltas, compreendendo os autores delas, e compreendamos os nossos irmãos em falta, desculpando a todos eles.

O amparo espiritual que doemos agora, a favor de alguém, será o amparo espiritual de que precisaremos todos da parte de outro alguém.

Quando Jesus nos adverte: “perdoa setenta vezes sete a teu irmão”, claramente espera que venhamos a compreender outras tantas.

Livro: Rumo Certo, lição 56 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AFEIÇÕES

Devotar-nos-emos aos familiares e amigos queridos; no entanto, há que observar sempre o ponto exato em que seremos levados pelas circunstâncias da vida a facear problemas e lutas intransferíveis.

Quem não precisará de escora afetiva, quando o próprio Cristo, na travessia dos empeços terrestres, não dispensou o auxílio dos companheiros de apostolado?

Não será lícito esquecer a nossa própria necessidade de afeto; todavia, vejamos ainda em Jesus a lição do testemunho pessoal nas horas difíceis.

Por mais admiradores tivesse, nenhum deles lhe tomou o lugar nas crises supremas.

Assim também nós.

Os entes amados incentivar-nos-ão, no desempenho dos deveres que nos competem, mas não conseguirão cumpri-los por nós.

O professor prepara o aluno; entretanto, não lhe viverá, de futuro, os percalços da profissão.

Os próprios pais, por mais se ofereçam em holocausto pela felicidade dos filhos, não logram arredá-los das experiências a que se destinam, atendendo a causas variadas nas atividades de agora e daquelas outras que remanescem de passadas reencarnações.

Amemos nossos familiares e amigos, no entanto, sem exigir venham um dia a fazer o trabalho que nos cabe realizar.

Todos eles serão provavelmente criaturas admiráveis no entendimento e na virtude, mas não nos conhecem as lutas mais íntimas, tanto quanto de nossa parte não conhecemos as deles.

Auxiliemo-nos mutuamente, aceitando-lhes o concurso, sabendo, porém, poupá-los aos sofrimentos inúteis de viver nos obstáculos que nos digam respeito. Isso porque as afeições nos ajudam, na parte visível de nossas dificuldades; entretanto, urge reconhecer que não são capazes de solucionar por nós os problemas profundos que carregamos na intimidade indevassável do coração, onde estamos absolutamente insulados, entregues à nossa própria consciência e ao juízo de Deus.

Livro: Rumo Certo, lição 53 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 3 de agosto de 2013

IRMÃOS NECESSITADOS

É preciso compreender - mas compreender substancialmente - que nem todo mendigo é aquele que te requisita socorro material. Muito mais que os irmãos em penúria do corpo, solicitam-te amparo aqueles outros companheiros em aflição ou desvalimento, na vida íntima, a te pedirem apoio e consolação.

Muita vez, alcançam-te a esfera pessoal expectantes ou irritadiços, ansiosos ou arrogantes, qual se de coisa alguma necessitassem. Entretanto, é preciso estender-lhes o verbo amigo para que se habilitem à paz e ao refazimento.

Acolhe-os, pois, no clima da própria alma e dá-lhes do que puderes em fraternidade e ternura para que se restaurem.

Justo entender que, de maneira geral, quantos nos rogam orientação e conselho, no imo de si mesmos já sabem, à saciedade, o que lhes compete fazer.

Se cansados, não desconhecem que a fadiga não se lhes extinguirá num toque de mágica; se enfermos, estão cientes de que precisarão de remédio; se desiludidos, conhecem as farpas de angústia que lhes atormentam o coração, farpas essas que é imperioso retirar e esquecer; se carregam remorso, não ignoram que a dor da culpa não se lhes desaparecerá da consciência lesada, assim como por encanto.

O que semelhantes irmãos necessitados esperam de nós, quase sempre, é um tanto mais de força, afim de que possam seguir adiante.

Compadece-te de quantos te procuram, mergulhados em dúvida ou desespero.

Eles não aguardam de nós um milagre, cuja existência não admitem.

Procuram simplesmente a caridade de uma palavra compreensiva ou um gesto de paz que lhes propiciem renovação e bom ânimo.

Em suma, aspiram tão somente, a saber, que não se encontram sozinhos e de que Deus, por intermédio de alguém, não lhes terá esquecido as necessidades do coração.

Livro: Rumo Certo, lição 35 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Hoje foi postada a biografia do mês de Agosto de 2013 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a ÂNGELO LORENZETTI.


Mediunidade Gratuita

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 26 - DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

7. Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade e igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais.

Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre.

Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

8. Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam; a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão.

O simples bom senso repele semelhante ideia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros?

É fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade?

Os Espíritos levianos, mentirosos, brincalhões e toda a caterva dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos, sempre acorrem; prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade.

Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.

9. A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade.

A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar.

Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse.

Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido.

A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula.

Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda.

Essa ideia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI).

10. A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Pode pôr lhes preço? O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo.

Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver; recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

Fonte da imagem: Internet Google.