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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

COMER E BEBER


“Então, começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença e tens ensinado nas nossas ruas.” Jesus (LUCAS, 13:26)

O versículo de Lucas, aqui anotado, refere-se ao pai de família que cerrou a porta aos filhos ingratos.

O quadro reflete a situação dos religiosos de todos os matizes que apenas falaram, em demasia, reportando-se ao nome de Jesus. No dia da análise minuciosa, quando a morte abre, de novo, a porta espiritual, eis que dirão haver “comido e bebido” na presença do Mestre, cujos ensinamentos conheceram e disseminaram nas ruas.

Comeram e beberam apenas. Aproveitaram-se dos recursos egoisticamente.

Comeram e acreditaram com a fé intelectual. Beberam e transmitiram o que haviam aprendido de outrem. Assimilar a lição na existência própria não lhes interessava a mente inconstante.

Conheceram o Mestre, é verdade, mas não o revelaram em seus corações.

Também Jesus conhecia Deus; no entanto, não se limitou a afirmar a realidade dessas relações. Viveu o amor ao Pai, junto dos homens.

Ensinando a verdade, entregou-se à redenção humana, sem cogitar de recompensa. Entendeu as criaturas antes que essas o entendessem, concedeu-nos supremo favor com a sua vinda, deu-se em holocausto para que aprendêssemos a ciência do bem.

Não bastará crer intelectualmente em Jesus. É necessário aplicá-lo a nós próprios.

O homem deve cultivar a meditação no círculo dos problemas que o preocupam cada dia. Os irracionais também comem e bebem. Contudo, os filhos das nações nascem na Terra para uma vida mais alta.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 34 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

RECAPITULAÇÕES


“Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” (JOÃO, 12:43)

Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadências.

Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente.

Tudo instável.

A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações. O espírito humano, a seu turno, considerado insuladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.

Como esclarecer a anomalia? A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade. Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena que a glória de Deus.

Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas... e o dia que já se foi? Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova, O dia volta.

Refunde-se a existência. Todavia, que aproveita ao operário valer-se tão-somente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?

Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei?

Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 33 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

NUVENS


“E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a ele ouvi.” (LUCAS, 9:35)

O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte.

São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.

Por vezes, desespera-se envenenando as fontes da própria vida.

Desejaria, invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas estrelas que lhe embelezassem a noite. No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.

Conta-nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.

Encontravam-se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz.

Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro. Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina: “Este é o meu amado Filho, a ele ouvi!”

Manifestava-se a palavra do Céu, na sombra temporária.

A existência terrestre, efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos difíceis.

As penas e os dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 32 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

COISAS MÍNIMAS


“Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” Jesus (LUCAS, 12:26)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.

Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.

Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.

Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.

De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.

Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.

Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.

A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.

Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos.

Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 31 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

HISTÓRIA DE UM PÃO


Quando Barsabás, o tirano, demandou o reino da morte, buscou debalde reintegrar-se no grande palácio que lhe servira de residência.

A viúva, alegando infinita mágoa, desfizera-se da moradia, vendendo-lhe os adornos.

Viu ele, então, baixelas e candelabros, telas e jarrões, tapetes e perfumes, joias e relíquias, sob o martelo do leiloeiro, enquanto os filhos querelavam no tribunal, disputando a melhor parte da herança.

Ninguém lhe lembrava o nome, desde que não fosse para reclamar o ouro e a prata que doara a mordomos distintos.

E porque na memória de semelhantes amigos ele não passava, agora, de sombra, tentou o interesse afetivo de companheiros outros da infância...

Todavia, entre eles encontrou simplesmente a recordação dos próprios atos de malquerença e de usura.

Barsabás, entregou-se as lágrimas de tal modo, que a sombra lhe embargou, por fim, a visão, arrojando-o nas trevas.

Vagueou por muito tempo no nevoeiro, entre vozes acusadoras, até que um dia aprendeu a pedir na oração, e, como se a rogativa lhe servisse de bússola, embora caminhasse às escuras, eis que, de súbito, se lhe extingue a cegueira e ele vê, diante de seus passos, um santuário sublime, faiscante de luzes.

Milhões de estrelas e pétalas fulgurantes povoavam-no em todas as direções.

Barsabás, sem perceber, alcançara a Casa das Preces de Louvor, nas faixas inferiores do firmamento.

Não obstante deslumbrado, chorou, impulsivo, ante o Ministro espiritual que velava no pórtico.

Após ouvi-lo, generoso, o funcionário angélico falou sereno:

- Barsabás, cada fragmento luminoso que contemplas é uma prece de gratidão que subiu da Terra ...

- Ai de mim - soluçou o desventurado - eu jamais fiz o bem...

- Em verdade - prosseguiu a informante -, trazes contigo, em grandes sinais, a pranto e a sangue dos doentes e das viúvas, dos velhinhos e órfãos indefesos que despojaste, nos teus dias de invigilância e de crueldade; entretanto, tens aqui, em teu crédito, uma oração de louvor...

E apontou-lhe acanhada estrela, que brilhava a feição de pequenino disco solar.

- Há trinta e dois anos - disse, ainda, o instrutor -, deste um pão a uma criança e essa criança te agradeceu, em prece ao Senhor da Vida.

Chorando de alegria e consultando velhas lembranças, Barsabás perguntou:

- Jonakim, o enjeitado?

- Sim, ele mesmo - confirmou a missionário divino. - Segue a claridade do pão que deste, um dia, por amor, e livrar-te-ás, em definitivo, do sofrimento nas trevas.

E Barsabás acompanhou a tênue raio do tênue fulgor que se desprendia daquela gota estelar, mas, em vez de elevar-se as Alturas, encontrou-se numa carpintaria humilde da própria Terra.

Um homem calejado aí refletia, manobrando a enxó em pesado lenho...

Era Jonakim, aos quarenta de idade.

Como se estivessem os dois identificados no doce fio de luz, Barsabás abraçou-se a ele, qual viajante abatido, de volta ao calor do lar...

Decorrido um ano, Jonakim, o carpinteiro, ostentava, sorridente, nos braços, mais um filhinho, cujos louros cabelos emolduravam belos olhos azuis.

Com a benção de um pão dado a um menino triste, por espírito de amor puro, conquistara Barsabás, nas Leis Eternas, o prêmio de renascer para redimir-se.

Francisco Cândido Xavier - Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito Irmão X.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Obreiros de Deus


Escuta, alma querida,
Se a força que orienta as construções da vida
Resolveu entregar-te
A comunicação do bem e da cultura
Pelos caminhos da arte,
Por maior seja a dor que te renova e apura,
Nunca te desanimes
No alto ministério em que te pões,
Sê fiel à missão em que te exprimes,
Criando e recriando gerações.

Mesmo de coração amarfanhado,
Perante o mundo desatento,
Não desistas da luta que te alcança,
Em amassando, a trigo de esperança,
O pão do pensamento.

Entre a imortalidade e as visões da beleza,
Contempla o mundo à frente,
Pensa no plano artístico esplendente
Em que se fundamenta a Natureza.

Onde o verde se alonga, anota nos caminhos
Aves lembrando intérpretes de sonhos
E equipes orquestrais nos troncos e nos ninhos.
Quando a tarde aparece sobre os campos
E a sombra se desata,
Fita a erva a surgir sob adornos de prata
Feitos na tênue luz dos pirilampos.

Vejamos nos jardins:
Cravos recordam belos arlequins
Dançando ao sol e ao vento,
Enquanto sob o azul do firmamento,
Quase concretizando músicas divinas,
No tecido aromal que os entretece,
Os lírios são pierrôs filosofando em prece
E as rosas são alegres colombinas.

Quando as nuvens no Espaço
Lançam granizos e clamores,
Em raios e trovões ameaçadores
Nos golpes da tormenta,
De estrondo a estrondo e estilhaço a estilhaço,
É uma tragédia que se representa.

Sem que as distâncias possam esconde-las
Quando a treva noturna tudo invade,
Olha o bailado e as luzes das estrelas
Com notícias dos Céus na Imensidade!...

Assim também, alma querida,
Cumpre a missão que te engrandece a vida,
Educa, eleva, ampara, serve e ama...
Arte é divina chama,
Realeza sem plebeus,
E artistas que se dão ao trabalho fecundo
De aliviar a dor e melhorar o mundo
São obreiros da paz com mensagens de Deus.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

96 Os Que Dizem Senhor Senhor


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 18 - MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

6. Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. - Muitos, nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? - Eu então lhes direi em altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniquidade. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 21 a 23.)

7. Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. - Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. - Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derrubada; grande foi a sua ruína. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 24 a 27. - S. LUCAS, cap. VI, vv. 46 a 49.)

8. Aquele que violar um destes menores mandamentos e que ensinar os homens a violá-los, será considerado como último no reino dos céus; mas, será grande no reino dos céus aquele que os cumprir e ensinar. - (S. MATEUS, cap. V, v.19.)

9. Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! - Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos? Serão cristãos os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração. Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a Jesus: "Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?" Ele lhes responderá: "Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniquidades, vós que desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que expoliais as viúvas e cometeis adultério. Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de caridade."

São eternas as palavras de Jesus, porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas também o penhor da paz, da tranquilidade e da estabilidade nas coisas da vida terrestre. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia. O vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O MUNDO E O MAL


“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” Jesus (JOÃO, 17:15)

Nos centros religiosos, há sempre grande número de pessoas preocupadas com a ideia da morte. Muitos companheiros não creem na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra. A maioria aguarda situações imaginárias e injustificáveis para quem nunca levou em linha de conta o esforço próprio.

O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.

Orando ao Pai pelos discípulos, Jesus rogou para que não fossem retirados do mundo, e, sim, libertos do mal.

O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.

A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.

De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente.

Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis.

Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham. Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimorá-lo, combatendo o mal que está em nós.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 30 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

CONTENTAR-­SE


“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho” Paulo (FILIPENSES, 4:11)

A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas na Terra.

A vida simples, condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.

Pedem-se a Deus absurdos estranhos. Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das aquisições indispensáveis.

O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias.

Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução própria e atira se a aventuras de consequências imprevisíveis, em face do seu futuro infinito.

Se já compreendes tuas responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.

Estarás, acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 29 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

95 Muito Se Pedirá Àquele Que Muito Recebeu


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 18 - MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

10. O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. - Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, v. 47 e 48.)

11. Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos. - Alguns fariseus que estavam, com ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: Também nós, então, somos cegos? - Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas, agora, dizeis que vedes e é por isso que em vós permanece o vosso pecado. (S. JOÃO, cap. IX, v. 39 a 41.)

12. Estas máximas encontram, sobretudo, a sua aplicação no ensinamento dos espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o Evangelho, que os contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro destas quantos há que não o lêem, e, entre os que o lêem, quantos os que o não compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.

O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito: todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte.

Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico.

Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.

Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: "Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Cap. X, nº 9).

Por esta sentença: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecados", quis Jesus significar que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais culposos se mostravam aos olhos de Deus, do que o povo ignorante. O mesmo se dá hoje.

Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.

O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos.
Fonte da Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O ANIVERSÁRIO DE SARA


Sara estava indo para casa, após a escola, e ia toda serelepe conversando com sua amiga Ana, quando escuta um: CATAPLOF...

- Que será que aconteceu? Pergunta ela para Aninha.

E lá vão as duas correndo virar a esquina para ver o que tinha acontecido.

Quando viram a esquina, vejam só o que elas veem: um menino tinha escorregado e caído ao chão e ninguém foi ajudá-lo, muito pelo contrário, estavam rindo dele.

Sara, que sempre foi uma garota muito gentil, bondosa e simpática, corre logo para o lado dele e pergunta:

- Você se machucou? Tá doendo? Tem certeza que pode levantar para continuar andando até sua casa?

O menino muito agradecido, responde:

- Obrigada, não machuquei não, só ralei o joelho e dá sim para levantar e ir embora pra casa, obrigado.

E assim fizeram, Sarinha ajudou a pegar os livros que se espalharam pela rua e, dando-se tchau, cada um seguiu seu caminho.

Aninha, então, comenta com Sarinha:

- Puxa! Você sempre está ajudando alguém, né?

- Claro, Aninha, devemos procurar ajudar a todos.

Quando terminou o dever e guardava suas coisas de escola na mochila, pronto só ouviu um blaf-blef... Chegou à janela e viu que a bola com que os meninos jogavam futebol estava em seu jardim e foi então pegá-la para devolver aos meninos perguntando a eles se queriam uma torcida... O que os meninos sempre sorriam alegres e respondiam:

- Só se for a sua torcida, Sarinha...

Sara tinha uma porção de amigos, pois todos gostavam do seu jeitinho meigo, gentil, amigo, bondoso. Ela sempre emprestava o lápis, ajudava a professora, não empurrava ninguém na fila, sempre brincava um pouquinho nos brinquedos do parquinho, mas nunca deixava que alguém depois dela esperasse muito para poder brincar também, estava sempre com um sorriso e sempre numa alegria que fazia bem aos amiguinhos.

Mas... Aquele dia especialmente todos ficaram preocupados.

Por que será que os amigos de Sara estavam preocupados?

Pois é, Sara estava triste naquele dia e eles nunca tinham visto a Sara triste! Que será que aconteceu?

Aninha, chegou perto de Sara e perguntou:

- Oi, Sara. Tá tudo bem?

- Oi, Ana. Sim, está tudo bem.

- Por que você está triste?

- Deu para perceber foi? Sabe o que é? Meu pai perdeu o emprego e daí a situação lá em casa está meio complicada, sabe?

- Nossa!!

- Pois é, tudo lá em casa terá que se modificar até que ele encontre um novo emprego. E você sabe como gosto de fazer uma festinha no meu aniversário, né? Gosto de ver todos os meus amigos e comemorar com eles; mas...

Esse ano não será possível fazer isso, e fico chateada de não poder reunir a galera toda e brincarmos todos juntos...

- Que isso Sarinha, todo mundo vai entender isso. Não precisa ficar preocupada por causa disso...

- Eu sei que todo mundo vai compreender, mas é uma coisa que gosto e não vou poder ter esse ano... Mas você tem razão, nada de ficar triste por causa disso né? Poderemos numa outra ocasião fazer uma reunião, assim que meu pai conseguir novo emprego.

- Isso, aí.

E pronto, Sarinha já estava mais alegre e sorridente como sempre e todos gostaram de ver o sorriso dela voltar, pois lhes fazia muito bem.

E adivinhem o que os amiguinhos de Sara resolveram fazer? Eles se reuniram num cantinho do pátio do colégio, e estavam num buchicho só. Era um tititi danado; o que será que eles estavam aprontando?

Em todo lugar sempre tinha aquele olhar de um pro outro meio sapequinha, era um blablabla que ninguém entendia nadinha...

Até que chegou o dia do aniversário da Sara: eles cantaram parabéns em sala de aula, no pátio do colégio e isso a deixou muito muito feliz.

Só que depois todo mundo saiu numa disparada só depois da aula, sem muito lengalenga todo mundo foi para sua casa rapidinho, rapidinho...

Sarinha também foi para casa, almoçar, ajudar sua mamãe e fazer os deveres de casa.

Quando ela terminou o dever e estava guardando os livros na mochila, batem à porta.

- Ah. Deve ser o Sr. Luiz, o carteiro...

Que carteiro que nada; sabem quem era? Nãooo???

Eram todos os amiguinhos da Sara cantando parabéns e cada um com uma coisa: um segurava o bolo, outro um prato de salgadinho, outro com docinhos, outro com refrigerante, outro com bolas de soprar...

Aquele tititi todo que ninguém entendia era a preparação de uma festa surpresa para Sara: a mãe de uma amiguinha fez o bolo, a de outro amigo fez o salgadinho, a de outro os docinhos, a de outro comprou o refrigerante e assim puderam fazer a Sara muito feliz.

E foi a melhor festa de aniversário que Sara já teve e que os amiguinhos dela já foram, pois todos se ajudaram para deixar uma amiguinha feliz.

Autoria Desconhecida - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Onde


Onde escutes a voz
Que blasfema, ironiza, amaldiçoa,
Não ponhas discussão, agravando o azedume;
Ao invés de revide,
Usa sem mágoa o verbo que abençoa.

Onde o crime enlameie,
Com temerários ímpetos te fere,
A face da existência,
Não atires instinto contra instinto,
Semeia a tolerância! Ajuda e espere!...

0nde o erro domine,
Entretecendo cárceres e dores,
Não deites pedras no caminho alheio,
Patenteia a verdade sem reproche,
Dando bondade e luz por onde fores.

Onde o fracasso grite,
No cortejo de sombras em que avança,
Não repouses no chão de desalento,
A ninguém desanimes...
E recupera o clima da esperança.

Onde o mal apareça,
Azorragando o mundo sofredor,
Procuremos com Deus de Infinita Bondade
E sejamos em paz, pelos dons do serviço,
Uma bênção de amor.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

NOVA BIOGRAFIA


Hoje foi postada a biografia do mês de Outubro de 2019 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JERONYMO RIBEIRO.