Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Guia de publicações e atualizações deste Blog.

De 2ª, 3ª, 5ª e 6ª feira: Postagens de temas Espíritas diversos.

Na 4ª feira: Postagem de um texto do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Aos sábados:
Postagem de uma prece e uma poesia e troca da prece na coluna “Prece da Semana”.

Domingo: Postagem de uma História ou Estória de fundo Espírita.

No inicio de cada mês:
Nova biografia na coluna “Grandes Nomes do Espiritismo” e troca da “Imagem” do Blog.

Agradecido aos Amigos e Seguidores deste Blog, peço a Deus que me ilumine sempre a publicar matérias que possam de alguma forma trazer conhecimento da doutrina, paz e reconforto a todos.
Foi publicado hoje na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" a biografia do mês de Março em homenagem a EURÍPEDES BARSANULFO.

O PIOR INIMIGO


Um homem, admirável pelas qualidades de trabalho e pelas formosas virtudes do caráter, foi visto pelos inimigos da Humanidade que conhecemos por Ignorância, Calúnia, Maldade, Discórdia, Vaidade, Preguiça e Desânimo, os quais tramaram, entre si, agir contra ele, conduzindo-o à derrota.

O honrado trabalhador vivia feliz, entre familiares e companheiros, cultivando o campo e rendendo graças ao Senhor Supremo pelas alegrias que desfrutava no contentamento de ser útil.

A Ignorância começou a cogitar da perseguição, apresentando-o ao povo como mau observador das obrigações religiosas. Insulava-se no trato da terra, cheio de ambições desmedidas para enriquecer a custa do alheio suor. Não tinha fé, nem respeitava os bons costumes.

O lavrador ativo percebeu as notícias do adversário que operava, de longe, sorriu calmo e falou com sinceridade:

- A Ignorância está desculpada.

Surgiu, então a Calúnia e denunciou-o às autoridades por espião de interesses estranhos. Aquele homem vivia, quase sozinho, para melhor comunicar-se com vasta quadrilha de ladrões. O serviço policial tratou de minuciosas averiguações e, ao término do inquérito vexatório, a vítima afirmou sem ódio:

- A Calúnia estava enganada.

E trabalhou com dobrado valor moral.

Logo após, veio a Maldade, que o atacou de mais perto. Principiou a ofensiva, incendiando-lhe o campo. Destruiu-lhe milharais enormes, prejudicando-lhe a vinha, poluiu-lhe as fontes. Todavia, o operário incansável, reconstruindo para o futuro, respondeu sereno:

- Contra as sombras do mal, tenho a luz do bem.

Reconhecendo os perseguidores que haviam encontrado um espírito robusto na fé, instruíram a Discórdia que passou a assediá-lo dentro da própria casa. Provocações cercaram-no e amigos da véspera relegaram-no ao abandono.

O servo diligente, dessa vez, sofreu bastante, mas ergueu os olhos para o céu e falou:

- Meu Deus e meu Senhor, estou só, no entanto, continuarei agindo e servindo Teu nome. A Discórdia será por mim esquecida.

Apareceu, então, a Vaidade que o procurou nos aposentos particulares, afirmando-lhe:

- És um grande herói... Venceste aflições e batalhas! Serás apontado à multidão na auréola dos justos e dos santos!...

O trabalhador sincero repeliu-a, imperturbável:

- Sou apenas um átomo que respira. Toda glória pertence a Deus!

Ausentando-se a Vaidade com desapontamento, entrou a Preguiça e, acariciando-lhe a fronte com mãos traiçoeiras, afiançou:

- Teus sacrifícios são excessivos... Vamos ao repouso! Já perdeste as melhores forças!...

Vigilante, contundo, o interpelado replicou sem hesitar:

- Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.

Afastando-se a Preguiça vencida, o Desânimo compareceu. Não atacou de longe, nem de perto. Não se sentou na poltrona para conversar, nem lhe cochichou aos ouvidos. Entrou no coração do operoso lavrador e, depois de instalar-se lá dentro, começou a perguntar-lhe:

- Esforçar-se para quê? servir por quê? Não vê que o mundo está repleto de colaboradores mais competentes? que razão justifica tamanha luta? quem mandou nascer neste corpo? não foi a determinação do próprio Deus? não será melhor deixar tudo por conta de Deus mesmo? que espera? Sabe, acaso, o objetivo da vida? tudo é inútil... não se lembra de que a morte destruirá tudo?

O homem forte e valoroso, que triunfara de muitos combates, começou a ouvir as interrogações do Desânimo, deitou-se e passou cem anos sem levantar-se...



Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.

sábado, 27 de fevereiro de 2010


SOFRE E CONFIA


Por mais intensa a mágoa que te oprime,

Sob a aflição que ruge, longe ou perto,

Na tormenta, na dor, no lar deserto,

Guarda contigo a paz do amor sublime.



Em tua própria cruz, clara, se arrime

A fé suprema de teu passo incerto...

Chora, guardando o espírito liberto

De todo arrastamento à treva e ao crime.



Sorve o pranto na taça da amargura,

Sob a flagelação da noite escura,

Mas não te inclines para a fuga inglória.



Sofre e confia valorosamente,

Que amanhã brilhará no céu ridente

O teu dia de luz e de vitória.


Livro - Seguindo Juntos - Médium: Chico Xavier – Espírito: Arnold de Souza.


Nas Aflições da Vida



Deus todo poderoso, que vedes nossas misérias,

dignai-vos escutar, favoravelmente,

a súplica que vos dirijo neste momento.

Se meu pedido for inconveniente, perdoai-me;

Se for útil e justo aos vossos olhos,

que os bons espíritos que executam as vossas vontades,

venham em minha ajuda para a realização.



Como quer que seja, meus Deus, que vossa vontade seja feita.

Se meus desejos não forem atendidos,

é que é de vossa vontade provar-me,

e eu me submeto sem queixas.



Fazei que eu não desanime e nem desencoraje

e que nem minha fé e nem minha resignação sejam abaladas.


Que assim seja !!

Graças a Deus



Autor Desconhecido.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


A Procura da Fé


Enquanto dolorosos fenômenos políticos e sociais afligem os povos do mundo, a alma humana procura ansiosamente a fé.

Angustiado, desiludido, o homem do século vertiginoso, busca a solução do mistério do destino e do ser. Ele sabe que as civilizações vieram e passaram, que as guerras se sucederam às promessas de paz, que numerosos códigos surgiram e desapareceram, que as afirmações científicas e filosóficas não são as mesmas do passado próximo.

Onde a estabilidade?

Na dominação política? Não desconhece que Alexandre e Napoleão brilharam, como pirilampos, através de algumas noites.

Na cultura intelectual, pura e simplesmente? A inteligência desvirtuada fortalece os monstros bélicos.

No império dos sentidos? As emoções transitórias não resolvem o problema fundamental da vida.

Na satisfação egoística dos interesses individuais? É possível que a morte física se verifique para cada lutador terrestre em minuto inesperado.

Aflito, o transviado do País Divino recorre às religiões antigas, mas o culto externo, aparatoso e convencional, dificulta a visão da consciência.

O por isto que o Espiritismo, em sua feição de cristianismo restaurado, provoca os interesses de todos os trabalhadores do pensamento, sequiosos de libertação espiritual. Acorrem todos aos seus estudos, experiências e benefícios.

Urge compreender, todavia, que não se arrebata a luz divina, através dos aparelhos materiais, com que se observam os médiuns humanos, nem se colhe o trigo eterno da verdade, à força de interrogatórios e imposições.

A aquisição de qualquer utilidade terrestre exige pagamento ou compromisso. A obtenção da fé reclama, por sua vez, determinados valores da natureza espiritual. Buscar-lhe o valor positivo, exibindo um coração carregado de forças negativas das convenções terrestres é o mesmo que reclamar água cristalina da fonte, trazendo um cântaro cheio de vinagre e detritos.

Não vale experimentar sem entendimento, responsabilidade, sinceridade e consciência. A fé, ciosa de suas dádivas, não se interessa pelos insensatos, já de si mesmos recomendados à piedade do bem.

É por este motivo que Espiritismo sem a edificação do homem interior é simples fenômeno e de fenômenos estão repletos todos os recantos da vida. O por isto que a procura da fé, sem a reforma íntima dos interessados, em Jesus Cristo, costuma representar mera aventura da vaidade humana, impermeável à revelação superior, nas densas trevas dos abismos do “eu”.


Livro: Coletâneas do Além – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


ASCENDAMOS A LUZ DA VIDA


“Ressuscitai os mortos” – disse-nos o Senhor – mas se é verdade que não podemos ordenar a um cadáver se levante, é justo tentemos o reavivamento daqueles que nos acompanham, muitas vezes, mortificados pela dor ou necrosados pela indiferença.

Não nos esqueçamos.

Os verdadeiros mortos estão sepultados na carne terrestre.

Alguns permanecem no inferno do remorso ou do sofrimento criado por eles mesmos, acreditando-se relegados a supremo abandono; outros jazem no purgatório da aflição a que se arrojam, desprevenidos, em dolorosas súplicas de auxílio; e ainda outros repousam, inadvertidamente, em supostos céus de adoração religiosa, que, em muitos casos, são simples faixas de ociosidade mental.

Aguçai a visão e observaremos a infortunada caravana de fantasmas que seguem vacilantes e enganados, dentro da vida.

Há quem morreu sufocado em orgulho vão, no mausoléu da vaidade infeliz.

Há quem permaneça cadaverizado em sepulcro de ouro, incapaz de um simples olhar à plena luz.

Há mortos que vos partilham o pão cotidiano, no túmulo das terríveis ilusões que lhes anulam a existência e há corações paralíticos no catre da crueldade e da incompreensão que nos armam ciladas de angústia, a cada passo, para os quais se faz imprescindíveis a assistência de nossa devoção fraternal infatigável .

Se o Cristo penetrou o templo de vossa alma, auxiliemo-los na necessária ressurreição.

Acendamos a luz da vida.

Trabalhemos no bem, enriquecendo as horas de peregrinação terrena com os melhores testemunhos de nossa boa vontade para com os semelhantes em nome do Mestre da Redenção, para quem o nosso espírito já se inclina, à maneira da planta à procura do sol, de vez que somente irradiando a luz do Amor Infinito conseguiremos aniquilar e vencer, na Terra, as densas trevas da morte.


Livro: Servidores no Além - Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


MAIS AMOR


Ama sempre para que possas compreender sempre mais.

Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando sem proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, os felizes e os infelizes. Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d'alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.

Ajuda antes de qualquer indagação.

Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo de criaturas em que te encontras. A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.

Descerra o espírito à claridade dessa luz e perceberás a dor que, muitas vezes, se agita sob vestes douradas e observarás o brilho da vida que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras. Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.

Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soerguê-lo a mais altos destinos.

O nosso verbo pronunciará eloqüentes discursos.

A nossa pena escreverá páginas comovedoras.

A nossa influência social assegurar-nos-á subido destaque na vida pública.

As nossas facilidades econômicas garantir-nos-ão transitório respeito entre as criaturas.

Todavia, que será de nós sem o tesouro da compreensão que apenas o amor nos pode conferir?

Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam.

Só a luz é capaz de extinguir a sombra.

Só a sabedoria aniquila a ignorância.

Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.

Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando. Aprendamos a trabalhar e servir.

Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.

O momento é de prova? Ergue-te e aceita a vida.


Livro: Assim Vencerás – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Significado da Vida

Você já se perguntou qual o significado da sua vida? Para que você vive, trabalha, corre tanto, educa filhos, estuda, e tantas outras coisas?

Muitos de nós pouco paramos para pensar nessas coisas. Ou por falta de hábito ou por imaginar que não vale a pena parar para pensar nessas questões, e apenas vamos seguindo.

Seguimos buscando saciar necessidades básicas, preocupados com o comer, o dormir, o sustento próprio e o sustento dos seus, como se cada vida tivesse apenas um significado fisiológico e nada mais.

Vivendo assim, qual a diferença que haverá entre nossa vida e a vida dos irracionais?

Eles também se preocupam com essas questões.

A vida é valiosa demais para se restringir somente ao que diz respeito ao corpo, às necessidades do corpo ou aos prazeres a ele vinculado.

Como temos uma natureza espiritual, há a necessidade de se buscar um significado para a vida, que diga respeito também às questões da alma.

Não somos feitos somente de um corpo físico. Habitamos um corpo físico a fim de levar a cabo nossa experiência terrena.

Nossa alma preexistia antes do nosso corpo ser formado no ventre materno, assim como continuará a existir após o processo da morte desse corpo.

Assim, durante esse período em que estamos aqui em nosso planeta, vivenciando mais uma vez a experiência de estarmos reencarnados, não podemos esquecer nossa essência, sob pena de imputarmos, a nós mesmos, dificuldades maiores.

Quando os momentos de decisões graves na vida se fizerem, quando os dias de desafios chegarem, antes de optar por algum caminho, antes de definir ações, levemos em consideração as coisas da alma.

Jamais pautemos nossa vida somente pelas coisas que brilham aos olhos, esquecendo das que falam à alma.

Em um mundo onde as preocupações do ter muitas vezes são maiores do que as do ser, é necessário refletir qual efetivamente é o significado de estar vivendo, de estar reencarnado.

Jesus nos alerta a respeito, recomendando não nos preocuparmos com juntar tesouros que a ferrugem corrói, ladrões levam ou traças comem mas, sim, buscar tesouros que possamos guardar na intimidade do coração.

Quais os valores que elegemos para nossa vida?

A resposta a essa pergunta dirá qual o significado que damos a ela.

É sabedoria pautar a vida com a ponderação de quem sabe que está no mundo, porém a ele não pertence, posto que a morte nos levará de retorno à verdadeira pátria, o mundo espiritual.

Desta forma, vigiemos as fontes do nosso coração, para que lá possamos encontrar valores e estruturas para alimentar e cuidar não somente do corpo físico, mas sobretudo da alma, fonte verdadeira da vida.

Momento Espírita

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


NOS CAMINHOS DO TEMPO


Achamo-nos todos enleados nas teias da justiça, no campo infinito do tempo, buscando resgatar antigos débitos de ordem espiritual, uns à frente dos outros, e, enquanto nos encarceramos no propósito de cobrança, permaneceremos algemados ao poste mental das flagelações íntimas, encontrando no mundo vasto purgatório de nossos próprios sentimentos.

Só o amor verdadeiro, sentido e vivido, é capaz de subtrair-nos ao fardo da sombra.

Só ele possui bastante luz para dissipar as trevas de que somos antigos prisioneiros.

Não olvides a necessidade de desculpar infinitamente.

Diante da palavra que te magoe, cultiva o silêncio de quem auxilia sem o intuito de recompensa.

Compadece-te sempre.

O amigo que a vaidade cristalizou na ignorância, o familiar que se enregelou na indiferença, o companheiro que desertou do dever a cumprir, o irmão que se converteu em adversário, o inimigo gratuito que te parece são pessoas dignas de piedade.

Quando puderes submeter a própria vida ao câmbio do Cristo, que nos solicita permutar o bem pelo mal, transformando-te em manancial vivo da fraternidade legítima para todos os que te cruzem os passos, o amor será tua experiência, o gênio libertador do coração, pulverizando as sombras que ainda te ocultam os horizontes da Vida Maior, os quais em se descerrando os teus olhos deslumbrados, converter-se-ão em apelos de luz à tua própria ascensão.


Livro: Assim Vencerás - Médium: Chico Xavier - Espírito: Emmanuel.

domingo, 21 de fevereiro de 2010


AS TRÊS ORAÇÕES

Muitas vezes costumamos nos decepcionar com as preces que fazemos. Pedimos alguma coisa e a resposta nunca chega. Então, perdemos a confiança em Deus.

O que, não raro acontece, é que a resposta chega, mas não a compreendemos, por pensarmos que ela tenha que vir conforme o nosso pedido.

Acontece que o Criador sabe o que é melhor para nós.
A respeito disso existe uma antiga lenda que pode ilustrar melhor esse assunto.

Em grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus lhes concedesse destinos gloriosos e diferentes.

A primeira explicou que aspirava a ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra. Após ouvi-la, a segunda declarou que desejava ser utilizada na construção do carro que transportasse os tesouros desse rei poderoso, e a terceira, por último, disse então que almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse potentado, para indicar o caminho do céu.

Depois das preces formuladas, um mensageiro angélico desceu à mata e avisou que o Todo Misericordioso lhes recebera as rogativas e lhes atenderia às petições.

Decorrido muito tempo, lenhadores invadiram o horto selvagem e as árvores, com grande pesar de todas as plantas circunvizinhas, foram reduzidas a troncos, despidos por mãos cruéis.

Arrastadas para fora do ambiente familiar, ainda mesmo com os braços decepados, elas confiaram nas promessas do supremo senhor e se deixaram conduzir com paciência e humildade.

Qual não lhes foi, porém, a aflitiva surpresa!...

Depois de muitas viagens, a primeira caiu sob o poder de um criador de animais que, de imediato, mandou convertê-la num grande cocho destinado à alimentação de carneiros; a segunda foi adquirida por um velho praiano que construía barcos por encomenda e a terceira foi comprada e recolhida para servir, em momento oportuno, numa cela de malfeitores.

As árvores amigas, conquanto separadas e sofredoras, não deixaram de acreditar na mensagem de Deus e obedeceram sem queixas às ordens inesperadas que as leis da vida lhes impunham...

No bosque, contudo, as outras plantas tinham perdido a fé no valor da oração, quando, transcorridos muitos anos, vieram a saber que as três árvores haviam obtido as concessões gloriosas solicitadas...

A primeira, forrada de panos singelos, recebera Jesus das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço ao Dirigente mais alto do mundo.

A segunda, trabalhando com pescadores, na forma de uma barca valente e pobre, fora o veículo de que Jesus se utilizou para transmitir sobre as águas muitos dos Seus mais belos ensinamentos.

E a terceira, convertida apressadamente numa cruz em Jerusalém, seguira com Ele, o Senhor, para o monte e, ali, ereta e valorosa, guardara-lhe o coração torturado, mas repleto de amor no extremo sacrifício, indicando o verdadeiro caminho do reino celestial...

Todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces. No entanto, precisamos cultivar paciência e humildade para esperar e compreender as respostas de Deus.

Autor desconhecido

sábado, 20 de fevereiro de 2010



Ouve, Coração


Perguntas, coração,

Como sanar as dores sem medida,

De que modo enxugar a lágrima incontida

Sob nuvens de fel e de pesar!...

Recordemos o chão...

Quando o lodo ameaça uma estrada indefesa,

Em cada canto roga a Natureza:

Trabalhar, trabalhar.



Fita o aguaceiro que se fez tormenta.

Ao granizo que estala, o vento insulta;

Seio de mágoas que se desoculta,

A terra, em torno, geme a desvairar...

Mas, finda a longa crise turbulenta,

Sobre teto quebrado, pedra e lama,

Renasce a paz do céu que vibra e chama:

Trabalhar, trabalhar.



Ressurge, inalterado, o sol risonho,

Não pergunta se o mal ganhou no mundo

A tudo abraça em seu amor profundo,

A criar e a brilhar!

Recebe cada flor um novo sonho,

Cada tronco uma bênção, cada ninho

Canta para quem passa no caminho:

Trabalhar, trabalhar.



Assim também, nas horas de amargura,

Enquanto a sombra ruge ou desgoverna,

Pensa na glória da Bondade Eterna,

Acende a luz da prece tutelar!

E vencerás tristeza e desventura,

Obedecendo à voz de Deus na vida

Que te pede em silêncio, à alma ferida:

Trabalhar, trabalhar.

Médium: Chico Xavier – Espírito: Maria Dolores - Recebida na Comunhão Espírita Cristã, na noite de 20-11-65, em Uberaba, MG.

Paciência

A paciência é um exercício de amor e sabedoria.

Só amando podemos compreender os nossos semelhantes, ter tolerância e indulgência. Sem isto não há paciência.

Ajudai-me Senhor a ser paciente.

Vendo as falhas de nossos irmãos, possa compreendê-los com amor e paciência, sabendo que sou também um ser errante.

Dai Senhor, a paciência para educar e ensinar, para socorrer e tratar, para ouvir e calar, sem pressa saiba esperar.

Que eu possa dar, a cada momento da vida prova de amor e paciência a meus companheiros de jornada.

Que eu tenha olhos e compreensão para ser paciente para comigo.

Não permita Pai, que eu me perca na renovação e evolução de meu espírito, pela precipitação ou por julgamentos precipitados e impensados.

Que eu tenha sempre Vossa luz me iluminando para que eu saiba sempre: amar, compreender e ser paciente.

Amem.

Marina C. Cruz

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


PERANTE OS SONHOS


Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles.

Há mais sonhos em vigília que no sono natural.

Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho

Em tudo há sempre uma lição.

Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.

Objetivos elevados, tempo aproveitado.

Acautelar-se quanto às comunicações inter-vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara.

O Espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.

Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância.

A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.

Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal.

A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão.

Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.

O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações.


“E rejeita as questões loucas...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 2:23).


Ditado Pelo Espírito: André Luiz – Médium: Waldo Vieira

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


SENTIMENTO, IDÉIA E AÇÃO


Adulterar significa tisnar, viciar, mentir. . .

E nenhuma falta dessa espécie é mais lamentável que aquela de nossa deserção diante das Leis de Deus.

Não podemos olvidar, por isto, que toda negação do bem começa em nosso íntimo, transformando-se, logo após, em idéia, para exteriorizar-se, em seguida, no campo da ação.

Desse modo, podemos atender à justa autocrítica, analisando as nossas tendências ocultas e retificando os próprios hábitos, compreendendo que os nossos sentimentos fecundam, em nosso prejuízo, os resultados que nos caracterizam a marcha.

É assim que temos a preguiça sustentando a ignorância e a ignorância nutrindo a miséria

A malícia gerando a crueldade e a crueldade formando o crime. . .

A suspeita criando a maledicência e a maledicência armando a calúnia...

A disciplina criando o trabalho e o trabalho presidindo o progresso.

A bondade plasmando a cooperação e a cooperação construindo a beneficência. . .

O amor inspirando a renúncia e a renúncia garantindo a felicidade.

Não te esqueças, dessa forma, de que em ti mesmo se levanta o cárcere de sofrimento a que te aprisionas ou se ergue o ninho de bênçãos em que te preparas à frente de glorioso porvir.

Não basta te convertas em censor de consciências alheias para que o reequilíbrio do mundo se faça, vitorioso. É indispensável a nossa própria defesa contra o assalto das trevas, consoante o ensinamento da Revelação Divina, que recomenda vigiarmos o coração por situar-se nele o manancial das forças de nossa vida.


Livro: Mãos Unidas – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


SALVAÇÃO


Muitos se reportam ao Divino Salvador, como se o Mestre fosse apenas um doador de aposentadoria espiritual.

Entretanto, o conceito de salvação é, na realidade, muito diverso daquele que vulgarmente se lhe atribui.

Um navio é arrebatado à tormenta para servir àqueles que o tripulam.

Uma árvore consegue exonerar-se da praga que lhe corrói as raízes, a fim de produzir com eficiência e segurança.

Uma casa se sobrepõe à intempérie, de modo a atender aos que lhe ocupam as dependências.

Um enfermo é arrancado aos braços da morte, para recuperar a saúde e reassumir o seu posto de trabalhador respeitado e digno, no setor de luta em que foi chamado a viver.

Jesus não veio salvar as criaturas para situá-las num paraíso de ociosidade incompreensível.

O Excelso Semeador prescinde de flores simplesmente ornamentais que serviriam apenas como exaltação de parasitismo, injustificável em sua lavoura de redenção.

O Mestre veio até nós para transformar-nos em obreiros de seu Reino.

Veio salvar-nos da inutilidade que nos é própria, a fim de soerguer-nos à condição de cooperadores diligentes em sua construção de amor e concórdia.

Ninguém pretenda, desse modo, escalar o Céu sem a cruz da Terra ou senhorear a paz sem extinguir a guerra inferior das paixões escuras a se entrechocarem, violentas, no mundo de si mesmo.

À nossa frente, brilham as oportunidades de serviço no campo imenso da vida.

Somos convocados ao bem nos mínimos ângulos da caminhada.

Se quisermos, pois, a posição de tutelados do Cristo, busquemos servi-lo na pessoa do próximo, na convicção de que somente assim formaremos ao Seu lado a vanguarda sublime da luz.


Livro: Escrínio de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


NA TRILHA DA FELICIDADE


Falas comumente da felicidade, qual se te referisses à deidade remota, quando esse filão de alegria se te localiza ante os pés.

*

Felicidade, porém, não é conquista fácil, prodígio de herança, episódio social ou bafejo da fortuna.

Somos convidados pela vida a criá-la em nós e por nós, como sucede com todas as nossas aquisições humanas.

*

Plantas o milharal e o milharal te responde ao carinho com o tesouro da colheita.

Instalas a usina, junto de forças determinadas da natureza, e essas forças da natureza te retribuem com vigorosos reservatórios de força.

No mesmo sentido, a felicidade atira as próprias sementes no caminho de todos, especialmente entre aqueles que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e, a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas de esperança e ventura, tranqüilidade e cooperação.

*

Aqui, o próximo em penúria te solicita singela fatia de reconforto; ali, se te pede ligeiro auxílio a favor de mães e crianças desamparadas; além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti alguns minutos de atenção e bondade, categorizados por eles à conta de apoio celeste; adiante, as vítimas das inquisições sociais esmolam-te simpatia e compreensão num olhar de ternura; mais adiante, os caídos em viciação e delinqüência suplicam-te apenas uma palavra de encorajamento e de paz que lhes dulcifique o coração; e, por toda a parte, amigos e adversários, muitas vezes, aguardam de ti uma frase só de entendimento e generosidade, fé e bênção, que os auxilie a caminhar.

Descerra a própria alma à influência do Cristo que jamais se segou a criar o bem nos outros e para os outros e, um dia, escutarás de espírito jubiloso, ao te despedires dos nossos irmãos da Terra:

- "Bendito sejas, coração amigo! O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste".


Livro: Mãos Unidas – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


DIANTE DO AMANHÃ


Compreendemos, sim, todos os teus cuidados no mundo, assegurando a tua tranqüilidade.

Organizas com esmero a casa em que vives.

Proteges as vantagens imediatas da parentela.

Preservas, apaixonadamente, a segurança dos filhos.

Atendes, com extremado carinho, ao teu grupo social.

Valorizas o que possuis.

Arranjas habilmente o leito calmo.

Selecionas, com fino gosto, os pratos do dia.

Defendes como podes a melhoria das tuas rendas.

Aspiras a conquistar salário mais amplo.

Garantes o teu direito, á frente dos tribunais.

Vasculhas avidamente o noticiário do que vai pelo mundo.

Sabes procurar, com pontualidade e respeito, os serviços do médico e os préstimos do dentista.

Marcas horárias para o cabeleireiro.

Escolhes com devoção o filme que mais te agrada.

Examinas a moda, ainda mesmo com simplicidade e moderação, como quem obedece á força de um ritual.

Questionas sucessos políticos.

Discutes veementemente os serviços públicos.

Tentas, de maneira instintiva, influenciar opiniões e pessoas.

Desvelas-te em atrair a simpatia dos companheiros.

Observas, a cada instante, as condições do tempo, como se trouxesses, obrigatoriamente, um barômetro na cabeça.

Tudo, isso meu irmão da Terra, é compreensível, tudo isso é preocupação natural da existência.

No entanto, não conseguimos explicar o teu desvairado apego ás ilusões de superfície, nem entendemos porque não dedicas alguns minutos de cada dia, de cada semana ou de cada mês, a refletir na transitoriedade dos recursos humanos, reconhecendo que nada levarás, materialmente, do plano físico, tanto quanto, afora os bens do espírito, nada trouxeste ao pousar nele.

Ainda assim, não te convidamos á idéia obcecaste da morte, porquanto a morte é sempre a vida noutra face.

Desejamos tão-somente destacar que, nessa ou naquela convicção, ninguém fugirá do porvir.

Disse o Cristo: “andai enquanto tendes luz”.

Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo, para fazer luz em nós.


Livro: Justiça Divina – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 14 de fevereiro de 2010


O MENSAGEIRO DO AMOR


Falava-se na reunião, com respeito à preponderância dos sábios na Terra, quando Jesus tomou a palavra e contou, sereno e simples: — Há muitos anos, quando o mundo perigava em calamitosa crise de ignorância e perversidade, o Poderoso pai enviou-lhe um mensageiro da ciência, com a missão de entregar-lhe gloriosa mensagem de vida eterna.

Tomando forma, nos círculos da carne, o esclarecido obreiro fez-se professor e, sumamente interessado em letras, apaixonou-se exclusivamente pelas obras da inteligência, afastando-se, enojado, da multidão inconsciente e declarando que vivia numa vanguarda luminosa, inacessível à compreensão das pessoas comuns.

Observando-o incapaz de atender aos compromissos assumidos, o Senhor Compassivo providenciou a viagem de outro portador da ciência que, decorrido algum tempo, se transformou em médico admirado.

O novo arauto da Providência refugiou-se numa sala de ervas e beberagens, interessando-se tão somente pelo contacto com enfermos importantes, habilitados à concessão de grandes recompensas, afirmando que a plebe era demasiado mesquinha para cativar-lhe a atenção.

O Todo-Bondoso determinou, então, a vinda de outro emissário da ciência, que se converteu em guerreiro célebre.

Usou a espada do cálculo com mestria, pôs-se à ilharga de homens astuciosos e vingativos e, afastando-se dos humildes e dos pobres, afirmava que a única finalidade do povo era a de salientar a glória dos dominadores sanguinolentos.

Contristado com tanto insucesso, o Senhor Supremo expediu outro missionário da ciência, que, em breve, se fez primoroso artista.

Isolou-se nos salões ricos e fartos, compondo música que embriagasse de prazer o coração dos homens provisoriamente felizes e afiançou que o populacho não lhe seduzia a sensibilidade que ele mesmo acreditava excessivamente avançada para o seu tempo.

Foi, então, que o Excelso Pai, preocupado com tantas negações, ordenou a vinda de um mensageiro de amor aos homens.

Esse outro enviado enxergou todos os quadros da Terra, com imensa piedade.

Compadeceu- se do professor, do médico, do guerreiro e do artista, tanto quanto se comoveu ante a desventura e a selvageria da multidão e, decidido a trabalhar em nome de Deus, transformou-se no servo diligente de todos.

Passou a agir em benefício geral e, identificado com o povo a que viera servir, sabia desculpar infinitamente e repetir mil vezes o mesmo esforço ou a mesma lição.

Se era humilhado ou perseguido, buscava compreender na ofensa um desafio benéfico à sua capacidade de desdobrar-se na ação regeneradora, para testemunhar reconhecimento à confiança do Pai que o enviara.

Por amar sem reservas os seus irmãos de luta, em muitas situações foi compelido a orar e pedir o socorro do Céu, perante as garras da calúnia e do sarcasmo; entretanto, entendia, nas mais baixas manifestações da natureza humana, dobrados motivos para consagrar-se, com mais calor, à melhoria dos companheiros animalizados, que ainda desconheciam a grandeza e a sublimidade do Pai Benevolente que lhes dera o ser.

Foi assim, fazendo-se o último de todos, que conseguiu acender a luz da fé renovadora e da bondade pura no coração das criaturas terrestres, elevando-as a mais alto nível, com plena vitória na divina missão de que fora investido.

Houve ligeira pausa na palavra doce do Messias e, ante a quietude que se fizera espontânea no ruidoso ambiente de minutos antes, concluiu ele, com expressivo acento na voz: — Cultura e santificação representam forças inseparáveis da glória espiritual.

A sabedoria e o amor são as duas asas dos anjos que alcançaram o Trono Divino, mas, em toda parte, quem ama segue à frente daquele que simplesmente sabe.


Livro: Jesus no Lar, lição 09 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lucio.

sábado, 13 de fevereiro de 2010


ELES VOLTARÃO


Encontrá-los-ás talvez a cada passo, nas sendas do dia-a-dia: os companheiros que se distanciaram da confiança em Deus e em si mesmos, tentando inutilmente a fuga do próprio mundo íntimo.

Acreditaram na intangibilidade do poder humano e resvalaram nas próprias fraquezas...

Admitiram a superioridade da forma e verificaram, assombrados de sofrimento, a desagregação das estruturas materiais...

Galgaram o pináculo da inteligência materialista e acabaram desmemoriados, à feição de musicistas que perderam as cordas dos violinos raros em que se manifestavam...

Conquistaram a riqueza amoedada, sem apoio no trabalho construtivo da paz e do progresso, da cultura e da beneficência e compraram com ela as enfermidades que os impelem à morte prematura...

Senhorearam influências vigorosas e viram-se relegados aos desvãos do esquecimento...

Matricularam-se nos excessos do prazer e titularam-se em conhecimentos amargos...

Desprezaram responsabilidades que lhes honorificavam a existência e caíram nos tóxicos em que, debalde, procuram renovação e esperança...

Se sofreste a separação de amigos queridos, mas transviados da confiança em Deus, sem possibilidades de socorrê-los, de imediato, ora pela tranqüilidade de cada um e não te detenhas no trabalho a realizar.

Prossegue com o bem, pelo bem e junto daqueles que se dedicam ao bem de todos e espera com paciência.

A verdade não tem pressa.

O tempo, com o amparo de Deus, saberá descobri-los para trazê-los de volta à posição que assumiam.

Eles, os companheiros que se ausentaram da fé na Divina Providência, não são maus e sim doentes da atenção e da memória, do sentimento e do raciocínio que regressarão à realidade.

Para isso, porém, é imperioso não os desprezes.

Endereça-lhes um pensamento de paz e simpatia, sempre que te assomem à lembrança, na certeza de que apenas estagiam na escola da experiência a fim de retornarem, mais tranqüilos e mais felizes, à seara do bem para se identificarem plenamente com os desígnios de Deus.


Livro: Inspiração – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


DIANTE DO TEMPO


Contempla o mundo a que voltaste, através da reencarnação, para resgatar o passado e construir o futuro.

Sol que brilha, nuvem que passa, vento que ondula, terra expectante, árvore erguida, fonte que corre, fruto que alimenta e flor que perfuma utilizam a riqueza das horas para servir.

Aproveita, igualmente, os minutos, para fazeres o melhor.

Perdeste nobres aspirações em desenganos esmagadores: no entanto, as esperanças renascem no coração dilacerado, à maneira de rosas sobre ruínas.

Perdeste créditos valiosos na insolvência passageira que te aflige o caminho; todavia, o trabalho dar-te-á recursos multiplicados para conquistas novas.

Perdestes felizes ocasiões de prosperidade e alegria, à vista da calúnia com que te ferem, mas, no culto da tolerância, removerás a maledicência, demandando níveis mais altos.

Perdestes familiares queridos que te largasses à solidão; no entanto, recuperá-los-ás tão logo consigas sazonar os frutos do entendimento, na esfera da própria alma.

Perdeste afetos sublimes na fronteira da morte; todavia, reaverão todos eles, um dia, quando te sentires de espírito liberado, nos planos da Grande Luz.

Perdeste dons preciosos, na enfermidade que te flagela, mas o próprio corpo físico é santuário que se refaz.

Observa, contudo, o que fazes do tempo e vale-te dele para instalar bondade e compreensão, discernimento e equilíbrio, em ti mesmo, porque o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltara.


Livro: Justiça Divina – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


MENSAGEM


Meus amigos, que a paz do Senhor nos fortaleça o coração na grande jornada.

O Espiritismo Cristão é a porta de luz que se abre à humanidade.

Amigos, nunca nos cansaremos de vos conclamar ao serviço da verdade e do bem.

Falando-vos, guardamos a impressão de endereçar a palavra às fileiras da frente, àqueles que sustentam as lutas mais ásperas, que sofrem o mais perigoso assédio das forças das trevas.

Conhecemos a dificuldade, a dor, o fel que vos amarga o coração, ante os ataques da sombra; entretanto, somos os felizes depositários da fé viva, lutadores que se rejubilam com as próprias chagas e encontram benditas claridades nas lutas de cada dia, porquanto nos encontramos a serviço d'Aquele que é a Luz dos Séculos.

Muitas escolas religiosas foram chamadas para servi-Lo, entretanto, esquecem-se os expositores respectivos do trabalho universal da paz e do amor com o Cristo, perdendo-se nos desfiladeiros do sectarismo destruidor.

Procuram Jesus, através das dissensões e da separatividade como se não bastassem mais dois mil anos de ódio e separação entre as criaturas de Deus.

Nossa tarefa é mais alta.

Propomo-nos a atender ao chamado do Mestre através de nossa própria renovação, para que a nossa existência se constitua em pregação viva do Evangelho.

Não alimenteis qualquer dúvida.

O triunfo integral ainda permanece à distância.

Até lá, é preciso subir o Calvário, negando a nós mesmos e suportando a cruz que nos diz respeito.

Pedradas da ignorância, açoites da ingratidão, surpresas inquietantes dos caminhos escuros vos surpreenderão na marcha para o Alto, no entanto, mantende a vossa fé, porque Jesus, o Mestre Divino, socorrerá o discípulo fiel, onde quer que se encontre, estendendo-lhe a mão amiga.

Jesus estabelecerá, entre os homens, o prometido Reino de Paz e Amor.

Lembrai-vos dos companheiros dos tempos apostólicos.

Eles não morreram.

Ressurgem das catacumbas distantes para falar-vos da necessidade de servir aos propósitos do Senhor até o fim da edificação do Mundo Melhor.

Vigorosas energias fluem para nós outros, do mais alto.

É preciso não desanimar. O futuro com a vitória do bem, nos pede esforço supremo.

Confiai, trabalhai sempre e esperai na Paz de Jesus.

Que Ele nos fortaleça e revigore o ânimo, concedendo-nos a armadura interior da consciência tranqüila, são os votos do amigo de sempre.


Livro: Doutrina e Vida. – Médium: Chico Xavier - Espírito: Casimiro Cunha.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


O FILHO DO ORGULHO


O melindre - filho do orgulho - propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.

Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo:

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.

O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.

O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que se supõe menosprezado, encerrando atividades na imprensa.

A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.

O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-se infantilmente injuriado.

O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.

O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando comparecimento da criança.

O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.

A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.

O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.

O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.

Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.

A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados.

Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.

Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.

Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.

Cabe-nos ouvir a consciência e segui-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.

E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...



Livro: O Espírito da Verdade - Médium: Chico Xavier - Espírito: Caírbar Schutel.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


O IRMÃO


"A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa, não trata com leviandade, não se ensoberbece." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 13:4).


Quem dá para mostrar-se é vaidoso.

Quem dá para torcer o pensamento dos outros, dobrando-o aos pontos de vista que lhe são peculiares, é tirano.

Quem dá para livrar-se do sofredor é displicente.

Quem dá para exibir títulos efêmeros é tolo.

Quem dá para receber com vantagens é ambicioso.

Quem dá para humilhar é companheiro das obras malignas.

Quem dá para sondar a extensão do mal é desconfiado.

Quem dá para afrontar a posição dos outros é soberbo.

Quem dá para situar o nome na galeria dos benfeitores e dos santos é invejoso.

Quem dá para prender o próximo e explorá-lo é delinqüente potencial.

Em todas essas situações, na maioria dos casos, quem dá se revela um tanto melhor que todo aquele que não dá, de mente cristalizada na indiferença ou na secura; todavia, para aquele que dá, irradiando o amor silencioso, sem propósitos de recompensa e sem mescla de personalismo inferior, reserva no Plano Maior o título de Irmão.


Livro: Vinha de Luz, lição 163 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


INDULGÊNCIA


Cada nascer do sol é nova luz para que aí nos desfaçamos da sombra que ainda nos obscurece o espírito.

E, nos círculos da evolução em que ainda te agitas, a claridade matinal é como que o convite sempre renovado para as obras do bem.

A Infinita Bondade do Céu te apagou a lembrança temporariamente, afim de que o esquecimento te valorize a movimentação da consciência sempre livre para escolher.

Cada sofrimento é uma sombra que estende no passado e que volta ao presente a fim de que a transformes em luz.

Sem a chave da reencarnação, a vida inteira reduzir-se-ia a escuro labirinto.

De existência a existência, no mundo, nossa individualidade imperecível sofre o desgaste da imperfeição, assim como o aprendiz, de curso a curso, na escola, perde o fardo da ignorância.

Suporta as dificuldades com amor na certeza de que a morte virá um dia aclarar-ter o pensamento e devolver-te a visão.

É natural solicites socorro à Infinita Bondade, no entanto, não rogues serviço conforme a tua capacidade, mas, sim capacidade segundo o serviço que te compete.

Corações isolados na sensibilidade egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, parecem cardos amargosos na terra seca.

Almas em sofrimento constante que sabem cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem passa os melhores testemunhos de amor e coragem são roseiras abençoadas, produzindo flores de paz e alegria, sobre os pinheiros terrestres.

Perdão é requisito essencial no erguimento da libertação e da paz.

Casamento, companheirismo, equipe, agrupamento e sociedade são instituições nas quais é forçoso que o verbo amar seja conjugado todos os dias.

“Acharás o que procuras” – disse-nos o Senhor.

E, em cada instante de nossa vida, estamos recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a colheita melhor de amanhã.

Moléstias do corpo e impedimentos do sangue, mutilações e defeitos, inquietações e deformidades, fobias complexas e deficiências inúmeras constituem pontos de corrigenda do nosso passado que hoje nos restauram a frente do futuro.

O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio. O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.

Combatemos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.

Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.

As dores que recebemos são a colheita dos espinhos que arremessamos.

Agora ou amanhã, recolheremos sempre o fruto vivo de nossa sementeira.

Quem se vinga desce aos despenhadeiros da sombra.

Façamos luz no espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da própria imortalidade.

Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.

Caridade que ampara com o objeto de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiros do orgulho.

Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.

Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.

A caridade legítima jamais aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece, não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.

Mobilizemos nossos verbalísticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.

A língua revela o conteúdo do coração.

Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.

Vale-te das benções do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a dor e a luta de agora por preciosos recursos de reajuste, concórdia e sublimação.

Nem ontem, nem amanhã, mas agora...


Mensagem recebida por Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

domingo, 7 de fevereiro de 2010


O SUSTENTO DO CORPO E DO ESPÍRITO


Certo aprendiz, em conversa com o professor, queixou-se de grande incapacidade para reter as lições.

Sentia-se sonolento, desmemoriado...

Ao cabo de alguns instantes de leitura, esquecia de todo os textos mais importantes, ainda mesmo os que se referissem às suas mais prementes necessidades.

Que fazer para evitar a perturbação?

Travou-se então entre os dois o seguinte dialogo:

– Meu filho, quando tens sede, foges do copo d água?

– Impossível. Morreria torturado.

– Quando nu, abandonas a veste?

– De modo algum. Não dispenso o agasalho.

– Esqueces de levar o alimento à boca, ao te apresentarem a refeição?

– Nunca. Como poderia andar sem comer?

– Pois também não podes viver sem educação - concluiu o orientador. – Lembra-te dessa verdade e estarás acordado para os ensinamentos de nossos mestres.

O mentor do grupo esboçou silencioso gesto de bom humor e salientou:

– Nossa alma precisa estudar e conhecer, tanto quanto nosso corpo necessita de respirar e nutrir-se.

Livro: Antologia da Criança - Médium: Chico Xavier – Espírito: Meimei.

sábado, 6 de fevereiro de 2010


MATURIDADE


Se já prestamos serviço sem perguntar se a criatura está precisando...

Se já auxiliamos nas boas obras sem aguardar recompensa...

Se procuramos o trabalho que nos compete sem rogar que outros nos substituam nas próprias obrigações...

Se não registramos ressentimentos...

Se cooperamos espontaneamente em favor do próximo...

Se buscamos a própria renovação sem esperar que os outros bitolem emoções e idéias pelo nosso coração ou pela nossa cabeça...

Se estudamos os problemas da existência e da alma sem que ninguém nos obrigue a isso...

Se amamos sem cogitar se os outros nos amam...

Se reconhecemos que a nossa liberdade unicamente é válida pelo dever que cumprimos...

Se já sabemos esquecer o mal, para valorizar o bem...

Se já conseguimos calar todos os assuntos que induzam à intranqüilidade e ao pessimismo...

Então estaremos atingindo as faixas benditas da maturidade com a Via Superior.



Livro: Aulas da Vida - Médium: Chico Xavier – Espírito: Albino Teixeira.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010


DÁDIVA DE DEUS


Desculpar as ofensas sem comentá-las


Auxiliar os companheiros do caminho sem falar disso a ninguém.


Humilhar-se para os amigos, a fim de conservá-los.


Escutar referências infelizes envolvendo-as em silêncio.


Ver quadros inconvenientes ou destrutivos apagando-lhes as imagens e as cores na memória, para que não cheguem à conversação.


Solucionar problemas dessa ou daquela pessoa amiga, sem que ela venha a saber disso.


Abster-se de qualquer comentário infeliz, quando o propósito de enunciá-lo nos visite a cabeça.


Repetir informações sem alterar a voz e sem críticas, mesmo risonhas, com os nossos semelhantes que ainda não hajam adquirido a suficiência desejável no domínio da compreensão.


Respeitar as mágoas alheias, vestindo-as com a benção da amizade e do entendimento.


Aceitar sem melindres a irritação de qualquer pessoa, sem excitá-la com respostas esfogueantes.


Apagar o braseiro da discórdia, no nascedouro, sem contar vantagens de semelhante construção espiritual.


Estejamos certos de que as dádivas em favor dos homens são todas elas bênçãos da vida que a vida nos retribuirá fatalmente; no entanto, existem dádivas para Deus que os beneficiados desconhecem, e que Deus saberá premiar com a luz da alegria e com a paz do coração.


Livro: Cura – Médium: Chico Xavier – Espírito: Irthes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


JUSTIÇA EM NÓS MESMOS


Não nos esqueçamos do mundo vasto de nós mesmos, onde a consciência amparada pela razão, nos adverte, serena e incorruptível, quanto às normas que nos cabe esposar, em favor de nossa segurança e alegria.

Muitas vezes, recorremos ao parecer dos outros nos assuntos que nos dizem de perto à paz espiritual, com receio do parecer de nossa própria alma e, quase sempre, apelamos para a orientação de muitos encarnados e desencarnados, por nos sentirmos incapazes de escutar os avisos de nosso templo interior, em cujo altar, a Bondade Divina nos concita às obrigações que a vida nos delegou.

Em muitas ocasiões, queixamo-nos dos companheiros que nos partilham a luta, cegos para com a nossa posição reprovável diante deles; declaramo-nos desditosos e perseguidos, sem perceber os calhaus de amargura que lançamos, desassisados, no caminho dos outros e arrojamo-nos a reivindicações descabidas, sem observar que nós próprios fomos os autores da desconsideração que nos arrasa ou desprestigia...

Em várias circunstâncias, reclamamos o trabalho do próximo sem dar a mínima parte da quota de serviço que lhe devemos, exigimos que a tranqüilidade nos favoreça, alimentando a guerra silenciosa e tenaz contra os nossos vizinhos e bradamos contra as perturbações que nos visitam a casa, cultivando a leviandade e a calúnia, a destruição e a maledicência...

Tenhamos desta maneira, a coragem de examinar a nós mesmos, ouvindo a própria consciência que jamais nos engana quanto ao rumo que nos compete seguir.

Decerto, é muito fácil julgar a conduta alheia e repetir a famosa frase: - “Se fosse comigo faria assim”.

Mas, é sempre difícil atender à justiça em nós mesmos para retificar as próprias atitudes e corrigir os próprios atos.

Acendamos cada dia, por alguns instantes, a luz da prece em nosso próprio íntimo e roguemos a Jesus nos ensine a ver e a discernir para que, através da oração possamos aprender e servir sem compromissos escuros nos laços da tentação.


Livro: Semeador Em Tempos Novos – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


ORAÇÃO E VIGILÂNCIA



Disse-nos Jesus: "Orai e vigiai".

Sim, oremos e vigiemos.

Orai amando.

Vigiai servindo.

Orai compreendendo.

Vigiai auxiliando.

Orai confiando.

Vigiai esclarecendo.

Orai refletindo.

Vigiai realizando.

Orai abençoando.

Vigiai construindo.

Orai esperando.

Vigiai aprendendo.

Orai ouvindo.

Vigiai semeando.

Orai, pacíficos.

Vigiai, operosos.

Orai, tranqüilos.

Vigiai, seguros.

Abraçando a oração e a vigilância, dignifiquemos a nossa edificação espírita-cristã, ofertando-lhe o melhor de nossas vidas.

E integrados nessas duas forças da alma, sem as quais se nos fará impraticável o aprimoramento íntimo, para atender aos desígnios do Eterno, permaneçamos, cada dia e cada hora, no refúgio da fé renovadora que nos enobrece a esperança, com a felicidade de trabalhar e com o privilégio de servir.



Livro: Mais Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Batuíra.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


LIVRES, MAS RESPONSÁVEIS


Tema - Liberdade e responsabilidade.

A quem nos pergunte se a criatura humana é livre, responderemos afirmativamente.

Acrescentemos, porém, que o homem é livre, mas responsável, e pode realizar o que deseje, mas estará ligado inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.

Para esclarecer o assunto, tanto quanto possível, examinemos, em resumo, alguns dos setores de sementeira e colheita ou, melhor, de livre-arbítrio e destino em que o espírito encarnado transita no mundo.

POSSE - O homem é livre para reter quaisquer posses que as legislações terrestres lhe facultem, de acordo com a sua diligência na ação ou seu direito transitório, e será considerado mordomo respeitável pelas forças superiores da vida se as utiliza a benefício de todos, mas, se abusa delas, criando a penúria dos semelhantes, de modo a favorecer os próprios excessos, encontrará nas conseqüências disso a fieira das provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da abnegação.

NEGÓCIO - O homem é livre para efetuar as transações que lhe apraza e granjeará o título de benfeitor, se procura comerciar com real proveito de clientela que lhe é própria, mas, se arrasa a economia dos outros com o fim de auferir lucros desnecessários, com prejuízo evidente do próximo, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da retidão.

ESTUDO - O homem é livre para ler e escrever, ensinar ou estudar tudo o que quiser e conquistará a posição de sábio se mobiliza os recursos culturais em auxílio daqueles que lhe partilham a romagem terrestre; mas, se coloca os valores da inteligência em apoio do mal, deteriorando a existência dos companheiros da Humanidade com o objetivo de acentuar o próprio orgulho, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do discernimento.

TRABALHO - O homem é livre para abraçar as tarefas a que se afeiçoe e será honorificado por seareiro do progresso se contribui na construção da felicidade geral; mas se malversa o dom de empreender e agir, esposando atividades perturbadoras e infelizes para gratificar os seus interesses menos dignos, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do serviço aos semelhantes.

SEXO - O homem é livre para dar às suas energias e impulsos sexuais a direção que prefira e será estimado por veículo de bênçãos quando os emprega na proteção sadia do lar, na formação da família, seja na paternidade ou na maternidade com o dever cumprido, ou, ainda, na sustentação das obras de arte e cultura, benemerência e elevação do espírito; mas, se para lisonjear os próprios sentidos transforma os recursos genésicos em dor e desequilíbrio, angústia ou desesperação para os semelhantes, pela injúria aos sentimentos alheios ou pela deslealdade e desrespeito nos compromissos e ajustes afetivos, depois de havê-los proposto ou aceitado, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do amor puro.

O homem é livre até mesmo para receber ou recusar a existência, mas recolherá invariavelmente os bens ou os males que decorram de sua atitude, perante as concessões da Bondade Divina.

Todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também constrangidos a entrar nos resultados de nossas próprias obras.

Cabe à Doutrina Espírita explicar que os princípios da Justiça Eterna, em todo o Universo, não funcionam simplesmente à base de paraísos e infernos, castigos e privilégios de ordem exterior, mas, acima de tudo, através do instituto da reencarnação, em nós, conosco, junto de nós e por nós.

Foi por isso que Jesus, compreendendo que não existe direito sem obrigação e nem equilíbrio sem consciência tranqüila, nos afirmou claramente:
"Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”.



Livro: Encontro Marcado – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel