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terça-feira, 31 de maio de 2011

EM CASA


O templo doméstico é uma bênção do Céu na Terra, porque dentro dele é possível realizar o verdadeiro trabalho da santificação.


Aí temos o valioso passadiço da alma, em trânsito para as Esferas Superiores.


Nesse divino corredor para a Vida Celestial, a criatura encontra todos os processos de regeneração, de modo a aperfeiçoar-se devidamente.


É na consangüinidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeições, mas é igualmente nela que reencontra as suas aversões mais profundas.


Nossa alma é arrojada à organização familiar, no mundo, assim como o metal inferior é precipitado ao cadinho fervente.


Precisamos suportar a tensão elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar nossas qualidades mais nobres.


Não vale fugir ou rebelar-se.


Retroceder seria retornar às sombras do passado e indisciplinar-se equivaleria relegar ao amanhã abençoadas realizações que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.


Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreensão e a tolerância, se desejamos reduzir o tempo do nosso curso educativo na recuperação espiritual.


Com alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.


Redimindo-nos perante o adversário de ontem, nosso coração vitorioso circulará no grande entendimento da Humanidade.


Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que te sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na hesitação ou na dúvida.


Suporta os conflitos indispensáveis à própria redenção, com o valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.


Não te esqueças de que o lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo, intrépidos e tranqüilos nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-lo e santificá-lo.


Livro: Fé, Paz e Amor – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O ESPINHO


“E para que me não exaltasse pelas excelências das revelações,
foi-me dado um espinho na carne, mensageiro de Satanás.” – Paulo. (II Coríntios, 12:7)


Atitude sumamente perigosa louvar o homem a si mesmo, presumindo desconhecer que se encontra em plano de serviço árduo, dentro do qual lhe compete emitir diariamente testemunhos difíceis. É posição mental não somente ameaçadora, quanto falsa, porque lá vem um momento inesperado em que o espinho do coração aparece.


O discípulo prudente alimentará a confiança sem bazófia, revelando-se corajoso sem ser metediço. Reconhece a extensão de suas dívidas para com o Mestre e não encontra glória em si mesmo, por verificar que toda glória pertence a Ele mesmo, o Senhor.


Não são poucos os homens do mundo, invigilantes e inquietos, que, após receberem o incenso da multidão, passam a curtir as amarguras da soledade; muitos deles se comprazem nos galarins da fama, qual se estivesse convertidos em ídolos eternos, para chorarem, mais tarde, a sós, com o seu espinho ignorado nos recessos do ser.


Porque assumir posição de mestre infalível, quando não passamos de simples aprendizes?


Não será mais justo servir ao Senhor, na mocidade ou na velhice, na abundância ou na escassez, na administração ou da subalternidade, com o espírito de ponderação, observando os nossos pontos vulneráveis, na insuficiência e imperfeição do que temos sido, até agora?


Lembremo-nos de que Paulo de Tarso esteve com Jesus pessoalmente; foi indicado para o serviço divino em Antioquia pelas próprias vozes do Céu; lutou, trabalhou e sofreu pelo Evangelho do Reino e, escrevendo aos coríntios, já envelhecido e cansado, ainda se referiu ao espinho que lhe foi dado para que se não exaltasse no sublime trabalho das revelações.


Livro: Pão Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

domingo, 29 de maio de 2011

DÁ DE TI MESMO


Declaras não possuir dinheiro para auxiliar.


Acreditas que um pouco de papel ou um tanto de metal te substituem o coração?


Esqueces-te, meu filho, de que podes sorrir para o doente e estender a mão ao necessitado?


A flor não traz consigo uma bolsa de ouro e, entretanto, espalha perfume no firmamento.


O céu não exibe chuvas de moedas, mas enche o mundo de luz.


Quanto pagas pelo ar fresco que, em bafejos amigos, te visita o quarto pela manhã?


O oxigênio cobra imposto?


Quanto te custa a ternura materna?


As aves cantam gratuitamente.


A fonte que te oferece o banho reconfortador, não exige mensalidade.


A árvore abre-te os braços acolhedores, repletos de flor e fruto, sem pedir vintém.


A benção divina, cada noite, conduz o teu pensamento a bendito repouso no sono e não fazes retribuição de espécie alguma. Habitualmente sonhas, colhendo rosas em formoso jardim, junto de companheiros felizes; no entanto, jamais te lembraste de agradecer aos gênios espirituais que te proporcionam venturoso descanso.


A estrela brilha sem pagamento.


O Sol não espera salário.


Por que não aprenderes com a natureza em torno?


Por que não te fazeres mais alegre, mais comunicativo, mais doce?


Tens a fisionomia seca e ensombrada por faltar-te dinheiro excessivo e reclamas recursos materiais para ser bom, quando a bondade não nasce dos cofres fortes.


Sê irmão do teu irmão, companheiro de teu companheiro, amigo de teu amigo.


Na ciência de amar, resplandece a sabedoria de dar.


Mostra um semblante sereno e otimista, aonde fores.


Estende os braços, alonga o coração, comunica-te com o próximo, através dos fios brilhantes da amizade fiel.


Que importa se alguém te não entende o gesto de amor?


Que seria de nós, meu filho, se a mão do Senhor se recolhesse a distância, por temer-nos a rudeza e a maldade?


Dá de ti mesmo, em toda a parte.


Muito acima do dinheiro, pairam as tuas mãos amigas e fraternais.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet

sábado, 28 de maio de 2011

CAMINHANDO COM JESUS


Não adianta rebuscar ou incrementar
e nem tampouco discordar
o ser mais perfeito do planeta Terra é Jesus
é isso que eu vou lhe “falar”:


À Terra vieram muitos Espíritos de luz,
Isso não podemos jamais negar.
Mais o maior dentre eles é Jesus,
é o modelo que Deus nos deu para nos guiar.


Jesus é o ser mais notável
da história da humanidade.
O seu Evangelho é um poema de amor
quem o concebe se faz diferenciar.


Diferenciar pelo amor que é a fonte de inspiração
e pela prática do bem que nos faz equilibrar.
Diferenciar porque espanta a sombra individual
que insiste com freqüência em nos perturbar


A sua voz ecoa no espaço,
e a todos faz encantar e pensar.
Toca em especial os irmãos que sofrem,
e estende as mãos a quem precisar.


Por isso não se engane, meus irmãos
e um segredo eu quero lhe contar:
Viva plenamente a mensagem do mestre Jesus
Faça a diferença em qualquer lugar...

Reynollds Augusto

sexta-feira, 27 de maio de 2011

OBSESSORES E TENTAÇÕES


Ao contato das idéias renovadoras que te bafejam, afirmas-te na disposição de estudar e servir, com vistas à sublimação que demandas.


Muita vez, porém, te lamentas contra obsessores e tentações, imputando a eles fracassos e desencantos que te assoberbam. Uns e outros, contudo, são frutos de tua sementeira ou circunstâncias forjadas por teu próprio comportamento.


Partindo do princípio de que somos mais ou menos indiferentes a todos aqueles que não conhecemos, apenas experimentamos atração ou aversão por aqueles espíritos com os quais já convivemos nas existências passadas.


Diante, pois, de nossos desafetos, convém profundo auto-exame, para verificarmos até que ponto seremos nós e eles os perseguidores e os perseguidos.


Por outro lado, ser-nos-á lícito classificar por seduções das trevas os impulsos inferiores que não cogitamos de arrancar ao âmago de nós mesmos?


Achamo-nos entre obsessores e tentações à maneira de alunos entre colegas e percalços da escola.


A ordem é confraternização e aprendizado.


A palavra é agente de auxílio no entendimento com os irmãos que ainda não se afinam conosco, mas, o exemplo é a força que nos arrasta à desejada harmonização.


A prece ser-nos-á socorro contra o império das sugestões deprimentes, todavia, ninguém extirpará tendências infelizes sem esforço máximo de auto-corrigenda.


Não alegues a carga de influências destrutivas como sendo motivo a desânimo e frustração.


Nunca olvidar que somente a luz vence a sombra, tanto quanto só o bem vence o mal.


Livro: No portal da Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 8 – Bem Aventurados os Puros de Coração


Verdadeira Pureza e Mãos Não Lavadas


8 – Então chegaram a ele uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos?


Pois não lavam as mãos quando comem o pão. E ele, respondendo, lhes disse: E vós também, por que transgredis o mandamento de Deus, pela vossa tradição? Porque Deus disse: Honra a teu pai e a tua mãe, e o que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, morra de morte.


Vós outros, porém, dizeis: Qualquer que disser a seu pai ou a sua mãe: Toda a oferta que faço a Deus te aproveitará a ti, está cumprindo a lei. Pois é certo que o tal não honrará a seu pai ou a sua mãe. Assim é que vós tendes feito vão os mandamentos de Deus, pela vossa tradição. Hipócritas, bem profetizou de vós outros Isaías, quando diz: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois, me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens. E chamando a si as turbas, lhes disse: Ouvi e entendei. Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem.


Então, chegando-se a ele os discípulos, lhe disseram: Sabes que os fariseus, depois que ouviram o que disseste, ficaram escandalizados? Mas ele, respondendo, lhes disse: Toda a planta que meu Pai não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os; cegos são, e condutores de cegos. E se um cego guia a outro cego, ambos vêm a cair no barranco. E respondendo Pedro, lhe disse: Explica-nos essa parábola.


E respondeu Jesus: Também vós outros estais ainda sem inteligência? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce ao ventre, e se lança depois num lugar escuso? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias. Estas coisas são as que fazem imundo o homem. O comer, porém, com as mãos por lavar, isso não faz imundo o homem. (Mateus, XV: 1-20).


9 – E quando Jesus estava falando, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar com ele, e havendo entrado, sentou-se à mesa. E o fariseu começou a discorrer lá consigo mesmo sobre o motivo por que não se tinha lavado antes de comer. E o Senhor lhe disse: Agora vós outros, os fariseus, limpais o que está por fora do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Néscios, quem fez tudo o que está de fora não fez também o que está de dentro? (Lucas, XI: 37-40).


10 – Os Judeus haviam negligenciado os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se à prática de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que se reformar moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: “É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens”.


Assim também aconteceu com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser deixada em segundo plano, o que faz que muitos cristãos, à semelhança dos antigos judeus, creiam que a sua salvação está mais assegurada pelas práticas exteriores do que pelas da moral. É a esses acréscimos que os homens fizeram à lei de Deus, que Jesus se refere, quando diz: “Toda a planta que meu Pai não plantou, será arrancada pela raiz”.


A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem não chega a Deus enquanto não se fizer perfeito. Toda religião, portanto, que não melhorar o homem, não atinge a sua finalidade.


Aquela em que ele pensa poder apoiar-se para fazer o mal, é falsa ou foi falseada no seu início. Esse é o resultado a que chegam todas aquelas em que a forma supera o fundo.


A crença na eficácia dos símbolos exteriores é nula, quando não impede os assassínios, os adultérios, as espoliações, as calúnias e a prática do mal ao próximo, seja qual for. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.


Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CASA ESPIRITUAL


"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual" - Pedro. (I PEDRO, 2:5.)


Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.


Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.


O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.


Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.


Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal.


É também o restaurador da casa espiritual dos homens.


O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.


O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.


Livro: Vinha de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TEMPO E SERVIÇO


Terminando as tarefas de cada dia, podes, perfeitamente, efetuar o balanço das próprias horas.


Tempo de higiene.


Conheceste os mais finos produtos da assepsia necessária ao teu conforto.


Tempo de lanche.


Conheceste o café mais saboroso ou o leite mais puro.


Tempo de dever.


Conheceste os melhores cálculos e as técnicas mais justas, valorizando o próprio interesse ou mecanizando as próprias atividades.


Tempo de refeição.


Conheceste os acepipes mais agradáveis ao paladar.


Tempo de conversa.


Conheceste pessoas e problemas, assuntos e comentários, convites e propostas que, ainda agora, te batem mentalmente às portas do espírito.


Tempo de distração.


Conheceste passeios e entretenimentos diversos.


Tempo de leitura.


Conheceste noticiários e livros, escolhendo reportagens e autores que mais te alimentem as emoções.


Tempo de repouso.


Conheceste os mais adequados processos de descansar, preferindo leitos ou poltronas, redes generosas ou bancos acolhedores ao ar livre.


Conheceste, assim, algo de tudo o que representa conforto e segurança, rotina e convenção no caminho diário.


Entretanto, fazendo o inventário de teus impulsos e palavras, movimentos e ações, recorda que a Lei Divina te conhece igualmente.


Não por teu nome, nem pelo espaço que ocupas.


Não por teu título, nem pelos direitos que te competem.


Não por tua crença religiosa, nem pelo consolo que ela te dá.


Não pela extensão dos teus dias, nem por teu grupo doméstico.


Na Esfera Superior és visto pelo que fazes.


O auxílio que prestas ao bem dos outros é nota de crédito em tua ficha.


E como a Divina Bondade te deixa livre para fazer o bem como queiras, onde queiras e quando queiras, depende de ti limitar o repouso, olvidar o que seja inútil e evitar o que prejudica, a fim de atenderes, em regime de ação constante, ao serviço do bem, e seres assim mais amplamente conhecido e naturalmente credenciado diante da Lei de Deus.


Livro: Religião dos Espíritos – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 22 de maio de 2011

O ENSINAMENTO VIVO


Em observando qualquer edificação ou serviço, Maria Carmem não faltava à crítica.


Ante um vestido das amigas, exclamava sem-cerimônia:


- O conjunto é tolerável, mas as particularidades deixam muito a desejar. A gola foi extremamente malfeita e as mangas estão defeituosas.


Perante um móvel qualquer, rematava as observações irônicas com a frase:


- Não poderiam fazer coisa melhor?


E, à frente de qualquer obra de arte, encontrava traços e ângulos para condenar.


A Mãezinha, preocupada, estudou recursos de dar-lhe proveitoso ensinamento.


Foi assim que, certa manhã, convidou a filha a visitar, em sua companhia, a construção de um edifício de vastas linhas. A jovem, que não podia adivinhar-lhe o plano, seguiu-a, surpreendida.


Percorreram algumas ruas e pararam diante do arranha-céu a levantar-se.


A senhora pediu a colaboração do engenheiro-chefe e passou a mostrar à filha os vários departamentos. Enquanto muitos servidores abriam acomodações para os alicerces, no chão duro, manobrando picaretas, veículos pesados transportavam terra daqui para ali, com rapidez e segurança. Pedreiros começavam a erguer paredes, suarentos e ágeis, sob a atenciosa vigilância dos técnicos que orientavam os trabalhos. Caminhões e carroças traziam material de mais longe. Carregadores corriam na execução do dever.


O diretor das obras, convidado pela matrona a pronunciar-se sobre a edificação, esclareceu gentil:


- Seremos obrigados a inverter volumoso capital para resgatar as despesas. Requisitaremos, ainda, a colaboração de centenas de trabalhadores especializados. Carpinteiros, estucadores, vidraceiros, pintores, bombeiros e eletricistas virão completar-nos o serviço. Qualquer construção reclama toda uma falange de servos dedicados.


A menina, revelando-se impressionada, respondeu:


- Quanta gente a pensar, a cooperar e servir!...


- Sim – considerou o chefe, sorrindo expressivamente -, edificar é sempre muito difícil.


Logo após, mãe e filha apresentaram as despedidas, encaminhando-se, agora, para velho bairro.


Vararam algumas travessas e praças menores agradáveis e chegaram à frente de antiga casa em demolição. Viam-se-lhe as linhas nobres, no estilo colonial, através das alas que ainda se achavam de pé. Um homem, apenas ali se encontrava, usando martelo de tamanho gigantesco, abatendo alvenaria e madeirame. Ante a queda das paredes a ruírem com estrondo, de minuto a minuto, a jovem observou:


- Como é terrível arruinar, deste modo, o esforço de tantos!


A Mãezinha serena interveio, então, e falou, conselheiralmente:


Chegamos filha, ao fim do ensinamento vivo que buscamos. Toda a realização útil na Terra exige a paciência e o suor, o trabalho e o sacrifício de muita gente. Edificar é muito difícil. Mas destruir e eliminar é sempre muito fácil. Bastará uma pessoa de martelo à mão para prejudicar a obra de milhares. A critica destrutiva é um martelo que usamos criminosamente, ante o respeitável esforço alheio. Compreendeu?


A jovem fez um sinal afirmativo com a cabeça e, daí em diante, procurou ajudar a todos ao invés de macular, desencorajar e ferir.


Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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sábado, 21 de maio de 2011

Canção da Alegria Cristã


Somos companheiros,
Amigos, irmãos
Que vivem alegres
Pensando no bem
A nossa alegria
É de bons cristãos
Não ofende a Jesus,
Nem fere a ninguém.


A nossa alegria
É bem do Evangelho,
Vibra e contagia
Da criança ao velho,
Mesmo entre perigos
Daremos as mãos
Como bons amigos,
Como bons cristãos.


Sempre ombro a ombro
Sempre lado a lado
Vamos trabalhar
Com muita alegria
Pelo Espiritismo
Mais cristianizado
Pela implantação
Da paz e harmonia.


Auta de Souza

sexta-feira, 20 de maio de 2011

JESUS E OBSESSÃO


Cristãos eminentes, em variadas escolas do Evangelho, asseveram na atualidade que o problema da obsessão teria nascido no culto da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, quando a Doutrina Espírita é o recurso para a supressão do flagelo.


Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atinge o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.


Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.


O combate começa no alvorecer do apostolado divino.


Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo.


Mais tarde, João Batista, o companheiro de eleição que vem ao mundo secundar-lhe a obra sublime, sucumbe degolado, em plena conspiração de agentes da sombra.


Obsessores cruéis não vacilam em procurá-lo, nas orações do deserto, verificando-lhe os valores do sentimento.


A cada passo, surpreende Espíritos infelizes senhoreando médiuns desnorteados.


O testemunho dos apóstolos é sobejamente inequívoco.


Relata Mateus que os obsidiados gerasenos chegavam a ser ferozes; refere-se Marcos ao obsidiado de Cafarnaum, de quem desventurado obsessor se retira clamando contra o Senhor em grandes vozes; narra Lucas o episódio em que Jesus realiza a cura de um jovem lunático, do qual se afasta o perseguidor invisível, logo após arrojar o doente ao chão, em convulsões epileptóides; e reporta-se João a israelitas positivamente obsidiados, que apedrejam o Cristo, sem motivo, na chamada Festa da Dedicação.


Entre os que lhe comungam a estrada, surgem obsessões e psicoses diversas.


Maria de Magdala, que se faria a mensageira da ressurreição, fora vitima de entidades perversas.


Pedro sofria de obsessão periódica.


Judas era enceguecido em obsessão fulminante.


Caifás mostrava-se paranóico.


Pilatos tinha crises de medo.


No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.


E, por último como se quisesse deliberadamente legar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarados ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a ciência de hoje classificaria por cleptomaníacos pertinazes.


À vista disso, ante os escarnecedores de todos os tempos, eduquemos a mediunidade na Doutrina Espírita, porque só a Doutrina Espírita é luz bastante forte, em nome do Senhor, para clarear a razão, quando a mente se transvia, sob o fascínio das trevas.


Mensagem de Emmanuel através de Chico Xavier.
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

EXTINÇÃO DO MAL




Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.


Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.


Nada de anátemas, gritos ou pragas.


A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.


A propósito, meditemos:


O Senhor corrige:


a ignorância: com a instrução;


o ódio: com o amor;


a necessidade: com o socorro;


o desequilíbrio: com o reajuste;


a ferida: como bálsamo;


a dor: como sedativo:


a doença: com o remédio;


a sombra: com a luz;


a fome: com o alimento;


o fogo: com a água;


a ofensa: com o perdão;


o desânimo: com a esperança;


a maldição: com a bênção.


Somente nós, as criaturas humanas, por vezes; acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.


Simples ilusão.


O mal não suprime o mal.


Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.




Livro: Brilhe Vossa Luz – Médium: Chico Xavier - Espírito: Bezerra de Menezes.
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 13 – Que a Mão Esquerda Não Saiba o Que Faz a Direita


Convidar os Pobres e Estropiados


7 – Dizia mais ainda ao que o tinha convidado: Quando deres algum jantar ou alguma ceia, não chames nem teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles te convidem à sua vez, e te paguem com isso; mas quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, porque esses não tem com que te retribuir, mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos. Tendo ouvido estas coisas, um dos que estavam à mesa disse para Jesus: Bem-aventurado o que comer o pão no Reino de Deus. (Lucas, XIV: 12-15).


8 – “Quando fizeres um banquete, disse Jesus, não convides os teus amigos, mas os pobres e os estropiados”. Essas palavras, absurdas, se as tomarmos ao pé da letra, são sublimes, quando procuramos entender-lhes o espírito. Jesus não poderia ter querido dizer que, em lugar dos amigos, fosse necessário reunir à mesa os mendigos da rua.


Sua linguagem era quase sempre figurada, e para os homens incapazes de compreender os tons mais delicados do pensamento, precisava usar de imagens fortes, que produzissem o efeito de cores berrantes. O fundo de seu pensamento se revela por estas palavras: “E serás bem-aventurado, porque esses não têm com o que te retribuir”. O que vale dizer que não se deve fazer o bem com vistas à retribuição, mas pelo simples prazer de fazê-lo.


Para tornar clara a comparação, disse: convida os pobres para o teu banquete, pois sabes que eles não podem te retribuir. E por banquete é necessário entender, não propriamente a refeição, mas a participação na abundância de que desfrutas.


Essas palavras podem também ser aplicadas em sentido mais literal. Quantos só convidam para a sua mesa os que podem, como dizem, honrá-los ou retribuir-lhes o convite.


Outros, pelo contrário ficam satisfeitos de receber parentes ou amigos menos afortunados, que todos possuem. Essa é por vezes a maneira de ajudá-los disfarçadamente. Esses, sem ir buscar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e se sabem disfarçar o benefício com sincera cordialidade.

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terça-feira, 17 de maio de 2011

CONFLITOS DOMÉSTICOS




Não nos reportamos ao divórcio para te dizer que essa medida é impraticável.


Existem problemas tão profundos, nas resoluções de caráter extremamente particular, que só o entendimento entre a criatura e o Criador, através da reflexão e da prece, consegue resolver.


Todavia, se conflitos caseiros te atormentam a vida, faze o possível por salvar a nave doméstica de soçobro e perturbação.


Talvez a companheira te haja desconsiderado ou ferido... Provável que o companheiro te haja imposto agravo ou desapreço. Tudo terá começado num pequeno gesto de intolerância. A migalha de amargura imitou a bola e neve, convertendo-se em muralha de fel. Antes, porém, que a réstia de sombra se transforme em nevoeiro, compadece-te e procura compreender o outro coração que se te associa no lar.


Quem sabe que a intransigência, a infidelidade, a irritação ou a secura com que te defrontas serão frutos de tua própria frieza, menosprezo, violência ou ingratidão?


Pára e pensa.


Medita na ternura e no apoio que esperas recolher em casa, a fim de que te não faltem forças na execução dos próprios deveres, no dia-a-dia. Perceberás que indulgência e bondade criam bondade e indulgência, onde surjam.


Mudemos a nós mesmos para melhor e aqueles que nos compartilham a estrada não se deterão insensíveis.


Planta de novo a alegria e o bem, para que obtenhas o bem e a alegria novamente.


Dá e receberás.


Ninguém se agrega com alguém nas tarefas de burilamento e de amor, sem motivos justos. E nós que aprendemos a salvar o trigo e a batata, os campos e as fontes, saibamos preservar a nossa união também. Nesse sentido, entretanto, não exijas dos outros a iniciativa para as realizações da harmonia e da segurança. Dá o primeiro passo e os outros se seguirão.




Fonte: Reformador – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

TEMPO HOJE


“... Andai enquanto tendes luz”. - JESUS (JOÃO, 12: 35).


Chamado a prestar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada.


Ele vê, sente que apanhou de passagem, o pensamento dos que o precederam.


Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E.S.E. - cap. 20, 3.




Hoje é o tema fundamental nas proposições do tempo.


Ontem, retaguarda. Amanhã, porvir.


Hoje, no entanto, é a oportunidade adequada a corrigir falhas havidas e executar o serviço à frente...


Dia de começar experiências que nos melhorem ou reajustem; de consultar essa ou aquela página edificante que nos ilumine a rota; de escrever a mensagem ao coração amigo que nos aguarda a palavra a fim de reconfortar-se ou assumir uma decisão; de promover o encontro que nos valorize as esperanças; de estender as mãos aos que se nos fizeram adversários ou de orar por eles se a consciência não nos permite ainda a reaproximação...


Quantas mágoas se converteram em crimes por não havermos dado um minuto de amor para extinguir o braseiro do ódio.


Quantos pequeninos ressentimentos se transfiguraram em separações seculares, nos domínios da reencarnação por não termos tido coragem de exercer a humildade por meia hora! Analisa a planta que se elevou nos poucos dias em que estiveste ausente, reflete no prato que se corrompeu durante os momentos breves em que te distanciaste da mesa...


Tudo se transforma no tempo.


No trecho de instantes, deslocam-se mundos, proliferam micróbios.


O tempo, como a luz solar, é concedido a nós todos em parcelas iguais; as obras é que diferem, dentro dele por partirem de nós.


Observa o tempo que se chama hoje.


Relaciona os recursos de que dispões: olhos que vêem, ouvidos que escutam, verbo claro, braços e pernas úteis sob controle do cérebro livre...


Ninguém te impede fazer do tempo consolação e tranqüilidade, exemplo digno e conhecimento superior.


O próprio Jesus atribuía tamanha importância ao tempo que não se esqueceu de glorificar a última hora dos seareiros da verdade que se decidem a trabalhar.


Aproveita o dia corrente e faze algo melhor.


Hoje consegues agir e pensar, comandar e seguir, sem obstáculos.


Vale-te, assim, do momento que passa e toma a iniciativa do bem, porque o tempo é concessão do Senhor e amanhã a bondade do Senhor poderá modificar-te o caminho ou renovar-te os programas,


Livro: O Livro da Esperança – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 15 de maio de 2011

O EXÉRCITO PODEROSO




O exército poderoso, à nossa disposição, está constituído, na atualidade, por vinte e três soldadinhos do progresso.


Separam-se, movimentam-Se, entrelaçam-se e dominam o grande país das idéias.


Sem eles, cresceríamos para a sombra, quando não para a brutalidade.


Em companhia desses auxiliares pequeninos, penetramos os santuários da ciência e da arte, aperfeiçoando a vida.


Quem os não conhece?


Estão nos documentos mais importantes.


Fazem as mensagens telegráficas e as receitas dos médicos.


Dão notícias de outras regiões e de outros climas.


Contam as surpresas do Céu, explicam alguma coisa das estrelas longínquas.


Fornecem avisos preciosos.


São emissários do carinho entre os filhos e as mães distantes.


Raros recordam os benefícios imensos que todos devemos a esses ajudantes minúsculos. No entanto, eles nos servem sem recompensa. Nada reclamam pelo trabalho que nos prestam. Alimentam as raízes dos valiosos conhecimentos dos administradores, dos juizes, dos médicos, dos artistas, sem qualquer remuneração.


Instrumentos das luzes espirituais que se transmitem, de cérebro a cérebro, enriquecem a vida; porém, assim como quase nunca nos lembramos de louvar a água, o vento e a planta, que representam gloriosas dádivas do Altíssimo, muito raramente lhes observamos os serviços. Jamais se cansam. Vivem no pensamento, de onde se expandem, amparando-nos os interesses e as realizações.


Os maus se utilizam deles para fazer a guerra; os bons empregam-nos na edificação da paz e do conforto, para a redenção e felicidade do mundo.


Esses soldadinhos humildes e prestimosos são as letras do alfabeto. Sem a cooperação deles, o mundo não seria tão belo e a vida não seria tão boa, porque o acesso ao reino espiritual se tornaria extremamente difícil.


Aprender a trabalhar com esses pequenos auxiliares da inteligência é buscar tesouros imperecíveis.


O castelo da cultura humana começa sobre a colaboração deles e vai até à pátria divina, onde mora a sabedoria dos anjos.




Livro: Alvorada Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet