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segunda-feira, 31 de julho de 2017

EXCESSO

“Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?” - JESUS (Marcos, 8:36)

Enquanto a criatura permanecer no corpo terrestre, é natural que se preocupe com o problema da própria manutenção.

Vigilância não exclui previdência.

Mas não podemos olvidar que o apego ao supérfluo será sempre introdução à loucura.

Tudo aquilo que o homem ajunta abusivamente, no campo exterior, é motivo para aflição ou inutilidade.

Patrimônios físicos sem proveito, isca de sombra atraindo inveja e discórdia.

Alimentos guardados, valores a caminho da podridão.

Roupa em desuso, asilo de traças.

Demasiados recursos amoedados, tentações para os descendentes.

Todo excesso é parede mental isolando aqueles que o criam, em cárceres de orgulho, egoísmo, vaidade e mentira.

Observa, assim, o material que amontoas.

Tudo o que está fora de ti representa caminho em que transitas.

Agarrar-se, pois, ao efêmero é prender-se à ilusão.

Mas todos os bens espirituais que ajuntares em ti mesmo, como sejam virtude e educação, constituem valores inalienáveis a brilharem contigo, aqui ou alhures, sublimação para a vida eterna.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 73 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

PACIFICA SEMPRE

"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." – Jesus.

Por muitas sejam as dores que te aflijam a alma, asserena-te na oração e pacifica os quadros da própria luta.

Se alguém te fere, pacifica desculpando.

Se alguém te calunia, pacifica servindo.

Se alguém te menospreza, pacifica entendendo.

Se alguém te irrita, pacifica silenciando.

O perdão e o trabalho, a compreensão e a humildade são as vozes inarticuladas de tua própria defesa.

Golpes e golpes são feridas e mais feridas.

Violência com violência somam loucura.

Não ergas o braço para bater, nem abras o verbo para humilhar.

Diante de toda perturbação, cala e espera, ajudando sempre.

O tempo sazona o fruto verde, altera a feição do charco, amolece o rochedo e cobre o ramo fanado de novas flores.

Censura é clima de fel.

Azedume é princípio de maldição.

Onde estiveres, pacifica.

Seja qual for a ofensa, pacifica.

E perceberás, por fim, que a paz do mundo é dom de Deus, começando de ti.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 70 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

O PRIMEIRO PASSO

“Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas.” – Jesus. (MATEUS, 7:12.)

A regra áurea recebe citações em todos os países.

Em torno dela gravitam livros, poemas, apelos e sermões preciosos.

Entretanto, raros se lembram do primeiro passo para que se desvele toda a sua grandeza.

Não podemos reclamar a ajuda dos outros. Antes, é justo prestar auxílio.

Não será lícito exigir a desculpa de alguém. Antes, é imperioso saibamos desculpar. Convidados a compreender, muitos dizem “não posso”, e instados a auxiliar, respondem muitos “ainda não...”

Esquecem-se, porém, de que amanhã serão talvez os necessitados e os réus, carecentes de perdão e socorro. E, muitas vezes, ainda quando não precisem de semelhantes bênçãos para si mesmos, por elas suspirarão em favor dos que mais amem, à face das sombras que lhes devastam a vida.

Se um exemplo pode ser invocado, como bússola, recordemos Jesus.

O Mestre dos mestres faz o bem, despreocupado de considerações, alivia sem paga, acende a esperança sem que os homens lha peçam e perdoa espontaneamente aos que injuriam e apedrejam, sem aguardar-lhes retratação.

Veneremos, assim, a regra áurea e estendamos o espírito de amor de que se toca, divina; contudo, estejamos certos de que ela somente valerá para nós se lhe dermos a aplicação necessária.

O texto do ensinamento é vivo e franco: “Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles”.

Querer o bem é impulso de todos, mas, na prática do estatuto sublime, é forçoso sejamos nós quem se adiante a fazê-lo.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 66 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

DEFESA

“Quando, pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, mas, isso falai, porque não sois vós os que falais e sim o Espírito Santo” – Jesus. (MARCOS, 13:11.)

Se tens a consciência tranquila no cumprimento do próprio dever, guardas em ti mesmo cidadela e refúgio.

Não te percas em conflitos inúteis, nem te emaranhes nas explicações infindáveis.

Acusado de mistificador, responde com o devotamento à verdade.

Acusado de malfeitor, responde fazendo o bem.

Por todas as culpas imaginárias em que te cataloguem o nome, oferece por resposta a prestação de serviço.

O fruto revela a árvore. A obra fala do homem.

Quem te provoca, através do escárnio, mostra-se mal informado ou doente; e quem te fere, através do insulto, traz consigo pensamentos de ódio e destruição.

Não lhes sanarias o mal à força de palavras somente.

Dá-lhes a conhecer a própria rota no trabalho edificante que realizas e a Luz Divina inspirar-te-á o verbo justo, no instante certo.

Meditando sobre a atitude do Cristo, ao deixar justiçar-se, nos tribunais terrenos, ante a sanha dos cruéis detratores que o içaram à cruz, somos induzidos a pensar que o Mestre – centralizando-se nas construções da Vontade do Pai – teria agido assim por ter mais que fazer que gastar tempo em defesas desnecessárias.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 65 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

NO CAMPO DO VERBO

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” — PAULO (Tito, 2.1)

Na atividade verbalista, emprega o homem grande parte da vida. E, com a palavra, habitualmente se articulam os bens e os males que lhe marcam a rota.

É de se lamentar, entretanto, o desperdício de força nesse sentido.

Quase sempre, computada a conversação de toda uma existência, o balanço acusa diminuta parcela de proveito, com largo coeficiente de prejuízo e inutilidade.

Muitas vezes, ninguém denota agradecimento pela riqueza de um dia claro; todavia basta a passagem de uma nuvem com leve garoa a cair, para que muita gente destile exclamações vinagrosas, em longas tiradas inconsequentes. De maneira geral, não existem olhos para a contemplação de grandes serviços públicos; no entanto, vaga incerteza do trabalho administrativo gera longos debates da opinião.

Há criaturas que guardam barômetros em casa para criticarem o tempo, tanto quanto há pessoas que adquirem pontualmente o jornal para a censura ao governo.

Muitos dormem tranquilos quando se trate de ouvir ensinamentos edificantes, declarando-se enfermos da memória, mas revelam admirável controle de si mesmos, quando o rádio anuncia calamidades, gastando vastas horas de comentário eloquente.

Esmaece a atenção quando é preciso aprender o bem, contudo, o olhar flameja interesse quando o mal surge à vista.

O mundo em si é sempre um parlatório de proporções gigantescas onde as almas se encontram para falar combinando fazer… Raras, no entanto, conversam para ajudar…

Desborda-se a maioria no espinheiral da reprovação, no tormento da inveja, na fogueira da crítica ou no labirinto da queixa.

Para nós outros, no entanto, o Evangelho é seguro na advertência. “Tu, porém — diz-nos o apóstolo —, fala o que convém à sã doutrina.”

Não olvides, assim, que de sentimento a sentimento chegamos à ideia. De ideia em ideia, alcançamos a palavra. De frase a frase, atingimos a ação. E de ato em ato, acendemos a luz ou estendemos a treva dentro de nós.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 62 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

46 A Lei do Amor

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

 

Cap. 11 – Amar O Próximo Como A Si Mesmo

 

LÁZARO - Paris, 1862

8 – O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo, por sua vez, vem pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino. Ficai atentos, porque essa palavra levanta a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, vencendo a morte, revela ao homem deslumbrado o seu patrimônio intelectual. Mas já não é mais aos suplícios que ela conduz, e sim à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve agora resgatar o homem da matéria.

Disse que o homem, no seu início, tem apenas instintos. Aquele, pois, em que os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do alvo. Para avançar em direção ao alvo, é necessário vencer os instintos a favor dos sentimentos, ou seja, aperfeiçoar a estes, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se lentamente de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos.

O Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda a riqueza futura depende do trabalho atual. E mais que os bens terrenos, ele vos conduzirá à gloriosa elevação. Será então que, compreendendo a lei do amor, que une a todos os seres, nela buscareis os suaves prazeres da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.
FÉNELON
Bordeaux, 1861

9 – O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. É um fato que tendes podido constatar muitas vezes: o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser ou um objeto qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de todas as vicissitudes, atingindo freqüentemente alturas sublimes.

Disse por um ser ou um objeto qualquer, porque existem, entre vós, indivíduos que dispensam tesouros de amor, que lhes transbordam do coração, aos animais, às plantas, e até mesmo aos objetos materiais. Espécies de misantropos a se lamentarem da humanidade em geral, resistem à tendência natural da alma, que busca em seu redor afeição e simpatia. Rebaixam a lei do amor à condição do instinto. Mas, façam o que quiserem, não conseguirão sufocar o germe vivaz que Deus depositou em seus corações, no ato da criação. Esse germe se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência, e embora freqüentemente comprimido pelo egoísmo, é a fonte das santas e doces virtudes que constituem as afeições sinceras e duradouras que vos ajudam a transpor a rota escarpada e árida da existência humana.

Há algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela idéia de que outros participarão das simpatias afetivas de que são ciosas. Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoísta. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e difícil, mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Jesus disse: “Amai ao vosso próximo como a vós mesmos”; ora, qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é toda a humanidade! Nos mundos superiores, é o amor recíproco que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para a sua transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei sublime, reflexo da própria Divindade.

Os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais viciosos deverão reformar-se, quando presenciarem os benefícios produzidos pela prática deste princípio: “Não façais aos outros os que não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes”.

Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes dessa virtude, que estão latentes em vossos corações. A Terra, morada de exílio e de provas, será então purificada por esse fogo sagrado, e nela se praticarão a caridade, a humildade, a paciência, a abnegação, a resignação, o sacrifício, todas essas virtudes filhas do amor. Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João Evangelista. Sabeis que, quando a doença e a velhice interromperam o curso de suas pregações, ele repetia apenas estas doces palavras: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros!”.

Queridos irmãos, utilizai com proveito essas lições: sua prática é difícil, mas delas retira a alma imenso benefício. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço: “Amai-vos”, e vereis muito em breve, a Terra modificada tornar-se um novo Eliseu, em que as almas dos justos virão gozar o merecido repouso.

SANSÃO
Membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863

10 – Meus queridos condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem pela minha voz: Amai muito, para serdes amados! Tão justo é este pensamento, que nele encontrareis tudo quanto consola e acalma as penas de cada dia. Ou melhor: fazendo isso, de tal maneira vos elevareis acima da matéria que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno. Os estudos espíritas ampliaram a vossa visão do futuro, e tendes agora uma certeza: a do vosso progresso para Deus, com todas as promessas que correspondem às aspirações da vossa alma. Deveis também vos elevar bem alto, para julgar sem as restrições da matéria, e assim não condenar o vosso próximo, antes de haver dirigido o vosso pensamento a Deus.
Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si mesmo. É buscar em torno de si a razão íntima de todas as dores que acabrunham o próximo, para dar-lhes alívio. É encarar a grande família humana como a sua própria, porque essa família irá reencontrar um dia em mundos mais adiantados, pois os Espíritos que a constituem são, como vós, filhos de Deus, marcados na fronte para se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos aquilo que Deus vos deu com liberalidade, pois, de vossa parte, seríeis muito felizes se vossos irmãos vos dessem aquilo de que tendes necessidade. A todos os sofrimentos, dispensai, pois uma palavra de ajuda e de esperança, para vos fazerdes todo amor e todo justiça.

Crede que estas sábias palavras: “Amai muito, para serdes amados”, e seguirão os seus cursos. Esta máxima é revolucionária e segue uma rota firme e invariável. Mas vós já haveis progredido, vós que me escutais: sois infinitamente melhores do que há cem anos; de tal maneira vos modificastes para melhor, que aceitais hoje sem repulsa uma infinidade de idéias novas sobre a liberdade e a fraternidade, que antigamente teríeis rejeitado. Pois daqui a cem anos aceitará também, com a mesma facilidade, aquelas que ainda não puderam entrar na vossa cabeça.

Hoje, que o movimento espírita avançou bastante, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, contidas nos ditados dos Espíritos, são aceitas pela metade das pessoas inteligentes. É que essas idéias correspondem ao que há de divino em vós. É que estais preparados por uma semeadura fecunda: a do último século, que implantou na sociedade as grandes idéias de progresso. E como tudo se encadeia, sob as ordens do Altíssimo, todas as lições recebidas e assimiladas resultarão nessa mudança universal do amor ao próximo. Graças a ela, os Espíritos encarnados, melhor julgando e melhor sentindo, dar-se-ão as mãos até os confins do vosso planeta. Todos se reunirão, para entender-se e amar-se, destruindo todas as injustiças, todas as causas de desentendimento entre os povos.

Grande pensamento de renovação pelo Espiritismo tão bem exposto em O Livro dos Espíritos, tu produzirás o grande milagre do século futuro, o da reunião de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação desta máxima bem compreendida: Amai muito, para serdes amados!

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A PORTA

Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.

Sempre que fazia prisioneiros, não os matava: levava-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros de um lado e uma imensa porta de ferro do outro, sobre a qual viam-se gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.

Nesta sala ele os fazia enfileirar-se em círculo e dizia-lhes, então: "Vocês podem escolher entre morrerem flechados por meus arqueiros ou passarem por aquela porta, e por mim serem lá trancados".

Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao terminar a guerra, um soldado que por muito tempo servira ao rei, dirigiu-se ao soberano:

- Senhor; posso lhe fazer uma pergunta?

- Diga soldado!

- O que havia por detrás da assustadora porta?

- Vá e veja você mesmo.

O soldado, então, abre vagarosamente a porta e a medida em que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente...

E finalmente ele descobre surpreso que...

A porta se abria sobre um caminho que conduzia à LIBERDADE!!!

O soldado, admirado, apenas olha seu rei, que diz:

- Eu dava a eles a escolha, mas preferiam morrer a arriscar-se abrir esta porta!


Fonte texto: Cvdee – Autor Desconhecido – Imagem: Internet Google.

sábado, 15 de julho de 2017

Caridade e Caminho

Alma querida, observa
Na Terra que se aprimora
A vida fulge por fora
Nas trilhas da evolução.

Em toda parte, no entanto,
Sob ruídos e disfarce
A dor é chaga a ocultar-se
Por dentro do coração.

Nunca existiu para os homens
Tanta cultura brilhando,
Altas conquistas em bando,
Inventos, palmas, troféus!...

Mas a violência campeia,
No império do instinto bruto,
Ouro e sangue, pompa e luto,
Entremeiam-se ante os Céus!...

O ódio incendeia povos,
A ambição ruge no excesso,
Desnorteando o progresso,
A discórdia aflige o lar...

As criaturas se apartam,
Sob o medo que as domina,
A treva espalha em surdina
A guerra ativa no ar.

Mas sobrestanto o tumulto,
Reina a Divina Presença,
Em Cristo, a luz se condensa
E aponta o Sol por porvir...

Quanto a nós outros, obreiros
De qualquer tempo e lugar,
A ordem é “trabalhar”
E o lema é “sempre servir”!...

Alma fraterna, sigamos!
A voz do Céu nos confia
A base do novo dia
No campo renovador.

Caridade! Caridade!
Sem cansaço ou retrocesso
Eis o caminho de acesso
O Reino do Eterno Amor.


Autora: Maria Dolores

sexta-feira, 14 de julho de 2017

JESUS E PAZ

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá...” – Jesus. (JOÃO, 14:27.)

A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa.

A paz do espírito é serviço renovador.

A primeira é inutilidade.

A segunda é proveito constante.

Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre.

Lares humanos negaram-lhe o berço.

Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria.

Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra.

Jesus, porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia, sofreu, tranquilo, a imposição das circunstâncias.

Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galiléia,

Amando e servindo os necessitados e doentes, recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de teu tempo; contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor.

Abandonado pelos próprios amigos entregou-se serenamente à prisão injusta.

Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos.

Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo.

A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 57 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

JESUS E DIFICULDADE

“... Não se vos turbe o coração...”. JESUS (JOÀO, 14:27)

Jesus nunca prometeu aos discípulos qualquer isenção de dificuldades, mas com frequência reclamava-lhes o coração para a confiança.

No cenáculo, descerrando, afetuoso, o coração para os aprendizes, dentre muitas palavras de esperança e de amor, asseverou com firmeza: - “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

Pacificava o ânimo dos companheiros timoratos, entre quatro paredes, sabendo que, em derredor, se agigantava a trama das sombras.

Lá fora, Judas era atraído aos conchavos da deserção; sacerdotes confabulavam com escribas e fariseus sobre o melhor processo de enganarem o povo, para que o povo pedisse a morte d’Ele; agentes do Sinédrio penetravam pequenos agrupamentos de rua açulando contra Ele as forças da opinião; perseguidores desencarnados excitavam o cérebro dos guardas que o deteriam no cárcere, e, quantos Lhe seguiam a atividade, regurgitando ódio gratuito, prelibavam Lhe o suplício...

Jesus, percuciente, não desconhecia a conspiração das trevas...

Entretanto, lúcido e calmo, findo o entendimento com os irmãos de apostolado, dirige-se à oração no jardim, para, além da oração, confiar-se aos testemunhos supremos...

Não procures, assim fugir à luta que te afere o valor.

Aceita os desafios da senda, como quem se reconhece chamado a batalhar pela vitória do bem, com a obrigação permanente de extinguir o mal em nós mesmos.

E não apeles para o Senhor como advogado da fuga calculada ao dever.

Lembra o Mestre que a ninguém prometeu avenidas de sonho e horizontes azuis na Terra, mas, sim, convicto de que a tempestade das contradições humanas não poupariam nem a Ele próprio, advertiu-nos, sensatamente:

- “Não se vos turbe o coração”.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 56 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

APRIMOREMOS

“Não extingais o Espírito.” – Paulo. (I TESSALONICENSES, 5:19.)

Saibamos estender os valores do espírito.

Observa a estrada nobre que te oferece passagem com segurança e lembra-te de que ainda ontem era trato de terra inculta.

Serpentes insidiosas aí acalentavam a peçonha que se lhes acumulava no seio, enquanto vermes famintos se amontoavam no mato agreste.

Mas chegaram braços amigos e abnegados, atentos à disciplina...

Maquinaria enorme trabalhou a cabeleira verde da gleba, harmonizando-lhe as linhas; picaretas extraíram-lhe os pedrouços semelhantes a flegmões cristalizados; o cimento pavimentou a trilha aberta, e a organização lhe imprimiu determinada ordem aos movimentos.

Quantos semblantes suarentos para que a obra surgisse, quantos dedos quebrados, quantos lidadores rendidos aos acidentes inevitáveis e quantas inquietações por eles vencidas, não podes realmente saber, mas podes reconhecer que foi o trabalho inteligente – luz divina do espírito humano – a força que te facultou a vitória sobre a distância.

Cada vez que a viagem te suprime ansiedades e poupa aflições, ainda mesmo que, por agora, não saibas agradecer, a estrada te partilha a tranquilidade e o contentamento, envolvendo os operários anônimos que a construíram em sublime coro de bênção.

Analisa semelhante lição, encontradiça em cada canto de rua, e não olvides que a ignorância é também aflitiva selva no mundo.

Abracemos o serviço da educação e da bondade, com alicerces na disciplina do Cristo, que é para nós outros, o Engenheiro Celeste, e tracemos novos caminhos de evolução e de entendimento, em que as almas se aproximem na exaltação da alegria e na ascensão do progresso.

Não importa sejamos hoje artífices sem nome. Vale o serviço feito.

Humilde réstia de luz que acendermos envolver-nos-á em seu clarão e a pequenina semente de fraternidade que venhamos a lançar no solo da vida abençoar-nos-á com os seus frutos.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 54 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Conquista de Paz

Não creias, alma querida,
Seja a prova que atravessas
A chaga maior da vida,
Marcando suplício atroz;
Enquanto expões o que dizes,
Há corações pela estrada
Tão tristes, tão infelizes,
Que a dor lhes consome a voz.

Esse carrega desgosto
Regado de pranto oculto,
Aquele em pleno tumulto,
Sente angústia e solidão;
Outro tem tanta amargura
Que treme quando caminha,
De alma cansada e sozinha,
Caindo em perturbação.

Esse transporta doenças,
Embora a expressão correta,
Outro tem mágoa secreta,
Disfarçando o próprio “eu;”
Aquele chora e tropeça
Na penúria em que se arrasa,
Outro viu a morte em casa,
Revoltou-se e enlouqueceu.

Alma irmã, tolera e aceita
A provação recebida,
Abençoa a própria vida,
Seja essa vida qual for;
O sofrimento, onde esteja,
É a luz com que Deus nos guia
Nas lutas do dia-a-dia,
Para a conquista do Amor.


Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 5 de julho de 2017

45 Dai A César O Que É De Cesar

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 11 – Amar o Próximo Como a Si Mesmo

5 – Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si comprometê-lo no que falasse. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: Mestre; sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens; dize-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou não? Porém Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo.

E eles lhes apresentaram um dinheiro. E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto, admiraram-se, e deixando-o se retiraram. (Mateus, XXII: 15-22; Marcos, XII: 13-17).

6 – A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de haverem os Judeus transformado em motivo de horror o pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema religioso. Numeroso partido se havia formado para rejeitar o imposto.

O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria nenhum sentido. Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, conhecendo a sua malícia”, escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido.

7 – Esta máxima: “Daí a César o que é de César” não deve ser entendida de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma conseqüência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco.

Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos.


Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A Paz

Kiko, um menino alegre de 10 anos de idade, voltava da Escola pensando na lição de casa: uma redação sobre a PAZ. Logo ao chegar, abriu o caderno para fazer a lição. Mas não conseguiu começar, pois se deu conta que não sabia o que era exatamente a paz, nem onde encontrá-la.

Saiu, então, a procurar a tal “PAZ". Lembrou-se de um sábio que morava ao pé da montanha e foi indagar-lhe. Mas o sábio lhe disse apenas:

- Procure pela PAZ e você a encontrará. Ela não está longe de você.

Kiko subiu a montanha, imaginando que assim estaria mais perto de Deus, pensando entender as palavras do sábio. Ao chegar no topo, sentiu uma grande tranquilidade, mas com certeza não era ali que estava a PAZ. Do alto da montanha ele viu a praia e se dirigiu até lá.

Ficou a ouvir o barulho do mar e a sentir o vento em seus cabelos. Pensou um pouco, e achou que, apesar de agradável, não era bem isso a PAZ que procurava.

Caminhou, então, em uma floresta, e viu flores, árvores e muitos animais, encantou-se ao observar a natureza, obra de Deus. Mas logo se sentiu triste e solitário e decidiu procurar alguém para conversar.

No caminho de casa encontrou Juca, um senhor muito rico, que tinha muito dinheiro, muitas propriedades. Kiko perguntou-lhe sobre a PAZ, e logo se lembrou que ele era mal humorado, parecendo estar sempre de mal com o mundo. Juca apenas lhe disse que estava muito ocupado, não tinha tempo para bobagens, que não entendia nada de PAZ.

O garoto resolveu, então, voltar para sua casa. Kiko tinha uma família muito legal, pais carinhosos e inteligentes, que estavam ao seu lado em todos os momentos, e uma irmã pequena de quem ele gostava muito.

Ao chegar em casa sua mãe estava triste, pois ele havia saído sem avisar e demorou muito para voltar. Ela mandou ele tomar banho e não deixou jogar bola com seus amigos.

Kiko ficou chateado, afinal saiu para descobrir onde morava a tal de “PAZ”, que era o tema de sua redação.

O domingo chegou. Era o seu aniversário; ganhou de sua avó um presente que há muito tempo queria: uma bola de futebol. Ficou super contente, chegou a pensar que estava descobrindo o que é a PAZ e foi jogá-la com seus amigos. Acabou discutindo com seu melhor amigo no jogo e achou que o presente tinha lhe trazido bastante alegria, mas não a tal da “PAZ”.

Na segunda-feira, ao voltar da escola encontrou muitas pessoas no caminho e pensou: será que o PAZ não mora no meio do povo? Ficou distraído pensando, quase se perdeu.

Logo descobriu que, às vezes, estamos junto de muitas pessoas e mesmo assim nos sentimos sozinhos.

Chegando em casa, pegou o seu caderno, sentou-se no jardim e escreveu "A PAZ".

Como não conseguia sair do título, resolveu refletir sobre sua busca.

A PAZ não estava na imensidão das montanhas; na calma da praia ou na beleza da natureza. Também não parecia estar junto aos bens materiais, pois Juca, apesar de rico, não parecia conhecer a PAZ; não estava nos brinquedos ou no meio do povo, nem na família, pois discutiu com sua mãe acabou de castigo.

Nestes momentos começou a lembrar-se de suas aulas de evangelização; dos ensinamentos de Jesus; lembrou que as evangelizadoras falaram tanto dos dez mandamentos; das aulas de conduta; da colaboração e respeito na família; da importância do perdão e da amizade em nossa vida; que a prece pode ser feita em qualquer hora e qualquer lugar, que não precisamos subir em uma montanha para estar mais próximos de Deus. Lembrou-se das palavras do sábio: "Procure pela paz e você a encontrará. Ela não está longe de você." Parecia um enigma... Pensou... E finalmente descobriu onde morava a PAZ.

Kiko percebeu que o sábio tinha razão, pois só encontraremos a PAZ através de nossas atitudes positivas: na família, na escola, no trabalho, no grupo social, no Centro Espírita, em qualquer lugar onde nos encontrarmos.

O garoto pegou o lápis e começou sua redação assim:

Procure pela PAZ e você a encontrará. Ela está dentro de você, pois a PAZ do mundo começa dentro de cada pessoa.


Fonte do texto: Seara do Mestre – Imagem: Internet Google.