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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

NOS DOMÍNIOS DA AÇÃO


“Mas nada quis fazer sem o teu parecer, para que o teu benefício não fosse por obrigação, e sim de livre vontade” – Paulo. (FILÉMON, 1:14)

Orgulha-se o homem de teres e haveres e costuma declarar, às vezes com excelentes razões, que os ajuntou à custa de esforço enorme... Entretanto, o Senhor é quem lhe emprestou os meios para adquiri-los, esperando que ele os administre sensatamente.

Envaidece-se da cultura intelectual e, frequentemente, assevera, em algumas circunstâncias com seguras justificativas, que deve os tesouros do pensamento aos sacrifícios que despendeu para estudar... Todavia, o Senhor é quem lhe confiou os valores da inteligência para que ele os abrilhante na construção da felicidade comum a todos.

Ensoberbece-se do poder de que dispõe, afirmando, em determinados casos não sem motivo, que efetuou semelhante aquisição a preço de trabalho e sofrimento... No entanto, é o Senhor quem lhe propiciou os recursos para a conquista da autoridade, na expectativa de que ele a exerça dignamente.

Ufana-se com respeito à saúde que usufrui e proclama, em certas ocasiões com base respeitável que mantém a euforia orgânica a expensas de rigorosa disciplina pessoal...  Contudo, o Senhor é quem lhe faculta os elementos essenciais de sustentação do próprio equilíbrio, a fim de que ele empregue o corpo no levantamento do bem geral.

Rejubila-te, pois, com as possibilidades de auxiliar, instruir, determinar e agir, mas, consoante o ensinamento do Apóstolo, não olvides que a bondade do Senhor vige nos alicerces de tudo o que tens e reténs, a fim de que te consagres ao serviço dos semelhantes, na edificação do Mundo Melhor, não como quem assim procede, através de constrangimento, mas de livre vontade.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 165 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ASSEIO VERBAL


“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação.” – Paulo. (EFÉSIOS, 4:29)

Quanto mais se adianta a civilização, mais se amplia o culto à higiene.

Reservatórios, são tratados, salvaguardando-se o asseio das águas.

Mercados sofrem fiscalização rigorosa, com vistas à pureza das substâncias alimentícias.

Laboratórios são continuamente revistos, a fim de que não surjam medicamentos deteriorados.

Instalações sanitárias recebem, diariamente, cuidadosa assepsia.

Será que não devemos exercer cautela e diligência para evitar a palavra torpe, capaz de situar-nos em perturbação e ruína moral?

Nossa conversação, sem que percebamos, age por nós em todos aqueles que nos escutam.

Nossas frases são agentes de propaganda dos sentimentos que nos caracterizam o modo de ser; se respeitáveis, trazem-nos a atenção de criaturas respeitáveis; se menos dignas, carreiam em nossa direção o interesse dos que se fazem menos dignos; se indisciplinadas, nos sintonizam com representantes da indisciplina; se azedas, afinam-nos, de imediato, com os campeões do azedume,

Controlemos o verbo, para que não venhamos a libertar essa ou aquela palavra torpe.  Por muito esmerada nos seja a educação, a expressão repulsiva articulada por nossa língua é sempre uma brecha perigosa e infeliz, pela qual perigo e infelicidade nos ameaçam com desequilíbrio e perversão.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 164 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

NO PLANO DO BEM


“...Trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha que repartir com o que tiver necessidade”. – Paulo (EFÉSIOS, 4:28)

Acreditas na fraternidade e esperas que ela reine sobre as criaturas sem a imposição de conflitos quaisquer.

Aspiras, como é natural, a viver num mundo sem rixa de classes.

Almejas a luz da nova era em que o homem seja espontaneamente o irmão do homem, liquidando, sem exigência, as dificuldades um do outro.

Dói-te ao coração ver o supérfluo e a penúria, lado a lado, estimulando a loucura do excesso e o martírio da fome.

Queres que a abastança suprima a carência.

Reclamas a melhoria do nível de vida, principalmente para os que choram em privação.

Para que o bem apareça, contudo, não aguardemos que semelhantes luzes venham inicialmente dos outros.  Comecemos de nós, sem demandar com alguém ou contra alguém.

O apóstolo Paulo, nesse sentido, nos ofereceu, há quase dois milênios, indicação das mais valiosas.

Cada um, diz ele, “trabalhe, fazendo com as mãos o que seja bom, para que tenha que repartir com o que tiver necessidade”.

Sejamos honestos e reconheçamos com a verdade que se nos consagrarmos ao serviço, produzindo, de nós mesmos, o que seja proveitoso para o bem geral, cada um de nós terá o que dividir a benefício dos outros, sem a mínima ideia de queixa e sem qualquer motivo à rebelião.

Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 163 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

COMO É BOM ORAR


Júlio e Lúcia moravam em uma bela casinha, perto de um bosque todo verde, que acabava numa praia de um mar azul e cheio de lindos peixes. Nessa praia e nesse bosque eles se divertiam a valer.

Eles adoravam correr entre as árvores que perto da casa era um lindo jardim com flores multicores. Havia também uma variedade muito grande de plantas frutíferas. Eram mangas, laranjas Jabuticabas, e tinha até, duas frondosas jaqueiras. A mamãe sabia fazer doce da jaca, o que era uma delícia. Como era bom correr pelas campinas orvalhadas e colher as frutas do pomar.

E no mar e nas praias, era uma delícia nos dias de calor. Brincar na areia mergulhar nas ondas, sempre tão convidativas.

Às vezes ficavam observando o salto dos peixes virando cambalhotas no ar.

Aconteceu que há um mês eles não conseguiram sair, pois os seus pais tinham ido viajar e as crianças tinham ficado com a vovó que era velhinha, e não aguentava andar muito.

Lúcia ficava muito zangada por não sair, mas Júlio gostava de ficar na janela admirando e sonhando com o dia de poder sair e passear novamente.

Vovó Ana, muito velhinha e paciente, ensinou aos meninos que em vez de ficarem aborrecidos por não saírem, deveriam orar e pedir ao bom Deus que ajudasse ao papai, resolver logo os negócios para poder voltar mais rápido.

Os dois atenderam os ensinamentos da vovó. Oraram pela manhã pedindo proteção para o papai, a mamãe e para a avózinha tão amiga. À noite, agradeciam o dia calmo e bonito e pediam para que os pais voltassem logo.Com isso eles foram ficando mais alegres e passavam horas e horas combinando como seriam os passeios com papai.

Numa manhã azul, bateram à porta e as crianças correram para atender. Que alegria! Papai e Mamãe! Todos se abraçaram e foram para a sala. Sentaram-se pertinho uns dos outros e Papai falou assim: Sabem o que fomos fazer na cidade?

Fomos conversar com o dono da casa em que moramos. Ela não é nossa? (Perguntou Lúcia)

Não filha, é alugada, mas a partir deste mês será nossa se Deus quiser.

Engraçado mamãe (falou o papai para a vovó) é que ele não queria nos vender a casa de maneira nenhuma, mas depois foi ponderando, fomos conversando e ele aceitou uma oferta.

Vovó virou para as crianças, piscou o olho e falou assim: Viram como foi bom orarmos juntos?

A casa que eles tanto adoravam seria agora deles para toda a vida e eles poderiam passear e correr a qualquer hora. Poderiam visitar o pomar, ir à praia admirar o jardim e as flores. Como Deus é bom.

COMO É BOM ORAR!

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Mãe Deus te Abençoe


Quero, mãezinha, agradecer-te, em festa, por tudo o que me dás ao coração, entretecer-te uma canção modesta, mas todo esforço é vão...

Se pudesse dizer a gratidão que sinto por teu santo carinho protetor, precisaria conhecer na essência toda a glória do Amor.

Tens o segredo da Bondade Eterna, Deus me acena e sorri por tua face... Não há sábio no mundo que defina o Sol quando aparece, o lírio quando nasce!

Falar de ti, mostrar-te? Isso seria como explicar da Terra, olhando a Altura, a doce maravilha de uma estrela a guiar o viajor em noite escura.

Converto em prece o reconhecimento, que em meu peito humilde se extravasa, rogando ao Céu te envolva em rosas de ventura, anjo sustentador de nossa casa!

Deus te guarde, mãezinha, pelo berço, descuidado e risonho, em que me acalentaste para a vida, como flor de teu sonho.

Deus te engrandeça pelos sacrifícios e pelos sofrimentos que te impus, quando em pranto escondido te arrasavas para ser minha Luz.

Deus te compense pelas noites tristes de aflição que te dei, pelo perdão de tantas vezes, tantas! Quantas foram, não sei ...

Deus te enalteça a fonte de ternura, que nunca se enodoa e nem se cansa, pelo cuidado com que me restauras, ante o dom do trabalho e a forca da esperança!

Perdoa se te oferto unicamente, na minha devoção de todo dia, o meu ramo de flores orvalhadas nas lágrimas que choro de alegria!

Com júbilos divinos, Mãe querida, que a celeste bondade te coroe! Por tudo o que nos dá nos caminhos da vida, Deus te exalte e abençoe!

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

78 Desprendimento dos Bens Terrenos


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON

LACORDAIRE - Constantina, Argélia, 1863

14 – Venho, meus irmãos, meus amigos, trazer-vos meu humilde auxílio, para ajudar-vos a marchar corajosamente na via de aperfeiçoamento em que entrastes.

Somos devedores uns dos outros, e somente por uma união sincera e fraternal, entre os Espíritos e os encarnados, a regeneração será possível.

Vosso apego aos bens terrenos é um dos mais fortes entraves ao vosso adiantamento moral e espiritual. Em virtude desse desejo de aquisição, destruís as vossas faculdades afetivas, voltando-as inteiramente para as coisas materiais.

Sede sinceros: a fortuna proporciona uma felicidade sem manchas?

Quando os vossos cofres estão cheios, não há sempre um vazio em vossos corações? No fundo dessa cesta de flores, não há sempre um réptil oculto? Compreendo que um homem que conquistou a fortuna, por um trabalho constante e honrado, experimente por isso uma satisfação, aliás, muito justa. Mas, desta satisfação muito natural e que Deus aprova, a um apego que absorve os demais sentimentos e paralisa os impulsos do coração, há uma distância, igual e que vai da sórdida avareza à prodigalidade exagerada, dois vícios entre os quais Deus colocou a caridade, santa e salutar virtude, que ensina o rico a dar sem ostentação, para que o pobre receba sem humilhação.

Que a fortuna provenha da vossa família, ou que a tenhais ganho pelo vosso trabalho, há uma coisa que jamais deveis esquecer: é que tudo vem de Deus, e tudo a Deus retorna. Nada vos pertence na Terra, nem sequer o vosso corpo: a morte despoja dele, como de todos os bens materiais. Sois depositários e não proprietários. Não vos enganeis sobre isto. Deus vos emprestou e tereis que restituir, mas ele vos empresta sob a condição de que, pelo menos o supérfluo, reverta para aqueles que não possuem o necessário.

Um dos vossos amigos vos empresta uma soma. Por menos honesto que sejais, tereis o escrúpulo de pagá-la, e lhe ficareis agradecido. Pois bem: eis a posição de todo homem rico! Deus é o amigo celeste que lhe emprestou a riqueza, não lhe pedindo mais do que o amor e o reconhecimento, mas exigindo, por sua vez, que o rico dê aos pobres, que são também seus filhos, tanto quanto ele.

O bem que Deus vos confiou excita em vossos corações uma ardente e desvairada cobiça. Já refletistes, quando vos apegais loucamente a uma fortuna perecível, e tão passageira como vós mesmos, que um dia tereis de prestar contas ao Senhor daquilo que Ele vos concedeu? Esquecei que, pela riqueza, fostes investidos na sagrada condição de ministros da caridade na Terra, para serdes os seus dispensadores inteligentes? O que sereis, pois, quando usais somente em vosso proveito o que vos foi confiado, senão depositários infiéis? Que resulta desse esquecimento voluntário dos vossos deveres?

A morte inflexível, inexorável, virá rasgar o véu sob o qual vos escondeis, forçando-vos a prestar contas ao amigo que vos favoreceu, e que nesse momento reveste aos vossos olhos a toga de juiz.

É em vão que procurais iludir-vos na vida terrena, cobrindo com o nome de virtude o que freqüentemente é apenas egoísmo. É em vão que chamais economia e previdência aquilo que é simples cupidez e avareza, ou generosidade o que não passa de prodigalidade a vosso proveito.

Um pai de família, por exemplo, deixando de fazer a caridade, economizará, amontoará ouro sobre ouro, e tudo isso, diz ele, para deixar a seus filhos o máximo de bens possível, evitando-lhes a queda na miséria. É bastante justo e bem paternal, convenhamos, e não se pode censurá-lo. Mas será sempre esse o único objetivo que o orienta? Não é antes, e o mais das vezes, uma desculpa para a própria consciência, a fim de justificar aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo o seu apego pessoal aos bens terrenos? Não obstante, admito que o amor paterno seja o seu único móvel: será esse um motivo para fazê-lo esquecer dos seus irmãos perante Deus?

Quando ele mesmo já vive no supérfluo, deixará os seus filhos na miséria, simplesmente por deixar-lhes um pouco menos desse supérfluo? Com isso, não estará lhes dando uma lição de egoísmo, que lhes endurecerá o coração? Não será asfixiar neles o amor do próximo?

Pais e mães, estais num grande erro, se acreditais que com isso aumentais o afeto de vossos filhos por vós: ensinando-lhes a ser egoísta para com os outros, ensinai-lhes a sê-lo para vós mesmos.

Quando um homem trabalhou bastante, e com o suor do seu rosto acumulou bens, costuma dizer que o dinheiro ganho a gente sabe quanto custou: nada é mais verdadeiro. Pois bem: que esse homem, confessando conhecer todo o valor do dinheiro, faça a caridade segundo as suas posses, e terá mais mérito do que outro que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho. Mas, se esse homem que recorda suas penas, seus esforços, se fizer egoísta, duro para com os pobres, será muito mais culpado que os outros. Porque, quanto mais conhecemos por nós mesmos as dores ocultas da miséria, mais devemos interessar-nos pelo socorro aos outros.

Infelizmente, o homem de posse carrega sempre consigo outro sentimento, tão forte como o apego à fortuna: é o orgulho. Não é raro ver-se o novo rico aturdir o infeliz que lhe pede assistência, com a história dos seus trabalhos e das suas habilidades, em vez de ajudá-lo, e terminar por dizer: “Faça como eu fiz!” Segundo ele, a bondade de Deus não influiu em nada na sua fortuna; somente a ele cabe o mérito. Seu orgulho põe-lhe uma venda nos olhos e um tampão nos ouvidos. Não compreende que, com toda a sua inteligência e sua capacidade, Deus pode derrubá-lo com uma só palavra.

LACORDAIRE - Constantina, Argélia, 1863


Esperdiçar a fortuna não é desapegar-se dos bens terrenos, é descuido e indiferença. O homem, como depositário dos bens que possui, não tem o direito de dilapidá-los ou de confiscá-los para o seu proveito. A prodigalidade não é generosidade, mas quase sempre uma forma de egoísmo. Aquele que joga ouro a mancheias na satisfação de uma fantasia, não dará um centavo para prestar um auxílio.

O desapego dos bens terrenos consiste em considerar a fortuna no seu justo valor, em saber servir-se dela para os outros e não apenas para si mesmo, a não sacrificar por ela os interesses da vida futura, em perdê-la sem reclamar, se aprouver a Deus retirá-la.

Se, por imprevistos revezes, vos tornardes como Jó, dizei como ele: “Senhor, vós me destes, vós me tirastes; que a Vossa vontade seja feita”. Eis o verdadeiro desprendimento. Sede submissos desde logo, tendo fé naquele que, assim como vos deu e tirou, pode devolver-vos.

Resisti corajosamente ao abatimento, ao desespero, que paralisaria as vossas forças. Nunca vos esqueçais, quando Deus vos desferir um golpe, que ao lado da maior prova, ele coloca sempre uma consolação. Mas pensai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos que os da Terra, e esse pensamento vos ajudará a desprender-vos deles.

Quanto menos apreço damos a uma coisa, somos menos sensíveis à sua perda. O homem que se apega aos bens terrenos é como a criança que só vê o momento presente; o que se desprende é como o adulto, que conhece coisas mais importantes, porque compreende estas palavras proféticas do Salvador: meu reino não é deste mundo.

O Senhor não ordena que atiremos fora o que possuímos, para nos tornarmos mendigos voluntários, porque então nos transformaríamos numa carga para a sociedade. Agir dessa maneira seria compreender mal os desprendimentos dos bens terrenos.

É um egoísmo de outra espécie, porque equivale a fugir à responsabilidade que a fortuna faz pesar sobre aquele que a possui.

Deus a dá a quem lhe parece bom para administrá-la em proveito de todos. O rico tem, portanto, uma missão, que pode tornar bela e proveitosa para si mesmo.

Rejeitar a fortuna, quando Deus vo-la dá, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, ao administrá-la com sabedoria.

Saber passar sem ela, quando não a temos; saber empregá-la utilmente, quando a recebemos; saber sacrificá-la, quando necessário; isto é agir segundo os desígnios do Senhor. Que diga, portanto, aquele que recebe o que o mundo chama uma boa fortuna: “Meu Deus, enviastes-me um novo encargo; dai-me a força de o desempenhar segundo a vossa santa vontade!”

Eis, meus amigos, o que eu queria ensinar-vos, a respeito do desprendimento dos bens terrenos. Resumirei dizendo: aprendei a contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis o ricos, porque a fortuna não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais de que os vossos bens vos foram confiados, e que deveis justificar o seu emprego, como numa prestação de contas de tutela.

Não sejais depositários infiéis, fazendo-os servir à satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis no direito de dispor deles unicamente para vós, pois não os recebestes como doação, mas como empréstimo.

Se não sabeis pagar, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que dar aos pobres é saldar a dívida contraída para com Deus.


SÃO LUIS - Paris, 1860

15 – O princípio segundo o qual o homem é apenas o depositário da fortuna, de que Deus lhe permite gozar durante a vida, tira-lhe o direito de transmiti-la aos descendentes?

O homem pode perfeitamente transmitir, ao morrer, os bens de que gozou durante a vida, porque a execução desse direito está sempre subordinada à vontade de Deus, que pode, quando o quiser, impedir que os descendentes venham a gozá-los. É por isso que vemos ruírem fortunas que pareciam solidamente estabelecidas.

A vontade do homem, de conservar a sua fortuna na linha de sua descendência, é portanto impotente. Mas isso não lhe tira o direito de transmitir o empréstimo recebido, desde que Deus o retirará quando julgar conveniente.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

NOVA BIOGRAFIA


Hoje foi postada a biografia do mês de Janeiro de 2019 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a ISMAEL SGRIGNOLLI.