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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

HOMENS DE FÉ


“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.” – Jesus. (Mateus, 7:24).


Os grandes pregadores do Evangelho sempre foram interpretados à conta de expressões máximas do Cristianismo, na galeria dos tipos veneráveis da fé; entretanto, isso somente aconteceu, quando os instrumentos da verdade, efetivamente, não olvidaram a vigilância indispensável ao justo testemunho.


É interessante verificar que o Mestre destaca, entre todos os discípulos, aquele que lhe ouve os ensinamentos e os pratica. Daí se conclui que os homens de fé não são aqueles apenas palavrosos e entusiastas, mas os que são portadores igualmente da atenção e da boa vontade, perante as lições de Jesus, examinando-lhes o conteúdo espiritual para o trabalho de aplicação no esforço diário.


Reconforta-nos assinalar que todas as criaturas em serviço no campo evangélico seguirão para as maravilhas interiores da fé. Todavia, cabe-nos salientar, em todos os tempos, o subido valor dos homens moderados que, registrando os ensinos e avisos da Boa-Nova, cuidam, desvelados, da solução de todos os problemas do dia ou da ocasião, sem permitir que suas edificações individuais se processem, longe das bases cristãs imprescindíveis.


Em todos os serviços, o concurso da palavra é sagrado e indispensável, mas aprendiz algum deverá esquecer o sublime valor do silêncio, a seu tempo, na obra superior do aperfeiçoamento de si mesmo, a fim de que a ponderação se faça ouvida, dentro da própria alma, norteando-lhe os destinos.


Livro: Pão Nosso, lição 9 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SEGUE ABENÇOANDO


Cada qual de nós trilha um caminho diferente para a união com Deus.


Agradece a estrada que o mundo te aponta e segue abençoando.


Abençoa o grupo de corações em que nasceste.


Dentro dele é que as forças da Criação te construíram os alicerces da existência.


Abençoa o corpo que te serve na condição de carro para a viagem.


Nele possuis a moradia temporária, na qual se te faz possível agir na conquista da evolução.


Abençoa o trabalho que te foi reservado.


Nas tarefas que executas é que assimilas os melhores valores da experiência.


Abençoa as tuas alegrias.


São elas as fontes de estimulo que te garantem o animo e a coragem, a fim de que não esmoreças na marcha.


Abençoa as provações que te visitem.


Nas dificuldades, é que te realizas no aprimoramento intimo.


Abençoa os problemas que te apareçam


Por intermédio dos desafios e obstáculos da senda é que te aperfeiçoas no raciocínio.


Abençoa os amigos.


São alavancas que te oferecem equilíbrio e segurança.


Abençoa os adversários.


Desempenham eles as funções de fiscais, a te mostrarem os perigos e riscos da jornada.


Abençoa os parentes difíceis.


São oportunidades para que se aprenda paciência e humildade, compreensão e tolerância.


Abençoa os que se te fazem instrumentos de tentação.


Enquanto no Plano Físico, temos neles os recursos que nos revelam as fragilidades e imperfeições que, porventura, ainda nos marquem, compelindo-nos a exercer bondade e perdão para com os outros.


Agradece o caminho que o mundo te oferece ao aperfeiçoamento e recorda que Deus te abençoa sempre.


Segue, pois, abençoando também.


Livro: Deus Aguarda – Médium: Chico Xavier - Espírito Meimei.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 29 de janeiro de 2012

A ÁRVORE PRECIOSA


Salientando o Senhor que a construção do Reino Divino seria obra de união fraternal entre todos os homens de boa-vontade, o velho Zebedeu, que amava profundamente os apólogos do Cristo, pediu-lhe alguma narrativa simbólica, através da qual a compreensão se fizesse mais clara entre todos.


Jesus, benévolo como sempre, sorriu e contou:


— Viviam os homens em permanentes conflitos, acompanhados de miséria, perturbação e sofrimento, quando o Pai compadecido lhes enviou um mensageiro, portador de sublimes sementes da Árvore da Felicidade e da Paz.


Desceu o anjo com o régio presente e, congregando os homens para a entrega festiva, explicou-lhes que o vegetal glorioso produziria flores de luz e frutos de ouro, no futuro, apagando todas as dissensões, mas reclamava cuidados especiais para fortalecer-se.


Em germinando, era imprescindível a colaboração de todos, nos cuidados excepcionais do amor e da vigilância.


As sementes requeriam terra conveniente, aperfeiçoado sistema de irrigação, determinada classe de adubo, proteção incessante contra insetos daninhos e providências diversas, nos tempos laboriosos do início; a planta, contudo, era tão preciosa em si mesma que bastaria um exemplar vitorioso para que a paz e a felicidade se derramassem, benditas, sobre a comunidade em geral.


Seus ramos abrigariam a todos, seu perfume envolveria a Terra em branda harmonia e seus frutos, usados pelas criaturas, garantiriam o bem-estar do mundo inteiro.


Finda a promessa e depois de confiadas ao povo as sementes milagrosas, cada circunstante se retirou para o domicílio próprio, sonhando possuir, egoisticamente, a árvore das flores de luz e dos frutos de ouro.


Cada qual pretendia a preciosidade para si, em caráter de exclusividade.


Para isso, cerraram-se, apaixonadamente, nas terras que dominavam, experimentando a sementeira e suspirando pela posse pessoal e absoluta de semelhante tesouro, simplesmente por vaidade do coração.


A árvore, todavia, a fim de viver, reclamava concurso fraterno total, e os atritos ruinosos continuaram.


As sementes, pela natureza divina que as caracterizava, não se perderam; entretanto, se alguns cultivadores possuíam água, não possuíam adubo e os que retinham o adubo não dispunham de água farta.


Quem detinha recursos para defender-se contra os vermes, não encontrava acesso à gleba conveniente e quem se havia apoderado do melhor solo não contava com possibilidades de vigilância.


E tanto os senhores provisórios da água e do adubo, da terra e dos elementos defensivos, quanto os demais candidatos à posse da riqueza celeste, passaram a lutar, em desequilíbrio pleno, exterminando-se reciprocamente.


O Mestre fez longo intervalo na curiosa narrativa e acrescentou:


— Este é o símbolo da guerra improfícua dos homens em derredor da felicidade.


Os talentos do Pai foram concedidos aos filhos, indistintamente, para que aprendam a desfrutar os dons eternos, com entendimento e harmonia.


Uns possuem a inteligência, outros a reflexão; uns guardam o ouro da terra, outros o conhecimento sublime; alguns retêm a autoridade, outros a experiência; todavia, cada um procura vencer sozinho, não para disseminar o bem com todos, através do heroísmo na virtude, mas para humilhar os que seguem à retaguarda.


E fitando Zebedeu, de modo significativo, finalizou:


— Quando a verdadeira união se fizer espontânea, entre todos os homens no caminho redentor do trabalho santificante do bem natural, então o Reino do Céu resplandecerá na Terra, à maneira da árvore divina das flores de luz e dos frutos de ouro.


O velho galileu sorriu, satisfeito, e nada mais perguntou.


Livro: Jesus no Lar, lição 46 - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Vôo de Luz


Retornastes ao planeta entre alegria.
E a espera de poder servir à vida
Deixavas velha rota ensandecida
Ansioso por fazer florir teus dias.


Hoje, no bem, não mais negligencias
O vero ensino, o mapa da subida
Sem mais temer a agreste e insana lida
E ergues ao Pai o amor que ora irradias.


Voltaste à Terra, amigo agora moço.
Voltaste ao mundo em tempos opressores
Construindo bênçãos pelos trilhos teus.


Junto ao Espiritismo és nobre esboço
De um ser de luz na rota dos condores
Nos altos Céus, a inebriar-se em Deus.


Pelo espírito de Ivan de Albuquerque

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

HOMOSSEXUALIDADE


Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher? Resposta: - Isso pouco lhe importa.


O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar. (Item n° 202, de "O Livro dos Espíritos").


A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação.


Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.


A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinqüência.


A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.


O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.


A face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias.


Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas.


O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins.


E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, conseqüentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem.


Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam.


Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual.


E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia.


Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.


Livro: Vida e Sexo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

PARA LIBERTAR-NOS


A preguiça conserva a cabeça desocupada e as mãos ociosas.


A cabeça desocupada e as mãos ociosas encontram a desordem.


A desordem cai no tempo sem disciplina.


O tempo sem disciplina vai para a invigilância.


A invigilância patrocina a conversação sem proveito.


A conversação sem proveito entretece as sombras da cegueira de espírito.


A cegueira de espírito promove o desequilíbrio.


O desequilíbrio atrai o orgulho.


O orgulho alimenta a vaidade.


A vaidade agrava a preguiça.


Como é fácil perceber, a preguiça é suscetível de desencadear todos os males, qual a treva que é capaz de induzir a todos os erros...


Compreendamos, assim, que obsessão, loucura, pessimismo, delinqüência ou enfermidade podem aparecer por autênticas fecundações da ociosidade, intoxicando a mente e arruinando a vida.


E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para libertar-nos da inércia será sempre: trabalhar.


Livro: Coragem – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 17 - SEDE PERFEITOS


O HOMEM NO MUNDO


10. Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.


Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver.


Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.


Sois chamados a estar em contacto com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.


Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto; em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo d'alma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes.


Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.


A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas, os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contacto com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la.


Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Capítulo V, nº 26.)


Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem.


Deus é amor, e aqueles que amam santamente, ele os abençoa.


Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

E o Adúltero?


“E, pondo-a no meio, disseram-lhe: – Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.” – João, 8:4


O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhante, sem enxergá-lo em si mesmo.


Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.


Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolhera o adúltero que não foi trazido a julgamento pelo cuidado popular? Seria ela a única responsável? Se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, em que furna se ocultava aquele que ajudava a fazê-la?


A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor. Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado.


O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais eloqüente que qualquer declaração verbal.


Ao lado da mulher adúltera permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.


O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal. No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar.


Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destaque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento da celebre sugestão de Jesus.


Livro: Pão Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

HOSPITALIDADE


“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram os anjos.” – Paulo. (Hebreus, 13:2)


É provável que nem sempre disponhas dos recursos necessários à hospedagem de companheiros em casa.


Obstáculos e vínculos domésticos, em muitas ocasiões, determinam impedimentos.


Se a parentela ainda não se compraz contigo, na cultura da gentileza, não é justo violentes a harmonia do lar, estabelecendo discórdia, em nome do Evangelho que te recomenda servi-los.


Nada razoável empilhar amigos, em espaço irrisório, impondo-lhes constrangimentos, à conta do bem-querer.


Todos nós, porém, conseguimos descerrar as portas da alma e oferecer acolhimento moral.


Nem todos os desabrigados se classificam entre os que jornadeiam sem teto.


Aqui e ali, surpreendemos os que vagueiam deserdados do apoio e convivência...


Observa e tê-lo-ás no caminho, a te pedirem asilo ao entendimento.


Dá-lhes uma frase de coragem, um pensamento de paz, um gesto de amizade, um momento de atenção.


Às vezes, aquele que hoje se reergue com a tua migalha de amor é quem te vai solucionar as necessidades de amanhã, num carro de bênçãos. Não te digas inútil, nem te afirmes incapaz.


Ninguém existe que não possa auxiliar alguém, estendendo o agasalho da simpatia pelos fios do coração.


Livro: Palavras de Vida Eterna, lição 141 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O ARGUMENTO JUSTO


À noite, em casa de Simão, transparecia um véu de tristeza na maioria dos semblantes.


Tadeu e André, atacados horas antes, nas margens do lago, por alguns malfeitores, viram-se constrangidos à reação apressada.


Não surgira conseqüência grave, mas sentiam-se ambos atormentados e irritadiços.


Quando Jesus começou a falar acerca da glória reservada aos bons, os dois discípulos deixaram transparecer, através do pranto discreto, a amargura que lhes dominava a alma e, não podendo conter-se, Tadeu clamou, aflito: — Senhor; aspiro sinceramente a servir à Boa Nova; contudo, sou portador de um coração indisciplinado e ingrato.


Ouço, contrito, as explanações do Evangelho; lá fora, porém, no trato com o mundo, não passo de um espírito renitente no mal.


Lamento... Lamento...


Mas como trabalhar em favor da Humanidade nestas condições?


Embargando-se-lhe a voz, adiantou-se André, alegando, choroso: — Mestre, que será de mim? Ao seu lado, sou a ovelha obediente; entretanto, ao distanciar-me... Basta uma palavra insignificante de incompreensão para desarmar-me.


Reconheço-me incapaz de tolerar o insulto ou a pedrada.


Será justo prosseguir, ensinando aos outros a prática do bem, imperfeito e mau qual me vejo?...


Calando-se André, interferiu Pedro, considerando: — Por minha vez, observo que não passo de mísero espírito endividado e inferior.


Sou o pior de todos.


Cada noite, ao me retirar para as orações habituais, espanto-me diante da coragem louca dentro da qual venho abraçando os atuais compromissos.


Minha fragilidade é grande, meus débitos enormes.


Como servir aos princípios sublimes do Novo Reino, se me encontro assim insuficiente e incompleto? À palavra de Pedro, juntou-se a de Tiago, filho de Alfeu, que asseverou; abatido:


— Na intimidade de minha própria consciência, reparo quão longe me encontro da Boa Nova, verdadeiramente aplicada.


Muita vez, depois de reconfortar-me ante as dissertações do Mestre, recolho-me ao quarto solitário, para sondar o abismo de minhas faltas.


Há momentos em que pavorosas desilusões me tomam de improviso.


Serei na realidade um discípulo sincero? Não estarei enganando o próximo? Tortura-me a incerteza...


Quem sabe se não passo de reles mistificador? Outras vozes se fizeram ouvir no cenáculo, desalentadas e cheias de amargura.


Jesus, porém, após assinalar as opiniões ali enunciadas, entre o desânimo e o desapontamento, sorriu, tocado de bom-humor, e esclareceu:


— Em verdade, o paraíso que sonhamos ainda vem muito longe e não vejo aqui nenhum companheiro alado.


A meu parecer, os anjos, na indumentária celeste, ainda não encontram domicílio no chão áspero e escuro em que pisamos.


Somos aprendizes do bem, a caminho do Pai, e não devemos menoscabar a bendita oportunidade de crescer para Ele, no mesmo impulso da videira que se eleva para o céu, depois de nascer no obscuro seio da terra, alastrando-se compassiva, para transformar-se em vinho reconfortante, destinado à alegria de todos.


Mas, se vocês se declaram fracos, devedores, endurecidos e maus e não são os primeiros a trabalhar para se fazerem fortes, redimidos, dedicados e bons em favor da obra geral de salvação, não me parece que os anjos devam descer da glória dos Cimos para substituir-nos no campo de lições da Terra.


O remédio, antes de tudo, se dirige ao doente, o ensino ao ignorante...


De outro modo, penso, a Boa Nova de Salvação se perderia por inadequada e inútil...


As lágrimas dos discípulos transformaram-se em intenso rubor, a irradiar-se da fisionomia de todos, e uma oração sentida do Amigo Divino imprimiu ponto final ao assunto.


Livro: Jesus no Lar, lição 38 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Vai Morrer do Mesmo Jeito


Muita gente anda dizendo:
- Nem de Longe eu penso em morte
Eu quero é gozar a vida
Ser feliz, ter muita sorte!
Esquece que ao nascimento
Sucede o falecimento
E este é o grande preceito
Pois o corpo envelhecendo
Mesmo o “cabra” maldizendo
Vai morrer do mesmo jeito!


Aqui ninguém é poupado
Sendo rico, ou sendo pobre,
Homem, mulher, branco, negro
A lei a ninguém encobre
Ignorante, cientista,
Analfabeto, artista...
Aqui não há preconceito
Ninguém se ache no cúmulo
De querer fugir do túmulo
Vai morrer do mesmo jeito!


Tem gente tão apegada
Que não quer envelhecer
Quando nasce uma ruguinha
Apressado vai fazer
Uma cirurgia plástica
Sua atitude é tão drástica
É “lipo” esticando o peito
Mas quando a hora é chegada
A máquina dá uma parada
Morre-se do mesmo jeito!


Caboclo que teme a morte
De tanto pensar nos erros
Não faz visita a doente,
Nem a velório ou enterros...
Mas só basta um desarranjo
Pra este sonhar com os anjos
Com os querubins e os eleitos
No seu velório é o assunto:
- Mesmo sem ver um defunto
Se esticou do mesmo jeito.


Agora eu fico olhando
E penso sem nenhum erro:
- Será que vai demorar
O dia do seu enterro?
Quem sabe a hora "malsã"?
Será hoje ou amanhã?
E imaginando direito
Já vejo um cacho de flores
Pois tendo ou não tendo dores
Vai morrer do mesmo Jeito!


Você aí, como vai?
Nunca esqueça neste plano
De que a morte é a certeza
Na existência do ser humano
Faça mais caridade
Aumente a sua bondade
Mude de valor e conceito
Que a vida é uma viagem
Que tendo ou sem ter bagagem
Vai morrer do mesmo jeito!


Merlânio Maia

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

LEVANTAI OS OLHOS


"Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." - Jesus. (JOÃO, 4:35).


O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.


A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.


Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.


Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas.


É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.


Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.


Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.


Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.


Verdades eternas proclamam que a felicidade não é um mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro dos filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas; no entanto, para receber tão altos dons é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e santificar os raciocínios.


É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.


Irmão muito amado, que te conservas sob a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono...


Não te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos, desenganos!...


Olha para o alto! ...


Repara as frondes imortais, balouçando-se ao sopro da Providência Divina!


Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no Infinito, na direção dos Céus.


Livro: Vinha de Luz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NA EXECUÇÃO DA DIVINA LEI


Amemos a Deus sobre todas as cousas, procurando-lhe o Reino do Amor, em cuja edificação devemos contribuir.


Auxiliemos ao próximo, tanto quanto desejamos ser auxiliados.


Cumpramos, de boa vontade os deveres de cada dia.


Honremos os familiares amparando-nos, quanto nos seja possível.


Procuremos não prejudicar a ninguém.


Trabalhemos com alegria servindo a todos, em favor de nós mesmos.


Desculpemos as faltas alheias, compreendendo quanto temos errado por nossa vez.


Não cobicemos dos outros senão a virtudes e as qualidades respeitáveis que nos compete imitar na experiência comum.


Busquemos não realizar despesas além das nossas possibilidades, ainda mesmo que essa medida nos custe sacrifícios ingentes.


Conservemos a saúde, através de hábitos dignos, espalhando, em torno de nós, a alegria e a fé, o otimismo e a confiança.


Não nos cansemos de aprender, entendendo que o progresso da alma é infinito, no espaço e no tempo.


Vivamos cada dia as bênçãos do serviço e do estudo, da prática do bem e do concurso fraterno, com paciência e compreensão, à frente de todas as situações, de todas as pessoas e de todas as coisas, na certeza de que poderemos ser convidados à prestação de contas da própria vida, a qualquer momento, e assim estaremos habilitados a viver diante do Senhor e diante das criaturas, cumprindo fielmente a Divina Lei.


Livro: Assim Vencerás – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 16 - SERVIR A DEUS E A MAMON


A Verdadeira Propriedade


PASCAL - Genebra, 1860


9 – O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo. O que ele encontra ao chegar e o que deixa ao partir; goza durante sua permanência na Terra; mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto, e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo, e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe, e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste.


Dele depende estar mais rico ao partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que ele houver adquirido no bem. Quando um homem parte para um país longínquo, arruma a sua bagagem com objetos de uso nesse país e não se carrega de coisas que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura, aprovisionando-vos de tudo o que nela vos poderá servir.


Ao viajante que chega a uma estalagem, se ele pode pagar, é dado um bom alojamento; ao que pode menos, é dado um pior; e ao que nada tem, é deixado ao relento. Assim acontece com o homem, quando chega ao mundo dos Espíritos: sua posição depende de suas posses, com a diferença de que não pode pagar em ouro. Não se lhe perguntará: Quanto tínheis na Terra? Que posição ocupáveis? Éreis príncipe ou operário? Mas lhe será perguntado: O que trazeis? Não será computado o valor de seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as suas virtudes, e nesse cálculo o operário talvez seja considerado mais rico do que o príncipe.


Em vão alegará o homem que, antes de partir, pagou em ouro a sua entrada no céu, pois terá como resposta: as posições daqui não são compradas, mas ganhas pela prática do bem; com o dinheiro podeis comprar terras, casas, palácios; mas aqui só valem a qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Então, sejas bem vindo, e teu é o primeiro lugar, onde todas as venturas vos esperam. Sois pobre? Ide para o último, onde sereis tratado na razão de vossas posses.


M., Espírito Protetor - Bruxelas, 1861


10 – Os bens da Terra pertencem a Deus, que os dispensa de acordo com a sua vontade. O homem é apenas o seu usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente. Pertencem tão pouco ao homem, como propriedade individual, que Deus freqüentemente frustra todas as suas previsões, fazendo a fortuna escapar daqueles mesmos que julgam possuí-la com os melhores títulos.


Direis talvez que isso se compreende em relação à fortuna hereditária, mas não aquela que o homem adquiriu pelo seu trabalho.


Não há dúvida que, se há uma fortuna legítima, é a que foi adquirida honestamente, porque uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, para conquistá-la, não se prejudicou a ninguém. Pedir-se-á conta de um centavo mal adquirido, em prejuízo de alguém. Mas por que um homem conquistou por si mesmo a sua fortuna, terá alguma vantagem ao morrer? Não são freqüentemente inúteis os cuidados que ele toma para transmiti-la aos descendentes? Pois se Deus não quiser que estes a recebam, nada prevalecerá sobre a sua vontade.


Poderá ele usar e abusar de sua fortuna, impunemente, durante a vida, sem ter de prestar contas? Não, pois ao lhe permitir adquiri-la, Deus pode ter querido recompensar, durante esta vida, os seus esforços, a sua coragem, a sua perseverança; mas se ele somente a empregou para a satisfação dos seus sentidos e do seu orgulho, se ela se tornou para ele uma causa de queda, melhor seria não a ter possuído. Nesse caso, ele perde de um lado o que ganhou de outro, anulando por si mesmo o mérito do seu trabalho, e quando deixar a Terra, Deus lhe dirá que já recebeu a sua recompensa.


Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Recebi este selo da amiga Marlene do blog Mentores de Luz

SONHOS VIVOS


A semente no celeiro é sonho vivo; transportada, à lavoura, transforma-se em árvore que produz. Sem isso murcharia no silêncio.


O minério no solo é sonho vivo; conduzido à atividade é matéria prima. Sem isso, por tempo indeterminado, estaria na condição de mero calhau.


O plano de uma construção é sonho vivo; concretizado, porém, é obra de utilidade apreciável. Sem isso seria mera figuração entregue à poeira.


A escola de pé é um sonho vivo; movimentada pelos obreiros da instrução é oficina de luz. Sem isso não passaria de promessas distantes.


O livro na cabeça do escritor é sonho vivo; carregado ao campo das letras é usina de sugestão. Sem isso desapareceria por visão mental entrevista de longe.


A convicção espírita é também sonho vivo; mas trazida à realidade prática é tarefa para edificação do mundo melhor. Sem isso não passará de clarão escondido.


É por essa razão que todos podemos crer e aprender, discutir e apregoar, consolados, entretanto, no terreno da verdadeira ascensão do espírito nada conseguiremos sem trabalhar.


Livro: Ideal Espírita – Médium: Chico Xavier – Espírito: Albino Teixeira.
Fonte da imagem: Internet Google.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O FILHO OCIOSO


Reportava-se a pequena assembléia a variados problemas da fé em Deus, quando Jesus, tomando a palavra, narrou, complacente: — Um grande Soberano possuía vastos domínios.


Terras, rios, fazendas, pomares e rebanhos eram incontáveis em seu reino prodigioso.


Vassalos inúmeros serviam-lhe a casa, em todas as direções.


Alguns deles nunca se perdiam dos olhos do Senhor, de maneira absoluta.


De tempos a tempos, visitavam-lhe a residência, ofereciam-lhe préstimos ou traziam-lhe flores de ternura, recebendo novos roteiros de trabalho edificante.


Outros, porém, viviam a bel-prazer nas florestas imensas.


Estimavam a liberdade plena com declarada indisciplina.


Eram verdadeiros perturbadores do vasto império, porquanto, ao invés de ajudarem a Natureza, desprezavam- na sem comiseração.


Matavam animais pelo simples gosto da caça, envenenavam as águas para assassinarem os peixes em massa, perseguiam as aves ou queimavam as plantações dos servos fiéis, não obstante saberem, no íntimo, que deviam obediência ao Poderoso Senhor.


Um desses servidores levianos e ociosos não regateava sua crença na existência e na bondade do Rei.


Depois de longas aventuras na mata, exterminando aves indefesas, quando o estômago jazia farto, costumava comentar a fé que depositava no rico Proprietário de extenso e valioso domínio.


Um Soberano tão previdente quanto aquele que soubera dispor das águas e das terras, das árvores e dos rebanhos, devia ser muito sábio e justiceiro — explanava consciente.


Sutilmente, todavia, escapava-lhe a todos os decretos.


Pretendia viver a seu modo, sem qualquer imposição, mesmo daquele que lhe confiara o vale em que consumia a existência regalada e feliz.


Decorridos muitos anos, quando as suas mãos já não conseguiam erguer a menor das armas para perturbar a Natureza, quando os olhos embaciados não mais enxergavam a paisagem com a mesma clareza da juventude, inclinando-se-lhe o corpo, cansado e triste, para o solo, resolveu procurar o Senhor, a fim de pedir-lhe proteção e arrimo.


Atravessou lindos campos, nos quais os servos leais, operosos e felizes, cultivavam o chão da propriedade imensa e chegou ao iluminado domicílio do Soberano.


Experimentando aflitivo assombro, reparou que os guardas do limiar não lhe permitiam o suspirado ingresso, porque seu nome não constava no livro de servidores ativos.


Implorou, rogou, gemeu; no entanto, uma das sentinelas lhe observou:


— O tempo disponível do Rei é consagrado aos cooperadores.


— Como assim? — bradou o trabalhador imprevidente.


— Eu sempre acreditei na soberania e na bondade do nosso glorioso ordenador...


O guarda, contudo, redargüiu, sem pestanejar:


— Que te adiantava semelhante convicção, se fugiste aos decretos de nosso Soberano, gastando precioso tempo em perturbar-lhe as obras? O teu passado está vivo em tua própria condição...


Em que te servia a confiança no Senhor, se nunca vieste a Ele, trazendo um minuto de colaboração a benefício de todos? Observa-se, logo, que a tua crença era simples meio de acomodar a consciência com os próprios desvarios do coração.


E o servo, já comprometido pelos atos menos dignos, e de saúde arruinada, foi constrangido a começar toda a sua tarefa, de novo, de maneira a regenerar-se.


O Mestre calou-se, durante alguns momentos, e concluiu:


— Aqui temos a imagem de todo ocioso filho de Deus.


O homem válido e inteligente que admite a existência do Eterno Pai, que lhe conhece o poder, a justiça e a bondade, através da própria expressão física da Natureza, e que não o visita em simples oração, de quando em quando, nem lhe honra as leis com o mínimo gesto de amparo aos semelhantes, sem o mais leve traço de interesse nos propósitos do Grande Soberano, poderá retirar alguma vantagem de suas convicções inúteis e mortas?


Com essa indagação que calou nos ouvidos dos presentes, o culto evangélico da noite foi expressivamente encerrado.


Livro: Jesus no Lar, lição 37 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.