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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

ALEGRIA CRISTÃ

“Mas a vossa tristeza se converterá em alegria.” Jesus (JOÃO, 16: 20)

Nas horas que precederam a agonia da cruz, os discípulos não conseguiam disfarçar a dor, o desapontamento.

Estavam tristes. Como pessoas humanas, não entendiam outras vitórias que não fossem as da Terra. Mas Jesus, com vigorosa serenidade, exortava-os: “Na verdade, na verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis; o mundo se alegrará e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.”

Através de séculos, viu-se no Evangelho um conjunto de notícias dolorosas — um Salvador abnegado e puro conduzido ao madeiro destinado aos infames, discípulos debandados, perseguições sem conta, martírios e lágrimas para todos os seguidores...

No entanto, essa pesada bagagem de sofrimentos constitui os alicerces de uma vida superior, repleta de paz e alegria. Essas dores representam auxílio de Deus à terra estéril dos corações humanos. Chegam como adubo divino aos sentimentos das criaturas terrestres, para que de pântanos desprezados nasçam lírios de esperança.

Os inquietos salvadores da política e da ciência, na Crosta Planetária, receitam repouso e prazer a fim de que o espírito chore depois, por tempo indeterminado, atirado aos desvãos sombrios da consciência ferida pelas atitudes criminosas. Cristo, porém, evidenciando suprema sabedoria, ensinou a ordem natural para a aquisição das alegrias eternas, demonstrando que fornecer caprichos satisfeitos, sem advertência e medida, às criaturas do mundo, no presente estado evolutivo, é depor substâncias perigosas em mãos infantis. Por esse motivo, reservou trabalhos e sacrifícios aos companheiros amados, para que se não perdessem na ilusão e chegassem à vida real com valioso patrimônio de estáveis edificações.

Eis por que a alegria cristã não consta de prazeres da inconsciência, mas da sublime certeza de que todas as dores são caminhos para júbilos imortais.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 93 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

MADALENA

“Disse-lhe Jesus: Maria! — Ela, voltando-se, disse-lhe: Mestre!” (JOÃO, 20: 16)

Dos fatos mais significativos do Evangelho, a primeira visita de Jesus, na ressurreição, é daqueles que convidam à meditação substanciosa e acurada.

Por que razões profundas deixaria o Divino Mestre tantas figuras mais próximas de sua vida para surgir aos olhos de Madalena, em primeiro lugar?

Somos naturalmente compelidos a indagar por que não teria aparecido, antes, ao coração abnegado e amoroso que lhe servira de Mãe ou aos discípulos amados...

Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólico em sua essência divina.

Dentre os vultos da Boa Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo, para seguir o Salvador, como a inesquecível obsidiada de Magdala. Nem mesmo “morta” nas sensações que operam a paralisia da alma; entretanto, bastou o encontro com o Cristo para abandonar tudo e seguir lhe os passos, fiel até ao fim, nos atos de negação de si própria e na firme resolução de tomar a cruz que lhe competia no calvário redentor de sua existência angustiosa.

É compreensível que muitos estudantes investiguem a razão pela qual não apareceu o Mestre, primeiramente, a Pedro ou a João, à sua Mãe ou aos amigos.

Todavia, é igualmente razoável reconhecermos que, com o seu gesto inesquecível, Jesus ratificou a lição de que a sua doutrina será, para todos os aprendizes e seguidores, o código de ouro das vidas transformadas para a glória do bem. E ninguém, como Maria de Magdala, houvera transformado a sua, à luz do Evangelho redentor.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 92 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Perdoa e Serve

A mágoa não te aborreça
Nem te conturbe a alma aflita,
A frase que seja dita
Destacando a sombra e o mal.
A Terra é uma grande escola
De beleza indefinida,
Mas, por vezes, tem na vida
A importância do hospital.

Quantos amigos encontras
De cabeça erguida à frente,
Sem mostrar a alma doente
Sob a forma juvenil,
Esse transporta consigo
As trevas de ódio violento,
Outro guarda o sofrimento
Que vem de amarguras mil.

Aquela mulher vistosa
De porte belo e perfeito
Exibe uma cruz no peito
Por adorno de eleição;
Mas, embora vive em festa,
Carrega junto a quem ama
Uma cruz de pedra e lama
Por dentro do coração.

Alma querida, não deixes
Que a mágoa te busque ou vença,
Perdoa qualquer ofensa,
Seja essa ofensa qual for;
Na luta entre o bem e o mal
Na construção do porvir,
Triunfa quem sabe agir
Usando a bênção do amor.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

122 Candeia Sob o Alqueire. Porque fala Jesus por parábolas

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 24 - NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

1. Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa. (S. MATEUS, cap. V, v.15.)

2. Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. (S. LUCAS, cap. VIII, vv. 16 e 17.)

3. Aproximando-se, disseram-lhe os discípulos: Por que lhes falas por parábolas?

- Respondendo-lhes, disse ele: É porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado (1).

Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará.

- Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não veem e, ouvindo, não escutam e não compreendem.

- E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, eu não os cure. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 10 a 15.)

(1) No original francês falta o versículo 12 que aqui repomos. - A Editora da FEB, em 1948.

4. É de causar admiração diga Jesus que a luz não deve ser colocada debaixo do alqueire, quando ele próprio constantemente oculta o sentido de suas palavras sob o véu da alegoria, que nem todos podem compreender. Ele se explica, dizendo a seus apóstolos: "Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles veem, olham, ouvem, mas não entendem. Fora, pois, inútil tudo dizer-lhes, por enquanto. Digo-o, porém, a vós, porque dado vos foi compreender estes mistérios."

Procedia, portanto, com o povo, como se faz com crianças cujas ideias ainda se não desenvolveram. Desse modo, indica o verdadeiro sentido da sentença: "Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entrem a possam ver." Tal sentença não significa que se deva revelar inconsideradamente todas as coisas. Todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer.

Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina.

Mas, o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa-lhes a obscuridade.

Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. E então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé. (Cap. XIX, nº 7.)

5. Se, pois, em sua previdente sabedoria, a Providência só gradualmente revela as verdades, é claro que as desvenda à proporção que a Humanidade se vai mostrando amadurecida para as receber.

Ela as mantém de reserva e não sob o alqueire. Os homens, porém, que entram a possuí-las, quase sempre as ocultam do vulgo com o intento de o dominarem. São esses os que, verdadeiramente, colocam a luz debaixo do alqueire. É por isso que todas as religiões têm tido seus mistérios, cujo exame proíbem.

Mas, ao passo que essas religiões iam ficando para trás, a Ciência e a inteligência avançaram e romperam o véu misterioso. Havendo-se tornado adulto, o vulgo entendeu de penetrar o fundo das coisas e eliminou de sua fé o que era contrário à observação.

Não podem existir mistérios absolutos e Jesus está com a razão quando diz que nada há secreto que não venha a ser conhecido. Tudo o que se acha oculto será descoberto um dia e o que o homem ainda não pode compreender lhe será sucessivamente desvendado, em mundos mais adiantados, quando se houver purificado. Aqui na Terra, ele ainda se encontra em pleno nevoeiro.

6. Pergunta-se: que proveito podia o povo tirar dessa multidão de parábolas, cujo sentido se lhe conservava impenetrável?

É de notar-se que Jesus somente se exprimiu por parábolas sobre as partes de certo modo abstratas da sua doutrina. Mas, tendo feito da caridade para com o próximo e da humildade condições básicas da salvação, tudo o que disse a esse respeito é inteiramente claro, explícito e sem ambiguidade alguma.

Assim devia ser, porque era a regra de conduta, regra que todos tinham de compreender para poderem observá-la. Era o essencial para a multidão ignorante, à qual ele se limitava a dizer: "Eis o que é preciso se faça para ganhar o reino dos céus." Sobre as outras partes, apenas aos discípulos desenvolvia o seu pensamento. Por serem eles mais adiantados, moral e intelectualmente, Jesus pôde iniciá-los no conhecimento de verdades mais abstratas. Daí o haver dito: Aos que já têm, ainda mais se dará. (Cap. XVIII, nº 15.)

Entretanto, mesmo com os apóstolos, conservou-se impreciso acerca de muitos pontos, cuja completa inteligência ficava reservada a ulteriores tempos. Foram esses pontos que deram ensejo a tão diversas interpretações, até que a Ciência, de um lado, e o Espiritismo, de outro, revelassem as novas leis da Natureza, que lhes tornaram perceptível o verdadeiro sentido.

7. O Espiritismo, hoje, projeta luz sobre uma imensidade de pontos obscuros; não a lança, porém, inconsideradamente. Com admirável prudência se conduzem os Espíritos, ao darem suas instruções.

Só gradual e sucessivamente consideraram as diversas partes já conhecidas da Doutrina, deixando as outras partes para serem reveladas à medida que se for tornando oportuno fazê-las sair da obscuridade. Se a houvessem apresentado completa desde o primeiro momento, somente a reduzido número de pessoas se teria ela mostrado acessível; houvera mesmo assustado as que não se achassem preparadas para recebê-la, do que resultaria ficar prejudicada a sua propagação.

Se, pois, os Espíritos ainda não dizem tudo ostensivamente, não é porque haja na Doutrina mistérios em que só alguns privilegiados possam penetrar, nem porque eles coloquem a lâmpada debaixo do alqueire; é porque cada coisa tem de vir no momento oportuno. Eles dão a cada ideia tempo para amadurecer e propagar-se, antes que apresentem outra, e aos acontecimentos o de preparar a aceitação dessa outra.

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Três Amigos Na Praia

Pedro, Tiago e Mateus eram amigos inseparáveis. Eram da mesma turma da escola, e ficaram muito felizes quando descobriram que iriam passar as férias na mesma praia.

Mateus já estava há alguns dias na praia quando chegou Tiago. Pedro foi o último a chegar.

Logo no primeiro dia Mateus e Tiago foram à praia, nadaram muito, mas Pedro não entrou no mar. Ele caminhou na beira da praia, conversou com alguns amigos e foi embora mais cedo que os outros dois amigos.

No dia seguinte, os três combinaram de fazer uma trilha, bem cedinho. E no horário e local combinado, lá estavam os três amigos.

O local da trilha era cheio de curvas, de altos e baixos... subiram morros e desceram o morros e a cada pedaço do caminho a vista parecia ficar mais bonita! Tiraram fotos, contaram histórias, foi um passeio muito animado.

Ao chegarem ao local que era considerado o final da trilha, avistaram uma praia belíssima. A água era limpa, tinha árvores e sombra por perto. O local parecia ter saído de um filme, de tão bonito!

- O último a chegar na água é um ovo podre – disse Mateus, e começou a correr. Se atirou na água e nadou, sem esperar pelos amigos.

Tiago entrou na água em seguida, mas Pedro não saiu do lugar. Ficou parado, olhando o mar.

- Vem, Pedro, a água está ótima!

- Agora não!- disse Pedro. Tomem cuidado! – gritou ele antes de se afastar dos amigos para ir sentar à sombra.

Os dois amigos insistiram, mas Pedro não disse que não sabia nadar e que não estava com vontade de entrar na água. Os amigos convidaram mais algumas vezes, mas Pedro disse que não queria ir e acabou adormecendo embaixo de uma enorme árvore.

Mateus e Tiago, vendo o amigo dormindo, combinaram fazer uma surpresa para Pedro. Afinal, já estava na hora de voltar e ele não tinha experimentado nadar naquela bela praia!

Os dois amigos agarram Pedro pelos braços e pernas, enquanto ele gritava que não queria ir! Mateus e Tiago jogaram o amigo na água e logo uma onda derrubou Pedro. E ele demorou a aparecer de novo, se debatendo. O lugar não era muito fundo, ainda bem! Os dois amigos ajudaram Pedro a sair da água. Ele sentou na areia respirando acelerado e com cara de apavorado.

- Eu disse que não sei nadar! – reclamou ele. Vocês não me ouviram?

Mateus e Tiago tinham ouvido, mas não tinham prestado atenção ao que o amigo havia dito. Também não respeitaram o fato de que Pedro não queria entrar na água.

O retorno pela trilha foi realizado em silêncio. O caminho pareceu muito mais longo na volta. Pedro não apareceu na praia nos dois dias seguintes. No terceiro dia, Mateus e Tiago foram até a casa de Pedro e pediram desculpas, prometendo nunca mais desrespeitar o amigo.

Naquele verão, Pedro teve algumas lições de natação com Mateus e Tiago. Mas o mais importante foi que os três entenderam a importância de se respeitar o jeito de ser dos outros, seus gostos e preferências, e nunca obrigar alguém a fazer algo que não queira.


Claudia Schmidt

Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

NOVA BIOGRAFIA

Hoje foi postada a biografia do mês de Janeiro de 2021 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JOÃO BATISTA BRILHANTE DE ALBUQUERQUE.