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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AOS AMIGOS E SEGUIDORES DESTE BLOG

Farei uma pausa nas postagens diárias deste blog por motivo de viagem.


Devo retomar as postagens em 04.11.2011.


Que Jesus abençoe todos.


Felicidades,


Carlos Varoli
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 17 - SEDE PERFEITOS


OS BONS ESPÍRITAS


4. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.


Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza da sua essência mesma é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.


Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado.


Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que a moral, que se lhes afigura cediça e monótona.


Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.


Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons.


Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se delas e sempre o consegue, se tem firme a vontade.
Fonte da imagem: Internet

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ÁLCOOL E OBSESSÃO


A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A medicina atual ainda reluta - e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão. Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros para-psicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as “mentes desencarnadas”.


Jean Ehrenwald, psicanalista, chegou a publicar importante livro intitulado: Novas Dimensões da Análise Profunda, corroborando as experiências de Karl Wick-land em Trinta Anos Entre os Mortos. Koogan, na Europa de hoje, acompanhado por vários pesquisadores, efetuou experiências de controle remoto da conduta humana pela telepatia, obtendo resultados satisfatórios. Tudo isso nada vale para os que se obstinam na negação pura e simples, como faziam os cientistas e os médicos do tempo de Pasteur em relação ao mundo bacteriano.


As quadras de Cornélio Pires sobre a obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética. Elas nos mostram - num panorama visto do lado oculto da vida - a própria mecânica desse processo obsessivo. Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências anteriores), excitam-nos o desejo inocente de “tomar um trago”. Aceitamos a “idéia maluca” e espíritos vampirescos são atraídos pelas emanações alcoólicas do nosso corpo. Daí por diante, como aconteceu a Juca de João Dório, “enveredamos na garrafa” e vamos parar no sanatório. Os espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando ansiosamente os seus “tragos”. Satisfazem-se com as emanações alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.


Nas instituições espíritas bem dirigidas esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam após um tratamento sério. Nos hospitais espíritas as curas são numerosas.


Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira: Novos Rumos à Medicina, relatando as curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba. Não é só a obsessão alcoólica que está em jogo nos processos obsessivos


Os desvios sexuais oferecem um contingente talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque é mais difícil de ser tratado.


Tem razão o poeta caipira ao advertir que “álcool, para ajudar, é cousa de medicina”. Só nas aplicações médicas o álcool pode ser usado como remédio. Mas temos de acrescentar, infelizmente, que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em condições de atender aos casos de alcoolismo. Os grupos espíritas e as associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem dirigidos.


Livro: Diálogo dos Vivos – Médiuns: Chico Xavier e Herculano Pires – Espírito: Irmão Saulo.
Fonte da imagem: Internet

domingo, 23 de outubro de 2011

O VALOR DO SERVIÇO


Filipe, velho pescador de Cafarnaum, enlevado com as explanações de Jesus sobre um texto de Isaías, passou a comentar a diferença entre os justos e injustos, de maneira a destacar o valor da santidade na Terra.


O Mestre ouviu calmamente, e, talvez para prevenir os excessos de opinião, narrou, com bondade: — Certo fariseu, de vida irrepreensível, atingiu posição de imenso respeito público.


Passava dias inteiros no Templo, entre orações e jejuns incessantes.


Conhecia a Lei como ninguém.


Desde Moisés aos últimos Profetas, decorara os mais importantes textos da Revelação.


Se passava nas ruas, era tão grande a estima de que se fizera credor, que as próprias crianças se curvavam, reverentes.


Consagrara-se ao Santo dos Santos e fazia vida perfeita entre os pecadores da época.


Alimentava-se frugalmente, vestia túnica sem mancha e abstinha-se de falar com toda pessoa considerada impura.


Acontece, todavia, que, havendo grande peste em cidade próxima de Jerusalém, um Anjo do Senhor desceu prestimoso, a socorrer necessitados e doentes, em nome da Divina Providência.


Necessitava, porém, das mãos diligentes de um homem, através das quais pudesse trabalhar apressado, em benefício de enfermos e sofredores.


Lembrou-se de recorrer ao santo fariseu, conhecido na Corte Celeste por seus reiterados votos de perfeição espiritual, mas o devoto se achava tão profundamente mergulhado em suas contemplações de pureza que não lhe sobrava o mínimo espaço interior para entender qualquer pensamento de socorro às vítimas da epidemia.


Como cooperar com o emissário divino, nesse setor, se evitava o menor contacto com o mundo vulgar, classificado, em sua mente, como vale da imundície?


O Anjo insistia no chamamento; contudo, a peste era exigente e não admitia delongas.


O mensageiro afastou-se e recorreu a outras pessoas amantes da Lei.


Nenhuma, entretanto, se julgava habilitada a contribuir.


Ninguém desejava arriscar-se.


Instado pelas reclamações do serviço, o Enviado de Cima encontrou antigo criminoso que mantinha o propósito de regenerar-se.


Através dos fios invisíveis do pensamento, convidou-o a segui-lo; e o velho ladrão, sinceramente transformado, não hesitou.


Obedeceu ao doce constrangimento e votou-se sem demora, com a espontaneidade da cooperação robusta e legítima, ao ministério do socorro e da salvação.


Enterrou cadáveres insepultos, improvisou remédios adequados à situação, semeou o bom ânimo, aliviou os aflitos, renovou a coragem dos enfermos, libertou inúmeras criancinhas ameaçadas pelo mal, criou serviços de consolação e esperança e, com isso, conquistou sólidas amizades no Céu, adiantando-se de surpreendente maneira, no caminho do Paraíso.


Os presentes registraram a pequena história, entre a admiração e o desapontamento e, porque ninguém interferisse, o Senhor comentou, em seguida a longo intervalo:


— A virtude é sempre grande e venerável, mas não há de cristalizar-se à maneira de jóia rara sem proveito.


Se o amor cobre a multidão dos pecados, o serviço santificante que nele se inspira pode dar aos pecadores convertidos ao bem a companhia dos anjos, antes que os justos ociosos possam desfrutar o celeste convívio.


E reparando que os ouvintes se retraíram no grande silêncio, o Senhor encerrou o culto doméstico da Boa Nova, a fim de que o repouso trouxesse aos companheiros multiplicadas bênçãos de paz e meditação, sob o firmamento pontilhado de luz.


Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
Fonte da imagem: Internet

sábado, 22 de outubro de 2011

SONHA!


Vive, como quem sonha a vida inteira,


Uma paisagem primorosa e bela,


Como um céu safirino que se estrela


De luz e que essa luz toda te queira.




Vive como quem sonha, rindo à beira


De um lago azul, mirando a caravela


Da esperança, suavíssima e singela,


Nosso amparo na mágoa derradeira.




Converte em canto as tuas agonias,


Pois que outra vida além da morte espera


Todos os seres, todas as criaturas!




A fé clareia as noites mais sombrias,


Fazendo-te entrever a primavera


Que despetala flores nas alturas.


Livro: Lira Imortal – Médium: Chico Xavier – Espírito: Olavo Bilac.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

BENÇÃO DO SOL


"... Nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, nos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados". - Paulo (Hebreus, 12:15).


É razoável estejamos sempre cautelosos a fim de não estendermos o mal ao caminho alheio.


Os outros colhem os frutos de nossas ações a oferecem-nos, de volta, as reações conseqüentes.


Daí, o cuidado instintivo em não ferirmos a própria consciência, seja policiando atitudes ou selecionando palavras, para que vivamos em paz à frente dos semelhantes, assegurando tranqüilidade a nós mesmos.


Em muitas circunstâncias, contudo, não nos imunizamos contra os agentes tóxicos da queixa. Superestimamos nossos problemas, supomos nossas dores maiores e mais complexas que as dos vizinhos e, amimalhando o próprio egoísmo, cultivamos indesejável raiz de amargura no solo do coração. Daí brotam espinheiros mentais, suscetíveis de golpear quantos renteiam conosco, na atividade cotidiana, envenenando-lhes a vida.


Quantas sugestões infelizes teremos coagulado no cérebro dos entes amados predispondo-os à enfermidade ou à delinqüência com as nossas frases irrefletidas!


Quantos gestos lamentáveis terão vindo à luz, arrancados da sombra por nossas observações milagrosas.


Precatemo-nos contra semelhantes calamidades que se nos instalam nas tarefas do dia-a-dia, quase sempre sem que venhamos a perceber. Esqueçamos ofensas, discórdias, angústias e trevas, para que a raiz da amargura não encontre clima propício no campo em que atuamos.


Todos necessitamos de felicidade e paz; entretanto, felicidade e paz solicitam amor e renovação, tanto quanto o progresso e a vida pedem trabalho harmonioso e bênção do Sol.


Livro: Segue-me – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lei do Uso


“E quando estavam saciados, disse Jesus aos seus discípulos:
Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca”. – João, 6:12.


Observada a lei do uso, a miséria fugirá do caminho humano.


Contra o desperdício e a avareza é imperioso o trabalho de cada um, porque, identificado o equilíbrio, o serviço da justiça econômica estará completo, desde que a boa vontade habite com todos.


A passagem evangélica que descreve o trabalho de alimento à multidão assinala significativas palavras do Senhor, quanto às sobras de pão, transmitindo ensinamento de profunda importância aos discípulos.


Geralmente, o aprendiz sincero, nos primeiros deslumbramentos da fé reveladora, deseja desfazer-se nas atividades de benemerência, sem base na harmonia real.


Aí temos, indiscutivelmente, louvável impulso, mas, ainda mesmo na distribuição dos bens materiais, é indispensável evitar o descontrole e o excesso.


O Pai não suprime o inverno, porque alguns dos seus filhos se queixam do frio, mas equilibra a situação, dando-lhes coberturas.


A caridade reclama entusiasmo, entretanto, exige também discernimento generoso, que não incline o coração à secura.


Na grande assembléia de necessitados do monte, por certo, não faltariam preguiçosos e perdulários, prontos a inutilizar a parte restante de pão, sem necessidade justa. Jesus, porém, antes que os levianos se manifestassem, recomendou claramente: – “recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca”. É que em todas as coisas, o homem deverá reconhecer que o uso é compreensível na Lei, desprezando o abuso que é veneno mortal nas fontes da vida.


Pão Nosso – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 17 - SEDE PERFEITOS


Cuidar do Corpo e do Espírito


11. Consistirá na maceração do corpo a perfeição moral? Para resolver essa questão, apoiar-me-ei em princípios elementares e começarei por demonstrar a necessidade de cuidar-se do corpo que, segundo as alternativas de saúde e de enfermidade, influi de maneira muito importante sobre a alma, que cumpre se considere cativa da carne. Para que essa prisioneira viva, se expanda e chegue mesmo a conceber as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são, disposto, forte.


Façamos uma comparação: Eis se acham ambos em perfeito estado; que devem fazer para manter o equilíbrio entre as suas aptidões e as suas necessidades tão diferentes? Inevitável parece a luta entre os dois e difícil achar-se o segredo de como chegarem a equilíbrio. (1)


(1) O último período desse parágrafo - "inevitável parece a luta entre os dois e difícil achar-se o segredo de como chegarem a equilíbrio" não aparece nas novas edições francesas desde a 3ª, mas se acha na 1ª edição e, por isso, a repomos no texto, corrigindo um evidente erro de impressão. - A Editora.


Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma. Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra. Ao lado desses dois grandes partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar.


Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos.


Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.


Desatender as necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus.


Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre-arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo mal dirigido, pelos acidentes que causa.


Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso: está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição.


Jorge, Espírito Protetor. (Paris, 1863).
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

AVERSÕES RENASCENTES


Problema difícil na experiência humana, que unicamente o amor consegue resolver: o antagonismo quando surge entre os que foram chamados a viver sob o mesmo teto ou na mesma equipe familiar.


Vemo-los comumente nos filhos que se voltam contra os pais ou nos que se rebelam; nos irmãos que combatem os próprios irmãos; nos cônjuges que inesperadamente se afirmam uns contra os outros; ou nos parentes que não suportam os companheiros de consangüinidade.


Quando te vejas em semelhantes ocorrências de rejeição espiritual, pensa nos conflitos que volvem das existências passadas à maneira de sombras do ontem que se projetam no hoje, e dispõe-te à rearmonização, a fim de extinguir os focos de vibrações desequilibradas, capazes de gerar perigosos processos enfermiços.


A convivência induzida pelas tarefas em comum ou pelas obrigações do parentesco é a escola de reajustamento em cujo currículo de lições solicitaste a própria internação, antes do berço terrestre.


Livro: Amanhece – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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domingo, 16 de outubro de 2011

A PARÁBOLA RELEMBRADA


Depois da parábola do bom samaritano, à noite, em casa de Simão, Tadeu, sinceramente interessado no assunto, rogou ao Mestre fosse mais explícito no ensinamento, e Jesus, com a espontaneidade habitual, falou:


— Um homem enfermo jazia no chão, em esgares de sofrimento, às portas de grande cidade, assistido por pequena massa popular menos esclarecida e indiferente.


Passou por ali um moço romano de coração generoso, em seu carro apressado, e atirou-lhe duas moedas de prata, que um rapazelho de maus costumes subtraiu às ocultas.


Logo após, transitou pelo mesmo local um venerando escriba da Lei, que, alegando serviços prementes, prometeu enviar autoridades em benefício do mendigo anônimo.


Quase de imediato, desfilou por ali um sacerdote que lançou ao viajante desamparado um gesto de bênção e, afirmando que o culto ao Supremo Senhor esperava por ele, exortou o povo a asilar o doente e alimentá-lo.


Depois dele, surgiu, de relance, respeitável senhora, a quem o pobre se dirigiu em comovedora súplica; todavia, a nobre matrona, lastimando as dificuldades da sua condição de mulher, invocou o cavalheirismo masculino, para aliviá-lo, como se fazia imprescindível.


Minutos após, um grande juiz varou o mesmo trecho da via pública asseverando que nomearia testemunhas a fim de saber se o mísero não seria algum viciado vulgar, afastando-se, lépido, sob o pretexto de que a oportunidade lhe não era favorável.


Decorridos mais alguns instantes, veio à cena um mercador de bolsa que, condoído, asseverou a sua carência de tempo e deu vinte moedas a um homem que lhe pareceu simpático, a fim de que o problema de assistência fosse resolvido, mas o preposto improvisado era um malfeitor evadido do cárcere e fugiu com o dinheiro sem prestar o socorro prometido.


O doente tremia e suava de dor, rojado ao pó, quando surgiu ali velho publicano, considerado de má vida, por não adorar o Senhor, segundo as regras dos fariseus.


Com espanto de todos, aproximou-se do infeliz, endereçou-lhe palavras de encorajamento e carinho, deu-lhe o braço levantou-o e, sustentando-o com as próprias energias, conduziu-o a uma estalagem de confiança, fornecendo-lhe medicação adequada e dividindo com ele o reduzido dinheiro que trazia consigo.


Em seguida, retomou a sua jornada, seguindo tranqüilamente o seu caminho.


Depois de interromper-se, ligeiramente, o Mestre perguntou ao discípulo:


— Em tua opinião, quem exerceu a caridade legítima?


— Ah! sem dúvida — exclamou Tadeu, bem-humorado —, embora aparentemente desprezível, foi o publicano, porquanto, além de dar o dinheiro e a palavra, deu também o sentimento, o tempo, o braço e o estímulo fraterno, utilizando, para isso, as próprias forças.


Jesus, complacente, fitou no aprendiz os olhos penetrantes e rematou:


— Então, faze tu o mesmo.


A caridade, por substitutos, indiscutivelmente é honrosa e louvável, mas o bem que praticamos em sentido direto, dando de nós mesmos, é sempre o maior e o mais seguro de todos.


Livro: Jesus no Lar - Médium: Chico Xavier – Espírito: Néio Lúcio.
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sábado, 15 de outubro de 2011

CONVERSA COM DEUS


Hoje não precisa ter pressa
Pra fazer a tua prece
Chame Deus para uma conversa
Como entre amigos acontece.


Não tem importância a hora
Deus está sempre disponível
De manhã, de noite ou agora
Essa conversa é possível.


Deus é força suprema
Mas também é humildade
Conte a ele teus problemas
Diga somente a verdade.


Fale de tua miséria
Talvez assim a suporte
Diga que és muito matéria
E o medo que tens da morte.


Fale do teu pessimismo
Que teu espírito consente
Também do teu egoísmo
Na tua vida presente.


Agradeça as coisas boas
Que a vida te concedeu
Os amigos e as pessoas
Que também ela te deu.


Conte a Deus os teus segredos
Escondidos na tua alma
E também dos teus medos
E a causa de tanto trauma.


Fique agora bem atento
Descobristes um grande amigo
E ouvirás os conselhos
De um Pai que está contigo.


Médium: Lúcia – Espírito: Um Amigo Poeta.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

AMOR LIVRE


Pergunta: Qual das duas, a poligamia ou a monogamia é mais conforme à lei da Natureza? Resposta: A poligamia é lei humana cuja abolição marca Progresso social.


O casamento segundo as vistas de Deus tem que se fundar na afeição dos seres que se unem.


Na poligamia, não há afeição real: há apenas sensualidade. (Item n° 701, de "O livro dos Espíritos").


Comenta-se a possibilidade de legalização das relações sexuais livres, como se fora justo escolher companhias para a satisfação do impulso genésico, qual se apontam iguarias ou vitaminas mais desejáveis numa hospedaria.


Relações sexuais, no entanto, envolvem responsabilidade.


Homem ou mulher, adquirindo parceira ou parceiro para a conjunção afetiva, não conseguirá, sem dano a si mesmo, tão-somente pensar em si.


Referentemente ao assunto, não se trata exclusivamente da ligação em base do matrimônio legalmente constituído.


Se os parceiros da união sexual possuem deveres a observar entre si, à face de preceitos humanos, voluntariamente aceitos, no plano das chamadas ligações extralegais acham-se igualmente submetidos aos princípios das Leis Divinas que regem a Natureza.


Cada Espírito detém consigo o seu íntimo santuário, erguido ao amor, e Espírito algum menoscabará o "lugar sagrado" de outro Espírito, sem lesar a si mesmo.


Conferir pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar "consciências" qual se fossem "coisas", e se as próprias coisas, na condição de objetos, reclamam respeito, que se dirá do acatamento devido à consciência de cada um? É óbvio que ninguém se lembrará, em são juízo, de recomendar escravidão às criaturas claramente abandonadas ou espezinhadas pelos próprios companheiros ou companheiras a que se entregaram, confiantes; isso, no entanto, não autoriza ninguém a estabelecer liberdade indiscriminada para as relações sexuais que resultariam unicamente em licença ou devassidão.


Instituído o ajuste afetivo entre duas pessoas, levanta-se, concomitantemente, entre elas, o impositivo do respeito à fidelidade natural, ante os compromissos abraçados, seja para a formação do lar e da família, ou seja, para a constituição de obras ou valores do espírito.


Desfeitos os votos articulados em dupla, claro que a ruptura corre à conta daquele ou daquela que a empreendeu, com o aceite compulsório das conseqüências que advenham de semelhante resolução.


Toda sementeira se acompanha de colheita, conforme a espécie.


É razoável nos lembremos disso, porquanto o autor ou autora da defecção havida, ante os princípios de causa e efeito, é considerado violador de almas, assumindo com as vítimas a obrigação de restaurá-las, até o ponto em que as injuriou ou prejudicou, ainda mesmo quando na conceituação incompleta do mundo essas criaturas tenham sido encontradas supostamente já prejudicadas ou injuriadas por alguém.


O diamante no lodo não deixa de ser diamante, sem perder o valor que lhe é próprio, diante da vida.


A criatura em sofrimento não deixa de ser criação de Deus, sem perder a imortalidade que lhe é própria, à frente do Universo.


Que a tentação de retorno dos sistemas poligâmicos pode ocorrer habitualmente com qualquer pessoa, na Terra, é mais que natural - é justo.


Em circunstâncias numerosas, o pretérito pode estar vivo nos mecanismos mais profundos de nossas inclinações e tendências.


Entretanto, os deveres assumidos, no campo do amor, ante a luz do presente, devem prevalecer, acima de quaisquer anseios inoportunos, de vez que o compromisso cria leis no coração e não se danificarão os sentimentos alheios sem resultados correspondentes na própria vida.


Observem-se, nos capítulos do sexo, os desígnios superiores da Infinita Sabedoria que nos orienta os destinos e, nesse sentido, urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje".


E se o "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do "ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do "amanhã".


Livro: Vida e Sexo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LIBERDADE 2


A liberdade é a raiz da vida consciente, no entanto, a cada passo urdimos entraves e impedimentos para nós mesmos.


Não nos reportamos à clausura de pedra, que funciona à guisa de hospital para as inteligências envenenadas na delinqüência, e sim aos grilhões invisíveis a que milhares de criaturas jazem escravizadas.


Prisões sem grades dos elos consangüíneos, em que os adversários de outras eras se defrontam, dia a dia, entre as paredes imponderáveis do tempo, no abraço compulsório da assistência recíproca, em nome dos compromissos familiares...


Cubículos de vérmina, limitados pela epiderme, nos quais os desertores do dever expiam culpas sob a longa constrição de moléstias irreversíveis no corpo físico...


Ferretes de inibição, geometricamente fixados em certos órgãos e membros do veículo físico, retificando aspirações ou frenando impulsos...


Grilhetas de pauperismo, circunscritas aos marcos da condição social, em que se corrigem antigos e festejados malfeitores da fortuna amoedada...


Calabouços de obsessão, em cujo clima de ansiedade se reajustam sentimentos transviados ao peso de estranhos desequilíbrios...


Esses obstáculos e masmorras, entretanto, são entretecidos simplesmente por nós, que nomeamos o egoísmo e a vaidade, a intemperança e o vício para a função de carcereiros de nossas almas.


Mesmo assim, sobre semelhantes cadeias, a liberdade brilha vitoriosa.


E consola-nos reconhecer que todo espírito em cativeiro é intimamente livre para recuperar a própria liberdade, porquanto, no ângulo mais escuro do mais escuro cárcere, todos somos livres no pensamento para refazer o destino, obedecendo à justiça e praticando o bem.


Livro: Plantão de Paz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Cap. 14 – Honra a Teu Pai e A Tua Mãe


A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família


SANTO AGOSTINHO - Paris, 1862


9 – A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso. É desse ponto de vista que a vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe as causas e os efeitos.


Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.


Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que, para se dirigirem a Deus, só existe uma senha – caridade.


Mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias, não há caridade com ódio no coração e sem perdão.


É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à idéia de perdoar, e ainda mais a de renunciarem a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários.


Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes dêem forças no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele que ele detestou, e pede, aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar.


Qual será, então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência das suas boas resoluções. O contacto incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte. Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver.


É assim que se explicam esses ódios, essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia. Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.
Oh!, espíritas! Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade! Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do espaço para progredir. Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: é essa a missão que vos está confiada e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente.


Vossos cuidados, a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: “Que fizestes da criança confiada à vossa guarda?” Se permaneceu atrasada por vossa culpa, vosso castigo será o de vê-la entre os Espíritos sofredores, quando dependia de vós que fosse feliz. Então vós mesmos, carregados de remorsos, pedireis para reparar a vossa falta: solicitareis uma nova encarnação, para vós e para ela, na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela, cheia de reconhecimento, vos envolverá no seu amor.


Não recuseis, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que vos paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que vo-lo enviou. Uma intuição imperfeita do passado se revela, e dela podeis deduzir que um ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido, que um ou outro veio para perdoar ou expiar.


Mães! Abraçai, pois, a criança que vos causa aborrecimentos, e dizei para vós mesmas: “Uma de nós duas foi culpada”. Merecei as divinas alegrias que Deus concedeu à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar, amar e abençoar.


Mas, ah! Muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretém e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza. E, mais tarde, o vosso coração ulcerado pela ingratidão dos filhos, será para vós, desde esta vida, o começo da vossa expiação.


A tarefa não é tão difícil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo: o ignorante e o sábio podem cumpri-la, e o Espiritismo vem facilitá-la, ao revelar a causa das imperfeições do coração humano.


Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germens desses vícios e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à medida que os vê aparecerem na árvore.


Se deixardes que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão. Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguem êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranqüila. Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços, Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor. (Ver cap. XIII, nº 19)


Deus não faz as provas superiores às forças daquele que as pede; só permite as que podem ser cumpridas; se isto não se verifica, não é por falta de possibilidades, mas de vontade. Pois quantos existem, que em lugar de resistir aos maus arrastamentos, neles se comprazem: é para eles que estão reservados o choro e o ranger de dentes, em suas existências posteriores. Admirai, entretanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento.


Chega um dia em que o culpado está cansado de sofrer, o seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre os braços paternais para o filho pródigo, que se lança aos seus pés. As grandes provas, — escutai bem, — são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus. É um momento supremo, e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração, se não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar.


Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer para vos dar o prêmio da vitória. Então quando, saído do turbilhão do mundo terreno, entrardes no mundo dos Espíritos, sereis ali aclamado, como o soldado que saiu vitorioso do centro da refrega.


De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração. Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus. Oh! É essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias, reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que, se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer que a sua criatura sofra para sempre! O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso, é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência; é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande justiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicou a vós mesmos o que vos parecia monstruosidade da Terra. Os ferimentos que recebestes vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem com a reencarnação.


Os Espíritos cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição, levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas, buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados, mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos, no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio, mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos; ajudai-os, e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

LEMBRANÇAS ÚTEIS


Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade o que fazer.


Não gaste suas energias, tentando consertar os outros de qualquer modo. Quando consertamos a nós mesmos, reconhecemos que o mundo está administrado pela Sabedoria Divina e que a obrigação de cooperar invariavelmente para o bem é nosso dever primordial.


Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare o ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia.


Não recorra sistematicamente aos amigos espirituais quanto a comezinhos deveres que lhe competem no caminho comum. Eles são igualmente ocupados, enfrentam problemas maiores que os seus, detêm responsabilidades mais graves e imediatas, e você, nas lutas vulgares da Terra, não teria coragem de pedir ao professor generoso e benevolente que desempenhasse funções de ama-seca.


Não espere a morte para solucionar as questões da vida, nem alegue enfermidade ou velhice para desistir de aprender, porque estamos excessivamente distantes do Céu. A sepultura não é uma cigana, cheia de promessas miraculosas, e sim uma porta mais larga de acesso à nossa própria consciência.


Livro: Agenda Cristã – Médium: Chico Xavier – Espírito: André Luiz.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ABENÇOE E SEGUE 2


Sofres, talvez, muito mais pelos outros que por ti mesmo.


Isso ocorre, especialmente, quando te reconheces no Plano Físico, na condição da criatura engajada nos embates constantes da luz que dissipe as trevas ou do bem que extinga o mal.


Em muitas ocasiões, cultivas a inteligência e percebes, para logo, as inteligências que se burilam para a exaltação do egoísmo próprio.


Não raro, aprimoras o sentimento e surpreendes os que te recebem os melhores investimentos de amor, congelando-te o trato na indiferença.


Freqüentemente, compreendes os que não te compreendem e amas aqueles corações que ainda não te conseguem amar.


Ainda assim, mesmo que a solidão interior te flagele nos recessos do espírito, não te lastimes e prossegue agindo e servindo sempre.


Convence-te de que estás passando por um mundo em construção, com o dever de edificar a Vida Melhor em ti mesmo.


Por muito te afeiçoes a criaturas determinadas, recorda que todos nós, os que nos achamos em ação, no aperfeiçoamento do Planeta, estamos na condição de colegas uns dos outros, nem sempre dispostos à desincumbência dos compromissos assumidos e sempre suscetíveis de queda e erro.


Impraticável carregar conosco os que voluntariamente se marginalizam na negação.


Seres queridos, muitas vezes, assumem atitude positivamente contrária a tudo aquilo de melhor que esperávamos deles.


Temos os que se anestesiam na inutilidade e no supérfluo, esquecidos de que os recursos materiais são empréstimos da Divina Providência para execução das tarefas que lhes cabe realizar; os que vagueiam no curso de uma existência inteira, procurando a realidade de Deus, como quem acende uma vela para enxergar o Sol; os que desertam da fé receando responsabilidades e encargos; e aqueles outros que não se harmonizam com a disciplina, entregando-se facilmente à rebeldia e à dispersão.


Não pares na estrada a percorrer, com o propósito de disputar-lhes apoio e entendimento.


O apoio que pudermos oferecer ao bem dos outros é sempre benefício a nós mesmos e a compreensão nasce da maturidade que apenas o tempo e a experiência conseguem acumular.


Se conheces companheiros que se te distanciaram do caminho em que te dedicas a aprender e a permanecer, trabalhar e servir na Seara da Luz, entrega-os a Deus e segue para diante.


Deus tem recursos para auxiliar a todos e socorrer-nos a cada um.


Livro: Calma – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
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