Ó solitário das
estradas,
Desventurado pensador,
Há no caminho “almas
penadas”
Que vão clamando
desoladas
A dor e o pranto, o
pranto e a dor!...
Vós, que o silêncio
amais no mundo,
Em orações ao pé do
altar,
Sob as arcadas
silenciosas,
Almas feridas,
desditosas,
Oram convosco a
soluçar.
Ao descansardes,
meditando,
À sombra de árvores em
flor,
Sabei que às vezes
sois seguidos
Pelas angústias dos
gemidos,
De almas chagadas no
amargar.
Clareie a luz do
sol-nascente,
Negreje a treva na
amplidão,
Gemem na Terra muitos
seres
Pelos amargos
padeceres
Depois da morte, na
aflição.
Dai-lhes dos vossos
pensamentos
Consolação que adoce a
dor,
Dai um conforto à
desventura,
A prece cheia de
ternura,
Algo de afeto, algo de
amor!...
Livro: Parnaso de
Além-Túmulo – Médium: Chico Xavier – Espírito: Auta de Souza.
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