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sexta-feira, 7 de junho de 2024

Poesia: A Brandura

Asserena-te e vara a desventura
No caminho de dor, áspero e azedo;
Serenidade – o lúcido segredo
Em que a vida se eleva e transfigura.

Tudo cresce na força da brandura.
A água desgasta os punhos do rochedo;
Olha a chuva cantando no arvoredo,
A transfundir-se em pão, bondosa e pura.

De coração batido e lodo à face,
Inda que o fel da injúria te traspasse, 
Semeia o bem que as mágoas alivia...

Mesmo trazendo o peito por cratera, 
Suporta, ampara e crê, ajuda e espera, 
Que amanhã será sempre novo dia.

Do livro: Antologia dos Imortais, Médium: Francisco Cândido Xavier – Autor Espiritual: Andradina América de Andrada e Oliveira.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

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