Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Estória: A Caminho da Praia

Gabriel estava muito contente. Tinham tido um belo Natal em família e o Ano Novo começava bem.

Seu pai tinha resolvido que iriam passar alguns dias na praia e era preciso correr com os preparativos.

Tanta coisa para arrumar! Tanta coisa para levar! Roupas, calçados, esteira, guarda-sol, cadeiras. Ah! Não poderiam esquecer a bola, os patins, as raquetes, o boné e o protetor solar! — pensava Gabriel.

Na véspera do dia combinado todos se deitaram cedo. Sairiam antes de o sol raiar. Gabriel nem conseguiu dormir. Estava ansioso demais e não via a hora de colocarem o pé na estrada.

Depois de muita confusão, acomodaram-se no carro e partiram eufóricos.

Viajaram muitas horas sem problemas. Tudo era festa.

Por volta do meio-dia já estavam todos cansados e com fome. O pai prometeu que parariam para almoçar no primeiro restaurante que encontrassem.

Nisso, viram um carro estacionado à beira da estrada. Pareciam estar com problemas e Jorge, o pai de Gabriel, resolveu parar e ver se eles precisavam de ajuda.

Roberto, o irmão mais velho, reclamou:

— O senhor vai parar, papai? Ah! Não para não! Estamos cansados e com fome. Além disso, nem conhecemos essa gente!

Jorge virou-se para o filho e afirmou, sério:

— Roberto, temos que ser solidários, meu filho! E se fôssemos nós que estivéssemos em dificuldade numa estrada deserta? Também não gostaríamos de receber ajuda?

— Claro! — respondeu o garoto de má vontade, suspirando.

Jorge desceu, enquanto a família ficou no carro aguardando. O outro veículo estava com defeito e Jorge, que entendia de mecânica, dispôs-se a examinar.

Não demorou muito, e as famílias estavam conversando fora dos carros. As mães trocavam informações, enquanto as crianças brincavam, comiam bolachas e bebiam água.

Descobriram, por coincidência, que iriam para a mesma cidade do litoral.

Jorge terminou o conserto e despediram-se, já como velhos amigos. Cláudio abraçou Jorge dizendo:

— Nem sei como lhe agradecer, Jorge. Se não fosse você, não sei o que faria. A cidade mais próxima está longe e o socorro demoraria a chegar.

— Não me agradeça, Cláudio. Tenho certeza de que faria o mesmo por mim.

Reiniciaram a viagem e algumas horas depois chegaram ao destino.

Ver o mar é sempre uma alegria e eles estavam muito animados.

O dia ensolarado era um convite que eles não podiam deixar de aproveitar. Não viram mais a família de Cláudio e até se esqueceram do incidente na estrada.

Certa manhã, a praia estava cheia de gente e de guarda-sóis. Gabriel estava brincando com um baldinho cheio de água, quando viu um siri. Saiu correndo atrás do bichinho, mas por mais que se esforçasse, não conseguia alcançá-lo.

Quando cansou da brincadeira, Gabriel quis voltar para junto dos pais e dos irmãos, mas só viu gente desconhecida. Não sabia mais onde estava.

Era muito pequeno e estava exausto. Olhava para cima, e o sol a pino não deixava que visse o rosto das pessoas.

Desesperado, sem saber para onde ir, pôs-se a chorar gritando:

— Mamãe! Papai!...

Mas ninguém atendia aos seus chamados.

Gabriel estava cansado de gritar quando ouviu uma voz conhecida dizer:

— Ei, menino, onde estão seus pais?

— Não sei. Estou perdido. Buáááá! Buááááá!

Olhando-o atentamente, o homem perguntou:

— Mas você não é o Gabriel?!...

— Sou.

— Então não se preocupe. Pare de chorar. Vamos procurar seus pais. Lembra-se de mim? Sou Cláudio, o homem que vocês ajudaram na estrada.

Cláudio dirigiu-se a um alto-falante ali perto e mandou avisar Jorge que o pequeno Gabriel estava com ele.

Logo em seguida apareceram os familiares do menino. Mostrando grande alívio, a mãe abraçou o filhinho, chorando de alegria.

Jorge, surpreso, agradeceu o amigo Cláudio.

— Graças a Deus que você encontrou meu filho. Estávamos desesperados e já não sabíamos onde procurar. Nem sei como lhe agradecer!

Cláudio abriu um grande sorriso e respondeu:

— Não precisa! Tenho certeza de que faria o mesmo por mim.

Roberto olhou para o pai com lágrimas nos olhos:

— Ainda bem que Cláudio reconheceu Gabriel. E isso foi graças a você, papai! Agora entendo que tinha toda razão quando parou à beira da estrada para ajudar aquelas pessoas. É dando que recebemos.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário