Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 18.11.24

“Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só”.

 

Autor: Amyr Klink

Estória: A Baleia Azul

Ela nasceu grande e forte.

Desde recém-nascida era muito maior do que os outros habitantes das profundezas do oceano.

Afinal, era uma baleia. Uma linda baleia azul!

Mas Balofa, como seus amigos peixes a chamavam, não conseguia brincar e se divertir como todos os outros seres do mar por causa do seu tamanho.

Com o passar do tempo, como só conseguisse brincar com as outras baleias iguais a ela, começou a desenvolver dentro de si um enorme desprezo pelas outras criaturas, fossem peixes, moluscos ou crustáceos.

Considerava-os pequenos e insignificantes, e o orgulho pelo seu tamanho e beleza tomou conta do seu coração. Quando eles se aproximavam querendo brincar, ou apenas conversar, ela respondia altaneira:

– Não se enxergam? Vejam o meu tamanho e vejam o de vocês! Vão procurar sua turma que eu tenho mais o que fazer.

E como muitos seres do mar se afastassem à sua aproximação temendo ser esmagados por ela, Balofa acreditou-se verdadeiramente invencível e autossuficiente, afirmando convicta e cheia de orgulho:

– Eu sou forte e poderosa. Não preciso de ninguém.

Certo dia, contudo, passeando com sua mamãe, afastou-se do cardume encantada com a beleza de alguns corais que vira ao longe.

Aquela região era absolutamente desconhecida para ela.

Não se preocupou, porém. Era grande e sabia se defender. Não havia morador das profundezas do mar que pudesse vencê-la. Quanto ao caminho de casa, logo o encontraria. Era só questão de tempo. Com sua inteligência e sua força não tinha medo de nada.

Assim pensando, Balofa percorreu enormes distâncias sem saber para que lado estava indo. Já estava cansada quando, sem perceber, aproximou-se muito de uma praia e ficou presa num banco de areia. Lutou bastante, debateu-se, suplicando ajuda:

– Socorro! Socorro! Estou presa e não posso sair! Socorro! Acudam!

Mas, qual! Aquela era uma praia quase deserta e dificilmente passava alguém.

Há horas estava fora da água, sob o sol inclemente. Exausta de lutar, sentia-se cada vez mais fraca.

Ninguém atendia às suas súplicas e a pobre baleia azul pensou que era o fim. Morreria ali, sem socorro e longe da família.

Chorou, chorou muito. Desesperou-se e compreendeu, finalmente, que não era tão autossuficiente como sempre acreditara. E que o seu tamanho, aquele enorme corpo do qual sempre se orgulhara, era justamente a razão de estar presa no banco de areia.

Com lágrimas nos olhos, lamentava-se:

– Ah! Se eu fosse pequenina como os outros peixes não estaria agora nesta situação.

Meditou bastante e decidiu que, se conseguisse se salvar, seria diferente e não desprezaria ninguém. Deixaria de ser tão orgulhosa e faria amizade com todo mundo.

Algumas horas depois passou um garoto pela praia. Vendo-a, gritou encantado:

– Uma baleia azul! E parece que está encalhada, pobrezinha. Vou buscar ajuda.

Se fosse em outra época, Balofa reviraria os olhos com desprezo, não acreditando que uma criatura tão insignificante pudesse ser de alguma utilidade. Agora, porém, era diferente. Agradeceu a Deus pelo auxílio que lhe mandava na pessoa de uma criança tão pequena.

Logo depois o menino voltou com o pai e algumas pessoas das redondezas. Com grande esforço, aproveitando a subida da maré, conseguiram finalmente soltar a grande baleia, que sumiu nas águas, toda feliz.

Um pouco adiante, encontrou sua mãe, muito preocupada, que a procurava sem descanso. Ufa! Que alívio!

Naquele dia, no fundo do mar houve grande festa, e os peixes ficaram admirados de serem convidados por Balofa. E, mais ainda, de serem recebidos com muito carinho e atenção pela linda baleia azul, toda sorridente e gentil.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 13.11.24

“Tenho escolhido virtudes não porque sejam belas, mas porque acredito firmemente que são santas, que nelas a gente se dignifica”.

 

Autora: Cacilda Becker

QUE FAZEIS DE ESPECIAL?

"Que fazeis de especial?" - Jesus. (MATEUS, 5:47.)

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados.

Em verdade, sabem que a vida prossegue vitoriosa, além da morte; que se encontram na escola temporária da Terra, em favor da iluminação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mundo são recursos educativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a sementeira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os caminhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de prazeres fáceis, mas, sim, em missão de aperfeiçoamento; que a justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfera física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida.

Efetivamente, sabemos tudo isto. Em face, pois, de tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a interrogação do Divino Mestre:

- Que fazeis mais que os outros?

Livro: Vinha de Luz – Lição 060 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 11.11.24

“É sempre melhor ser otimista do que ser pessimista. Até que tudo dê errado, o otimista sofreu menos”.

 

Autor: Armando Nogueira

Estória: Tempo Perdido

Certo homem era marceneiro de profissão e possuía extraordinária facilidade para trabalhar com madeira. Era um verdadeiro mestre em seu ofício e todos admiravam seus trabalhos.

Esse homem tinha um sonho.

Desejava esculpir na madeira uma imagem de Jesus, a quem ele amava profundamente, em tamanho natural.

Conversando com um amigo, o marceneiro falou do sonho que acalentava em seu íntimo e o companheiro o incentivou:

- Então por que você não começa? Com seu talento e habilidade nas mãos, tenho certeza que a escultura será uma obra prima!

Ao que o marceneiro respondeu:

- Ah! Meu amigo! Desejo não me falta. Contudo, o trabalho deverá ser perfeito e ainda não resolvi qual a madeira que irei utilizar.

Sempre em dúvida, o artesão deixava o tempo passar. Uma madeira porque era muito rija; a outra porque não era resistente o suficiente; outra era macia e de fácil manejo, porém a tonalidade não o agradava.

E assim o tempo foi passando e o marceneiro não se dava conta.

Alguns anos depois reencontrou o amigo que tinha retornado à cidade e, curioso, perguntou sobre a obra.

- Já resolvi o tipo de madeira que irei trabalhar. Entretanto, ainda não iniciei porque não estou nas minhas melhores condições íntimas. Creio que para esculpir a figura do Mestre preciso estar bem comigo mesmo e com o mundo. Sabe como é, os fregueses exigem muito da minha atenção e, não raro me irrito, perdendo a paciência. Além disso, não podendo dispensar o serviço da marcenaria, onde ganho o sustento para minha família, só posso dedicar-me ao sonho acalentado pela minha alma nos momentos de folga. E aí, grande parte das vezes, eu sinto-me exausto e sonolento. Contudo — completava tentando aparentar entusiasmo —, pretendo começar minha obra prima dentro em breve.

Algum tempo depois, voltaram a se encontrar e, questionado pelo amigo que demonstrava interesse pelo assunto, o artesão argumentava:

- Infelizmente, ainda não iniciei o trabalho porque as condições não permitem. A família exige muito da minha atenção e os filhos requisitam meus carinhos. Você compreende, ainda são pequenos e dependentes. Porém, quando que eles crescerem um pouco mais, poderei trabalhar em paz.

E assim o tempo foi passando. Muitos anos depois, em visita à cidade, o amigo foi procurar o marceneiro. Encontrou-o velho e doente.

Após os cumprimentos e a troca de notícias, felizes com o reencontro, o visitante interrogou, curioso:

- E daí? Estou ansioso para ver o trabalho que você tanto desejava executar. Com certeza deve ter ficado soberbo!

Os olhos do artesão se apagaram e uma tristeza infinita vibrou em sua voz já trêmula pela idade:

- Ah, meu amigo! Infelizmente, nem cheguei a iniciar o trabalho que representava o sonho de toda uma vida. As dificuldades foram muito grandes e a necessidade de prover o sustento da família me absorveu. Agora, encontro-me doente e sem forças. A vista está fraca e já não enxergo mais como antes, e as mãos, trêmulas, não me permitem mais trabalhar.

Penalizado, o visitante amigo viu-o puxar um lenço e enxugar uma lágrima, cheio de arrependimento e amargura.

- É tarde, meu amigo. Tive todas as condições e não soube aproveitar. Perdi a oportunidade que o Senhor me concedeu.

Tentando animá-lo, o visitante considerou:

- Quem sabe? Não desanime. Talvez ainda seja possível.

O marceneiro fitou o amigo, demonstrando que compreendia toda a extensão da sua inutilidade e da sua cegueira, e respondeu convicto:

- Não agora; só se forem outra existência!

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 08.11.24

“Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras”.

 

Autor: Antônio Vieira


Prece: DIANTE DA VELHICE

Divino Amigo, diante do natural declínio das forças que nos sustentam a vida no corpo físico, não nos deixes pensar na morte como sendo o ocaso da existência...

Nem nos confies à inutilidade, como se nada mais nos restasse a fazer, a não ser cruzar os braços.

A velhice no corpo é abençoado estágio para o espírito a caminho da vida Imortal!

Que os homens, nossos irmãos, saibam envelhecer com dignidade, legando aos que haverão de sucedê-los os melhores exemplos de bondade e caráter.

Quanto mais belo o entardecer, mais magnífico é o despontar de novo dia.

A sombra existe para que a luz ainda mais se mostre em esplendor.

O espírito de quem vive em função do bem não envelhece nunca.

A velhice, portanto, é a idade da Sabedoria, que, por sua vez, é a fonte da eterna juventude!

 
Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 06.11.24

“Ser humilde com os superiores é uma obrigação, com os colegas uma cortesia, mas com os inferiores é uma nobreza”.

 

Autor: Benjamim Franklin

33 A Paciência

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 9 – Bem Aventurados os Mansos e Pacíficos

UM ESPÍRITO AMIGO

Havre, 1862

7 – A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.

Sede paciente, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.

A vida é difícil, bem o sei, constituindo-se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.

Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinham de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos: esta palavra resume tudo.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 04.11.24

“Olhe para tudo como se fosse a primeira e a última vez, então seu tempo na Terra será repleto de glória”.

 

Autora: Betty Smith

Biografia: H Dennis Bradley

1846 - 1934

Ele nasceu no dia 30 de janeiro 1846 em Clapham na Inglaterra.

Ele era o filho de Charles Bradley, um evangélico pregador, e Emma Linton.

Ele foi educado no Cheltenham College e Marlborough College e, Em 1865 ele entrou no University College, Oxford.

Durante sua vida, Bradley foi um dos mais respeitados filósofos sobre as ilhas britânicas e foram concedidos honorários graus muitas vezes. Ele foi o primeiro filósofo britânico que recebeu o Diploma da Ordem do Mérito.

Ele era famoso pela sua não-pluralista abordagem à filosofia. Em suas perspectivas viu um monístico de unidade, transcendendo divisões entre lógica, metafísica e ética. Consistentemente, a sua própria opinião sobre o monismo combinado com absoluto idealismo. Embora, Bradley não pensa de si mesmo como um hegeliano filósofo, a sua própria marca de filosofia foi inspirada porque continha elementos de Hegel no método dialético.

No campo do Espiritismo:
Mr. H. Dennis Bradley fez um minucioso relato da mediunidade de voz direta de George Valiantine, o conhecido médium americano. Mr. Bradley conseguiu vozes no seu próprio Grupo Doméstico, sem mé-diuns profissionais. É impossível exagerar os serviços que o trabalho dedicado e de auto sacrifício de Mr. Bradley prestou à ciência psíquica.

Mr. Valiantine é de profissão, um fabricante numa pequena cidade na Pensilvânia. É calmo, delicado e bondoso e como se acha na flor da idade, uma carreira muito útil se abre à sua frente.

George Valiantine foi examinado pela Comissão do Scientific American e pôs por terra a alegação de que um dispositivo elétrico mostrara que ele tinha saído de sua cadeira quando a voz se fez ouvir. O exemplo já oferecido pelo autor, no qual a corneta circulava fora do alcance do médium, é prova positiva de que os resultados certamente não dependem de sua saída da cadeira e que os efeitos não só dependem de como a voz é produzida, mas, principalmente, do que diz a voz. Aqueles que leram “Rumo às Estrelas”, de Dennis Bradley, e o seu livro subsequente, narrando a longa série de sessões em Kingston Vale, podem fazer uma ideia de que nenhuma outra explicação abarca a mediunidade de Valiantine, a não ser que possui, realmente, excepcionais poderes psíquicos. Estes variam muito com as condições, que em geral permanecem bem altas. Como Mrs. Wriedt, ele não cai em transe, mas mesmo assim, suas condições não podem ser chamadas normais. Há condições de semitranse que esperam a investigação dos estudiosos no futuro.

Bradley morreu 20 de novembro de 1934.

Ele está enterrado no Cemitério Holywell em Oxford.

Proclamava dos Púlpitos da Universidade Oxford:
Eu não creio, eu sei!

Fonte: FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 01.11.24

“A preocupação olha em volta, a tristeza olha pra trás e a fé olha pra cima”.

 

Autor: Chico Xavier

Poesia: A Morte

A morte é o reflexo do homem instintivo
Que protege-se para se preservar
Mas quando o indivíduo cresce em espírito
Ela não mais o amedrontará. 

Ela serve de liame maior
É a balança de nossa existência
Quem viveu plenamente perseverando
A paz por certo se apresenta. 

Quem viveu praticando o bem, viverá.
Quem viveu praticando o mal, morrerá.
Pois morre-se verdadeiramente de espírito
Quando de Jesus procura se distanciar.

Morre-se, quando não se vive o bem
Espargindo a luz maior
Vive-se quando se desperta o espírito
Ás leis do criador.

Jesus disse com firmeza
Aos discípulos seus
Não há morte em lugar nenhum da vida
Só há vida em tudo, meus irmãos.

Essa é a lei de Deus...

Autor: Reynollds Augusto

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 30.10.24

“Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência”. 

 

Autor: Chico Xavier

POLÍTICA DIVINA

"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." - Jesus. (LUCAS, 22:27.)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo. Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.

Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

Livro: Vinha de Luz – Lição 059 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 28.10.24

“O que me resta da vida? Na minha concepção só me resta aquilo que dei aos outros com caridade e amor”.

 

Autor: Orlando A. Junior

CRISES

"Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora." - Jesus. (JOÃO. 12:27.)

A lição de Jesus, neste passo do Evangelho, é das mais expressivas.

la o Mestre provar o abandono dos entes amados, a ingratidão de beneficiários da véspera, a ironia da multidão, o apodo na via pública, o suplício e a cruz, mas sabia que ali se encontrava para isto, consoante os desígnios do Eterno.

Pede a proteção do Pai e submete-se na condição do filho fiel.

Examina a gravidade da hora em curso, todavia reconhece a necessidade do testemunho.

E todas as vidas na Terra experimentarão os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias.

Todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão. É a crise que decide o futuro.

A terra aguarda a charrua.

O minério será remetido ao cadinho.

A árvore sofrerá a poda.

O verme será submetido à luz solar.

A ave defrontará com a tormenta.

A ovelha esperará a tosquia.

O homem será conduzido à luta.

O cristão conhecerá testemunhos sucessivos.

É por isso que vemos, no serviço divino do Mestre, a crise da cruz que se fez acompanhar pela bênção eterna da Ressurreição.

Quando, pois te encontrares em luta imensa, recorda que o Senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de tua exaltação, e não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança.

Livro: Vinha de Luz – Lição 058 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 25.10.24

“Só quem ama sente saudades e só deixa saudades aquele que plantou o amor”.

 

Autor: desconhecido.

NÃO TE AFASTES

"Mas livra-nos do mal." - Jesus. (MATEUS, 6:13.)

A superfície do mundo é, indiscutivelmente, a grande escola dos espíritos encarnados.

Impossível recolher o ensinamento, fugindo à lição.

Ninguém sabe, sem aprender.

Grande número de discípulos do Evangelho, em descortinando alguns raios de luz espiritual, afirmam-se declarados inimigos da experiência terrestre. Furtam-se, desde então, aos mais nobres testemunhos. Defendem-se contra os homens, como se estes lhes não fossem irmãos no caminho evolutivo. Enxergam espinhos, onde a flor desabrocha, e feridas venenosas, onde há riso inocente. E, condenando a paisagem a que foram conduzidos pelo Senhor, para serviço metódico no bem, retraem-se, de olhos baixos, recuando do esforço de santificação.

Declaram-se, no entanto, desejosos de união com o Cristo, esquecendo-se de que o Mestre não desampara a Humanidade. Estimam, sobretudo, a oração, mas, repetindo as sublimes palavras da prece dominical, olvidam que Jesus rogou ao Senhor Supremo nos liberte do mal, mas não pediu o afastamento da luta.

Aliás, a sabedoria do Cristianismo não consiste em insular o aprendiz na santidade artificialista, e, sim, em fazê-lo ao mar largo do concurso ativo de transformação do mal em bem, da treva em luz e da dor em bênção.

O Mestre não fugiu aos discípulos; estes é que fugiram d’Ele no extremo testemunho. O Divino Servidor não se afastou dos homens; estes é que o expulsaram pela crucificação dolorosa.

A fidelidade até o fim não significa adoração perpétua em sentido literal; traduz, igualmente, espírito de serviço até ao último dia de força utilizável no mecanismo fisiológico.

Se desejas, pois, servir com o Senhor Jesus, pede a Ele te liberte do mal, mas que não te afaste dos lugares de luta, a fim de que aprendas, em companhia d’Ele, a cooperar na execução da Vontade Celeste, quando, como e onde for necessário.

Livro: Vinha de Luz – Lição 057 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Prece: POR PAZ

Senhor; tranquiliza o nosso espírito...

Que os nossos pensamentos se acalmem dentro de nós.

Sabemos que, no momento justo, solucionarás todos os nossos problemas.

Que façamos silêncio em nós para escutarmos o que nos aconselhas.

Ouvindo-Te, nada de mal nos sucederá...

Não nos deixes agir precipitadamente.

Que a nossa decisão seja o reflexo da Tua vontade.

Acalma-nos, Senhor, para que tudo se acalme à nossa volta.

Para que emudeçam as vozes agressivas e a tormenta pare de soprar...

Que a Tua paz invada o nosso coração e que, nela, nos deixemos estar, sem que coisa alguma dela nos afaste!

Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli – Espírito: Irmão José
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 21.10.24

“O pensamento é a nossa dignidade”. Tratemos, por conseguinte, de pensar bem, pois aí é que está o princípio da moral.

 

Autoria: Blaise Pascal

Estória: Tomando Decisões

Enquanto o pai se entretinha a ler um jornal, Gustavo, de onze anos, pegou um livro da estante e pôs-se a folheá-lo. De repente parou, e perguntou:

– Papai, o que é livre-arbítrio?

O pai colocou o jornal de lado e tirou os óculos:

– Livre-arbítrio, meu filho, é a capacidade que o ser humano tem de tomar suas próprias decisões, fazer suas escolhas. Entendeu?

– Não.

Cheio de paciência, o pai respondeu:

– Por exemplo, Gustavo. Amanhã é sábado e tem treino de futebol à tarde. Você vai?

– Não sei, papai. Também tenho convite para ir a uma festa de aniversário, no mesmo horário.

– Eu sei. Aniversário do Jorginho, seu amigo de infância. E então? O que você vai resolver? Vai ao treino ou vai à festa?

– Acho que não vou à festa do Jorginho, papai. Creio que vou ao treino.

– Ah, então você já se decidiu?

O garoto pensou um pouco e respondeu:

– O futebol é um compromisso que assumi no início do ano e não devo faltar. O time precisa de mim. Porém, pensando bem, papai, se eu não for ao aniversário, o Jorginho vai ficar chateado comigo.

– Então, você vai ao aniversário do seu amigo?

Gustavo coçou a cabeça, confuso, e considerou:

– Pensando bem, existe um outro problema. Na próxima semana nosso time tem um jogo importante, que faz parte do campeonato entre as escolas. Ah, Meu Deus! Não sei o que fazer!

O pai sorriu e explicou:

– Livre-arbítrio é exatamente isso, meu filho. Entre duas ou mais opções, você tem que decidir. Nesse momento, você vai ter que se resolver: o prazer ou o dever.

– Agora eu entendi, papai. Mas é muito difícil tomar decisões!

O pai concordou com ele, recomendando que pensasse bastante até o dia seguinte para não tomar uma decisão errada.

– Meu filho, o livre-arbítrio é um dádiva de Deus, mas também é uma conquista do espírito no trajeto evolutivo realizado. Então, precisamos pensar bem antes de qualquer decisão. Seja ela certa ou errada, ficaremos sempre condicionados às consequências dos nossos atos, segundo a Lei de Ação e Reação, ou Lei de Causa e Efeito.

Como era tarde, foram dormir.

No dia seguinte, Gustavo estava sentado à mesa tomando o café da manhã, quando o pai lhe perguntou:

– E daí, meu filho? Resolveu?

– Pensei bastante e ainda não me decidi. Porém até à tarde, eu resolvo.

Quase na hora de sair, Gustavo apareceu na sala com a mochila e um pacote embrulhado para presente na mão.

– Vejo que você se decidiu pelo aniversário, Gustavo. Quer dizer que o prazer ganhou – disse o pai.

O garoto balançou a cabeça negativamente.

– Não? Então, vai ao treino. Ficou com o dever.

Gustavo balançou a cabeça novamente:

– Também não, papai.

– Não estou entendendo!

– É que apareceu uma terceira opção, papai. Lembrei que teremos prova de matemática na segunda-feira. Então, vou estudar na casa de um colega que entende bem a matéria. Antes, porém, vou passar na casa do Jorginho, dar-lhe os parabéns e entregar o presente que comprei para ele. Assim, o prazer e o dever serão igualmente atendidos.

O pai estava surpreso e maravilhado. Seu filho Gustavo, que ele julgara um pouco desleixado com relação às suas tarefas, mostrara que era ponderado e responsável, tomando decisões com habilidade.

Levantou-se, estendendo os braços para o rapazinho:

– Parabéns, meu filho. Você soube decidir entre o prazer e o dever. Mas, diga-me, e o treino? O time tem jogo importante na semana que vem...

Abraçando o pai, com enorme sorriso no rosto, o garoto explicou:

– É verdade, papai. Porém, fiquei sabendo hoje cedo que o jogo será adiado. Então, não tive mais dúvidas. Agora estou tranquilo, certo de que fiz o melhor.

Gustavo despediu-se do pai e da mãe, pegou a mochila com os livros, o presente e, acenando uma última vez, fechou a porta atrás de si.

O pai estava feliz. Sentia-se realizado por ter um filho que usara o livre-arbítrio de maneira tão responsável.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 18.10.24

"Plante amor e paz e a vida lhe trará colheita de paz e amor".

 

Autor: Chico Xavier

Poesia: A Grande Vitória

Reacendem-se os fogos da batalha.
Chora de angústia o mundo miserando,
Caim passa, de novo, dominando,
A civilização que se estraçalha...

As bastardas paixões gritam em bando,
Misturando-se no coro da metralha,
Tudo pavor e morte, sem que valha,
A voz da fé no vórtice nefando.

Sobre as filosofias dos compêndios.
Há misérias, canhões, trevas, incêndios,
Desventuras que o homem não socorre!

Mas o Cristo, que nunca desespera,
Ama sempre e elabora a nova era
Na vitória do bem que nunca morre.

Autor: Augusto dos Anjos

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 16.10.24

“Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for desacreditada, a cidadania mundial irá continuar a ser uma ilusão fugaz”.   

 

Autoria: Haile Selassie

32 A Afabilidade e a Doçura

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 9 - Bem Aventurados os Mansos e Pacíficos

LÁZARO - Paris, 1861

6 – A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.

A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.

Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 14.10.24

“Procure descobrir o seu caminho na vida. Ninguém é responsável por nosso destino, a não ser nós mesmos”.

 

Autor: Chico Xavier 

MAIORAIS

"E ele, assentando-se, chamou os doze e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos e servo de todos." - (MARCOS, 9:35.)

Ser dos primeiros na Terra não é problema de solução complicada.

Há maiorais no mundo em todas as situações.

A ciência, a filosofia, o sacerdócio, tanto quanto a política, o comércio e as finanças podem exibi-los, facilmente.

Os homens principais da ciência, com legitimas exceções, costumam ser grandes presunçosos; os da filosofia, argutos sofistas do pensamento; os do sacerdócio, fanáticos sem compreensão da verdadeira fé. Em política, muitos dos maiorais são tiranos; no comércio, inúmeros são exploradores e, nas finanças, muitos deles não passam de associados das sombras contra os interesses coletivos.

Ser dos primeiros, no entanto, nas esferas de Jesus sobre a Terra, não é questão de fácil acesso à criatura vulgar.

Nos departamentos do mundo materializado, os principais devem ser os primeiros a serem servidos e contam com a obediência compulsória de todos.

Em Cristianismo puro, os espíritos dominantes são os últimos na recepção dos benefícios, porquanto são servos reais de quantos lhes procuram a colaboração fraterna.

É por isto que em todas as escolas cristãs há numerosos pregadores, muitos mordomos, turbas de operários, cooperadores do culto, polemistas valiosos, doutores da letra, intérpretes competentes, reformistas apaixonados, mas raríssimos apóstolos.

De modo geral, quase todos os crentes se dispõem ao ensino e ao conselho, prontos ao combate espetaculoso e à advertência humilhante ou vaidosa, poucos surgindo com o desejo de servir, em silêncio, convencidos de que toda a glória pertence a Deus.

Livro: Vinha de Luz – Lição 056 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 11.10.24

“Saber encontrar a alegria na alegria dos outros é o segredo da felicidade”.

 

Autor: Georges Bernanos

Prece: DIANTE DO PRÓXIMO


Senhor; auxilia-nos a ver e a aceitar no próximo, seja ele quem for, o irmão que segue ao nosso lado...

O companheiro a quem, em quaisquer circunstâncias, nos cabe estender a mão como nos estendes as Tuas...

Que jamais venhamos a nos considerar superiores a quem quer que seja.

Ensina-nos a amar o companheiro de jornada, como Tu mesmo nos amas, ao ponto de não hesitares em Te sacrificares por nós.

Por que, Senhor, haveríamos de Te considerar nosso irmão, negando aos outros idêntica condição em relação a nós?

Somos todos filhos de Deus, que nos ama e protege sem privilégio algum.

O outro, em verdade, é nosso instrumento de elevação espiritual - a parte que, de nós, se desgarrou e à qual deveremos nos unir.

Ignorar o próximo, em suas necessidades e aspirações, seria ignorar-nos profundamente em nossas carências!

Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

PENSAMENTO DO DIA 09.10.24

“Nem toda lágrima é dor, nem toda graça é sorriso, nem toda curva da vida tem uma placa de aviso, nem sempre o que você perde é de fato um prejuízo”.  

 

Autor: Bráulio Bessa

31 Verdadeira Pureza e Mãos Não Lavadas

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 8 – Bem Aventurados os Puros de Coração

8 – Então chegaram a ele uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos?

Pois não lavam as mãos quando comem o pão. E ele, respondendo, lhes disse: E vós também, por que transgredis o mandamento de Deus, pela vossa tradição? Porque Deus disse: Honra a teu pai e a tua mãe, e o que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, morra de morte.

Vós outros, porém, dizeis: Qualquer que disser a seu pai ou a sua mãe: Toda a oferta que faço a Deus te aproveitará a ti, está cumprindo a lei. Pois é certo que o tal não honrará a seu pai ou a sua mãe. Assim é que vós tendes feito vão os mandamentos de Deus, pela vossa tradição. Hipócritas, bem profetizou de vós outros Isaías, quando diz: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois, me honram, ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens. E chamando a si as turbas, lhes disse: Ouvi e entendei. Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem.


Então, chegando-se a ele os discípulos, lhe disseram: Sabes que os fariseus, depois que ouviram o que disseste, ficaram escandalizados? Mas ele, respondendo, lhes disse: Toda a planta que meu Pai não plantou será arrancada pela raiz. Deixai-os; cegos são, e condutores de cegos. E se um cego guia a outro cego, ambos vêm a cair no barranco. E respondendo Pedro, lhe disse: Explica-nos essa parábola.

E respondeu Jesus: Também vós outros estais ainda sem inteligência? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce ao ventre, e se lança depois num lugar escuso? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias. Estas coisas são as que fazem imundo o homem. O comer, porém, com as mãos por lavar, isso não faz imundo o homem. (Mateus, XV: 1-20).

9 – E quando Jesus estava falando, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar com ele, e havendo entrado, sentou-se à mesa. E o fariseu começou a discorrer lá consigo mesmo sobre o motivo por que não se tinha lavado antes de comer. E o Senhor lhe disse: Agora vós outros, os fariseus, limpais o que está por fora do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Néscios, quem fez tudo o que está de fora não fez também o que está de dentro? (Lucas, XI: 37-40).

10 – Os Judeus haviam negligenciado os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se à prática de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a prática dos atos exteriores, do que se reformar moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas práticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: “É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens”.

Assim também aconteceu com a doutrina moral do Cristo, que acabou por ser deixada em segundo plano, o que faz que muitos cristãos, à semelhança dos antigos judeus, creiam que a sua salvação está mais assegurada pelas práticas exteriores do que pelas da moral. É a esses acréscimos que os homens fizeram à lei de Deus, que Jesus se refere, quando diz: “Toda a planta que meu Pai não plantou, será arrancada pela raiz”.

A finalidade da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem não chega a Deus enquanto não se fizer perfeito. Toda religião, portanto, que não melhorar o homem, não atinge a sua finalidade.

Aquela em que ele pensa poder apoiar-se para fazer o mal é falsa ou foi falseada no seu início. Esse é o resultado a que chegam todas aquelas em que a forma supera o fundo.

A crença na eficácia dos símbolos exteriores é nula, quando não impede os assassínios, os adultérios, as espoliações, as calúnias e a prática do mal ao próximo, seja qual for. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem.

Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.