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quarta-feira, 9 de julho de 2025

MENSAGEM DO DIA 09.07.25

“Esperança é a paciência com a lâmpada acesa”.

Autor: Tertuliano

47 O Egoísmo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 11 – Amar o Próximo Como a Si Mesmo


EMMANUEL - Paris, 1861

11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. 

Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.

É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo, à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.


PASCAL
Sens, 1862

12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo. 

O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.

Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.

O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

MENSAGEM DO DIA 07.07.25

“Quantas alegrias são pisadas e esmagadas porque as pessoas levantam os olhos para o céu e são indiferentes ao que está a seus pés”.

Autora: Catharina Elisabeth Goethe

Estória: A Tartaruga Mensageira

Um dia, há muito tempo atrás, os animais habitantes de uma grande floresta ficaram sabendo que um grupo de homens pretendia derrubar todas as árvores para transformá-las em madeira.

Apavorados, pois isso representaria a destruição deles também, resolveram mandar uma mensagem pedindo socorro a um grupo de pessoas amigas e amantes da natureza.

Os bichos se reuniram para decidir quem seria o portador da mensagem, pois era uma missão muito importante, e o local para onde teriam que ir ficava muito, muito distante.

Apresentaram-se para a tarefa: um passarinho, um esquilo, um macaco e uma tartaruga.

– Eu sou o melhor – disse o passarinho estufando o peito –, porque posso voar e, rapidamente, dar conta do recado.

O esquilo alisou o pelo macio e falou, orgulhoso:

– Eu tenho mais condições de cumprir a missão, porque sou rápido e ágil!

O macaco, coçando a cabeça, afirmou:

– Não! Eu sou o mais indicado porque, pulando de galho em galho chegarei mais depressa ao destino.

Todos riram quando a pequena tartaruga se apresentou. Afinal, tinham urgência que a mensagem fosse entregue rápido, e a tartaruga era, reconhecidamente, muito lenta.

Depois que as risadas se acalmaram, o leão perguntou:

– Por que é que você acha que tem condições de ser a portadora?

– Porque tenho confiança em Deus que o conseguirei! – respondeu a tartaruga com serenidade.

Após muito discutir, os animais decidiram, muito sabiamente, que para maior segurança, todos os quatro levariam uma mensagem igual. Aquele que chegasse primeiro, teria a honra de entregá-la.

E assim, numa bela manhã de sol, partiram os mensageiros levando as esperanças e a confiança de todos os animais.

O esquilo saiu aos pulos, ligeiro; o passarinho abriu as asas e voou rápido pelo céu; o macaco, pulando de árvore em árvore, lá se foi a perder de vista. Só a pobre tartaruga iniciou a jornada com sua marcha lenta, para chacota dos demais.

Enfrentaram perigos e obstáculos. Tão logo terminaram as árvores, o macaco teve que continuar também pelo solo.

A certa altura do caminho ocorreu um grande desmoronamento de terras e, como não quisessem se abrigar para não interromper a marcha, o macaco e o esquilo foram atingidos e não puderam prosseguir.

O passarinho passou voando sem maiores dificuldades, mas a tartaruga, vendo o perigo, com tranquilidade escondeu-se na sua carapaça esperando-o passar.

Mais adiante, sobreveio terrível tempestade, e o passarinho, não obstante se agarrasse às árvores para se proteger, foi arrastado pelo vento forte. A tartaruga, porém, novamente parou sua caminhada, escondendo-se em sua carapaça do furor do temporal, esperando o tempo melhorar. Depois, prosseguiu sua jornada.

Em consequência das fortes chuvas, regiões ficaram totalmente inundadas, mas a corajosa tartaruga não desanimou.

Guardando muito bem a carta para que não molhasse, prosseguiu nadando.

E assim, vencendo dificuldades enormes, perigos inesperados e obstáculos difíceis, a tartaruga chegou ao seu destino. Ali ficou sabendo, muito surpresa, que era a primeira a chegar!

Sentiu-se orgulhosa e satisfeita, pois foi cumprimentada por todos, como se fosse uma heroína.

E voltou para casa com os amigos que iriam protegê-los e evitar a destruição da floresta.

Carregada nos braços, ela chegou coberta de glória, para espanto dos animais, que nunca poderiam imaginar que a pequena tartaruga cumpriria missão tão importante.

Os animais então perceberam que todas as criaturas merecem respeito e consideração, e que todos têm condições de vencer. Que, muitas vezes, não são as criaturas que parecem ter as melhores condições que vencem, mas aquelas que se utilizam melhor das possibilidades que possuem.

Perguntaram então à tartaruga, a que ela atribuía sua vitória.

– Creio que sem PACIÊNCIA, PERSISTÊNCIA, CORAGEM e muita FÉ, eu não poderia ter vencido – respondeu ela.

E concluiu com tranquilidade:

– SÓ ASSIM VENCEREMOS!

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 04.07.25

“Amo enquanto posso... esqueço quando é preciso... acredito que só vale a pena lutar por aquilo que vale a pena possuir”.

Autoria: Clarice Lispector

Poesia: A Vida

De tudo, ficaram três coisas:
 
A certeza de que estamos sempre recomeçando...

A certeza de que precisamos continuar...

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
 
Portanto devemos fazer da interrupção um caminho novo...
 
Da queda um passo de dança...
 
Do medo, uma escada...
 
Do sonho, uma ponte...
 
Da procura, um encontro...


Fernando Sabino

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 02.07.25

“Nunca esqueça que você recebeu um corpo para aprender as lições no dia a dia e que na sua trajetória terrena só você decide, pois suas respostas já vieram dentro de você”.

Autor: desconhecido

Biografia: Olímpia Belém

Nasceu na cidade de São Paulo de Muriaé, Estado de Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1880, e desencarnou no Rio de Janeiro, a 26 de agosto de 1969.

Era filha de Herculano Gomes de Souza e D. Olímpia Júdice Gomes de Souza. Aos 12 anos de idade concluiu o seu curso primário, ingressando no famoso Colégio Americano Metodista, na cidade de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais. Foi aluna exemplar, muito querida por suas colegas e mestras, dedicada extremamente aos estudos e à observância dos preceitos da Igreja Luterana, a religião dos seus pais.

No ano de 1896, concluiu o seu curso. No dia 7 de maio de 1897 contraiu matrimônio com o jovem Olindo Belém, artista arrojado e pioneiro de numerosas iniciativas, sendo por isso citado nas crônicas de muitos jornais da época... Seu esposo era também da mesma religião e, quando aluno do Colégio Grambery, chegou a fazer pregações ao lado de famosos pastores protestantes. De seu casamento tiveram 15 filhos, 12 dos quais criaram-se e constituíram famílias, todos vindo, mais tarde a se tornar espíritas.

O seu matrimônio trouxe-lhe alegrias e vicissitudes. Passou a viver em várias cidades, dentre elas Belo Horizonte, Sabará, Cristais e Campo Belo. Investida da responsabilidade de acompanhar o esposo, via-se frequentemente na necessidade de emigrar para outras regiões. Em 1921, estabeleceram-se definitivamente na cidade do Rio de Janeiro, onde as circunstâncias contrariaram frontalmente o estilo de vida do esposo, provinciano e sertanejo. Na antiga Capital Federal ele aquietou-se, vivendo de recordações do passado e dos dias de glórias vividos entre os mais preeminentes intelectuais e políticos do Estado de Minas Gerais.

O contrário sucedeu com Olímpia Belém, que se transformou em mulher resoluta e dinâmica, tanto no lar, como no seio da sociedade.

Com a desencarnação de sua filha Oraiza, ela que já havia então tomado conhecimento da Doutrina Espírita, por meio dos livros da Codificação Kardequiana, teve a sua mediunidade desabrochada e passou a receber comunicações espirituais de sua amada filha. Procurou o Centro Espírita Cristófilo, no bairro do Catete, onde o famoso médium cego Porfírio Bezerra desenvolvia um trabalho doutrinário invulgar e também ministrava receitas de medicamentos, orientadas por Espíritos benfeitores.

Nessa instituição ela sentiu verdadeira inclinação para o Espiritismo, do qual se tornou adepta convicta. Portadora de mediunidade excepcional, dedicou-se com afinco à tarefa de amparar doentes e necessitados. A sua residência tornou-se, dentro em pouco, em verdadeiro refúgio para a pobreza do bairro, que ali ia em busca de remédios, de palavras de conforto, de roupas usadas, de agasalhos; todos passaram a procurar o concurso e a assistência de Da. Nena, como passaram a chamá-la carinhosamente na intimidade.

O seu trabalho de assistência social, impulsionou-a para uma situação de relevo, tornando-se grande benfeitora da infância desvalida e da pobreza envergonhada, verdadeira missionária colocada a serviço de Jesus Cristo.

O seu trabalho, entretanto, expandiu-se sobremodo, de forma que era requisitada para proferir palestras e conferências em muitos Centros Espíritas do antigo Distrito Federal. Passou a escrever para numerosos órgãos da imprensa espírita brasileira.

Muitos dos seus artigos foram publicados nos tradicionais órgãos "Aurora", "Mundo Espírita", "A Centelha" e outros.

Poetisa, produziu elevado número de poesias e sonetos, publicando-os na imprensa espírita. Deixou ainda quatro livros publicados, dentre eles dois romances mediúnicos: "Jerusa" e "Dolória", além de dois livros inéditos, um de poesias e outro de mensagens espirituais.

Passando a residir no bairro da Tijuca, ali fundou o Centro Espírita Discípulos de Jesus, pelo qual passaram numerosos espíritas preeminentes, como João Torres, Arthur Machado, Daniel Cristóvão, Depaula Machado, Ruth Santana (Diretora da Casa de Lázara), Aurino Barbosa Souto, Esmeralda Bittencourt e muitos outros. De lá saíram também outras instituições, tais como a União dos Discípulos de Jesus, sociedade que alcançou grande projeção quando foi dirigida por Nelson Batista de Azevedo. Em 18 de janeiro de 1937, fundou a obra assistencial de amparo à menina órfã e abandonada, a cuja tarefa Olímpia Belém dedicou toda a sua vida, tendo por lá passado, desde a sua fundação mais de 1.000 jovens.

Prevendo a sua desencarnação, Olímpia Gomes de Souza Belém, escreveu e guardou dentro de um Evangelho, uma folha de papel encontrada posteriormente por sua filha Omariza Belém, hoje a sua substituta na direção da Casa, as seguintes palavras:

"Ao morrer, meu corpo ficará as horas de praxe em humilde caixão, sobre a mesa do Centro dos meus trabalhos, pelos quais a tudo renunciei, exposto à visitação dos que se lembrarem de oferecer-me uma prece. Meu Espírito, por certo, estará bem longe, só Deus o sabe. A minha família e minhas filhas adotivas não deverão prantear-me, mas glorificar a Jesus, pela sua Divina Obra de Amor e Caridade, que permitiu à mais humilde criatura concretizar, em realidade, a grande e colossal obra de fraternidade, da qual fui idealizadora e para a qual renunciei à vida, com amor e devotamento".

Alguns dias antes de desencarnar escreveu suas últimas quadrinhas:

Ao mundo vim para sofrer
Só vivo carpindo a dor,
Mas me valerá morrer,
Em pura Missão de amor!
Amor, que me santifica,
Embora a outros contriste,
A dor que me purifica,
Para muitos não existe.

Fonte: Personagens do Espiritismo. – FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 30 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 30.06.25

“As únicas desgraças completas são as desgraças com as quais nada aprendemos”.

Autor: William Ernest Hocking

NA PROPAGANDA EFICAZ

"É necessário que ele cresça e que eu diminua." - João Batista. (JOÃO, 3:30.)

Há sempre um desejo forte de propaganda construtiva no coração dos crentes sinceros.

Confortados pelo pão espiritual de Jesus, esforçam-se os discípulos novos por estendê-lo aos outros. Mas, nem sempre acertam na tarefa. Muitas vezes, movidos de impulsos fortes, tornam-se exigentes ou precipitados, reclamando colheitas prematuras.

O Evangelho, porém, está repleto de ensinamentos nesse sentido.

A assertiva de João Batista, nesta passagem, é significativa. Traça um programa a todos os que pretendam funcionar em serviço de precursores do Mestre, nos corações humanos.

Não vale impor os princípios da fé.

A exigência, ainda que indireta, apenas revela seus autores. As polêmicas destacam os polemistas... As discussões intempestivas acentuam a colaboração pessoal dos discutidores. Puras pregações de palavras fazem belos oradores, com fraseologia preciosa e deslumbrantes ornatos da forma.

Claro que a orientação, o esclarecimento e o ensino são tarefas indispensáveis na extensão do Cristianismo, entretanto, é de importância fundamental para os discípulos que o Espírito de Jesus cresça em suas vidas. Revelar o Senhor na própria experiência diária é a propaganda mais elevada e eficiente dos aprendizes fiéis.

Se realmente desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração. Somente nessa diretriz é possível atender ao Divino Administrador e servir aos semelhantes, curando-se a hipertrofia congenial do "eu".

Livro: Vinha de Luz – Lição 076 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

MENSAGEM DO DIA 27.06.25

“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.

Autor: Khalil Gibran

ESPERANÇA

"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." - Paulo. (ROMANOS, 15:4.)

A esperança é a luz do cristão.

Nem todos conseguem, por enquanto, o vôo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.

Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.

A dor costuma agitar os que se encontram no "vale da sombra e da morte", onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o "ranger de dentes", nas "trevas exteriores", mas existe a luz interior que é a esperança.

A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.

A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir... O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.

Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.

Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações. Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o "Vinde a mim..."

Levantemo-nos e prossigamos, convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.

Livro: Vinha de Luz – Lição 075 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 25 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 25.06.25

"Eu permito a todos ser como quiserem e a mim como devo ser".

Autor: Chico Xavier

MAUS OBREIROS

"Guardai-vos dos maus obreiros." - Paulo. (FILIPENSES, 3:2.)

Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.

Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.

Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.

Estimam as apreciações desencorajadoras.

Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.

Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.

Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.

Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.

Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.

Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.

Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.

Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.

Fazem-se advogados para serem acusadores.

Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.

Costumam lamentar-se por vitimas para serem verdugos mais completos.

"Guardai-vos dos maus obreiros."

O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.

Livro: Vinha de Luz – Lição 074 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 23 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 23.06.24

“Estar vivo, ser capaz de ver, andar, ter casas, ouvir música, admirar pinturas, tudo é um milagre. Adotei a técnica de viver a vida milagre a milagre”.

Autor: Artur Rubinstein

Prece: Oração Por Socorro Num Perigo Iminente

Deus Todo-Poderoso, e tu, meu anjo guardião, socorrei-me! 

Se tenho de sucumbir, que a vontade de Deus se cumpra. 

Se devo ser salvo, que o restante da minha vida repare o mal que eu haja feito e do qual me arrependo.

Assim seja.

Autor Desconhecido
 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Poesia: A Subida

Disse-nos o Senhor:
-“Quem quiser encontrar-me
Tome a sua cruz e siga-me onde eu for...”
E um homem que o seguiu, sem queixa e sem alarme

Observou que o lenho o constrangia...
Caminhou, mas não mais na antiga estrada,
A cruz era pesada
Na marcha, dia-a-dia...

Perdeu de vista a risonha paisagem,
Na qual usufruíra o amor de sua gente...
Precisava escalar rude montanha na viagem
E se reconhecia, a sós, agarrando-se à frente.

Embora a cruz lhe desse chagas e cicatrizes,
Conseguiu falar, fraternalmente,
Reconfortando, os tristes e infelizes...
Levantava os caídos,

Doava nova força aos fracos e aos doentes.
Consolava os leprosos esquecidos,
Regenerava os delinquentes...
Em muitos trechos da subida,

Tratavam-no por louco e davam-lhe pedradas...
Deprimiam lhe a vida...
Quanto insulto e suplício nas estradas!...
No entanto, ele subia...

Trazia o Cristo em luz na própria mente.
Não tinha acessos de melancolia
E, sim, uma alegria diferente...
Mas chorava, por vezes, de cansaço,

A sentir, sob os pés, o vigor dos espinhos.
Refazia-se, vendo o Azul do Imenso Espaço
E ouvindo a voz do Céu na voz dos passarinhos...
Alcançando, porém, o cimo da montanha

Notava-se lhe os pés rasgados e sangrentos,
E o corpo lacerado
De atrozes sofrimentos...
Mesmo assim, agradeceu ao Cristo Amado

A viagem temível...
Para atingir o topo de alto nível...
Chegando ali, porém, vê, com assombro e atenção,
Que a Terra já não tem com ele ou sobre ele

O poder de atração...
Sentia-se envolvido em súbita leveza,
Respirando, feliz, a paz da natureza...
Reconhece que o tronco vertical do grande lenho

Transformara-se em delicado engenho
E que os braços da cruz
Eram asas de luz...
Tentou andar, mas sem querer,

Na alegria que o invade,
O homem que seguira os passos do Senhor,
Planou além, no além, buscando a Imensidade
Inflamado de amor.

Autora: Maria Dolores

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 18.06.25

“Eu nem sempre posso falar aquilo que penso, mas o que não posso falar é exatamente aquilo que eu não devo dizer”.

Autor: Chico Xavier

46 A Lei do Amor

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 11 – Amar O Próximo Como A Si Mesmo

LÁZARO - Paris, 1862

8 – O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo, por sua vez, vem pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino. Ficai atentos, porque essa palavra levanta a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, vencendo a morte, revela ao homem deslumbrado o seu patrimônio intelectual. Mas já não é mais aos suplícios que ela conduz, e sim à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve agora resgatar o homem da matéria.

Disse que o homem, no seu início, tem apenas instintos. Aquele, pois, em que os instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do alvo. Para avançar em direção ao alvo, é necessário vencer os instintos a favor dos sentimentos, ou seja, aperfeiçoar a estes, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se lentamente de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos.

O Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda a riqueza futura depende do trabalho atual. E mais que os bens terrenos, ele vos conduzirá à gloriosa elevação. Será então que, compreendendo a lei do amor, que une a todos os seres, nela buscareis os suaves prazeres da alma, que são o prelúdio das alegrias celestes.
FÉNELON
Bordeaux, 1861

9 – O amor é de essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. É um fato que tendes podido constatar muitas vezes: o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser ou um objeto qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de todas as vicissitudes, atingindo freqüentemente alturas sublimes.

Disse por um ser ou um objeto qualquer, porque existem, entre vós, indivíduos que dispensam tesouros de amor, que lhes transbordam do coração, aos animais, às plantas, e até mesmo aos objetos materiais. Espécies de misantropos a se lamentarem da humanidade em geral, resistem à tendência natural da alma, que busca em seu redor afeição e simpatia. Rebaixam a lei do amor à condição do instinto. Mas, façam o que quiserem, não conseguirão sufocar o germe vivaz que Deus depositou em seus corações, no ato da criação. Esse germe se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência, e embora freqüentemente comprimido pelo egoísmo, é a fonte das santas e doces virtudes que constituem as afeições sinceras e duradouras que vos ajudam a transpor a rota escarpada e árida da existência humana.

Há algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela idéia de que outros participarão das simpatias afetivas de que são ciosas. Pobres irmãos! O vosso afeto vos torna egoísta. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e difícil, mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Jesus disse: “Amai ao vosso próximo como a vós mesmos”; ora, qual é o limite do próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é toda a humanidade! Nos mundos superiores, é o amor recíproco que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para a sua transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei sublime, reflexo da própria Divindade.

Os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais viciosos deverão reformar-se, quando presenciarem os benefícios produzidos pela prática deste princípio: “Não façais aos outros os que não quereis que os outros vos façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes”.

Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá, mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes dessa virtude, que estão latentes em vossos corações. A Terra, morada de exílio e de provas, será então purificada por esse fogo sagrado, e nela se praticarão a caridade, a humildade, a paciência, a abnegação, a resignação, o sacrifício, todas essas virtudes filhas do amor. Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João Evangelista. Sabeis que, quando a doença e a velhice interromperam o curso de suas pregações, ele repetia apenas estas doces palavras: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros!”.

Queridos irmãos, utilizai com proveito essas lições: sua prática é difícil, mas delas retira a alma imenso benefício. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço: “Amai-vos”, e vereis muito em breve, a Terra modificada tornar-se um novo Eliseu, em que as almas dos justos virão gozar o merecido repouso.

SANSÃO
Membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863

10 – Meus queridos condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem pela minha voz: Amai muito, para serdes amados! Tão justo é este pensamento, que nele encontrareis tudo quanto consola e acalma as penas de cada dia. Ou melhor: fazendo isso, de tal maneira vos elevareis acima da matéria que vos espiritualizareis antes mesmo de despirdes o vosso corpo terreno. Os estudos espíritas ampliaram a vossa visão do futuro, e tendes agora uma certeza: a do vosso progresso para Deus, com todas as promessas que correspondem às aspirações da vossa alma. Deveis também vos elevar bem alto, para julgar sem as restrições da matéria, e assim não condenar o vosso próximo, antes de haver dirigido o vosso pensamento a Deus.
Amar, no sentido profundo do termo, é ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros aquilo que se deseja para si mesmo. É buscar em torno de si a razão íntima de todas as dores que acabrunham o próximo, para dar-lhes alívio. É encarar a grande família humana como a sua própria, porque essa família irá reencontrar um dia em mundos mais adiantados, pois os Espíritos que a constituem são, como vós, filhos de Deus, marcados na fronte para se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos aquilo que Deus vos deu com liberalidade, pois, de vossa parte, seríeis muito felizes se vossos irmãos vos dessem aquilo de que tendes necessidade. A todos os sofrimentos, dispensai, pois uma palavra de ajuda e de esperança, para vos fazerdes todo amor e todo justiça.

Crede que estas sábias palavras: “Amai muito, para serdes amados”, e seguirão os seus cursos. Esta máxima é revolucionária e segue uma rota firme e invariável. Mas vós já haveis progredido, vós que me escutais: sois infinitamente melhores do que há cem anos; de tal maneira vos modificastes para melhor, que aceitais hoje sem repulsa uma infinidade de idéias novas sobre a liberdade e a fraternidade, que antigamente teríeis rejeitado. Pois daqui a cem anos aceitará também, com a mesma facilidade, aquelas que ainda não puderam entrar na vossa cabeça.

Hoje, que o movimento espírita avançou bastante, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, contidas nos ditados dos Espíritos, são aceitas pela metade das pessoas inteligentes. É que essas idéias correspondem ao que há de divino em vós. É que estais preparados por uma semeadura fecunda: a do último século, que implantou na sociedade as grandes idéias de progresso. E como tudo se encadeia, sob as ordens do Altíssimo, todas as lições recebidas e assimiladas resultarão nessa mudança universal do amor ao próximo. Graças a ela, os Espíritos encarnados, melhor julgando e melhor sentindo, dar-se-ão as mãos até os confins do vosso planeta. Todos se reunirão, para entender-se e amar-se, destruindo todas as injustiças, todas as causas de desentendimento entre os povos.

Grande pensamento de renovação pelo Espiritismo tão bem exposto em O Livro dos Espíritos, tu produzirás o grande milagre do século futuro, o da reunião de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação desta máxima bem compreendida: Amai muito, para serdes amados!

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 16 de junho de 2025

MENSAGEM DO DIA 16.06.25

“A saúde e a enfermidade são os produtos da harmonização ou desarmonizacão do indivíduo para com as leis espirituais; as moléstias, portanto, identificam que no mundo psíquico e invisível a alma está enferma”.

Autor: Ramatis

Estória: Por Uma Moeda

Fernando era um menino de bom coração, e sensível ao sofrimento dos outros.

Certo dia, passando por uma rua na periferia da cidade, viu uma casa muito pobrezinha e duas crianças magras e pálidas que brincavam à porta.

Num impulso, aproximou-se e puxou conversa com as crianças. Ficou sabendo que não tinham pai e que a mãe estava trabalhando para prover o sustento da casa. Disseram, também, que nada tinham comido ainda naquele dia, e que só iam comer quando a mãe retornasse do trabalho.

Penalizado, Fernando desejou ajudar. Mas, como? Também não tinha recursos e seu pai trabalhava muito para que nada lhes faltasse no lar.

Teve uma ideia. Tinha muitos amigos, e, se ele sozinho quase nada podia fazer, em conjunto eles poderiam fazer muito.

Reuniu os amigos e expôs seu plano. Se cada um contribuísse com um pouco, ajudariam aquela família substancialmente. Todos aprovaram a ideia de Fernando. E mais, entusiasmados, resolveram pedir a colaboração de parentes, amigos e vizinhos, pois, angariando mais recursos, estenderiam a ajuda a outras famílias necessitadas.

E assim foi feito. Não apenas recebendo gêneros alimentícios, roupas, calçados, mas cada um também doando tempo de trabalho, fazendo companhia às crianças, ajudando na higiene doméstica e ensinando os deveres da escola.

Aos poucos, como eles previam, a assistência estendeu-se a outras famílias igualmente necessitadas e que residiam ali por perto.

Todos estavam felizes e otimistas.

Pedindo a colaboração de um dos garotos na escola, que Fernando sabia ser muito rico, ficou grandemente decepcionado, pois o menino respondeu indiferente:

— Nada tenho para dar.

— Como? Você é o menino mais rico da escola! — estranhou.

Como Fernando continuasse a insistir a contragosto o garoto tirou uma pequena moeda do bolso e entregou-a dizendo:

— Esta moeda é só o que posso dar.

Perplexo, Fernando olhou a moeda e teve vontade de não aceitar, por ser de valor insignificante. Porém, pegou a moeda, agradeceu e afastou-se, indignado.

Chegando em casa, comentou com a mãe o acontecido, e terminou dizendo:

— Tive vontade de não aceitar a moeda, que é um insulto às necessidades alheias. Não vale nada!

A mãe fitou-o e disse serena:

— Pois faria muito mal, meu filho. Você deve aprender que, na vida, cada um dá o que tem. E isso, muitas vezes, não tem relação com o que a pessoa acredita possuir.

Surpreso, Fernando perguntou:

— Como assim, mamãe? Não entendo. Ele é muito rico!...

— Exatamente. Mas não aprendeu a dar nada de si. Por isso, meu filho, essa moeda que você despreza tanto é a oportunidade do seu amigo de doar alguma coisa, e que, para ele, representa muito. Compreendeu?

— Compreendi. A senhora quer dizer que a doação é um aprendizado que temos de exercitar — respondeu o menino, admirado das sábias palavras de sua mãe.

— Isso mesmo, meu filho. O egoísmo é uma doença da qual nos libertamos muito lentamente. E o seu amigo está dando os primeiros passos para vencer essa terrível chaga.

Fernando olhou para aquela moedinha que brilhava em sua mão com olhos diferentes e agradeceu a lição que recebera.

Fez um quadro com a moeda, colocando uma moldura e pendurou-o no seu quarto, em local bem visível, para que nunca mais se esquecesse da lição.

Um ano depois, aquele seu amigo já estava plenamente integrado no grupo e alegremente colaborando, muito feliz da vida, para espanto geral.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 13.06.25

“O perdão não muda o passado, somente muda a forma de enxergar o futuro com esperança e sem rancor”.

Autor: Fábio Augusto

FALATÓRIOS

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade." - Paulo. (II TIMÓTEO, 2:16).

Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.

A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.

Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?

Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.

Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.

Raros meditam nisto.

Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?

Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.

A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.

Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?

Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?

Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.

Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.

Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.

Falatório é desperdício. E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos valorosos e comunidades inteiras.

Livro: Vinha de Luz – Lição 073 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 11.06.25

“Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver”.

Autor: Ariano Suassuna

Prece: ORAÇÃO

Pai Nosso, que estás nos Céus,
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos,
Deste mundo de escarcéus.

Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho
Feito na luz, no carinho
Do pão espiritual.

Santificado, Senhor,
Seja o teu nome sublime,
Que em todo Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.

Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniqüidade e de dor.

Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada da redenção.

Auxilia-nos, também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos
Que vivem longe do bem.

Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra,
Nos Céus, como em toda Terra
De luta e de sofrimento.

Com a proteção de Jesus,
Livra a nossa alma do erro,
Sobre o mundo de desterro,
Distante da vossa luz.

Que a nossa ideal igreja
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor...

Assim Seja.


Livro: Parnaso de Além Túmulo – Médium: Chico Xavier – Espírito: José Silvério Horta.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 9 de junho de 2025

PENSAMENTO DO DIA 09.06.25

“A água pura, a fim de manter-se pura é servida em taça vazia. A treva da meia noite é a ocasião em que o tempo dá sinal de partida para novo alvorecer. Por maior que seja a dificuldade, jamais desanime. O nosso pior momento na vida é sempre o momento de melhorar”.

Autor: Chico Xavier

Estória: Fósforos de Cor

Andando pela rua, Laurinha ia remoendo seus pensamentos.

Estava chateada porque desejava muito um vestido novo que tinha visto numa loja e não podia comprar.

Pediu à mãe, insistiu, implorou, mas a resposta tinha sido sempre a mesma:

— Não, minha filha. Não temos dinheiro agora. Quem sabe em outra ocasião?

A garota bateu o pé, exigente:

— Não. Quero agora! Depois, aquele vestido não estará mais na loja. E ele é lindo, mamãe. Eu quero, quero e quero!

— Pois não o terá, Laurinha. No momento estou com pouco dinheiro e não posso gastar o que tenho para atender um capricho seu.

A menina chorou, fez birra, bateu o pé, gritando inconformada: — Mas eu quero!

Porém, apesar de toda a pressão de Laurinha, a mãe não cedeu, continuando firme. Ela falou com o pai, julgando que seria mais fácil. Aproximou-se dele dengosa, como sempre fazia quando desejava alguma coisa, sentou-se no seu colo e pediu, com voz suplicante:

— Papai, eu posso comprar um vestido que vi na loja? É lindo!

Todavia, a resposta foi a mesma: Não. Laurinha foi para o quarto amuada, chorou, mas teve que se conformar porque os pais não iriam mudar de ideia.

Alguns dias depois, Laurinha amanheceu com febre. Dona Isabel, cuidadosa e preocupada, não permitiu que a filha fosse à escola, obrigando-a a permanecer na cama.

Como a febre não diminuísse, a mãe levou Laurinha ao médico. Ela estava com princípio de pneumonia.

Por mais de uma semana, a garota ficou na cama, tomando remédios e reclamando por não poder sair de casa e ir à escola.

— Vou ficar boa logo, mamãe? — perguntava ela. — A festa junina da escola está se aproximando e não quero faltar!

— Vamos ver. Depende de você, minha filha. Se tomar os remédios direito, ficar de repouso na cama, quem sabe?

Aquela semana custou a passar. Laurinha, embora inconformada, teve que obedecer. Para passar o tempo, jogava damas com os amigos, via televisão, e, quando estava sozinha, lia, lia muito.

Ela, que nunca tinha se interessado muito por leituras, leu livros que falavam das coisas que são realmente importantes em nossa vida e que devemos valorizar, como a família, a saúde, a educação.

Ao mesmo tempo, Laurinha não pode deixar de notar que seus pais estavam gastando bastante com ela: tinham que pagar a consulta médica, comprar remédios e até uma alimentação melhor que ela estava precisando para se recuperar.

Preocupada perguntou à mãe:

— Mamãe, a senhora disse que estava sem dinheiro e agora está tendo que gastar tanto comigo! Onde arrumou dinheiro?

— É que a saúde, minha filha, é muito importante para nós e para isso sempre daremos um jeito. É diferente de comprar uma roupa, que não é necessária e podemos passar sem ela.

Uma semana depois, a garota estava diferente, mais tranquila, mais serena.

Chegou o dia da festa junina da escola.

Laurinha, recuperada, arrumou-se e foi toda feliz para a festa encontrar com os colegas e amigos.

Lá, passeando entre os postes iluminados, as barracas enfeitadas, as bandeirinhas, ela olhou para a mãe, sorridente e disse:

— Sabe, mamãe, aprendi muito nesses dias. Aprendi que existem coisas que são realmente importantes. Como a saúde, por exemplo. Fiquei brava por não conseguir comprar aquela roupa nova que eu desejava tanto, mas agora nem me lembro mais dela!

Olhando uma colega que riscava fósforos de cor, ela explicou:

— Aprendi que tem coisas na vida que são como fogos de artifício: depois de queimar, não sobram nada. São belos, luminosos, coloridos, mas é só para um momento. Não duram.

Parou de falar, olhou para a mãe com olhar carinhoso e agradecido, completando:

— Mas o amor, este dura para sempre.

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.