Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

POSSES DEFINITIVAS

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” Jesus (JOÃO, 10: 10)

Se a paz da criatura não consiste na abundância do que possui na Terra, depende da abundância de valores definitivos de que a alma é possuída.

Em razão disso, o Divino Mestre veio até nós para que sejamos portadores de vida transbordante, repleta de luz, amor e eternidade.

Em favor de nós mesmos, jamais deveríamos esquecer os dons substanciais a serem amealhados em nosso próprio espírito.

No jogo de forças exteriores jamais encontraremos a iluminação necessária.

Maravilhosa é a primavera terrena, mas o inverno virá depois dela.

A mocidade do corpo é fase de embriagantes prazeres, no entanto, a velhice não tardará.

O vaso físico mais íntegro e harmonioso experimentará, um dia, a enfermidade ou a morte.

Toda a manifestação de existência na Terra é processo de transformação permanente.

É imprescindível construir o castelo interior, de onde possamos erguer sentimentos aos campos mais altos da vida.

Encheu-nos Jesus de sua presença sublime, não para que possuamos facilidades efêmeras, mas para sermos possuídos pelas riquezas imperecíveis; não para que nos cerquemos de favores externos e, sim, para concentrarmos em nós as aquisições definitivas.

Sejamos portadores da vida imortal.

Não nos visitou o Cristo, como doador de benefícios vulgares. Veio ligar-nos a lâmpada do coração à usina do Amor de Deus, convertendo-nos em luzes inextinguíveis.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 166 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

BENS EXTERNOS

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui.” Jesus (LUCAS, 12: 15)

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui.”

A palavra do Mestre está cheia de oportunidade para quaisquer círculos de atividade humana, em todos os tempos.

Um homem poderá reter vasta porção de dinheiro. Porém, que fará dele?

Poderá exercer extensa autoridade. Entretanto, como se comportará dentro dela?

Poderá dispor de muitas propriedades. Todavia, de que modo utiliza os patrimônios provisórios?

Terá muitos projetos elevados. Quantos edificou?

Poderá guardar inúmeros ideais de perfeição. Mas estará atendendo aos nobres princípios de que é portador?

Terá escrito milhares de páginas. Qual a substância de sua obra?

Contará muitos anos de existência no corpo. No entanto, que fez do tempo?

Poderá contar com numerosos amigos. Como se conduz perante as afeições que o cercam?

Nossa vida não consiste da riqueza numérica de coisas e graças, aquisições nominais e títulos exteriores.

Nossa paz e felicidade dependem do uso que fizermos, onde nos encontramos hoje, aqui e agora, das oportunidades e dons, situações e favores, recebidos do Altíssimo.

Não procures amontoar levianamente o que deténs por empréstimo.

Mobiliza, com critério, os recursos depositados em tuas mãos.

O Senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 165 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Prece: DIANTE DA NECESSIDADE

Senhor, a nossa necessidade de pão não é maior que a nossa necessidade de luz...

Clareia-nos a razão, para que saibamos distinguir o necessário do supérfluo.

Que não continuemos a sofrer pelas coisas que nos são absolutamente dispensáveis.

Depois do remorso, não há o que nos pese mais no espírito do que a ambição desmedida.

Ensina-nos a viver despojados do que não nos convém acumular. 

Tudo de que o homem necessita para ser feliz cabe dentro de seu coração!

Todo excesso é sinônimo de aflição.

Às vezes, um pouco a mais do que temos é o bastante para que não nos lembremos de Ti...

Não nos deixes, pois, possuir sem que saibamos repartir.

Se não tinhas sequer uma pedra onde reclinar a cabeça, efetivamente foste, Senhor, do ponto de vista material, o mais pobre de todos os homens!

 
Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Poesia: Vila Esperança

Alegas, muita vez, alma querida:
- O tédio me entorpece e me consome a vida!...

Um erro na poltrona te desgosta,
Apaga-te o sorriso e deixa-te indisposta...

O marido, preso, por natureza,
Era um médico amigo da pobreza.

Houvesse algum enfermo em pequena palhoça...
Ei-lo, junto ao doente em plena roça...

Ele sofre e adoece, certo dia,
E roga à esposa, amparo e companhia.

Ela atende ao insólito pedido,
Enquanto ele se mostra surpreendido.

De um carro velho e forte, sem tardança,
Descem os dois ao chão, ante a Vila Esperança.

Ali, toda morada, é formada de zinco,
Alinhando-se em grupo, cinco a cinco.

Disse o esposo a ela:
- “Hoje, o trabalho aqui é teu recado...
os doentes são teus...Ando muito cansado...”.

Do casebre primeiro saem gemidos dos loucos...
Eis que o esposo explica:
- "É a Dona Flora, exaurindo-se aos poucos...
Não mais resiste a pobre ao câncer que a devora
Mas, para aliviar a angústia que a domina,
Temos na pasta que eu trouxe a injeção de morfina".

Aplicada a injeção, ela vê três crianças
Junto à mulher sofrida, em choro continuado...
Ela fala ao marido, acerca de mudanças,
E acaba perguntando ao esposo intrigado:
-“O que comem aqui estas crianças nuas”
O médico responde: “O pão dado nas ruas”.
Ela aciona o carro e adquire cem pães,
Que distribui na praça, entre os filhos e as mães.

-“Moça, grita uma voz
De uma das casinholas escondidas,
Venha nos ver
Somos pobres doentes desvalidas!...”
A dama entra no quarto
E lavam-lhe as manchas e as feridas...
Anda de casa em casa.
Dá remédio às crianças com bronquite
E socorre aos enfermos,
Vítimas de hepatite...
De sentimento preso
Às dores que detinham no lugar,
Oito horas gastou a lavar e a limpar.

De volta, eis que ela sente
O marido mais forte e mais contente...
Notou que o Cristo Amado estaria mais perto
E admitiu que a vida
Nunca mais lhe seria
Desencanto e deserto...
Adentrou-se no lar, recordando a excursão
Que lhe alterara a mente, o caminho e a visão...

Ajoelhou-se em prece,
Pensando na penúria que encontrara.
Contemplou de uma fímbria da janela
A noite linda e clara...
Imaginou Jesus
Caminhando ao encontro da pobreza
E quase sem querer
Exclamou para os Céus:

- “Obrigada, Jesus, pela Vila Esperança
que me falou do amor que não se cansa...
agora, estou na paz que eu sempre quis.
A qualquer hora posso ser feliz!...
Obrigada, Jesus, por me ensinar
Que a Caridade é Luz e a Luz é trabalhar!..”.

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 20 de julho de 2022

156 À Hora de Dormir

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

38. PREFÁCIO. O sono tem por fim dar repouso ao corpo; o Espírito, porém, não precisa repousar. Enquanto os sentidos físicos se acham entorpecidos, a alma se desprende, em parte, da matéria e entra no gozo das faculdades do Espírito. 

O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure, no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, ideias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. 

É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade. 

Mas, como se dá com o presidiário perverso, acontece que nem sempre o Espírito aproveita dessa hora de liberdade para seu adiantamento. Se conserva instintos maus, em vez de procurar a companhia de Espíritos bons, busca a de seus iguais e vai visitar os lugares onde possa dar livre curso aos seus pendores.
 
Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se lhe, nos curtos instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.
 
39. Prece. - Minha alma vai estar por alguns instantes com os outros Espíritos. Venham os bons ajudar-me com seus conselhos. 

Faze, meu anjo guardião, que, ao despertar, eu conserve durável e salutar impressão desse convívio.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa -  Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Estória: O Presente

Beto, menino de nove anos, muito pobre, certo dia ganhou um lindo e apetitoso pedaço de bolo.

Com os olhos brilhantes, pegou o bolo com as mãos, aspirando, com satisfação, o cheiro bom que se desprendia dele, e abriu a boca preparando-se para dar-lhe uma mordida.

Nesse exato momento, porém, parou, lembrando-se que seu irmão menor, Renato, de sete anos, gostava muito de bolo e que há muito tempo não comia um pedaço.

Com um suspiro, embrulhou o pedaço de bolo e disse:

— Já sei! Vou dá-lo de presente ao Renato. Meu irmãozinho vai adorar!

Mais tarde Beto entregou o pequeno embrulho ao irmão que, abrindo-o, não conteve a alegria:

— Que bom! Gosto muito de bolo. Obrigado, Beto.

Mas quando ia morder o pedaço de bolo, Renato lembrou-se de sua irmã Rosa, de quem ele gostava muito, e falou:

— Ah! Beto, se você não se incomodar, gostaria de presentear a mana Rosa com este pedaço de bolo. Ela tem sido tão boa, leva-me para a escola, ajuda-me com os deveres de casa e convida-me para passear.

Beto concordou e ambos levaram o presente para a irmã.

Abrindo o embrulho, Rosa sentiu água na boca. Quando ia dar a primeira mordida, porém, lembrou-se do irmão mais velho, Geraldo, e afirmou:

— Desde que papai desencarnou, nossa situação tem sido muito difícil e Geraldo tem trabalhado bastante para ajudar na manutenção da casa. Acho que ele merece este pedaço de bolo por tudo o que tem feito por nós.

Os outros concordaram e, como estava na hora de Geraldo chegar do trabalho, ficaram aguardando-o no portão, ansiosamente.

Mal o avistaram, os três irmãos correram ao seu encontro. Rosa entregou-lhe o embrulho.

Geraldo abriu e sorriu, feliz. Estava cansado e com fome. Trabalhara o dia todo e quase não se alimentara, e esse pedaço de bolo era muito bem-vindo.

Lembrou-se, porém, da mãe, que vivia exausta de tanto trabalhar e que os amava tanto. Fitou os irmãos e disse:

— Meus queridos irmãos. Agradeço-lhes a dádiva que me fazem, mas acredito que a mamãe merece este bolo mais do que eu. Sempre se sacrificou por todos nós e é justo que ganhe este presente.

Os irmãos foram unânimes em concordar.

Entraram em casa e dirigiram-se à cozinha, onde a mãe preparava a humilde refeição da tarde. Geraldo, rodeado pelos irmãos, explicou o que estava acontecendo e entregou o bolo à mãe.

Com os olhos rasos de lágrimas, a mãezinha fitou os filhos e falou, sensibilizada:

— Beto, Renato, Rosa e Geraldo. Estou muito satisfeita com todos. Vocês demonstraram hoje que somos realmente uma família, que nos amamos muito e que pensam uns nos outros com esquecimento de si mesmos. Vocês aprenderam a lição de Jesus que manda fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fosse feito. Estou muito feliz e o papai, onde estiver, com certeza também estará bastante satisfeito.

Os filhos estavam muito emocionados, e a mãe sorriu com carinho, propondo:

— E agora, vamos jantar. Depois, repartiremos fraternalmente este lindo bolo e cada um comerá um pedacinho.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 13 de julho de 2022

NÃO PERTURBEIS

“Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Jesus (MATEUS, 19: 6)

A palavra divina não se refere apenas aos casos do coração. Os laços afetivos caracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais ou domésticos sempre atendem a superiores desígnios. O homem não ludibriará os impositivos da lei, abusando de facilidades materiais para lisonjear os sentidos.

Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a própria existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre, corrigindo e restaurando...

A advertência de Jesus, porém, apresenta para nós significação mais vasta.

“Não separeis o que Deus ajuntou” corresponde também ao “não perturbeis o que Deus harmonizou”.

Ninguém alegue desconhecimento do propósito divino, O dever, por mais duro, constitui sempre a Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a menos que esteja o homem dormindo no nível do bruto, permanece apta a discernir o que constitui “obrigação” e o que representa “fuga”.

O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem comum.

Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição. Quem lesa o Pai, algema o próprio “eu” aos resultados de sua ação infeliz e, por vezes, gasta séculos, desatando grilhões...

Na atualidade terrestre, esmagadora percentagem dos homens constitui­se de milhões em serviço reparador, depois de haverem separado o que Deus ajuntou, perturbando, com o mal, o que a Providência estabelecera para o bem.

Prestigiemos as organizações do Justo Juiz que a noção do dever identifica para nós em todos os quadros do mundo. Ás vezes é possível perturbar lhe as obras com sorrisos, mas seremos invariavelmente forçados a repará-las com suor e lágrimas.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 164 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Prece: Passa Jesus

Passa Jesus com Teus anjos, na vida de cada um que O chama agora, levanta os caídos, anima os que ficaram pela estrada da vida.

Renova os sonhos de quem desistiu de sonhar, consola o aflito, enxuga a lágrima do que chora.

Para muitos, a vida se transformou num grande esforço, onde o simples levantar já é motivo de problemas, e enfrentar as pessoas e as situações, são formas de tortura.

Passa Jesus com Teus anjos e, nesta manhã, restaura:

a vida de quem já não acredita mais,
a fé de quem já perdeu a esperança,
o amor de quem se sente só,
a dignidade de quem se sente humilhado,
a força de quem se sente fraco....

Hoje, o Senhor passa pela Terra com Teus anjos, e tem muita gente que não vai perceber...

Estão adormecidos pelas drogas, cegos pelas paixões, corroídos pelo orgulho, perdidos pelo "falso brilho" das coisas do mundo, doentes pelas "facilidades" da vida.

Acorda-os Jesus, desperta-os, renova a vida que o Senhor
concedeu através da Tua própria vida, passa com Teus anjos e derrama amor sobre todos nós, derrama perdão para nossas almas aflitas, saúde para nossos corpos deteriorados, esperança para nossas almas secas, amor para nossos corações vazios.

Passa Jesus com Teus anjos, mas, por favor, não se esqueça de mim, da minha vida, da minha família, dos meus sonhos...

Por crer em Ti, agradeço, espero e confio.

Passa Jesus com Teus anjos...

Autoria: Paulo Roberto Gaefke

Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Poesia: Um Retrato do Aborto

Perita auxiliar de ginecologia,
Sempre atenta às questões de luxo e reconforto,
A senhora dizia:
- Meu problema não é a prática do aborto,
Tento apenas livrar a mulher desprezada,
Dos desgostos fatais que a esperam na estrada

Quando o homem lhe fere o brio feminino...
Amigos respondiam:
- Mas, no caso, a mulher, ante as leis do destino,
Não será responsável quando aceita
Ser mulher-mãe do filho que carrega?
Se ao homem que a buscou ela própria se entrega?

Sabemos que o espírito enlaça o corpo de que se aproveita
Quando estão, ele e ela, em comunhão perfeita.
A senhora, entretanto, falava, contrafeita:
- Não protesto, nem digo que estou certa,
Sei apenas que estou em minha profissão,
Tanto quanto angario apreço e estimação,

Creio que faço o bem, liberando a mulher
Do fardo que ela traz quando não quer;
Além do mais, preciso do dinheiro
Para dar minha filha a um caminho seguro,
Uma bela mansão, um marido e o futuro
Sem aflição e sem dificuldade...

Ela agora possui quinze anos completos;
Sonho vê-la feliz ao dar-me vários netos...
Para isso, o dinheiro é a base inesquecível,
Depósito bancário é melhora de nível.
Vejo no meu trabalho um trabalho qualquer
Simples mulher que ajuda a uma outra mulher,

Não tenho hesitação, nem penso quanto a isso,
Aborto é proteção a quem presto serviço;
Desde que a candidata chegue mascarada,
Passo a cumprir o meu dever
E não quero saber
Se veio acompanhada ou desacompanhada,

Se anota o nome ou não,
Não quero queixa, nem complicação,
Cada uma a que atendo é mais seis mil!...
E aditava, esboçando um sorriso gentil:
_ Preciso de milhões...
desdobrava-se o tempo, hora por hora,
quando em chuvosa noite surge uma senhora,
pagando a taxa de seis mil cruzeiros.
Ela explica que trouxe uma sobrinha pobre
Para comprar a intervenção...
Declara-se parente e mostra-se incumbida
De socorrer a moça e dar-lhe proteção,
Quer mantê-la, porém, desconhecida...
A senhora ouve, calma, e concorda em seguida:
- Entendo, claramente,
Cada pessoa está em sua própria vida...
Entra no gabinete a jovem mascarada,
Parece muda e surda que se entrega
A uma força terrível, dura e cega...

Ao ver-lhe o corpo verde de menina,
A senhora em ação
Elogia lhe a pele alabastrina;
Mas, aparentemente sem razão,
Quando o chamado auxilio estava em meio,
Estranha hemorragia surge em cheio...
A jovem geme, a parteira entra em luta...
Nada consegue... O sangue explode e vence-a
A dama ao telefone roga a um médico amigo
Que lhe venha em socorro...

Vê a moça em perigo,
Quer salva-lhe a existência,
Mas o sangue que sai prossegue a jorro...
Chega o médico à pressa,
Nota a menina em coma...
- Nada mais a fazer – diz ele quando a toma,
A fim de examinar lhe o pulso e, logo após,
Diz à parteira aflita:
- É uma jovem bonita,
Liberemos a face, enquanto estamos sós.
Ele mesmo retira a máscara em veludo
Quer anotar-lhe o rosto para estudo...

Eis, porém, que aparece
A mocinha, a morrer, num sorriso tristonho,
Qual criança que dorme a fitar a luz do último sonho...
Mas ao ver-lhe, de todo, a face em primavera,
Grita a pobre senhora em gemidos de fera:
- Por que? Por que, meu Deus, esta dor que me mata?
Em pranto convulsivo a dor se lhe desata...
É que, ao fitar o corpo enfeitado em rendilha,
Naquele rosto lindo e pálido, ante a morte,
A rugir e a chorar sem nada que a conforte,
A senhora encontrara a sua própria filha.

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 6 de julho de 2022

155 Ação de Graças Por Haver Escapado a Um Perigo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

36. PREFÁCIO. Pelo perigo que tenhamos corrido, mostra-nos Deus que, de um momento para outro, podemos ser chamados a prestar contas do modo por que utilizamos a vida. Avisa-nos, assim, que devemos tomar tento e emendar-nos. 

37. Prece: - Meu Deus, meu anjo de guarda, agradeço-vos o socorro que me proporcionastes no perigo de que estive ameaçado. Seja para mim um aviso esse perigo e me esclareça sobre as faltas que me hajam colocado sob a sua ameaça. Compreendo, Senhor, que nas tuas mãos está a minha vida e que ma podes tirar, quando te apraza. Inspira-me, por intermédio dos bons Espíritos que me assistem, o propósito de empregar utilmente o tempo que ainda me concederes de vida neste mundo.

Meu Anjo Guardião, firma-me na resolução que tomo de reparar os meus erros e de fazer todo o bem que esteja ao meu alcance, a fim de chegar menos onerado de imperfeições ao mundo dos Espíritos, quando Deus determine o meu regresso para lá.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Estória: Necessidade do Perdão

O dia estava lindo e agradável. Marcelo, porém, chegou em casa irritado e nervoso.

Entrou pisando duro, bateu a porta com força e jogou a mochila numa cadeira.

A mãe, que o observava, aproximou-se serena perguntando:

— Por que todo esse mal humor, meu filho? O sol está brilhando lá fora e a vida é bela! O que aconteceu de tão grave que justifique a maneira desagradável com que entrou em casa hoje?

Carrancudo, o menino respondeu:

— Estou zangado com o Gabriel. Além de rasgar meu livro de estimação, ainda brigou comigo. Não vou perdoá-lo nunca!

A mãezinha enlaçou-o carinhosamente e aconselhou:

— Não diga isso, meu filho. Todos nós precisamos do perdão, pois também erramos. Jesus ensinou que devemos perdoar não sete vezes apenas, mas setenta vezes sete vezes. Isto é, ensinou que devemos perdoar sempre. Além disso, também não devemos julgar ninguém. Será que o Gabriel rasgou seu livro de propósito?

— Não sei e nem me interessa. Não quero mais a amizade dele — afirmou o garoto, categórico.

A mãe passou a mão pelos cabelos do filho e ponderou:

— Tente perdoar, Marcelo. Enquanto você não esquecer a ofensa, não terá felicidade e paz.

— Não consigo, mamãe. Acho que não sei perdoar.

A senhora pareceu meditar por alguns instantes e depois falou:

— Lembra-se de quando você ganhou a bicicleta?

— Como não? — respondeu Marcelo. — Quantas vezes caí até conseguir equilibrar-me e sair andando!

— É verdade, meu filho. Hoje, porém, você não se lembra mais disso quando sai para passear. E quando aprendeu a nadar?

— Também me custou muito esforço! — lembrou o menino.

— E quando entrou na escola para ser alfabetizado? — insistiu a mãe.

— Ah, foi muito difícil. Graças a Deus já sei ler e escrever direitinho — respondeu o garoto contente consigo mesmo.

— Então, meu filho, nada se consegue sem esforço. Também as nossas imperfeições precisam de muita boa vontade da nossa parte para ser tiradas do nosso íntimo. E o ressentimento é uma delas. Precisamos aprender a perdoar.

— Ah! Já entendi. A senhora quer dizer que preciso exercitar o perdão, não é?

— Exatamente.

— Está bem, mamãe. Vou tentar.

No dia seguinte, muito a propósito, Marcelo foi brincar com um vizinho e, sem querer, quebrou um carrinho de estimação do garoto.

Triste, mas conformado, o menino aceitou seu pedido de desculpas, dizendo:

— Não tem importância, Marcelo. Sei que você não fez de propósito.

Ao ouvir as palavras do amigo, que com justa razão deveria estar zangado com ele, Marcelo lembrou-se das palavras da mãe quando afirmou que todos precisamos de perdão.

Naquele mesmo dia, procurou o colega na escola e, com um sorriso alegre, disse:

— Quero que você me desculpe se fui grosseiro outro dia, Gabriel.

— Você tinha razão, Marcelo. Eu rasguei seu livro — respondeu o menino.

— Mas tenho certeza de que não fez por querer — afirmou convicto.

— É verdade. Ele caiu das minhas mãos e, tentando segurá-lo, eu o rasguei.

Abraçaram-se contentes, prometendo mútua amizade.

Depois das aulas, Marcelo levou Gabriel até sua casa e apresentou-o à sua mãe.

— Mamãe, este é o meu “amigo” Gabriel — falou, acentuando a palavra.

Muito satisfeita, pelo sorriso do filho a mãe percebeu que o mal-entendido terminara e que Marcelo havia aprendido a perdoar.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Biografia: JOÃO SILVEIRA RODRIGUES

1902 – 1993

Desencarnou em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia em 22 de agosto de 1993 tendo nascido em Nova Friburgo aos 02 de setembro de 1902.

De família espírita, residia em Niterói, onde exerceu a mediunidade de cura.

Tendo sido transferido para a Bolívia, face sua atividade funcional, continuou divulgando o Espiritismo. Sempre que vinha ao Rio, ao voltar, levava livros e mensagens em espanhol. Importava livros espíritas em espanhol para distribuí-los aos adeptos da Doutrina, que aos poucos cerravam fileiras no seu exército de amor.

Por quase meio século foi o orientador da Instituição sem exercer qualquer cargo na direção.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.