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quarta-feira, 29 de junho de 2022

NÃO CRER

“Mas quem não crer será condenado.” Jesus (MARCOS, 16: 16)

Os que não creem são os que ficam. Para eles, todas as expressões da vida se reduzem a sensações finitas, destinadas à escura voragem da morte.

Os que alçam o coração para a vida mais alta estão salvos. Seus dias de trabalho são degraus de infinita escada de luz. A custa de valoroso esforço e pesada luta, distanciam-se dos semelhantes e, apesar de reconhecerem a própria imperfeição, classificam a paisagem em torno e identificam os caminhos evolutivos.

Tomados de bom ânimo, sentem-se na tarefa laboriosa de ascensão à montanha do amor e da sabedoria.

No entanto, os que não creem, limitam os próprios horizontes e nada enxergam senão com os olhos destinados ao sepulcro, adormecidos quanto à reflexão e ao discernimento.

Afirmou Jesus que eles se encontram condenados.

A primeira vista, semelhante declaração parece em desacordo com a magnanimidade do Mestre.

Condenados a que e por quem?

A justiça de Deus conjuga-se à misericórdia e o inferno sem-fim é imagem dogmática.

Todavia, é imperioso reconhecer que quantos não creem, na grandeza do próprio destino, sentenciam a si mesmos às mais baixas esferas da vida. Pelo hábito de apenas admitirem o visível, permanecerão beijando o pó, em razão da voluntária incapacidade de acesso aos planos superiores, enquanto os outros caminham para a certeza da vida imortal.

A crença é lâmpada amiga, cujo clarão é mantido pelo infinito sol da fé. O vento da negação e da dúvida jamais consegue apagá-la.

A descrença, contudo, só conhece a vida pelas sombras que os seus movimentos projetam e nada entende além da noite e do pântano a que se condena por deliberação própria.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 163 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

ESPEREMOS

“Não esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo.” (MATEUS, 12: 20)

Evita as sentenças definitivas, em face dos quadros formados pelo mal.

Da lama do pântano, o Supremo Senhor aproveita a fertilidade.

Da pedra áspera, vale-se da solidez.

Da areia seca, retira utilidades valiosas. Da substância amarga, extrai remédio salutar. O criminoso de hoje pode ser prestimoso companheiro amanhã.

O malfeitor, em certas circunstâncias, apresenta qualidades nobres, até então ignoradas, de que a vida se aproveita para gravar poemas de amor e luz.

Deus não é autor de esmagamento.

É Pai de misericórdia.

Não destrói a cana quebrada, nem apaga o morrão que fumega.

Suas mãos reparam estragos, seu hálito divino recompõe e renova sempre.

Não desprezes, pois, as luzes vacilantes e as virtudes imprecisas. Não abandones a terra pantanosa, nem desampares o arvoredo sufocado pela erva daninha.

Trabalha pelo bem e ajuda incessantemente.

Se Deus, Senhor Absoluto da Eternidade, espera com paciência, por que motivo, nós outros, servos imperfeitos do trabalho relativo, não poderemos esperar?

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 162 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Prece: DIANTE DA CALÚNIA

Divino Amigo; diante da calúnia que nos elege por alvo da maledicência humana, não nos permitas abater-nos pela tristeza...

Que o verbo inconsequente dos que pretendem nos destruir não permaneça ecoando aos nossos ouvidos.

Deixemos quem teça comentários desairosos sobre nós e sigamos cumprindo o dever.

Os que nos criticam sem espírito de fraternidade invalidam o que dizem a nosso respeito...

Quase sempre, os que nos apontam o dedo em riste estão querendo desviar a atenção de sobre si.

Os que nos ferem publicamente, através da palavra leviana, serão, amanhã, os nossos defensores.

Que de nossos lábios, Senhor, jamais escape a menor insinuação contra os que se encontram em lutas tão grandes quanto as nossas.

A maledicência é uma serpente enrodilhada na alma que envenena.

Defende-nos dela!

Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José.

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

154 Num Perigo Iminente

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

34. PREFÁCIO. Pelos perigos que corremos, Deus nos adverte da nossa fraqueza e da fragilidade da nossa existência. Mostra-nos que entre suas mãos está a nossa vida e que ela se acha presa por um fio que Se pode romper no momento em que menos o esperamos. Sob esse aspecto, não há privilégio para ninguém, pois que às mesmas alternativas se encontram sujeitos assim o grande, como o pequeno. 
Se examinarmos a natureza e as consequências do perigo, veremos que estas, as mais das vezes, se se verificassem, teriam sido a punição de uma falta cometida, ou da falta do cumprimento de um dever. 

35. Prece: - Deus Todo-Poderoso, e tu, meu anjo guardião, socorrei-me! Se tenho de sucumbir, que a vontade de Deus se cumpra. Se devo ser salvo, que o restante da minha vida repare o mal que eu haja feito e do qual me arrependo.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Estória: O Circo Chegou

Geraldinho andava sem destino pelas ruas, chutando pedras.

Ao virar uma esquina, deparou com um grande cartaz colorido onde se via um leão e um domador.

— Oba! O circo chegou!

Geraldinho sempre tivera grande atração por circos, mas dificilmente aparecia algum em sua pequena cidade.

Imediatamente o menino revirou os bolsos da bermuda a ver se encontrava alguma moeda. Nada. Só algumas figurinhas, um pedregulho bem polido e um estilingue.

— Como vou fazer para ir ao circo?

Pensou um pouco e descobriu:

— Já sei. Vou pedir dinheiro para a mamãe.

Voltando para casa, Geraldinho falou com a mãe, que respondeu:

— Dou sim, meu filho. Antes, porém, preciso que você me ajude varrendo o quintal.

— Varrer o quintal? Trabalhar? Nem pensar!

Geraldinho foi até a mercearia da esquina, onde o seu José era muito seu amigo.

— Seu José, poderia emprestar-me uma moeda? Quero ver o espetáculo do circo e não tenho dinheiro.

— Como não, Geraldinho? Darei a moeda se você me fizer um favor. O empregado não veio hoje e tenho algumas entregas para fazer. Poderia fazê-las para mim?

O menino, muito desapontado, foi saindo de fininho:

— Infelizmente não posso, seu José. Tenho que estudar.

Voltando para casa, Geraldinho passou defronte da residência de dona Luzia, uma vizinha muito boa e simpática. Como ela estivesse ali fora varrendo a calçada, o menino atreveu-se a pedir-lhe uma moeda emprestada.

— Claro, Geraldinho! Dar-lhe-ei a moeda, mas estou tão atarefada hoje! Minha ajudante está doente e preciso de quem me ajude a arrancar o mato do jardim. Se você me fizer essa gentileza, prometo dar-lhe não uma, mas duas moedas.

Decepcionado, o garoto respondeu:

— Infelizmente, dona Luzia, agora não dá. Minha mãe está me esperando. Até logo! — e foi embora.

Geraldinho era assim mesmo. Não gostava de fazer nada e as pessoas conhecidas sabiam disso.

Aflito, o menino via o tempo passar sem conseguir recursos para ir ao circo.

À noite, aproximou-se do local onde o circo estava montado. A lona, toda esticada, parecia um balão; o nome, em letras grandes e luminosas, piscava, convidando-o a entrar. Mas, como?

Geraldinho pensou que, se tivesse feito algum serviço, qualquer serviço, teria a alegria de assistir ao espetáculo, mas agora era tarde. Essa seria a última apresentação, e, no dia seguinte, a lona estaria desarmada e os caminhões rodando pela estrada afora.

Sentou-se no meio-fio a observar o movimento de pessoas e carros que iam e vinham.

Nisso, uma senhora idosa escorregou e caiu no chão. A sacola que carregava abriu e o conteúdo se espalhou pela calçada.

Penalizado, o garoto levantou-se imediatamente e a socorreu.

— A senhora está bem, vovó? — perguntou atencioso.

— Estou bem, meu filho, não foi nada. Graças a Deus, não me machuquei. Ficarei dolorida por alguns dias, mas é só.

O menino ajudou-a a erguer-se e, depois, recolheu as coisas dela que tinham caído no chão, colocando tudo de volta na sacola.

Refeita do susto, a senhora pediu a Geraldinho que a ajudasse a atravessar a rua.

Percebendo que a sacola estava muito pesada, ele se prontificou:

— Farei mais, vovó. Vou acompanhá-la até sua casa e carregarei a bolsa para a senhora, pois está muito pesada.

— Quanta gentileza! Mas não quero atrapalhar, meu filho. Com certeza você tem alguma coisa para fazer...

Pensando no circo, o menino suspirou, afirmando:

— Não... nada tenho para fazer.

Geraldinho levou a senhora até o portão da residência e despediu-se. A velhinha abriu a bolsa e, pegando uma linda moeda, entregou-a ao garoto:

— Agradecida, meu filho. Olhe, isto é para você. Compre o que quiser. E venha visitar-me qualquer dia desses!

Surpreso, Geraldinho fitou a moeda depositada na palma da sua mão. Era exatamente o que precisava para comprar o ingresso do circo.

Quando menos esperava, recebeu o que tanto queria. Geraldinho compreendeu que, como ajudara a velhinha, também fora ajudado. Compreendeu também que, se desejamos alguma coisa, temos que nos esforçar para obtê-la. Que, na medida em que damos, recebemos em troca.

Assim, Geraldinho comprou o ingresso e, naquela noite, divertiu-se a valer assistindo ao espetáculo do circo.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Poesia: Tesouro da Vida

Ao homem que pedia ao Céu socorro
Que o livrasse do tédio e da tristeza
O Senhor permitiu que ele escutasse
Certas informações da Natureza.

Disse-lhe um tronco enorme, rente à estrada:
- Queres seguro amparo, meu amigo?
Pensa no Tempo... Aproveitando o Tempo,
Ergui-me aos poucos por ditoso abrigo.

Não longe, uma roseira esclareceu:
- Não te dês a caminhos tentadores,
Trabalhando sem pausa, dia-a-dia,
Posso abrir para a Terra o meu cofre de flores.

Consultada, uma fonte respondeu
- O Tempo vem de Deus, de segundo a segundo,
Devo seguir lavando pedra e lama,
A fim de resguardar o conforto do mundo.

A abelha comentou alegremente
Sem alterar as excursões sonoras:
- Não existem angústia ou desalento
Para quem descobriu a riqueza das horas.

O homem renovado, então fitando os Céus,
Gritou, ante os humildes cireneus:
- O trabalho no Tempo é o tesouro da vida,
Agora compreendi... Obrigado, meu Deus!...

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 15 de junho de 2022

APROVEITEMOS

“E destas coisas sois vós testemunhas.” (LUCAS, 24: 48)

Jesus sempre aproveitou o mínimo para produzir o máximo.

Com três anos de apostolado acendeu luzes para milênios.

Congregando pequena assembleia de doze companheiros, renovou o mundo.

Com uma pregação na montanha inspirou milhões de almas para a vida eterna.

Converte a esmola de uma viúva em lição imperecível de solidariedade.

Corrigindo alguns espíritos perturbados, transforma o sistema judiciário da Terra, erigindo o “amai-vos uns aos outros” para a felicidade humana.

De cinco pães e dois peixes, retira o alimento para milhares de famintos.

Da ação de um Zaqueu bem-intencionado, traça programa edificante para os mordomos da fortuna material.

Da atitude de um fariseu orgulhoso, extrai a verdade que confunde os crentes menos sinceros.

Curando alguns doentes, institui a medicina espiritual para todos os centros da Terra.

Faz dum grão de mostarda maravilhoso símbolo do Reino de Deus.

De uma dracma perdida, forma ensinamento inesquecível sobre o amor espiritual.

De uma cruz grosseira, grava a maior lição de Divindade na História.

De tudo isso somos testemunhas em nossa condição de beneficiários. Em razão de nosso conhecimento, convém ouvirmos a própria consciência. Que fazemos das bagatelas de nosso caminho? Estaremos aproveitando nossas oportunidades para fazer algo de bom?

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 161 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

O VARÃO DA MACEDÔNIA

“E Paulo teve de noite uma visão em que se apresentou, em pé, um varão da Macedônia e lhe rogou: Passa à Macedônia e ajuda-nos!” (ATOS, 16: 9)

Além das atividades diárias na vida de relação, participam os homens de vasto movimento espiritual, cujas fases de intercâmbio nem sempre podem ser registradas pela memória vulgar.

Não só os que demandam o sepulcro se comunicam pelo processo das vibrações psíquicas.

Os espíritos encarnados fazem o mesmo, em identidade de circunstâncias, desde que se achem aptos a semelhantes realizações.

Mais tarde, a generalidade das criaturas terrestres ampliará essas possibilidades, percebendo lhes o admirável valor.

Isso, aliás, não constitui novidade, pois, segundo vemos, Paulo de Tarso, em Tróade, recebe a visita espiritual de um varão da Macedônia, que lhe pede auxílio.

A narração apostólica é muito clara. O amigo dos gentios tem uma visão em que lhe não surge uma figura angélica ou um mensageiro divino. Trata-­se de um homem da Macedônia que o ex­-doutor de Tarso identifica pelo vestuário e pelas palavras.

É útil recordar semelhante ocorrência para que se consolide nos discípulos sinceros a certeza de que o Evangelho é portador de todos os ensinamentos essenciais e necessários, sem nos impor a necessidade de recorrer a nomenclaturas difíceis, distantes da simplicidade com que o Mestre nos legou a carta de redenção, na qual nos pede atenção amorosa e não teorias complicadas.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 160 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Prece: Consolação

Pai são Vossas estas palavras:

Bem aventurados os que sofrem, que esses serão consolados.

É isto, Pai, que Vos peço:

Consolai meu coração que sofre!

Envolvei minha alma com Vosso amor para que eu possa suportar a dor da desilusão e da solidão.

Bem sabeis, Pai, o quanto as dores morais machucam.

Em Vosso amor eu busco a força, o consolo e a paz.

Confio-me a Vós, Senhor.

Marina C. Cruz
 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

153 Ato de Submissão e de Resignação

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

30. PREFÁCIO. Quando um motivo de aflição nos advém, se lhe procurarmos a causa, amiúde reconheceremos estar numa imprudência ou imprevidência nossa, ou, quando não, em um ato anterior. Em qualquer desses casos, só de nós mesmos nos devemos queixar. Se a causa de um infortúnio independe completamente de qualquer ação nossa, é ou uma prova para a existência atual, ou expiação de falta de uma existência anterior, caso, este último, em que, pela natureza da expiação, poderemos conhecer a natureza da falta, visto que somos sempre punidos por aquilo em que pecamos. (Cap. V, nº 4, nº 6 e seguintes).

No que nos aflige, só vemos, em geral, o presente e não as ulteriores consequências favoráveis que possa ter a nossa aflição. Muitas vezes, o bem é a consequência de um mal passageiro, como a cura de uma enfermidade é o resultado dos meios dolorosos que se empregaram para combatê-la, Em todos os casos devemos submeter-nos à vontade de Deus, suportar com coragem as tribulações da vida, se queremos que elas nos sejam levadas em conta e que se nos possam aplicar estas palavras do Cristo: "Bem-aventurados os que sofrem." (Cap. V, nº 18).

31. Prece: - Meu Deus, és soberanamente justo; todo sofrimento, neste mundo, há, pois, de ter a sua causa e a sua utilidade. Aceito a aflição que acabo de experimentar, como expiação de minhas faltas passadas e como prova para o futuro.

Bons Espíritos que me protegeis, dai-me forças para suportá-la sem lamentos. Fazei que ela me seja um aviso salutar; que me acresça a experiência; que abata em mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, e que contribua assim para o meu adiantamento.

Assim Seja.

32. (Outra) Prece: - Sinto, ó meu Deus, necessidade de te pedir me dês forças para suportar as provações que te aprouve destinar-me. Permite que a luz se faça bastante viva em meu espírito, para que eu aprecie toda a extensão de um amor que me aflige porque me quer salvar. Submeto-me resignado, ó meu Deus; mas, a criatura é tão fraca, que temo sucumbir, se me não amparares. Não me abandones, Senhor, que sem ti nada posso.

Assim seja.

33. (Outra) Prece: - A ti, dirigi o meu olhar, ó Eterno, e me senti fortalecido. És a minha força, não me abandones. Ó meu Deus, sinto-me esmagado sob o peso das minhas iniquidades. Ajuda-me. Conheces a fraqueza da minha carne, não desvies de mim o teu olhar!

Ardente sede me devora; faze brotar a fonte da água viva onde eu me dessedente. Que a minha boca só se abra para te entoar louvores e não para soltar queixas nas aflições da minha vida. Sou fraco, Senhor, mas o teu amor me sustentará.

Ó Eterno, só tu és grande, só tu és o fim e o objetivo da minha vida! Bendito seja o teu nome, se me fazes sofrer, porquanto és o Senhor e eu o servo infiel. Curvarei a fronte sem me queixar, porquanto só tu és grande, só tu és a meta.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Estória: A Mentira

Embora não fosse rica, Clarinha era uma menina a quem nada faltava. Morava numa casa confortável, tinha uma família amorosa e, tudo o que desejava, na medida do possível, seu pai lhe comprava.

Mas Clarinha tinha um grande problema: a mentira.

Mentia a todo instante, para qualquer pessoa e em qualquer ocasião. De tanto mentir, Clarinha não conseguia mais parar. A mentira tornara-se um hábito em sua vida e quando menos se esperava, lá estava ela inventando coisas.

Na verdade, ela sentia verdadeiro prazer nisso e seus olhos brilhavam de satisfação ao inventar uma história.

Certo dia, Clarinha estava na escola quando um vizinho veio perguntar se ela sabia do paradeiro de seus pais.

Mais que depressa ela colocou a cabecinha avoada para funcionar:

— Ah! Sei sim! Papai e mamãe foram visitar meu tio João que está doente. Sabe? Ele está com um problema terrível no estômago e...

— E onde mora seu tio João?

— Mora na cidadezinha aqui perto. Não sei o endereço, mas é próximo ao supermercado.

O amigo de seu pai agradeceu e saiu rapidamente, aflito.

Quando Clarinha saiu da escola, após as aulas, foi para casa brincando pelo caminho, colhendo flores e parando para ver as vitrinas das lojas de brinquedos.

Chegando próximo à sua casa, percebeu um movimento incomum. Uma grossa cortina de fumaça cobria tudo e os vizinhos tentavam apagar o fogo inutilmente.

Viu seus pais suarentos e cansados, que faziam esforços para retirar seus pertences do interior da casa em chamas. Com os olhos arregalados de espanto, Clarinha perguntou:

— O que aconteceu, papai?...

Virando-se para ela, ele respondeu com severidade:

— Aconteceu, minha filha, que sua mãe esqueceu o ferro elétrico ligado e a casa pegou fogo. Nossos vizinhos perceberam que algo de estranho estava acontecendo pelo cheiro de queimado que se espalhava ao redor, e não sabendo onde nos encontrar, perguntaram a você.

Clarinha, muito vermelha, abaixou a cabeça envergonhada.

— Então, fomos visitar seu tio João que está doente?

Gaguejando, Clarinha procurou se desculpar:

— Pa... papai, desculpe. Não pensei que fosse causar algum problema!

— “Algum problema”? Minha filha, você percebe o que fez com sua mentira? Quase perdemos tudo! Bastaria que tivesse dito a verdade, isto é, que fomos ao sítio, pertinho da cidade, para que grande parte do problema fosse evitado. Embora desejosos de ajudar, nossos amigos não conseguiram abrir a porta, que estava trancada. Se tivessem nos encontrado antes, nada disso teria acontecido.

— Estou tão envergonhada!...

— Espero que isto lhe sirva de lição, minha filha. Graças a Deus, perdemos apenas bens materiais. Nossa família nada sofreu — completou com um suspiro de alívio.

Com os olhos cheios de lágrimas, Clarinha prometeu:

— Vou tentar me corrigir, papai. Nunca mais direi uma mentira. Daqui por diante quero dizer só a verdade.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Poesia: Trabalho Divino

Escuta, alma querida e boa,
Perante as aflições que te espanquem a vida,
Na prova que atordoa,
Há sofrimento, lágrima e tumulto,
Embora tolerando o impacto das trevas,
Busca enxergar o mecanismo oculto
Das tarefas de amor e redenção que levas!...

Deus clareia a razão
Aqui, ali, além,
Para que o nosso próprio coração
Revele por si mesmo a lei do bem...

Tens para dar, conheces para ver
E para dar e ver já podes discernir...
Eis a missão que trazes por dever:
Trabalhar, compreender, elevar, construir!...

Tudo o que existe e vibra
Entre as forças do mundo,
Tem no próprio destino o dom profundo.
De ajudar e servir!...

O sol gasta-se em luz a entregar-se de todo
E tanto ampara aos céus quanto às furnas de lodo...
O jardim despojado a refazer-se espera
Para dar-se de novo em nova primavera...
Toda árvore esquece o que sofre do homem
E apoia sem cessar aqueles que a consomem!...
Olha o minério arrebatado ao solo,
Sem possibilidades de regresso.
Padece fogo ardente
A fim de assegurar constantemente
O esplendor do progresso.

Já consegues pensar que qualquer flor que apanhas,
A mais singela e mais descolorida,
É um sonho que arrancaste à natureza
Para adornar-te a vida?
Que modelas a enxada
E golpeias o chão,
Para que o chão te guarde a sementeira
E te forneça o pão?

Assim também por onde vás,
Ante assaltos, tragédias, ironias,
Tribulação ou desengano,
Quando as estradas do cotidiano
Surjam mais espinhosas ou sombrias,
Nada reclamas, serve.
E nem reproves, ama!
Em toda a parte a vida te reclama
Tolerância, alegria, esperança e bondade,
Inda que a dor te fira ou arrase os sonhos teus,
Porque o Céu te entregou a liberdade
De servir e elevar a Humanidade
Por trabalho de Deus.

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Biografia: JOÃO SCISINIO DE ARAÚJO

1895 – 1980

Desencarnou em 21 de junho de 1980 tendo nascido em 01 de setembro de 1895.

Ingressou no Espiritismo em 1931, passando a frequentar a Liga Espírita do Brasil, onde fez grandes amizades, dedicando-se ao estudo da Doutrina.

Participou da Diretoria da Liga por vários anos e de inúmeras atividades no Movimento Espírita, tais como: 2º CEPA em 1949, 1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil em 1948, 1ª Semana Espírita do Brasil.

Foi um dos fundadores da Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro e do Hospital Psiquiátrico Pedro de Alcântara.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.