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sexta-feira, 30 de julho de 2021

FILHOS E SERVOS

“Ora, o servo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre.” Jesus (JOÃO, 8: 35)

Na sua exemplificação, ensinou-­nos Jesus como alcançar o título de filiação a Deus.

O trabalho ativo e incessante, o desprendimento dos interesses inferiores do mundo, a perfeita submissão aos desígnios divinos, constituíram traços fundamentais de suas lições na Terra.

Muitos homens, notáveis pela bondade, pelo caráter adamantino, sacerdotes dignos e crentes sinceros, poderão ser dedicados servos do Altíssimo. Mas o Cristo induziu-­nos a ser mais alguma coisa. Convidou-nos a ser filhos, esclarecendo que esses ficam “para sempre na casa”.

E os servos? Esses, muita vez, experimentam modificações. Nem sempre permanecerão, ao lado do Pai.

Mas, não é a Terra igualmente uma dependência, ainda que humilde, da casa de Deus? Aí palpita a essência da lição.

O Mestre aludiu aos servos como pessoas suscetíveis de vários interesses próprios. Os filhos, todavia, possuem interesses em comum com o Pai. Os primeiros, servindo a Deus e a si mesmos, porque como servidores aguardam remuneração, podem sofrer ansiedades, aflições, delírios e dores ásperas. Os filhos, porém, estão sempre “na casa”, isto é, permanecerão em paz, superiores às circunstâncias mais duras, porquanto reconhecem, acima de tudo, que pertencem a Deus.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 125 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

FIRMEZA DE FÉ

“E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, recebem-­na com alegria; mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e, na época da tentação, se desviam.” Jesus (LUCAS, 8: 13)

A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto, convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar a firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”.

O Evangelho de Lucas fala­nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.

Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.

Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.

O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.

Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente estará tranquilo, mas, se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar­se­á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.

Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.

Respeitemos a firmeza de fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 124 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

ESPERAR EM CRISTO

“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I CORÍNTIOS, 15: 19)

O exame do versículo fornece ao estudioso explicações muito claras.

É natural confiar em Cristo e aguardar n’Ele, mas que dizer da angústia da alma atormentada no círculo de cuidados terrestres, esperando egoisticamente que Jesus lhe venha satisfazer os caprichos imediatos?

Seria razoável contar com o Senhor tão­só nas expressões passageiras da vida fragmentária?

É indispensável descobrir a grandeza do conceito de “vida”, sem confundi-lo com “uma vida”.

Existir não é viajar da zona de infância, com escalas pela juventude, madureza e velhice, até ao porto da morte; é participar da Criação pelo sentimento e pelo raciocínio, é ser alguém e alguma coisa no concerto do Universo.

Na condição de encarnados, raros assuntos confundem tanto como os da morte, interpretada erroneamente como sendo o fim daquilo que não pode desaparecer.

É imprescindível, portanto, esperar em Cristo com a noção real da eternidade. A filosofia do imediatismo, na Terra, transforma os homens em crianças.

Não vos prendais à idade do corpo físico, às circunstâncias e condições transitórias. Indagai da própria consciência se permaneceis com Jesus. E aguardai o futuro, amando e realizando com o bem, convicto de que a esperança legítima não é repouso e, sim, confiança no trabalho incessante.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 123 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

FRUTOS

“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” Jesus (MATEUS. 7: 20)

O mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.

O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que recebe os elementos da Providência Divina, através da seiva, e converte­os em utilidades para as criaturas.

Convém o esforço de auto­análise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações.

Muitas palavras sonoras proporcionam simplesmente a impressão daquela figueira condenada.

É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se beneficiam os nossos irmãos.

A vida terrestre representa oportunidade vastíssima, cheia de portas e horizontes para a eterna luz.

Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a seiva do Alto, transformando­a em frutos de natureza divina.

Indiscutivelmente, a atualidade reclama ensinos edificantes, mas nada compreenderá sem demonstrações práticas, mesmo porque, desde a antiguidade, considera a sabedoria que a realização mais difícil do homem, na esfera carnal, é viver e morrer fiel ao supremo bem.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 122 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

134 Condições da Prece

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 27 - PEDI E OBTEREIS

1. Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. - Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.

Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.).

2. Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. - Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 25 e 26.).

3. Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros:

“Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. - O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo. O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador”.

Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 9 a 14.).

4. Jesus definiu claramente as qualidades da prece.

Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas.

Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.

Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. (Cap. X, nº 7 e nº 8.).

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

A Lição da Formiga

Na escola de Otávio organizava-se uma festa e os alunos, animados, ultimavam os preparativos. Alguns penduravam enormes cordões de bandeirinhas coloridas, outros faziam cartazes, outros varriam o chão, outros ainda limpavam as mesas e cadeiras.

Na cozinha, preparavam-se bolos e tortas, doces e salgados, para serem servidos durante a festa.

Trabalhavam com amor, enquanto conversavam e se divertiam.

Otávio era o único que não quisera colaborar em nada.

A professora, atenta e dedicada, solicitou-lhe várias vezes que ajudasse nesse ou naquele setor de serviço, mas ele recusava-se terminantemente a auxiliar no esforço de todos.

Certo momento, a professora ordenou-lhe, severa:

— Já que você se recusa a colaborar na organização de nossa festa, a exemplo dos demais, terá uma outra tarefa: deverá entregar-me amanhã, sem falta, uma redação sobre o tema: A Vida das Formigas.

— Mas professora, isso não é justo! — reclamou o garoto. — Só eu tenho que fazer esse trabalho?

— Engano seu, Otávio. Não é justo é você estar sem fazer nada enquanto seus colegas trabalham e se esforçam a benefício de todos.

Fez uma pausa e, vendo a indecisão de Otávio, completou:

— Pode começar já, caso contrário não conseguirá terminar até amanhã.

— Mas, como fazer isso? Não sei por onde começar! — retrucou o garoto.

— É simples. Observe as formigas no jardim!

Muito embaraçado, Otávio encaminhou-se para o jardim da escola. Suspirando, sentou-se no chão e pensou: Bolas! Onde é que vou encontrar formigas?

Nisso, viu uma formiguinha que passou apressada entre seus pés. Seguiu-a com o olhar e logo em seguida reparou em duas outras que seguiam apressadas, no mesmo sentido.

Curioso, levantou-se e acompanhou-as. Um pouco adiante, viu uma formiga que voltava carregando um pedaço de pão que, não obstante pequeno, era muitas vezes maior do que ela.

Sorriu, divertido, e, ao mesmo tempo, admirado: — Aonde será que ela vai levar aquele pedacinho de pão duro? — pensou.

Olhou em volta e, um pouco à frente, viu um grande pedaço de sanduíche que alguém jogara. Em torno dele, dezenas de formigas trabalhavam diligentes. Algumas cortavam em pedaços menores e outras os transportavam.

Quando o pedaço era ainda muito pesado para suas pequenas forças, uniam os esforços e carregavam juntas.

Seguindo o trajeto que faziam, Otávio percebeu que entravam num formigueiro, deixavam a carga e retornavam ao trabalho.

— Que interessante! — murmurou Otávio, impressionado com a cooperação e a união existente entre as pequenas operárias. — São tão pequenas e tão unidas e trabalhadeiras!

Nesse momento, lembrou-se da festa da escola e que só ele não estava colaborando. Levantou-se, envergonhado, procurou a professora pedindo que lhe desse uma tarefa.

Sorridente, a mestra perguntou:

— Muito bom! Mas o que fez você mudar de ideia, Otávio?

— As formigas que a senhora mandou que eu pesquisasse. Vivem unidas num sistema de cooperação fraterna e amiga. Se elas podem trabalhar, eu também posso.

Parou de falar, fitando a professora e disse:

— Só que, ajudando na festa, não terei muito tempo para preparar a redação. Preciso mesmo entregar amanhã cedo?

A mestra sorriu, satisfeita, e, colocando a mão sobre a cabeça do menino falou, com carinho:

— Não, Otávio. Não há necessidade de fazer a redação. Você já aprendeu sua lição

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Sinal de Deus

Ouvi dizer que um Sábio
Procurando caminho,
A fim de sobrepor-se aos outros seres,
Após vencer hesitações em bando,
De alma firme e disposta
Para entender a realidade,
Interpelou a vida perguntando
Se o Tempo era o maior de todos os poderes;
Mas foi o próprio Tempo
Quem lhe trouxe a resposta:

- “Ouve, amigo,
Na marcha em que prossigo,
Não marco a senda em vão...
Sou mudança de tudo em derredor,
Firo e restauro, exalto e obscureço,
Para que o mundo pague o preço
Da corrida ao melhor...

Impérios vi nascer nos milênios sem data,
Raças, povos, nações, conquistadores, reis...
Mas a vida exigiu estradas novas,
Novas realizações e novas leis
E tudo transformei com força intimorata.

Vi milhões de pessoas sob algemas,
Vinculadas a lutas de outras eras,
Mas apaguei as aflições extremas,
Que as faziam sofrer
Sob longas esperas...

Ódio, ambição, loucura, em tremendos conflitos,
Sombras assinalando embates infinitos
Em convulsões de guerra
Cederam-me à pressão de gradativo corte,
Porquanto o meu domínio abrange a vida e a morte
Nos caminhos da Terra.

Tudo segue comigo em todos os instantes
Nos meus braços gigantes,
Homens, legislações, conceitos, normas,
Renovo sem cessar no cadinho das formas...

Embora isso, devo confessar-te
Que algo existe mais forte, em toda parte,
Muito mais forte do que os meus impulsos;
Esse algo que fica
E que ninguém relega para trás,
Revelando beleza, luz e paz
É o bem que se pratica.

Tudo o que vês no mundo em ascensão,
É o bem que nasce, cresce e se alteia de nível,
Quase que atravessando as raias do impossível
Para manter a evolução...

Ama, serve e constrói nos encargos que levas
E serás novo sol a dissipar as trevas;
Não te prendas a mim,
De idade para idade,
Vive na caridade...
O bem é o talismã da vitória sem fim.”

Somente aí o Sábio compreendeu
Que o Tempo por mais forte sofre a amarra
Da energia que esbarra
Entre limitações de ciclos e museus,
E que apenas o amor sobrevive no mundo,
Por dom inalterável e profundo,
- Permanente sinal da presença de Deus.

Autora: Maria Dolores
 

quarta-feira, 14 de julho de 2021

ESPINHEIROS

“Nem se vindimam uvas dos abrolhos.” Jesus (LUCAS, 6: 44)

O cristão é um combatente ativo.

Despertando no campo do Senhor, aturde­se-­lhe a visão com a amplitude e complexidade do trabalho.

Dificuldades, tropeços, cipoais, ervas daninhas...

E o Evangelho, com propriedade de conceituação, elucida que não se pode vindimar nos espinheiros.

Entretanto, teria Jesus assumido a paternidade de semelhante afirmativa para que cruzemos os braços em falsa beatitude?

Se o terreno permanece absorvido pelos abrolhos, o discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre dos mestres.

Indispensável, pois, enfrentar o serviço.

O Cristo encarou, face a face, o sacrifício pela Humanidade inteira.

Será a existência de alguns espinheiros a causa de nossos obstáculos insuperáveis?

Não. Se hoje é impossível a vindima, ataquemos o chão duro. Lavremos o solo árido. Adubemos com suor e lágrimas.

Haverá sempre chuvas fecundantes do Céu ou generosos mananciais da Terra, abençoando­nos o esforço.

A Divina Providência reside em toda parte. Não olvidemos o imperativo do trabalho e, depois, em lugar dos abrolhos, colheremos o fruto suave e doce da videira.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 121 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

ZELO PRÓPRIO

“Olhai por vós mesmos, para que não percais o vosso trabalho, mas antes recebais o inteiro galardão.” (II JOÃO, 1: 8)

A natureza física, não obstante a deficiência de suas expressões em face da grandeza espiritual da vida, fornece vasto repositório de lições, alusivas ao zelo próprio.

A fim de que o Espírito receba o sagrado ensejo de aprender na Terra, receberá um corpo equivalente a verdadeiro santuário, Os órgãos e os sentidos são as suas potências; mas, semelhante tabernáculo não se ergueria sem as dedicações maternas e, quando a criatura toma conta de si, gastará grande percentagem de tempo na limpeza, conservação e defesa do templo de carne em que se manifesta.

Precisará cuidar da epiderme, da boca, dos olhos, das mãos, dos ouvidos.

Que acontecerá se algum departamento do corpo for esquecido?

Excrescências e sujidades trarão veneno à vida.

Se o quadro fisiológico, passageiro e mortal, exige tudo isso, que não requer de nossa dedicação o Espírito com os seus valores eternos?

Se já recebeste alguma luz, desvela-te em não perdê-la.

Intensifica-a em ti.

Lava os teus pensamentos em esforço diário, nas fontes do Cristo; corrige os teus sentimentos, renova as aspirações colocando-as na direção de Mais Alto.

Não te cristalizes.

Movimenta-te no trabalho do zelo próprio, pois há “micróbios intangíveis” que podem atacar a alma e paralisá-la durante séculos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 120 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Presença de Deus

Afirmas, muita vez, alma querida,
Em fervorosa prece: “Quero, Jesus, servir e cooperar contigo!...
Ah! Senhor, se eu pudesse!...”

Depois, declaras-te sem forças;
Pensa, entretanto, nisto:
Podes ser hoje mesmo, onde estiveres,
A sublime extensão da bondade de Cristo!...

Fita a sobra da mesa que te ampara;
Utilizando um pão, simples embora,
Consegues replantar as flores da alegria
Na penúria de quem chora.

Considera o montão de bens que atiras longe
Sem sentir, sem pensar, inconsequentemente:
Descobrirás nas mãos o privilégio
De estender reconforto a muita gente.

Lembra a moeda, tida por singela;
Escorada na fé que te bendiz,
Transforma-se na xícara de leite
Que socorre e refaz a criança infeliz.

Detém-te nos minutos disponíveis;
Ao teu devotamento se farão
A visita, a bondade, o carinho e consolo
Para o enfermo largado à solidão.

Trazes contigo os dotes da brandura:
Ante os golpes do ódio explosivo e violento,
Guardas a faculdade de extinguir
O fogo da revolta e o fel do sofrimento

Observa o tesouro da palavra:
Se envolvida de paz a tua frase alcança
Todo aquele que cai na sombra da tristeza
Para erguer-se de novo ao toque da esperança.

Não te digas inútil, nem te omitas...
A trabalhar, servir, amparar, recompor
Serás, alma querida, em qualquer parte,
A presença de Cristo em teu gesto de amor.

Autora: Maria Dolores

 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

133 Mediunidade Gratuita

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 26 - DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER

7. Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade e igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. 

Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre. 

Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

8. Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam; a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão. 

O simples bom senso repele semelhante ideia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros? 

É fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade? 

Os Espíritos levianos, mentirosos, brincalhões e toda a caterva dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos, sempre acorrem; prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. 

Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.

9. A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. 

A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar. 

Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. 

Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. 

A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. 

Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. 

Essa ideia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI).

10. A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Pode pôr lhes preço? O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. 

Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver; recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

A Força do Sol

Carlinhos, menino bom e prestativo, gostava de ajudar as pessoas.

Uma coisa, porém, Carlinhos não suportava: ver gente discutindo ou brigando.

Logo ficava nervoso e entrava no meio da discussão, querendo apartar a briga. Isso acontecia em qualquer lugar em que estivesse: em sua casa, na escola ou na rua.

Em casa, quando seus pais começavam a discutir por problemas domésticos, Carlinhos colocava-se no meio deles, querendo resolver a parada.

Na escola, muitas vezes seus colegas se desentendiam jogando futebol ou por qualquer outro motivo, e partiam para a briga aos empurrões, socos e pontapés. Carlinhos corria tentando separá-los e acabava no meio da briga.

Chegava em casa desanimado, cansado, todo sujo e, não raro, machucado.

A mãe, que o conhecia bem, já sabia o que tinha acontecido, e aconselhava-o com amor:

— Meu filho, não faça mais isso. Qualquer dia você pode se machucar seriamente tentando apartar uma briga. Tenha mais cuidado! Chame um adulto, o professor responsável pela turma.

Mas qual! Carlinhos prometia não interferir mais em discussões, porém quando uma briga começava, lá estava ele de novo no meio.

Certo dia, em que ele tinha chegado com um olho vermelho e a testa sangrando, a mãe aflita perguntou-lhe:

— O que aconteceu desta vez, meu filho? Veja seu estado! Você está todo sujo, o uniforme rasgado, e está machucado! Andou brigando de novo?

— Claro que não, mamãe! Ao contrário. Tentava separar dois amigos meus que se desentenderam jogando bola.

A mãe o envolveu num abraço e disse, com amor:

— Depois conversaremos. Agora vá tomar um banho.

Quando o menino saiu do banho, já com aspecto melhor, ela fez um curativo na testa dele e chamou-o para almoçar.

O pai, que chegara naquele momento, olhou para o filho, sério, respirou fundo e ia ralhar com ele, mas resolveu manter-se calado.

Os dois irmãos menores olhavam para Carlinhos e riam. Todos sabiam o que tinha acontecido. Não era a primeira vez que ele chegava machucado em casa.

— Parem de rir, vocês dois. Isso não é brincadeira. Carlinhos, meu filho, almoce e depois farei uma compressa em seu olho para evitar que fique roxo.

Após a refeição, enquanto colocava a compressa sobre o olho de Carlinhos, a mãe conversava com ele dizendo:

— Mantenha distância quando perceber que uma briga está prestes a começar, meu filho.

— Mas, mamãe! Quero evitar que meus amigos briguem! Não suporto vê-los de cara virada um com o outro, com raiva.

— Eu sei que sua intenção é boa, Carlinhos. Para fazer isso, porém, é preciso manter certa distância da briga e, especialmente, agir com tranquilidade, delicadeza, equilíbrio e muito amor.

— Como assim, mamãe? O que é equilíbrio?

— É quando nos mantemos controlados e imparciais no meio de uma situação, isto é, sem pender para um lado ou para o outro, guardando os melhores sentimentos. Entendeu?

— Mais ou menos.

A mãe procurou em torno algo que pudesse servir-lhe de exemplo. De repente, olhou pela janela e viu o sol brilhando lá fora.

Levou o garoto até o jardim e perguntou:

— Carlinhos, sem contar Deus, que é nosso Pai e Criador do Universo, o que existe de maior e mais poderoso neste mundo em que vivemos?

O menino pensou um pouco e depois respondeu, olhando para o alto:

— O Sol, mamãe. Estudei na escola que o Sol é uma estrela muitas vezes maior que o nosso planeta Terra. Ele nos dá luz, calor e condições de viver. A professora explicou que o Criador fez tudo tão bem feito que, se o Sol estivesse um pouco mais distante da Terra, morreríamos congelados por falta de calor; se estivesse um pouco mais próximo, morreríamos queimados!

— Isso mesmo, Carlinhos. E não só nós, seres humanos, mas todos os seres viventes, animais e plantas. Então o Sol é poderoso e está bem distante da Terra, não é? No entanto, indispensável à vida, seus raios chegam até nós com delicadeza, sem nos machucar ou ferir; penetram os lugares mais escondidos e profundos, com suavidade, levando luz e calor.

O garoto pensou um pouco e disse:

— Entendi aonde quer chegar, mamãe. Quer dizer que para ajudar não precisamos entrar na briga, não é?

— Exatamente, meu filho. Veja! Você tem apenas oito anos, mas é bem maior que os garotos da sua idade. Então, o que acontece? Se os meninos forem menores, você pode machucá-los com sua força. Se forem maiores, você acaba machucado.

— É verdade, mamãe. Então, o que posso fazer?

— Na hora do perigo, pense em Deus pedindo que a paz e o entendimento se estabeleçam. Depois, se puder ajudar, faça-o, mas sem entrar na briga.

A partir desse dia, ao ver os garotos discutindo, Carlinhos fazia uma rápida oração e depois dizia sereno:

— Calma, pessoal. Vamos tentar resolver esse problema em paz, está bem? O que está acontecendo? Posso ajudar?

Ouvindo-lhe a voz tranquila, os amigos paravam de discutir, acalmavam-se os ânimos, e logo estavam brincando de novo, felizes por estarem juntos e em paz.

Não há o que não se possa resolver, quando existem boa vontade e paz no coração.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

NOVA BIOGRAFIA

Hoje foi postada a biografia do mês de Julho de 2021 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JOÃO GHIGNONE.