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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 28.02.25

Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes…

Autor: Chico Xavier

FERMENTO VELHO

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 5:7.)

Existem velhas fermentações de natureza mental, que representam tóxicos perigosos ao equilíbrio da alma.

Muito comum observarmos companheiros ansiosos por íntima identificação com o pretérito, na teia de passadas reencarnações.

Acontece, porém, que a maioria dos encarnados na Terra não possuem uma vida pregressa respeitável e digna, em que possam recolher sementes de exemplificação cristã.

Quase todos nos embebedávamos com o licor mentiroso da vaidade, em administrando os patrimônios do mundo, quando não nos embriagávamos com o vinho destruidor do crime, se chamados a obedecer nas obras do Senhor.

Quem possua forças e luzes para conhecer experiências fracassadas, compreendendo a própria inferioridade, talvez aproveite algo de útil, relendo páginas vivas que se foram. Os aprendizes desse jaez, contudo, são ainda raros, nos trabalhos de recapitulação na carne, junto da qual a Compaixão Divina concede ao servo falido a bênção do esquecimento para a valorização das novas iniciativas.

Não guardes, portanto, o fermento velho no coração.

Cada dia nos conclama à vida mais nobre e mais alta.

Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus.

Livro: Vinha de Luz – Lição 064 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 26.02.25

“Humildade é uma palavra que resume em si todas as características do verdadeiro cristão, pois não havendo humildade não há amor a Jesus”.

Autor: Frei Rogério Neuhaus

ATRITOS FÍSICOS

"Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra." - Jesus. (MATEUS, 5:39.)

Alguns humoristas pretendem descobrir na advertência do Mestre uma exortação à covardia, sem noção de respeito próprio.

O parecer de Jesus, no entanto, não obedece apenas aos ditames do amor, essência fundamental de seu Evangelho. É igualmente uma peça de bom senso e lógica rigorosa.

Quando um homem investe contra outro, utilizando a força física, os recursos espirituais de qualquer espécie já foram momentaneamente obliterados no atacante.

O murro da cólera somente surge quando a razão foi afastada. E sobrevindo semelhante problema, somente a calma do adversário consegue atenuar os desequilíbrios, procedentes da ausência de controle.

O homem do campo sabe que o animal enfurecido não regressa à naturalidade se tratado com a ira que o possui.

A abelha não ferretoa o apicultor, amigo da brandura e da serenidade.

O único recurso para conter um homem desvairado, compelindo-o a reajustar-se dignamente, é conservar-se o contendor ou os circunstantes em posição normal, sem cair no mesmo nível de inferioridade.

A recomendação de Jesus abre-nos abençoado avanço...

Oferecer a face esquerda, depois que a direita já se encontra dilacerada pelo agressor, é chamá-lo à razão enobrecida, reintegrando-o, de imediato, no reconhecimento da perversidade que lhe é própria.

Em qualquer conflito físico, a palavra reveste-se de reduzida função nos círculos do bem. O gesto é a força que se expressará convenientemente.

Segundo reconhecemos, portanto, no conselho do Cristo não há convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem.

Livro: Vinha de Luz – Lição 063 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 24.02.25

“Segue fazendo o bem. Provavelmente, não te faltarão espinhos e pedras. Pedras, no entanto, servem nas construções e espinhos lembram rosas”.

Autor: Chico Xavier

Prece: POR PERDÃO

Senhor Jesus, não nos deixes permanecer magoados indefinidamente...

Aquele que nos feriu poderia, quem sabe, ter sido ferido por nós.

Que a nossa palavra jamais humilhe e que o nosso gesto nunca seja de opressão.

Quantas vezes, sem pensar ou sem querer, entristecemos os outros?

Por que a tendência infeliz de sempre nos colocarmos na condição de vítimas?

Quantas vezes, com sutileza, levamos alguém a chorar e a sofrer?

Em verdade, as ofensas que recebemos não são ofensas; antes, são corrigendas ao nosso orgulho e à nossa pretensão...

Não queremos nos fixar no mal, para que, de supostas vítimas, não passemos a verdugos dos semelhantes.

Mestre, ensina-nos a perdoar todo dia, como Tu nos perdoas a todo instante!


Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli – Espírito: Irmão José
 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 21.02.25

“Jamais despreze, ou seja indiferente com aqueles que fazem de tudo para te cuidar, porque pior do que não saber amar é um dia acordar e sentir ausência de quem a gente nunca soube valorizar”.

Autoria: Cecilia Sfalsin

Poesia: À Maria

Eis-nos, Senhora, a pobre caravana,
Em fervorosas súplicas, reunida,
Implorando a piedade, a paz e a vida,
De vossa caridade soberana.

Fortalecei-nos a alma dolorida
Na redenção da iniquidade humana,
Com o bálsamo da crença que promana
Das luzes da bondade esclarecida.

Providência de todos os aflitos,
Ouvi dos Céus, ditosos e infinitos,
Nossas sinceras preces ao Senhor...

Que a vossa caravana da verdade,
Colabore no bem da Humanidade,
Neste banquete místico do amor.

Autor: Bittencourt Sampaio

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 19.02.25

“O melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum”.

Autoria: Abigail Van Buren

38 A Indulgência

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 10 – Bem Aventurados os Misericordiosos

JOSÉ - Espírito Protetor, Bordeaux, 1863

16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los.

Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.

A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.

Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?

Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em conseqüência, desculpa freqüentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.

Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.


JOÃO - Bispo de Bordeaux, 1862

17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os  outros.

Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas, sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”.

Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.

Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.

Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica.

Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 17.02.25

“Quando o espírito toma consciência de que é o construtor de si mesmo, o artífice de sua felicidade, ele não para mais. Pode acontecer o que for que ele continua”.

Autor: Chico Xavier

Estória: Aproveitando as Férias

Caminhando pela rua, Celso ia desanimado. Chutou uma lata e pensou:

— As férias não estão sendo como eu sonhei.

Durante o ano letivo, tendo que fazer tarefas e enfrentar provas, ele ansiava pelas férias escolares prometendo a si mesmo não fazer nada, nadinha. Queria descansar!

Até para a sua mãe Celso avisou, irredutível:

— Mamãe, nas férias não quero fazer nada. Nada de trabalho, nada de atividades. Não me acorde! Quero dormir bastante!

A mãe concordou. Agora, Celso dormia até o meio-dia, acordando somente à hora do almoço. Depois, ficava o resto do dia sem fazer nada. No começo achava essa vida ótima, depois, sem saber por que, começou a sentir-se irritado e descontente, reclamando de tudo.

Os colegas insistiam para que fosse com eles jogar futebol ou ir à piscina, mas o menino recusava dizendo:

— Não vou, não. Quero descansar!

Certo dia uma amiguinha de Celso, passando por sua casa e vendo-o no portão, convidou:

— Tem um grupo que vai levar sopa numa favela e estou indo juntar-me a eles. Quer ir também?

— Está brincando? Com esse sol e esse calor que está fazendo? Nem pensar!

Passou-se uma semana... Duas semanas...

Na terceira, Celso não aguentava mais a monotonia.

Observando a mãe lavar roupas, o menino desabafou:

— Mamãe, não sei o que está acontecendo comigo. Estou sem ânimo. Perdia a fome. Não tenho conseguido dormir direito à noite. Passo horas acordado, sem sono. E, o pior, é que vivo cansado!

A mãezinha enxugou as mãos no avental, olhou o filho desanimado e sorriu, compreensiva:

— É exatamente porque você não está tendo nenhuma atividade útil, meu filho, Quanto menos fizer, mais cansado ficará.

Sentou-se ao lado de Celso num banco ali perto e continuou:

— Para podermos viver, Deus nos dotou de energias. Essas energias têm que ser bem utilizadas por nós. Por isso sentimos necessidade de trabalho, de movimento, de atividades.

— Mas quando terminou o ano letivo eu estava muito cansado e não queria ver livros na minha frente!

— Muito justo, porque você estudou e se esforçou bastante durante o ano, meu filho, e precisava descansar. Agora, já está descansado e precisando movimentar o corpo e a mente. Existem outros tipos de atividades que nos distraem, alegram e animam. Ler um bom livro, fazer um esporte, uma visita, ajudar alguém, são coisas úteis e agradáveis.

Celso pensou um pouco e concluiu que a mãe tinha razão.

Naquela tarde, acompanhou os amigos ao clube para uma partida de futebol. Voltou para casa com outro aspecto.

No dia seguinte encontrou a menina que ia levar sopa na favela e dispôs-se a acompanhá-la. Viu tanta necessidade e sofrimento, que se comoveu. Ajudou a distribuir a sopa e o pão, conversou com as crianças, visitou as famílias e voltou para casa, com novo ânimo.

Corado e sorridente, entrou em casa e relatou à mãe tudo o que fizera. Estava com outro aspecto e tinha um brilho diferente no olhar.

Sentou-se e comeu sem reclamar. Com as atividades do dia, sentia-se cansado, mas satisfeito. Naquela noite dormiu logo e teve sono tranquilo. No dia seguinte acordou cedo, bem disposto e animado, afirmando:

— Mamãe, eu quero aproveitar minhas férias!

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 14.02.25

"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta".

 Autor: Chico Xavier

RESISTÊNCIA AO MAL

"Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal." - Jesus. (MATEUS, 5:39.)

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.

Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.

Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência.

Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.

Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.

Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.

Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.

Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação, asseverando: "Eu, porém, vos digo..."

O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando "olho por olho, dente por dente"...

Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

Livro: Vinha de Luz – Lição 062 – Médium: Chico Xavier – Espirito: Emmanuel.
Imagem Meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Prece: Oração a Jesus

Meu amigo Jesus: Há quanto tempo não O procuro para conversar. 
Reconheço que somente O busco quando as provações sacodem o barco da minha vida.
 
Confesso que tenho mais pensado nas coisas da Terra do que nas coisas do Céu. 

E hoje a tempestade bateu à minha porta em forma de doença. Por isso busco em Ti o socorro, Jesus, para que não afunde a minha embarcação. 

Querido Mestre, ampara-me para que jamais me falte a esperança na cura e a paciência para suportar as dores do momento. 
Divino Terapeuta, ajuda-me a não me sentir um pobre coitado e a não me inclinar à auto piedade, pois isso seria o que de pior poderia me acontecer. 

Incomparável Médico sustenta-me para que, sem desprezar a ajuda dos médicos da Terra, eu encontre em mim os canais da cura, pois se fui capaz de criar minhas doenças, tenho também todas as condições de recuperar a saúde. 

Mestre Amigo dá-me forças para vencer os desejos insanos, os melindres, os ataques de orgulho, pois sei que esses são os grandes venenos para a minha saúde. 

Cristo Jesus, cura-me da insensatez de viver longe dos teus mandamentos de amor e fraternidade, sem cuja vivência eu jamais encontrarei a saúde inabalável. 

Amado Pastor, ensina-me a perdoar os que me ofendem para que eu consiga remover os espinhos que me levam à enfermidade. 

Querido Rabi, não me deixe perdido no labirinto das provas que a minha invigilância não quis evitar. 

Misericórdia, Senhor, é o que te peço. Trazei-me o elixir do seu amor, a derramar sobre mim as benções cristalinas da saúde do teu coração. 

Obrigado, Jesus, por ser meu Amigo e Médico. 

Estou em paz, estou curado no teu amor.

Trechos extraídos do livro “O Médico Jesus” - Autor José Carlos De Lucca.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

PENSAMENTO DO DIA 12.02.25

“A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora”.

Autor: Benedetto Croce

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 10.02.25

"Em qualquer dificuldade, não nos esqueçamos da oração... Elevamos o pensamento a Deus, procurando sintonia com os Espíritos bons".

 

Autor: Chico Xavier

Estória: Ano Novo, vida nova!

Caminhando pela rua, sem pressa, Roberta, de oito anos, encaminhou-se para o parquinho próximo de sua casa. Sentou-se no balanço preferido e ali ficou quieta, pensando na vida.

O ano tinha sido bom. Apesar de não ter se dedicado especialmente aos estudos, havia sido aprovada na escola, e sentia-se aliviada.

A festa de Natal tinha sido muito boa, com comida à vontade, frutas, doces, chocolates e balas. Além disso, ganhara vários presentes, inclusive uma nova bicicleta, exatamente a que desejava.

No entanto, apesar de estar tudo bem, algo a incomodava. Lembrando do Natal, cuja data representava o aniversário de Jesus, chegou à conclusão de que só pensara em si mesma. O ano estava para terminar e isso lhe dava certa tristeza.

Como o ano novo chegaria dentro de alguns dias, Roberta pensou que gostaria de mudar sua vida para que ela fosse melhor ainda.

Mas mudar o quê?

Em relação à escola, deveria estudar mais, não apenas para passar de ano, mas para aprender realmente.

Ao pensar na escola, imediatamente a imagem de Tereza surgiu em sua mente. Era uma colega com quem teve uma briga por um motivo qualquer, e não tinham se falado mais. E ela sentia falta da amiga.

Lembrando da festa de encerramento do ano letivo, Roberta reviu o momento em que um grupo de alunas apresentou lindos números de dança. Ela tinha se emocionado porque o balé era seu sonho! Sempre quis aprender a dançar! Quem sabe a hora tinha chegado?

Nesse momento, Roberta viu uma garotinha bem pobre que chegou ao parquinho, tímida, sem saber o que fazer. Enquanto a mãe dela, parada na calçada, entretinha-se a conversar com uma moça, a menina ficou parada, indecisa.

Intimamente, Roberta tomou uma decisão:

— Isso mesmo! O ano novo será diferente! E vou começar agora.

Então, Roberta deixou o balanço e aproximou-se da menina, convidando:

— Quer balançar? Venha, eu ajudo você!

Sentou a garotinha e pôs-se a balançá-la, enquanto a menina ria, feliz. Logo estavam amigas. Roberta ficou sabendo que o nome dela era Carolina, tinha 4 anos e morava num bairro bem distante. Quando a mãe da garotinha chegou, elas conversaram e Roberta disse:

— Tenho alguns brinquedos e quero dar para Carolina. Tenho também roupas e calçados que não me servem mais, além de doces e balas que ganhei no Natal. Venham comigo até minha casa. É aqui pertinho.

A mãe ficou toda contente e agradecida:

— Você não imagina o que isso significa para nós. Sem dinheiro, nada pude comprar para Carolina no Natal. Nem comida nós temos em casa.

Penalizada, Roberta levou mãe e filha até sua casa, apresentou-as a sua mãe e, como o almoço estivesse pronto e seu pai já tivesse chegado, sentaram-se e almoçaram todos juntos.

Ao se despedir, a mulher estava emocionada. Sentia-se agradecida pela ajuda e pelo acolhimento que tivera naquele lar. Carolina jogou-se nos braços de Roberta e disse:

— Obrigada, Roberta. Você agora é minha amiga do coração!

Ao receber o abraço a garotinha, Roberta sentiu que jamais tinha experimentado tal sensação de bem-estar, paz e felicidade.

Mais tarde, ela foi até a casa de Tereza. Tocou a campainha e, para sua surpresa, foi a própria colega que abriu a porta. Ao vê-la, a menina arregalou os olhos, surpresa.

— Roberta! Você, aqui em casa?...

— Vim para lhe pedir desculpas, Tereza. Sinto muito o que aconteceu naquele dia.

— Roberta, eu é que devo lhe pedir desculpas. Falei coisas que não devia e acabamos brigando. Você me perdoa?

As duas trocaram um olhar e caíram na risada.

— Bem, acho que somos amigas de novo, não é?

Elas se abraçaram com carinho, contentes por terem resolvido a questão.

Deixando a casa de Tereza, Roberta voltou para seu lar e contou a sua mãe o que tinha acontecido, que tinha feito as pazes com Tereza e concluiu:

— Mamãe, graças a Deus agora está tudo bem entre nós.

— Fico feliz, minha filha, que você e Tereza tenham se acertado. Nunca estaremos bem se alguém tiver algo contra nós.

— Tem razão, mamãe. Estou aliviada. Ah! Também resolvi que o ano novo seja diferente, por isso gostaria de lhe pedir: posso estudar balé no ano que vem?

— Se você realmente deseja, é claro que pode!

— Obrigada, mamãe! Vou telefonar para a professora e me matricular no curso.

Nos próximos dias, Roberta fez uma programação de tudo o que gostaria de fazer para o próximo ano, e aproveitou para realizar algumas coisas que estavam faltando antes do fim do ano: fez visita aos seus avós e a um colega que estava enfermo, deu banho no cachorro; arrumou seu quarto separando o que iria precisar daquilo que poderia dispor e muitas outras coisas.

No dia 31 de dezembro, sentia-se em paz consigo mesma e com o mundo.

Quando soou a meia-noite e os festejos começaram, o céu ficou todo iluminado com a queima de fogos de artifício. A cidade ganhou vida nova, com buzinas de carros soando, gritos de alegria e pessoas que deixavam suas casas para cumprimentar vizinhos, parentes e amigos.

Sob o céu iluminado, a mãe olhou para a filha e disse com amor:

— Feliz Ano Novo, minha filha!

— Feliz Ano Novo, mamãe!

Roberta agora tinha certeza do que queria: ANO NOVO, VIDA NOVA!

Autoria: Célia Xavier Camargo
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 07.02.25

“A caridade é um exercício espiritual. Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma”.

 

Autor: Chico Xavier

Poesia: À Mocidade

Cantai! Cantai, ó mocidade! Moira
Encantada que ri nos prados verdes,
Cantai o amor que é luz que se entesoira,
Vibrai na luz da vida em que viverdes.

Glorificai, ditosa, o sol que doira
O riso que espalhais sem compreenderdes,
Expandi-vos na primavera loira,
Nos poemas de luar que conceberdes!

Ide cantando, mocidade ardente,
Alvorada em abril, do sol-nascente,
Clareando o porvir álamo e risonho;

Marchai sorrindo, doce juventude,
Na exaltação do amor e da saúde,
Ébria de aroma e luz, ébria de sonho!...

Autor: Antônio Nobre

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 05.02.25

"A esperança é cheia de confiança. É algo maravilhoso e belo, uma lâmpada iluminada em nosso coração. É o motor da vida. É uma luz na direção do futuro”.

 

Autor: Conrad de Meester

37 Perdão das Ofensas

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 10 – Bem Aventurados Os Misericordiosos

SIMEÃO - Bordeaux, 1862

14 – Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete. Eis um desses ensinos de Jesus que devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso coração. Comparai essas palavras misericordiosas com a oração tão simples, tão resumida, e ao mesmo tempo tão grande nas suas aspirações, que Jesus ensinou aos discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas vezes quantas ela vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias, serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça por ti. Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?

Ouvi, pois essa resposta de Jesus, e como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai a indulgência, sede caridosos, generosos, e até mesmo pródigos no vosso amor. Daí, porque o Senhor vos dará; abaixai-vos, que o Senhor vos levantará; humilhai-vos, que o Senhor vos fará sentar à sua direita.

Ide, meus bem-amados, estudai e comentai essas palavras que vos dirijo, da parte daquele que, do alto dos esplendores celestes, tem sempre os olhos voltados para vós, e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, pois, os vossos irmãos, como tendes necessidade de ser perdoados. Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um motivo a mais para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal, e não haveria nenhum em passar por alto os erros de vossos irmãos, se estes apenas vos incomodassem de leve.

Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão vazia. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato: esquecei o mal que vos tenham feito, e pensai apenas numa coisa: no bem que possais fazer. Aquele que entrou nesse caminho não deve afastar-se dele, nem mesmo em pensamento, pois sois responsáveis pelos vossos pensamentos, que Deus conhece. Fazei, pois, que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que existe no fundo do coração de cada um. Feliz aquele que pode dizer cada noite, ao dormir: Nada tenho contra o meu próximo.

PAULO - Apóstolo, Lyon, 1861

15 – Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos amigos é dar prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que se melhora. Perdoai, pois, meus amigos, para que Deus vos perdoe. Porque, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se guardardes até mesmo uma ligeira ofensa, como quereis que Deus esqueça que todos os dias tendes grande necessidade de indulgência? Oh, infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei, porque pronuncia a sua própria condenação! Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não descobrireis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples aborrecimento e acaba pela desavença, não fostes vós a dar o primeiro golpe? Se não vos escapou uma palavra ferina? Se usaste de toda a moderação necessária? Sem dúvida o vosso adversário está errado ao se mostrar tão suscetível, mas essa é ainda uma razão para serdes indulgentes, e para não merecer ele a vossa reprovação. Admitamos que fosseis realmente o ofendido, em certa circunstância. Quem sabe se não envenenastes o caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa grave aquilo que facilmente poderia cair no esquecimento? Se dependeu de vós impedir as conseqüências, e não o fizestes, sois realmente culpado. Admitamos ainda que nada tendes a reprovar na vossa conduta, e, nesse caso, maior o vosso mérito, se vos mostrardes clemente.

Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitos dizem do adversário: “Eu o perdôo”, enquanto que, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece, dizendo-se a si mesmo que foi bem merecido. Quantos dizem: “Perdôo”, e acrescentam: “mas jamais me reconciliarei; não quero vê-lo pelo resto da vida”! É esse o perdão segundo o Evangelho? Não. O verdadeiro perdão, o perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado. É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se contenta com as aparências: sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos, e não se satisfaz com palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

PENSAMENTO DO DIA 03.02.25

“São estes os preceitos do direito: viver honestamente, não ofender os demais e dar a cada um o que lhe pertence".

 

Autoria: Ulpiano

Biografia: Francisco de Menezes Dias da Cruz

Francisco de Menezes Dias da Cruz, natural da cidade do Rio de Janeiro, filho de antecedente de igual nome (chefe do Partido Liberal no Rio e professor da Faculdade de Medicina) e de D. Rosa de Lima Dias da Cruz, nasceu a 27 de fevereiro de 1853. Foi professor de Matemática no Colégio Pinheiro, no qual concluíra o curso de humanidades. Era, nessa época, aluno da Escola de Medicina, durante a qual contraiu núpcias com a Exma. Sra. D. Adelaide Pinheiro Dias da Cruz. Ao formar-se em Medicina, perdeu o pai, que havia sido ferido à baioneta na Igreja do Sacramento. Foi bibliotecário durante dez anos da Câmara Municipal, sendo demitido ao ser proclamada a República, sob a falsa imputação de monarquista. Presidiu o Curso Hahnemaniano e o Instituto Hahnemaniano do Brasil.

Possuidor de enorme clínica, o Dr. Dias da Cruz não fugia aos deveres da caridade, dando, assim expansão aos seus sentimentos humanitários. Homem de grande e invulgar cultura, deixou riquíssima biblioteca. Estudioso desde a infância, preocupou-se com a ciência homeopática e, mais tarde, diante de provas irrefutáveis tornou-se espírita dos mais caridosos e evangélicos. É interessante relatar, ainda que superficialmente, a maneira por que se verificou sua conversão. Tendo chegado ao seu conhecimento que o espírito de seu genitor desenvolvia largo programa de caridade, através de médiuns receitistas, decidiu ele, homem austero e cultor da verdade, ir à Federação Espírita Brasileira para observar e apurar quanto de real pudesse haver em torno da informação recebida.

Iniciada a reunião com a prece habitual, passou-se ao estudo doutrinário. Até então nada ocorrera suscetível de lhe permitir aceitar a sessão das manifestações atribuídas ao espírito de seu pai. Já estava propenso a acreditar em mistificação, quando, à mesa que dirigia os trabalhos, um médium demonstrou haver caído em transe. Era, afinal, a tão desejada manifestação que inesperadamente se realizava. Através do médium, o Espírito do primeiro Dr. Dias da Cruz pediu que chamassem seu filho, que ali se encontrava no meio dos assistentes. Surpreso, este se aproximou, incrédulo. A um dado momento, porém, seu genitor disse-lhe: Você se lembra daquele fato que ocorreu conosco, na praça tal?

E, a seguir, revelou uma ocorrência só de ambos conhecidos, Diante disso, o Doutor Dias da Cruz (filho) sentiu chegada a hora de se render à inelutável evidência. Ninguém o conhecia naquela assembleia e o fato referido pelo espírito era absolutamente desconhecido de toda a sua família, pois somente os dois dele haviam tido o conhecimento.

Percebeu, então, que ao seu caráter íntegro e probo só havia um caminho: aceitar a veracidade da manifestação espirítica de seu genitor. E fê-lo sem constrangimento, com a simpleza natural das almas puras. Pôs-se a estudar o Espiritismo, enfronhou-se na interpretação dos textos doutrinários e passou a ser, daí por diante, um novo e valoroso servidor do Cristo nas fileiras dos seguidores de Kardec.

Em 1885, pronuncia na Federação Espírita Brasileira a sua primeira conferência, e desde então participou de várias comissões importantes de defesa do Espiritismo (1890, 1892 e 1893).

Em 1890, em substituição ao Dr. Bezerra de Menezes, foi, então, o Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, que anteriormente ocupava a vice-presidência, eleito presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo que exerceu com devotamento até os primeiros dias de 1895, quando foi substituído, temporariamente, por Júlio César Leal e, definitivamente, pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, o "Kardec brasileiro", seu colega de profissão e amigo.

Sob a sua presidência foram iniciados os trabalhos de socorro material e espiritual da Assistência aos Necessitados, que até hoje constituem o cerne dos serviços cristãos prestados pela Federação Espírita Brasileira. Muitos foram os delicados companheiros que o ajudaram nessa obra grandiosa, mantida e desenvolvida com o maior carinho pela Casa de Ismael, sendo justo salientarmos, de passagem, o nome do confrade Bernardino Cardoso, o qual lhe entregava mensalmente a quantia de um conto de réis. Elevada importância para aqueles tempos (mais de 300 dólares), a fim de que fosse distribuída com os pobres de sua clinica, sob a condição de lhe não revelar o nome.

Em 1896, por proposta de Bezerra de Menezes, e em atenção aos abnegados serviços prestados à Federação Espírita Brasileira, foi Dias da Cruz aclamado presidente honorário da mesma.

Dirigiu o Reformador durante o período da sua presidência e escreveu inúmeros artigos doutrinários e de polêmica com assinatura modesta de “Um espírita”. É também autor do livro “O Professor Lombroso e o Espiritismo”.

Foi quem primeiro tentou, em 1891, adquirir um prédio próprio para a FEB e montar oficina tipográfica para a impressão do “Reformador” e de obras espíritas em geral.

Este segundo Dias da Cruz foi, portanto, vice-presidente e presidente da Federação durante muitos anos, desencarnando na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de setembro de 1937, na avançada idade de 84 anos. Gloriosa ancianidade essa, atingido após proveitoso dispêndio de energias em favor do próximo.

Em 1900, o Dr. Dias da Cruz reorganiza, ressuscita o “Instituto Hahnemaniano do Brasil”, que havia sido criado em 1878 pelo mais afamado médico homeopata do Império, o Dr. Saturnino Soares de Meireles, seu primeiro presidente. Dias da Cruz alugou no centro da cidade, à Rua da Quitanda nº 59, uma casa para seu consultório, e neste reinstalou o Instituto Hahnemaniano do Brasil. Por alguns anos os membros do Instituto ali se reuniram, datando dessa época um novo ciclo de grandes atividades e realizações.

Após a morte do Dr. Joaquim Murtinho, subiu à presidência do Instituto, por um ano, o Dr. Teodoro Gomes. Substituiu-o, o Dr. Licínio Cardoso, sob a vice-presidência do Dr. Dias da Cruz. Esse foi o período áureo da Homeopatia no Brasil, e frisa um historiador que ao Dr. Dias da Cruz cabe grande parcela das glórias que o Instituto conquistou durante a presidência do Dr. Licínio Cardoso.

Os “Anais de Medicina Homeopática”, cuja publicação fora interrompida em 1884, reapareceram em janeiro de 1901, devido aos esforços do “mais puro dos homeopatas brasileiros”, o Dr. Dias da Cruz, que arrancou a revista do Instituto do túmulo onde jazia, dando-lhe lugar honroso entre as publicações periódicas sobre Medicina. Dela foi ele redator de 1901 a 1902, e de 1906 a 1910.

Ficou célebre a polêmica (1900-1901) entre o doutor Dias da Cruz e o Dr. Nuno de Andrade, Diretor Geral de Saúde Pública, médico alopata e acirrado inimigo da Homeopatia, o qual acabou por ser exonerado do cargo que ocupava.

Fundada em 1912, a Faculdade Hahnemaniana (posteriormente denominada Escola de Medicina e Cirurgia, com sede atual à Rua Frei Caneca), Dias da Cruz colaborou na organização dos programas de ensino do novel estabelecimento, no qual lecionou a cadeira da Farmacologia e, mais tarde, a 1ª cadeira de Matéria Médica, constituindo-se em verdadeiro mestre de toda uma nova geração.

Dias da Cruz foi por muitos anos o orador oficial do Instituto. Sua eloquência e seu saber impressionavam a todos. Quando da inauguração do Hospital Hahnemaniano, em 1916, discursou brilhantemente em nome do Instituto, ante numerosa e ilustrada assistência, presentes Licínio Cardoso, Carlos Maximiliano, Ministro da Justiça, o Barão de Brasílio Machado, Presidente do Conselho Superior do Ensino, o Dr. Paulo de Frontin, Diretor da Escola Politécnica, e representantes do Presidente da República e de Ministérios em geral.

Em 1926, o Dr. Licínio Cardoso pede demissão da presidência do Instituto, sendo eleito, para substituí-lo, o Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz. Este exerceu o cargo de Presidente efetivo até 29 de Janeiro de 1930. Nesse dia, reunido o Instituto em sessão extraordinária, foi aclamado presidente-perpétuo o Dr. Dias da Cruz, após este haver renunciado, por motivo de saúde, ao cargo de Presidente para o qual acabava de ser reeleito. “Sua aclamação” - escreveu um historiador - “foi um direito conquistado por seu valor moral, sua capacidade intelectual e, sobretudo, por firmeza de suas convicções homeopáticas”.

De 25 a 30 de setembro de 1926 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de Homeopatia, sob a presidência do Dr. Dias da Cruz. Propagandista dos mais convictos e autorizados, possuidor de excelente cultura médica, mestre reconhecido pela sua proficiência, com vasta clínica em que abundaram notabilíssimas curas, constituiu ele, por mais um século, “um dos grandes marcos no progresso da Homeopatia no Brasil”. “Não erramos afirmando“- escreveu o Dr. José Emígdio Rodrigues Galhardo - “ser o Dr. Dias da Cruz, entre os homeopatas brasileiros, aquele que maiores e mais perfeitos conhecimentos tem da doutrina hahnemaniana”.

Dizem os seus contemporâneos que o cumprimento do dever era quase que sagrado para o Dr. Dias da Cruz. Como professor, jamais deixou de comparecer à hora certa em suas aulas. Como clínico no Hospital Hahnemaniano, não se fazia esperar pelos doentes. Eis em síntese, a brilhante personalidade daquele que dignificou o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.

Fonte: Wantuil, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. – FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.