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sexta-feira, 31 de julho de 2020

PODERES OCULTOS


“E onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que nele tocavam, saravam.” (MARCOS, 6: 56)

Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira posição de evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem-se das afirmativas de grande alcance.

O anseio de melhorar-se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz, constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas cogitações com a cautela possível.

Ainda aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação.

Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocar lhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos.

Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A lição do Senhor é bastante significativa.

É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 70 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

COMUNICAÇÕES


“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.” (I JOÃO, 4: 1)

Os novos discípulos do Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio com o mundo espiritual, quase sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e perfeitas comunicações com o Além.

Se muitas vezes aparecem fracassos, nesse particular, se as experimentações são falhas de êxito, é que, na maioria dos casos, o indagador obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao imperativo edificante.

O propósito de exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano.

Através dela, malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de vez que o aprendiz cerrou os olhos ao horizonte das verdades eternas.

Bela e humana a dilatação dos laços de amor que unem o homem encarnado aos familiares que o precederam na jornada de Além-túmulo, mas é inaceitável que o estudante obrigue quem lhe serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações particulares que lhe dizem respeito.

Haverá sempre quem dispense luz nas assembleias de homens sinceros. O programa de semelhante assistência, contudo, não pode ser substancialmente organizado pelas criaturas, muita vez inscientes das necessidades próprias.

Em virtude disso, recomendou o apóstolo que o discípulo atente, não para quem fale, mas para a essência das palavras, a fim de certificar-se se o visitante vem de Deus.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 69 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

ALÉM-TÚMULO


“E, se não há ressurreição de mortos, também o Cristo não ressuscitou.” Paulo. (I CORÍNTIOS, 15: 13)

Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria.

Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.

Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as possibilidades de observação e raciocínio.

Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.

Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o inferno ilimitado no tempo? Como acreditar permaneçam adormecidos milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se afirma em atividade incessante?

Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a simplicidade da lógica humana.

Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante.

Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da vida

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 68 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

OS VIVOS DO ALÉM


“E eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias.” (LUCAS, 9: 30)

Várias escolas religiosas, defendendo talvez determinados interesses do sacerdócio, asseguram que o Evangelho não apresenta bases ao movimento de intercâmbio entre os homens e os espíritos desencarnados que os precederam na jornada do Mais Além...

Entretanto, nesta passagem de Lucas, vemos o Mestre dos Mestres confabulando com duas entidades egressas da esfera invisível de que o sepulcro é a porta de acesso.

Aliás, em diversas circunstâncias encontramos o Cristo em contato com almas perturbadas ou perversas, aliviando os padecimentos de infortunados perseguidos. Todavia, a mentalidade dogmática encontrou aí a manifestação de Satanás, inimigo eterno e insaciável.

Aqui, porém, tratasse de sublime acontecimento no labor. Não vemos qualquer demonstração diabólica e, sim, dois espíritos gloriosos em conversação íntima com o Salvador. E não podemos situar o fenômeno em associação de generalidades, porquanto os “amigos do outro mundo”, que falaram com Jesus sobre o monte, foram devidamente identificados.

Não se registrou o fato, declarando-se, por exemplo, que se tratava da visita de um anjo, mas de Moisés e do companheiro, dando-se a entender claramente que os “mortos” voltam de sua nova vida.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 67 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

COMO PEDES?


“Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” Jesus (JOÃO, 16: 24)

Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.

Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome?

Muitos corações permanecem desalentados porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.

Entretanto, repitamos, o Mestre Divino ensinou que o homem deveria solicitar em seu nome.

Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar a consciência sobre o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.

Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo?

Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem os caminhos do coração, é atirar ao Divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar­se-­lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.

Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.

Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 66 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Corpo Morada do Espírito


Muriel é um menino de cinco anos muito inteligente e que possui muitos amigos na escola. Mas ele tem um probleminha... não gosta de tomar banho, de lavar o cabelo, nem de limpar as orelhas.

Todo dia, na hora do banho, é a mesma coisa: ele reclama, se esconde, chora para não tomar banho. Não importa se o banho é de banheira ou de chuveiro, ele foge da água! E sempre, depois de muita discussão, ele toma banho, janta e vai dormir.

Uma noite, porém, quando Muriel começou a reclamar, perguntando porque tinha que tomar banho todos os dias, a mãe concordou que ele ficasse sem banho, lavando apenas as mãos para o jantar.

Na manhã seguinte, o menino não tomou banho para ir à escola e, quando vestiu o uniforme não percebeu que suas pernas e braços estavam bastante sujos, das brincadeiras do dia anterior. E assim, sujinho, ele foi para a escola.

No meio da manhã, Muriel ligou para a mãe ir buscá-lo, chorando. Quando a mãe chegou, ele disse, em meio a lágrimas:

- Não sou Cascão! Não sou porquinho! Não cheiro a lixo!

E assim, meio conversando, meio chorando, ele contou que os colegas, quando viram que ele tinha os braços e as pernas sujos, começaram a colocar apelidos e dizer que ele cheirava mal, pois não tinha tomado banho.

A mãe levou Muriel para casa, sem nada dizer. E, pela primeira vez, ele tomou banho sem reclamar.

Quando o menino se acalmou, a mãe explicou:

- Filho, o corpo é um presente de Deus para a morada do Espírito que somos. Precisamos do corpo para viver no planeta Terra, lugar em que aprendemos muitas coisas importantes para a nossa evolução espiritual. Cada Espírito reencarna em um corpo físico adequado a sua evolução, e é importante cuidar do corpo para que ele cumpra sua função: abrigar o Espírito enquanto está encarnado.

O menino ouvia atento, com os olhos vermelhos de tanto chorar.

- É preciso manter o corpo limpo para não sermos alvo de apelidos, mas também para não ficarmos doentes, porque a sujeira é porta de entrada para muitas doenças. Somos responsáveis por nossas atitudes, e cabe a cada um escolher tomar banho, limpar as orelhas, fazer exercícios e comer comidas saudáveis, para que o corpo possa cumprir a sua função adequadamente.

A partir daquele dia, quando Muriel começava a reclamar porque tinha que tomar banho, a mãe lembrava que ele era responsável pelos cuidados como seu corpo e, se fosse chamado de Cascão, que não ligasse pra ir buscá-lo na escola. E o menino, lembrando da lição, tomava um banho caprichado, limpava as orelhas, e até colocava perfume...


Claudia Schmidt

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Súplica


Senhor! Enquanto a Terra se transforma,
Lembrando mar revolto ante bênção celeste,
Dá-nos a força de seguir na vida
A luz que nos legaste, o exemplo que nos deste!...

Auxilia-nos, Mestre, a suportar, sem queixa,
Luta, dificuldade, crise, prova...
Que aceitemos contigo a dor por instrumento
Que burila e renova.

Quando a perturbação nos assalte o roteiro,
Não nos deixe ferir ou desprezar alguém
E mostra-nos no mal que nos espanque e humilhe
A visita do bem.

Leva-nos a saber que o mal também trabalha e espera
E induze-nos a ver: em nossos vãos temores,
Que o diamante já foi carvão pobre e esquecido,
Que muito espinheiral é viveiro de flores.

Ante ofensas, pedradas e agressões,
Que, em teu nome, possamos acolhê-las,
Como quem agradece a escuridão da noite
Para guardar em prece a visão das estrelas!

Sobretudo, dirige-nos o passo,
Seja onde for e seja com quem for;
Ao clarão da bondade infatigável,
Para o culto do amor.

Que toda criatura do caminho
Encontre em nosso apoio um braço irmão,
Que vejamos, nos últimos da estrada,
Filhos do coração.

Concede-nos o dom de descobrir
Na imensa multidão atirada ao relento,
Nos irmãos em revolta, agarrados à sombra,
Nossa própria família em sofrimento.

Ensina-nos, Jesus, que os bens de que dispomos
São empréstimos teus
E faze-nos sentir que onde houver caridade,
Aí brilha mais alta a presença de Deus.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 15 de julho de 2020

112 Os Falsos Profetas


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 21 - FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS

8. Se vos disserem: "O Cristo está aqui", não vades; ao contrário, tende-vos em guarda, porquanto numerosos serão os falsos profetas. Não vedes que as folhas da figueira começam a branquear; não vedes os seus múltiplos rebentos aguardando a época da floração; e não vos disse o Cristo: Conhece-se a árvore pelo fruto? Se, pois, são amargos os frutos, já sabeis que má é a árvore; se, porém, são doces e saudáveis, direis: "Nada que seja puro pode provir de fonte má”.

É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer: Estes são realmente enviados de Deus.

Desconfiai, porém, das palavras melífluas, desconfiai dos escribas e dos fariseus que oram nas praças públicas, vestidos de longas túnicas. Desconfiai dos que pretendem ter o monopólio da verdade!

Não, não, o Cristo não está entre esses, porquanto os que ele envia para propagar a sua santa doutrina e regenerar o seu povo serão, acima de tudo, seguindo-lhe o exemplo, brandos e humildes de coração; os que hajam, com os exemplos e conselhos que prodigalizem, de salvar a humanidade, que corre para a perdição e pervaga por caminhos tortuosos, serão essencialmente modestos e humildes. De tudo o que revele um átomo de orgulho, fugi, como de uma lepra contagiosa, que corrompe tudo em que toca. Lembrai-vos de que cada criatura traz na fronte, mas principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade.

Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminhai sem tergiversações, sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor; afastai, cuidadosamente, tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno.

 Viajores, só por pouco tempo mais estareis nas trevas e nas dores da provação, se abrirdes o vosso coração a essa suave doutrina que vos vem revelar as leis eternas e satisfazer a todas as aspirações de vossa alma acerca do desconhecido. Já podeis dar corpo a esses silfos ligeiros que vedes passar nos vossos sonhos e que, efêmeros, apenas vos encantavam o espírito, sem coisa alguma dizerem ao vosso coração.

Agora, meus amados, a morte desapareceu, dando lugar ao anjo radioso que conheceis, o anjo do novo encontro e da reunião!

Agora, vós que bem desempenhado haveis a tarefa que o Criador confia às suas criaturas, nada mais tendes de temer da sua justiça, pois ele é pai e perdoa sempre aos filhos transviados que clamam por misericórdia.

Continuai, portanto, avançai incessantemente. Seja vossa divisa a do progresso, do progresso contínuo em todas as coisas, até que, finalmente, chegueis ao termo feliz da jornada, onde vos esperam todos os que vos precederam.

Luís. (Bordéus, 1861.)
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

PEDIR


“Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis.” (MATEUS, 20: 22)

A maioria dos crentes dirige-se às casas de oração, no propósito de pedir alguma coisa.

Raros os que aí comparecem, na verdadeira atitude dos filhos de Deus, interessados nos sublimes desejos do Senhor, quanto à melhoria de conhecimentos, à renovação de valores íntimos, ao aproveitamento espiritual das oportunidades recebidas de Mais Alto.

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. Quase todos, porém, preferem o ato de insistir, de teimar, de se imporem ao paternal carinho de Deus, no sentido de lhe subornarem o Poder Infinito. Pedinchões inveterados, abandonam, na maior parte das vezes, o traçado reto de suas vidas, em virtude da rebeldia suprema nas relações com o Pai. Tanto reclamam, que lhes é concedida a experiência desejada.

Sobrevêm desastres. Surgem as dores. Em seguida, aparece o tédio, que é sempre filho da incompreensão dos nossos deveres.

Provocamos certas dádivas no caminho, adiantamo-nos na solicitação da herança que nos cabe, exigindo prematuras concessões do Pai, à maneira do filho pródigo, mas o desencanto constitui-se em veneno da imprevidência e da irresponsabilidade.

O tédio representará sempre o fruto amargo da precipitação de quantos se atiram a patrimônios que lhes não competem.

Tenhamos, pois, cuidado em pedir, porque, acima de tudo, devemos solicitar a compreensão da vontade de Jesus a nosso respeito.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 65 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

O TESOURO MAIOR


“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” Jesus (LUCAS, 12: 34)

No mundo, os templos da fé religiosa, desde que consagrados à Divindade do Pai, são departamentos da casa infinita de Deus, onde Jesus ministra os seus bens aos corações da Terra, independentemente da escola de crença a que se filiam.

A essas subdivisões do eterno santuário comparecem os tutelados do Cristo, em seus diferentes graus de compreensão. Cada qual, instintivamente, revela ao Senhor onde coloca seu tesouro.

Muitas vezes, por isso mesmo, nos recintos diversos de sua casa, Jesus recebe, sem resposta, as súplicas de inúmeros crentes de mentalidade infantil, contraditórias ou contraproducentes.

O egoísta fala de seu tesouro, exaltando as posses precárias; o avarento refere-se a mesquinhas preocupações; o gozador demonstra apetites insaciáveis; o fanático repete pedidos loucos.

Cada qual apresenta seu capricho ferido como sendo a dor maior.

Cristo ouve-lhes as solicitações e espera a oportunidade de dar-lhes a conhecer o tesouro imperecível.

Ouve em silêncio, porque a erva tenra pede tempo destinado ao processo evolutivo, e espera, confiante, porquanto não prescinde da colaboração dos discípulos resolutos e sinceros para a extensão do divino apostolado. No momento adequado, surgem esses, ao seu influxo sublime, e a paisagem dos templos se modifica. Não são apenas crentes que comparecem para a rogativa, são trabalhadores decididos que chegam para o trabalho. Cheios de coragem, dispostos a morrer para que outros alcancem a vida, exemplificam a renúncia e o desinteresse, revelam a Vontade do Pai em si próprios e, com isso, ampliam no mundo a compreensão do tesouro maior, sintetizado na conquista da luz eterna e do amor universal, que já lhes enriquece o espírito engrandecido.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 64 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

111 Não Creais Em Todos os Espíritos


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 21 - FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS

6. Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (S. JOÃO, Epístola 1ª, cap. IV, v. 1.)

7. Os fenômenos espíritas, longe de abonarem os falsos Cristos e os falsos profetas, como a algumas pessoas apraz dizer, golpe mortal desferem neles.

Não peçais ao Espiritismo prodígios, nem milagres, porquanto ele formalmente declara que os não opera. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia revelaram as leis do mundo material, ele revela outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são leis da Natureza. Facultando a explicação de certa ordem de fenômenos incompreendidos até o presente, ele destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.

 Quem, portanto, se sentisse tentado a lhe explorar em proveito próprio os fenômenos, fazendo-se passar por messias de Deus, não conseguiria abusar por muito tempo da credulidade alheia e seria logo desmascarado. Aliás, como já se tem dito, tais fenômenos, por si sós, nada provam: a missão se prova por efeitos morais, o que não é dado a qualquer um produzir.

Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita; pesquisando a causa de certos fenômenos, de sobre muitos mistérios levanta ela o véu. Só os que preferem a obscuridade à luz, têm interesse em combatê-la; mas, a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.

O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias.

Antes que se conhecessem as relações mediúnicas, eles atuavam de maneira menos ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, audiente ou falante.

É considerável o número dos que, em diversas épocas, mas, sobretudo, nestes últimos tempos, se hão apresentado como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até como Deus.

S. João adverte contra eles os homens, dizendo: "Meus bem-amados, não acrediteis em todo Espírito; mas, experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se tem levantado no mundo." O Espiritismo nos faculta os meios de experimentá-los, apontando os caracteres pelos quais se reconhecem os bons Espíritos, caracteres sempre morais, nunca materiais (1). É a maneira de se distinguirem dos maus os bons Espíritos que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: "Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não os pode produzir bons." Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos.

(1) Ver, sobre a maneira de se distinguirem os Espíritos: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIV e seguintes.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

O Valor de Uma Prece


Lúcia tomava um refresco na padaria próxima a sua casa, quando Adelaide, sua amiga de infância, chegou para cumprimentá-la. Adelaide estava sorridente e, ao abraçar a amiga, já foi contando o motivo de sua felicidade:

- Lúcia, fui, hoje pela manhã, na casa de uma senhora que faz orações pelas pessoas e pedi que rezasse pela minha família e principalmente pelo meu filho que está passando por um momento delicado. Agora estou me sentindo mais aliviada.

Lúcia atenciosa respondeu a amiga:

- Sim Adelaide, fiquei sabendo que seu filho está com um sério problema de saúde. Desejo-lhe melhoras – e fazendo uma pequena pausa para que formulasse bem o questionamento, falou – mas por que diz que se sente aliviada?

Adelaide, como se estivesse óbvia a sua resposta, respondeu à amiga:

- Ora! Como sei que tem alguém rezando pelo meu filho me sinto mais confortada.

- Ah sim! Dizem que oração nunca é demais – e sorrindo, Lúcia completou o raciocínio – todo pensamento positivo em favor de alguém ajuda muito, nós não temos ideia do quanto. Mas você tem rezado também?

Adelaide, demonstrando tristeza no olhar e ao mesmo tempo uma decepção consigo mesma, respondeu:

- Ando correndo tanto, com problemas diversos, que não tenho tido tempo para me concentrar nas orações.

Lúcia novamente tentando proporcionar reflexão à amiga questionou:

- Sim, entendo, mas para você qual o verdadeiro sentido de uma oração, o que a torna mais valorosa?

- Não sei, acho que o sentimento que é colocado nela. – respondeu Adelaide, um pouco confusa.

- Pois, então, querida amiga, se o valor está no sentimento, qual é a pessoa mais apropriada para fazer as orações? É você mesma. Não digo que não há mérito nas orações da senhora que se propôs caridosamente a rezar pela sua família, pois é muito importante recorrermos aos amigos para que nos ajudem nos momentos difíceis, dividimos a carga, se torna menos pesado, porém não podemos esquecer a nossa parte, Adelaide.

Devido ao amor que sente pelo seu filho certamente as suas preces serão movidas com mais intensidade, chegarão mais longe e mais rapidamente. Como falei antes, não estou desmerecendo as orações dos amigos queridos, elas também proporcionam alívio, mas quando estamos diretamente ligados às pessoas que queremos ajudar, possuímos muito mais poder de ajuda, não podemos delegar isso inteiramente a terceiros. Consegue me entender, querida?

- Sim, analisando assim tem mais sentido, realmente tenho falhado nesse sentido, obrigada Lúcia, você como sempre abrindo meus olhos, fornecendo conceitos tão lógicos que no dia a dia não consigo refletir sozinha. – respondeu Adelaide muito grata.

"Naquela noite, e nas que seguiram, Adelaide orou, com muita fé, pelo filho, que com certeza, foi beneficiado pelas preces da mãe."


Juliana Guzzo

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Serve e Esquece


Coração, ouve!... Se queres

A bênção da paz constante,
Trabalha e segue adiante,
Cumprindo o próprio dever...
Para vencer no caminho
Tristeza, treva e pesar,
Muito mais do que lembrar
A vida roga esquecer.

Esquece as mágoas sofridas,
As horas de céu cinzento,
O azedume, o desalento
E os tempos de provação;
Renova-te, dia-a-dia,
Não pares, contando lutas,
Progresso é o lema que escutas
No mundo em transformação.

Tudo procura a vanguarda,
A flor converte-se em fruto
Do cascalho rijo e bruto,
Eis o diamante a surgir...
O fio forma o agasalho,
A própria noite se esquece
Na aurora que resplandece
Buscando a luz do porvir.

Da própria queda no erro,
Levanta-te e segue à frente,
Servindo incessantemente,
Tudo podes refazer;
Não te detenhas na angústia,
Ante o mal, prossegue e olvida,
As próprias nódoas da vida
A vida pede esquecer.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 1 de julho de 2020

NOVA BIOGRAFIA


Hoje foi postada a biografia do mês de JULHO de 2020 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JOÃO FELÍCIO.