Hoje
foi postada a biografia do mês de Setembro de 2015 na coluna "Grandes
Nomes do Espiritismo" em homenagem a PIERRE GAËTAN LEYMARIE.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
Anotações da Fé
Se queres
elevar-te e engrandecer a vida,
Alma
querida, escuta:
De tudo o
que produz, serve, ampara e abençoa,
Nada existe
sem luta.
Árvore
alguma, seja em qualquer parte,
Fornecendo
socorro e espalhando alimento,
Cresceu e se
formou para doar-se à gleba,
Sem chicotes
do vento.
Se talhada
em madeira, a mesa que te apóia
O pão de
cada dia
Foi nobre
vegetal arrebatado à gleba
Para aguentar
a serraria.
Pedra que te
suporta a residência,
Resguardando
o equilíbrio que a domina,
Passou por
marteladas muitas vezes,
A fim de se
ajustar a disciplina.
Quem sonhe
paraíso de alegria
Sem sair de
poltronas e almofadas,
Quem foge de
ser útil, quem se omite,
Olhe as
águas paradas.
Quem reclama
sucesso sem controle,
Menosprezando
o sentimento alheio,
Assista a
uma corrida em que se note
Algum carro
sem freio.
Sem
participação, sem sacrifício,
A construção
da paz jamais se apruma,
Sem canseira
não há felicidade,
Nem se obtém
conquista alguma.
Alma
querida, serve, ama e confia,
Ajuda para o
bem seja a quem for,
Trabalho é
luz de Deus a burilar-nos
Para o Reino
do Amor.
Autora:
Maria Dolores
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
MAGNETISMO PESSOAL
“E toda a multidão procurava tocar-lhe,
porque saía dele uma virtude que os curava a todos.” – Lucas, 6:19.
Na
atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes,
espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza,
qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século 19.
Tal serviço
de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso
concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso
lembrar que a edificação não é nova.
Jesus, em
sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo
pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe
o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular
admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. D’Ele emanavam
irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o
Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a
companhia.
Se
pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas
potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os
orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos
exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.
Se intentas
atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra,
santifica-te pela influência do Céu.
Livro: Pão
Nosso, lição 110 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
A VIDA FUTURA
O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap.
2 – Meu Reino Não É Deste Mundo
1
– “Tornou pois a entrar Pilatos no pretório, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu
és o Reino dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o
meu Reino fosse deste mundo, certo que os meus ministros haviam de pelejar para
que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu Reino não é daqui.
Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes, que eu
sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo senão para dar testemunho da
verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. (João, cap. XVIII,
33-37)
2
– Por estas palavras, Jesus se refere claramente à vida futura, que ele
apresenta, em todas as circunstâncias, como o fim a que se destina a
humanidade, e como devendo ser o objeto das principais preocupações do homem
sobre a terra. Todas as suas máximas se referem a esse grande princípio. Sem a
vida futura, com efeito, a maior parte dos seus preceitos de moral não teriam
nenhuma razão de ser. É por isso que os que não creem na vida futura, pensando
que ele apenas falava da vida presente, não os compreendem ou os acham pueris.
Esse
dogma pode ser considerado, portanto, como o ponto central do ensinamento do
Cristo. Eis porque está colocado entre os primeiros, no início desta obra, pois
deve ser a meta de todos os homens. Só ele pode justificar os absurdos da vida
terrestre e harmonizar-se com a justiça de Deus.
3
– Os judeus tinham idéias muito imprecisas sobre a vida futura. Acreditavam nos
anjos, que consideravam como os seres privilegiados da criação, mas não sabiam
que os homens, um dia, pudessem tornar-se anjos e participar da felicidade
angélica.
Segundo
pensavam, a observação das leis de Deus era recompensada pelos bens terrenos,
pela supremacia de sua nação no mundo, pelas vitórias que obteriam sobre os
inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram os castigos da
desobediência. Moisés o confirmou, ao dizer essas coisas, ainda mais
fortemente, a um povo ignorante, de pastores, que precisava ser tocado antes de
tudo pelos interesses deste mundo.
Mais
tarde, Jesus veio lhes revelar que existe outro mundo, onde a justiça de Deus
se realiza. É esse mundo que ele promete aos que observam os mandamentos de
Deus. É nele que os bons são recompensados. Esse mundo é o seu reino, no qual
se encontra em toda a sua glória, e para o qual voltará ao deixar a Terra.
Jesus,
entretanto, conformando o seu ensino ao estado dos homens da época, evitou lhes
dar os esclarecimentos completos, que os deslumbraria em vez de iluminar,
porque eles não o teriam compreendido. Ele se limitou a colocar, de certo modo,
a vida futura como um princípio, uma lei da natureza, à qual ninguém pode
escapar. Todo cristão, portanto, crê forçosamente na vida futura, mas a ideia que muitos fazem dela é vaga, incompleta, e por isso mesmo falsa em muitos
pontos. Para grande número, é apenas uma crença, sem nenhuma certeza decisiva,
e daí as dúvidas, e até mesmo a incredulidade.
O
Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em muitos outros, o ensinamento
do Cristo, quando os homens se mostraram maduros para compreender a verdade.
Com
o Espiritismo, a vida futura não é mais simples artigo de fé, ou simples
hipótese. É uma realidade material, provada pelos fatos.
Porque
são as testemunhas oculares que a vêm descrever em todas as suas fases e
peripécias, de tal maneira, que não somente a dúvida já não é mais possível,
como a inteligência mais vulgar pode fazer uma ideia dos seus mais variados
aspectos, da mesma forma que imaginaria um país do qual se lê uma descrição
detalhada. Ora, esta descrição da vida futura é de tal maneira circunstanciada,
são tão racionais as condições da existência feliz ou infeliz dos que nela se
encontram, que acabamos por concordar que não podia ser de outra maneira, e que
ela bem representa a verdadeira justiça de Deus.
Fonte da imagem:
Internet Google.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
A SOMBRA DO BURRO
Certa vez,
promovendo uma assembleia pública em Atenas para tratar de altos interesses da
pátria grega, Demóstenes viu-se apupado pela turba impaciente, que fazia menção
de retirar-se sem ouvi-lo. Então, elevando a voz, disse que tinha uma historia
interessante a contar. Obteve, assim, silêncio e atenção, e começou:
- Certo
jovem, precisando ir de sua casa até Mégara durante o auge do verão, alugou um
burro, pondo-se a caminho. Quando o sol ficou a pino, ardentíssimo, tanto o
moço como o dono do animal alugado tiveram vontade de sentar-se à sombra do
burro, e começaram a empurrar-se mutuamente, a fim de ficar com o lugar.
Dizia o dono
do animal que apenas alugara o burro e não a sua sombra, e o outro afirmava que
tendo pago o aluguel do burro, pagara também o de sua sombra, pois tudo quanto
pertencia ao burro lhe fora alugado com ele…
A esta
altura. Demóstenes levantou-se e fez menção de retirar-se. A multidão
protestou, desejosa de ouvir o resto da historia. Foi então que o prodigioso
orador, erguendo-se em toda a sua altura, e encarando com firmeza o auditório,
declarou, a voz trovejante:
-
Atenienses! Que espécie de homens sois, que insiste em saber a historia da
sombra de um burro e recusais tomar conhecimento dos fatos mais graves que vos
dizem respeito?
Só então
pode fazer o discurso que pretendia, para um auditório envergonhado e atento,
que, afinal, ficou sem saber o fim da historia da sombra do burro.
Antônio F.
Rodrigues
Livro:
Antologia Espírita e Popular “Mensagens dos Mestres”
Fonte da imagem: Internet Google.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
TRÊS IMPERATIVOS
“E eu vos digo a vós: pedi e dar-se-vos-á;
buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á”. – Jesus. (Lucas, 11:9).
Pedi,
buscai, batei...
Estes três
imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados, sem um sentido
especial.
No emaranhado
de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o homem
aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções
sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É
necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a
maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.
Logo após, é
imprescindível buscar.
A procura
constitui-se de esforço seletivo.
O campo jaz
repleto de solicitações inferiores, algumas delas recamadas de sugestões
brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora. Muitos
perseguem miragens perigosas, à maneira das mariposas que se apaixonam pela
claridade de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção
do corpo.
É imperativo
aprender a buscar o bem legítimo.
Estabelecido
o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o
martelo do esforço metódico e sem o buril da boa vontade, é muito difícil
transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com
vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.
Não bastará,
portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.
Peçamos ao
Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a
espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim
de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.
Pedi,
buscai, batei!... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação
para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.
Livro: Pão
Nosso, lição 109 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
TENHAMOS PAZ
“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I
Tessalonicenses, 5:13).
Se não é
possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da
ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável
procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam
envolvê-lo a cada instante.
Cada mente
encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a
justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e
percepções.
Quando todos
os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla
movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.
Para isso,
porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e
no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
Educar a
visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo
edificante.
Geralmente,
ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a
realidade essencial. Registramos certas informações, longe da boa intenção em
que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações
internas.
Anotamos
situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência.
Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.
Eis porque,
quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os
conflitos da esfera em que nos achamos.
Sem calma, é
impossível observar e trabalhar para o bem.
Sem paz, dentro
de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.
Livro: Pão
Nosso, lição 65 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
sábado, 15 de agosto de 2015
Ansiedade
Todo esse
anseio que tortura o peito,
Estrangulando
a voz exausta e rouca,
Que em cada
canto estruge e em cada boca
Faz o soluço
do ideal desfeito;
Ansiedade
fatal de que se touca
A alma do
homem mau e do perfeito,
Sobe da
Terra pelo espaço eleito,
Numa imensa
espiral, estranha e louca,
Formando a
rede eterna e incompreendida,
Das ilusões,
dos risos, das quimeras,
Das dores e
da lágrima incontida;
Essa
ansiedade é a mão de Deus nas eras,
Sustentando
o fulgor da luz da Vida,
No turbilhão
de todas as esferas!...
Autor: Cruz
e Souza
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
ORAÇÃO
“Perseverai em oração, velando nela com ação
de graças.” – Paulo.
(Colossenses, 4:2.)
Muitos
crentes estimariam movimentar a prece, qual se mobiliza uma vassoura ou um
martelo.
Exigem
resultados imediatos, por desconhecerem qualquer esforço preparatório. Outros
perseveram na oração, mantendo-se, todavia, angustiados e espantadiços.
Desgastam-se e consomem valiosas energias nas aflições injustificáveis.
Enxergam somente a maldade e a treva e nunca se dignam examinar o tenro broto
da semente divina ou a possibilidade próxima ou remota do bem. Encarceram-se no
“lado mau” e perdem, por vezes, uma existência inteira, sem qualquer propósito
de se transferirem para o “lado bom”.
Que
probabilidade de êxito se reservará ao necessitado que formula uma solicitação
em gritaria, com evidentes sintomas de desequilíbrio?
O
concessionário sensato, de início, adiará a solução, aguardando, prudente, que
a serenidade volte ao pedinte.
A palavra de
Paulo é clara, nesse sentido.
É
indispensável persistir na oração, velando nesse trabalho com ação de graças. E
forçoso é reconhecer que louvar não é apenas pronunciar votos brilhantes. É
também alegrar-se em pleno combate pela vitória do bem, agradecendo ao Senhor
os motivos de sacrifício e sofrimento, buscando as vantagens que a adversidade
e o trabalho nos trouxeram ao espírito.
Peçamos a
Jesus o dom da paz e da alegria, mas não nos esqueçamos de glorificar também os
sublimes desígnios, toda vez que a sua vontade misericordiosa e justa entre em
choque com os nossos propósitos inferiores. E estejamos convencidos de que
oração intempestiva, constituída de pensamentos desesperados e descabidas
exigências, destina-se ao chão renovador qual acontece à flor improdutiva que o
vento leva.
Livro: Pão
Nosso, lição 108 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
As Três Revelações: Moisés, Cristo e o Espiritismo
O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO
Cap. 1 – Não Vim
Destruir a Lei
1
– Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los,
mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra
não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota
e o último ponto. (Mateus, V: 17- 18)
MOISÉS
2
– Há duas partes Distintas na lei mosaica: a de Deus, promulgada sobre o Monte
Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável,
a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o
tempo.
A
lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I
– Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti
imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do
que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não
adorarás nem lhes darás culto.
II
– Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
III
– Lembra-te de santificar o dia de sábado.
IV
– Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra
que o Senhor teu Deus te há de dar.
V
– Não matarás.
VI
– Não cometerás adultério.
VII
– Não furtarás.
VIII
– Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX
– Não desejarás a mulher do próximo.
X
– Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o
seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
Esta
lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um
caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a
manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual
tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a
servidão do Egito.
Para
dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o
fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A Autoridade do homem devia
apoiar-se sobre a autoridade de Deus.
Mas
só a ideia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o
senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco
desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus
mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia
contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente
ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.
CRISTO
3
– Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio
cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e
apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa
lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a
base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo
contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu
constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e
não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a
estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si
mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.
Por
estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o
último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse
cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua
pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois
de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio
de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus,
são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
4
– Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem
outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam
anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu
Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a
verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus; ensinar-lhes o
caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os
advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos.
Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o
germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas.
Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para
entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e
novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas idéias não podiam surgir
antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia
contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias.
Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
O ESPIRITISMO
5
– O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas
irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com
o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas,
pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente atuantes da
natureza, como a fonte de uma infinidade de fenômenos até então
incompreendidos, e por essa razão, rejeitados para o domínio do fantástico e do
maravilhoso. É a essas relações que o Cristo se refere em muitas
circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram
ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave que
nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
6
– A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo
Testamento, no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas
não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado,
não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as
partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se, de qualquer
maneira, de uns seres coletivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo
espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para
fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
7
– Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas
dar-lhe cumprimento”. Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei
cristã, mas dar-lhe cumprimento”. Ele nada ensina contrário ao ensinamento do
Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o
que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o
Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto,
obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a
regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.
Fonte da imagem: Internet
Google.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
A MULTA MAIOR
O recinto do
Tribunal estava lotado, não tanto pela importância dos crimes que seriam
julgados, mas pela presença do prefeito de Nova York, La Guardia, que
costumava, nessas ocasiões, sentenciar casos policiais simples, com decisões
que ficavam famosas pelo seu conteúdo de sabedoria e originalidade.
Um dos
acusados fora pilhado em flagrante, roubando pão em movimentada padaria. O
homem inspirava compaixão: muito magro, barba por fazer, roupas em desalinho –
era a própria imagem da miséria!…
La Guardia
submeteu-o, solene, ao interrogatório, consultou as testemunhas e, após rápida
apreciação, considerou-o culpado, aplicando-lhe a multa de cinquenta dólares. A
alternativa seria a prisão…
Em seguida,
dirigindo-se à pequena multidão que acompanhava, atenta o julgamento, disse,
peremptório:
- Quanto aos
presentes, estão todos condenados a pagar meio dólar cada um, importância que
servirá para liquidar o débito do réu, restituindo-lhe a liberdade.
E ante a
estupefação geral, acentuou:
- Estão
multados por viverem numa cidade onde um homem é obrigado a roubar pão para
matar a fome!…
Todos nós,
habitantes de qualquer cidade do Mundo, estamos sujeitos a uma multa muito mais
severa, a uma sanção muito mais grave – a frustração dos anseios de Felicidade,
os desajustes intermináveis, as crises de angústia – por vivermos num planeta
onde as palavras fraternidade, bondade, solidariedade, são enunciadas como
virtudes raras, quando são apenas elementares deveres, indispensáveis à
preservação do equilíbrio em qualquer comunidade.
Dizem os
Espíritos Superiores que a Felicidade do Céu é socorrer a infelicidade da
Terra. Diríamos que somente na medida em que estivermos dispostos a socorrer a
infelicidade da Terra é que estaremos a caminho da Felicidade do Céu.
Não há
alternativa. Podemos nos isolar da multidão aflita e sofredora, mas jamais
estaremos bem, porquanto a infelicidade é o clima crônico dos que se fecham em
si mesmos.
Mãos
servindo são antenas que estendemos para a sintonia com as fontes da Vida e a
captação das Bênçãos de Deus!
Richard
Simonetti - Livro: Atravessando a Rua
Fonte da
imagem: Internet Google.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
CORREÇÕES
“Se suportais a correção, Deus vos trata
como a filhos; pois que filho há a quem o pai não corrija?” – Paulo. (Hebreus,
12:7)
Bem-aventurado
o espírito que compreende a correção do Senhor e aceita-a sem relutar.
Raras,
todavia, são as criaturas que conseguem entendê-la e suportá-la.
Por vezes, a
repreensão generosa do Alto – símbolo de desvelado amor – atinge o campo do
homem, traduzindo advertência sagrada e silenciosa, mas, na maioria das
ocasiões, a mente encarnada repele o aguilhão salvador, mergulha dentro da
noite da rebeldia, elimina possibilidades preciosas e qualifica de infortúnio
insuportável a influência renovadora, destinada a clarear-lhe o escuro e triste
caminho.
Muita gente,
em face do fenômeno regenerativo, apela para a fuga espetacular da situação
difícil e entrega-se, inerme, ao suicídio lento, abandonando-se à indiferença
integral pelo próprio destino.
Quem assim
procede não pode ser tratado por filho, porquanto isolou a si mesmo, afastou-se
da Providência Divina e ergueu compactas paredes de sombra entre o próprio
coração e as Bênçãos Paternas.
Aqueles que
compreendem as correções do Todo-Misericordioso reajustam-se em círculos de
vida nova e promissora.
Vencida a
tempestade íntima, revalorizam as oportunidades de aprender, servir e
construir, e, fundamentados nas amargas experiências de ontem, aplicam as
graças da vida superior, com vistas ao amanhã.
Não te
esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém.
Quando a
correção do Senhor alcançar-te o caminho, aceita-a, humildemente, convicto de
que constitui verdadeira mensagem do Céu.
Livro: Pão
Nosso, lição 88 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
domingo, 2 de agosto de 2015
NOVA BIOGRAFIA
Hoje
foi postada a biografia do mês de Agosto de 2015 na coluna "Grandes Nomes
do Espiritismo" em homenagem a ROMEU DE CAMPOS VERGAL.
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