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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

PÃO DE CADA DIA

“Dá-nos cada dia o nosso pão.” Jesus (LUCAS, 11: 3)

Já pensaste no pão de cada dia?

A força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma desvalorizá-lo, à maneira da criatura irrefletida que somente medita na saúde, ao sobrevir a enfermidade.

Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de atender à gratidão nos seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que não faltassem às coletividades terrestres perfeitas noções da existência de Deus. Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que compreendam melhor a vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes dizem respeito, nas Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade de realizarem o aprimoramento próprio.

O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão terrestre é conquista deles, para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de servir. Em verdade, no entanto, o pão de cada dia, para todas as refeições do mundo, procede da Providência Divina.

O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o serviço e cooperará com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a florescência e a frutificação pertencem ao Todo Misericordioso.

No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de colaboração entre o Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a observar. Esforça-se o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.

O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.

É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 174 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

ZELO DO BEM

“E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?” (I PEDRO, 3: 13)

Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou na alma convenientemente.

A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.

Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua prática, quem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?

O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda incapazes de examinar todos os aspectos de uma questão, todos os contornos de uma paisagem. O que hoje nos parece a felicidade real pode ser amanhã cruel desengano. Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da fonte evolutiva. Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando incessantemente para o bem, onde estivermos.

Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.

Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as oportunidades de construir com o seu amor.

Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima não podem temer o mal. Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimentalismo.

Para essas almas, que encontraram no íntimo de si próprias o prazer de servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os obstáculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi-las para a vida maior.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 173 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

LÁGRIMAS

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Jesus (MATEUS, 11: 28)

Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo.

Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.

O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar.

Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da confiança e do otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o peso de desenganos terrestres.

Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.

Muita gente acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto, Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação; Paulo mergulhou-se em pranto às portas de Damasco; os primeiros cristãos choraram nos circos de martírio... Mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança. Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa Nova da Redenção, padeceram e morreram leais na confiança suprema.

O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte­-se em fortaleza, as cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-­se em laços divinos de salvação.

Caracterizam-se as lágrimas através de origens específicas. Quando nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida, no entanto, se procedem do desespero, são venenos mortais.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 172 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Prece: O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Senhor venha a nós ao teu reino!

Que o pão do espírito seja também o pão do nosso corpo.

Senhor; abençoa tudo o quanto recebemos. Que através do nosso coração saibamos interagir com a tua luz.

Dá-nos Senhor a certeza de que estais sempre a colocar o teu olhar sobre todos nós. Olha-nos com a beneficência que o teu ser possui.

Dá a nos também a certeza de que somos os teus filhos prediletos.

Enfeita a nossa alma de fé e muito amor, porque sabemos que sofremos mais por não amarmos a nós mesmos para amar o nosso próximo.

Ó Senhor dá-nos o alento para sobrevivermos tranquilos e atados ao bem.

Dá a nos a coragem devida para estarmos sempre em conexão com a arma sagrada da vida: o amor que nos seduz a libertação!

Agradecemos-te Senhor belos presentes dadivosos que nos dás a cada dia em forma de testes para o nosso engrandecimento.

Rasteja-nos em carinho para que sintamos amparados na tua misericórdia.

O pão nosso que nos dás talvez não seja o que desejamos, mas ensina-nos a ir a busca de mais, somando forças para celebrarmos a divina prosperidade.

Não nos deixa cair nas tentações e nos desejos de atingir a outros e nem de termos o que eles possam ter.

Refrigera a nossa alma para nos aquietarmos em reflexão diante das dúvidas, diante das revelações que nos mandas para o nosso adiantamento.

Santifica a nossa boca, os nossos olhos e os nossos ouvidos. Que as noticias que mais possam nos interessar sejam aquelas que mandas em forma de recados de luz.

Sustenta a nossa fé, e elimina de nós o egoísmo a inveja, o descaso e a vaidade.
Que a vida seja para nós um poço de renovação e consciência do bem a fazermos.

Na chama da paz senhor nós agradecemos a tua presença constante em nossas vidas. E que os nossos corações estejam sempre abertos a essa presença luminosa e amiga.

Amém, amém, amém.

MEIMEI

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

160 Pelos Nossos Inimigos e Pelos Que Nos Querem Mal

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

46. PREFÁCIO. Disse Jesus: Amai os vossos inimigos. Esta máxima é o sublime da caridade cristã; mas, enunciando-a, não pretendeu Jesus preceituar que devamos ter para com os nossos Inimigos o carinho que dispensamos aos amigos. 

Por aquelas palavras, ele nos recomenda que lhes esqueçamos as ofensas, que lhes perdoemos o mal que nos façam, que lhes paguemos com o bem esse mal. Além do merecimento que, aos olhos de Deus, resulta de semelhante proceder, ele equivale a mostrar aos homens o em que consiste a verdadeira superioridade. (Cap. XII, nº 3 e nº 4). 

47. Prece. - Meu Deus: perdoo a N... o mal que me fez e o que me quis fazer, como desejo me perdoes e também ele me perdoe as faltas que eu haja cometido. Se o colocaste no meu caminho, como prova para mim, faça-se a tua vontade.

Livra-me, ó meu Deus, da ideia de o maldizer e de todo desejo malévolo contra ele. Faze que jamais me alegre com as desgraças que lhe cheguem, nem me desgoste com os bens que lhe poderão ser concedidos, a fim de não macular minha alma por pensamentos indignos de um cristão.
 
Possa a tua bondade, Senhor, estendendo-se sobre ele, induzi-lo a alimentar melhores sentimentos para comigo!
 
Bons Espíritos: inspirai-me o esquecimento do mal e a lembrança do bem. Que nem o ódio, nem o rancor, nem o desejo de lhe retribuir o mal com outro mal me entrem no coração, porquanto o ódio e a vingança só são próprios dos Espíritos maus, encarnados e desencarnados! 

Pronto esteja eu, ao contrário, a lhe estender mão fraterna, a lhe pagar com o bem o mal e a auxiliá-lo, se estiver ao meu alcance.

Desejo, para experimentar a sinceridade do que digo, que ocasião se me apresente de lhe ser útil; mas, sobretudo, ó meu Deus, preserva-me de fazê-lo por orgulho ou ostentação, abatendo-o com uma generosidade humilhante, o que me acarretaria a perda do fruto da minha ação, pois, nesse caso, eu mereceria me fossem aplicadas estas palavras do Cristo: Já recebeste a tua recompensa. (Cap. XIII, nº 1 e seguintes).

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Estória: A Surpresa do Achado

Certa vez, um pequeno pastor caminhava pelos campos pastoreando suas ovelhas.

Já estava cansado e com fome quando, sobre o capim verde e em meio à vegetação, encontrou pequena bolsa de couro. Abriu e, qual não foi sua surpresa: ali estavam cinco lindas moedas de ouro brilhando no fundo da bolsa!

Ficou eufórico! Quanta coisa poderia fazer com esse dinheiro!

Pegando as rutilantes moedas na mão, ainda pensou que deveriam pertencer a alguém, e que esse alguém por certo estaria desesperado.

O desejo de ficar com as moedas, porém, falou mais alto e, acalmando a consciência, guardou o pequeno tesouro pensando, sem muito entusiasmo:

— Se por acaso encontrar a pessoa que perdeu as moedas, devolvo-as. Caso contrário, elas são minhas por direito, pois as encontrei.

E assim pensando, passou o resto do dia a fazer planos de como usaria o tesouro que tão inesperadamente lhe caíra nas mãos.

Ao cair da tarde, levou as ovelhinhas de volta para casa, resolvido a nada contar à sua mãe, com medo de que ela o fizesse devolver as moedas. Afinal, não existiam tantas casas assim nas imediações e, por certo, alguém do vale as perdera.

Ao chegar em casa ficou sabendo que seu pai precisara fazer uma viagem para fechar um negócio muito lucrativo.

Três dias depois seu pai voltou. Vinha desanimado e triste, todo sujo e coberto de poeira.

A mulher, preocupada, perguntou o que acontecera, e ele respondeu:

— Você não imagina o que me aconteceu! Após muito viajar cheguei ao meu destino. Quando fui fechar o negócio, porém, dei por falta do dinheiro que levara separado para pagar as ovelhas. Procurei por todo lado, revirei meus pertences, mas nada achei. Percebi, tarde demais, que a mochila que levara estava com um buraco no fundo e, por certo, deixara cair pelo caminho a bolsa com o dinheiro. Mas, como encontrar? Com certeza alguém já teria achado seu dinheiro e nunca mais veria aquele que representava as economias de muito trabalho e dedicação.

E o homem tristemente concluiu:

— Meus recursos terminaram e tive que recorrer à caridade pública. Não tinha onde me abrigar, nem o que comer. Graças a Deus, consegui chegar até aqui em casa depois de muito sofrimento. Embora tenha perdido tudo o que possuía, tenho vocês que são o meu tesouro.

Assim dizendo, abraçou o filho e a esposa, emocionado até às lágrimas.

O jovem, lembrando-se do tesouro que possuía ficou contente. Afinal, poderia fazer algo pelo seu querido pai.

Correu até seu quarto e voltou com a pequena bolsa de couro contendo as cinco moedas e, com sorriso feliz, entregou-a ao pai, dizendo-lhe:

— Pegue, meu pai. É tudo seu!

O pobre homem ao ver a bolsa reconheceu-a e perguntou surpreso:

— Onde foi que a encontrou, meu filho?

— Em meio à vegetação, quando pastoreava as ovelhas.

— É verdade! Eu quis ganhar tempo e cortei caminho pelo campo, saindo da estrada. Oh, meu filho! Graças a Deus, você a encontrou. O Senhor é muito bom! Mas, como soube que era minha?

De olhos arregalados o rapaz respondeu:

— Não sabia, papai. Nunca poderia supor que lhe pertencesse. Julguei que fosse de outra pessoa!

O pai ficou sério repentinamente e, segurando-o pelo braço, inquiriu:

— O que fez, meu filho? Encontrou este tesouro que alguém perdera e ficou com ele, quando não lhe pertencia? Como fui eu que perdi, poderia ser qualquer outra pessoa aqui do vale. Não pensou no desespero que, por certo, atingiria o dono das moedas e na falta que elas lhe fariam?

— Não, papai. Não pensei em nada disso. Desculpe-me. Somente agora começo a perceber como fui egoísta e ambicioso.

O pequeno pastor, arrependido, abaixou a cabeça, enquanto as lágrimas corriam pelo seu rosto.

— Perdoe-me, papai. Sei que agi errado e agora compreendo a enormidade da minha falta.

O pai afagou a cabeça do filho, dizendo:

— Meu filho, nós temos que respeitar o que é dos outros, para que os outros também respeitem o que nos pertence. Jesus, nosso Mestre, ensinou que seríamos responsáveis por todos os nossos atos e que deveríamos fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse. Agora pense: Se você tivesse perdido as moedas, o que gostaria que lhe fizessem?

— Ficaria muito feliz se quem as achou me devolvesse a bolsa, com as moedas, claro!

— Então, meu filho, assim também deve fazer para com os outros.

O pequeno pastor agradeceu a lição recebida e prometeu a si mesmo que nunca mais seria egoísta e ambicioso.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Poesia: Uma Luz

Por vezes, tanto empeço na estrada,
Que indagas, coração, de alma desencantada,
Por que meios humanos prosseguir...
Entretanto, ergue a fronte, ao vasto firmamento,
Da nuvem mais pesada ou do céu mais cinzento
Uma luz há de vir...

Deus a ninguém esquece... Ante a sombra noturna,
Sem bússola na selva imóvel e soturna,
O viajor se detém, sem coragem de agir;
Para, pensando em Deus... A névoa se condensa...
Mas a oração lhe diz, além da sombra imensa:
Uma luz há de vir...

Abate-se na mina a sinistra barragem,
Pedras, detritos e lama impedem a passagem,
Vozes clamam, no fundo, a gemer e a pedir;
Eis que a prece se eleva e, ao socorro da Altura,
Gritam vozes de irmãos, promovendo a abertura:
Uma luz há de vir...

É noite. Sobre o mar, há bulcões em batalha,
Relâmpagos relembram fogo de metralha
No trovão a rugir;
O barco, aos vagalhões, treme, estremece, estala
Pequena multidão, ora, espera e se cala...
Uma luz há de vir...

Desse modo, igualmente, alma fraterna,
Quando a prova por sombra te governa,
Qual noite que te oculta as visões do porvir,
Quando tudo pareça escuridão que avança,
Trabalha, serve, crê e ouve a voz da esperança:
Uma luz há de vir...

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Prece: A Oração de Bezerra de Menezes Para Dormir

“Nós Te rogamos, Pai de infinita Bondade e Justiça, o auxílio de Jesus, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.

Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer e assistindo a todos quantos apelam ao Teu infinito Amor.

Jesus, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Bons Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais.

Bons Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Exemplos de Jesus Cristo.”

Psicografia de Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Poesia: Traço do Cireneu

O Senhor carregava a cruz dificilmente...
A sentença cruel, afinal, se cumpria.
Liberto Barrabás, Jesus no mesmo dia,
Era levado à morte, ante a ironia
Do fanatismo deprimente...

Brados, altercações, zombaria, algazarra....
O Excelso Benfeitor, no lenho a que se agarra,
Curva-se de fadiga, arrasta-se, tressua,
Escutando em silêncio os palavrões da rua.

O cortejo prossegue... O Cristo, passo em passo,
Por um momento só, exânime fraqueja;
Ajoelha-se e cai, vencido de cansaço.
O povo exige a marcha, excede-se, pragueja...

Nisso, um campônio vem da gleba com que lida.
É Simão de Cirene, homem simples e forte.
Um meirinho lhe pede apoio na subida,
Deve prestar auxílio ao condenado à morte...

_ “Como, senhor? Não posso!...” – exclama o interpelado,
_ “Tenho pressa!” No entanto, o funcionário insano
Grita-lhe em rosto: _ “Cão, obedece ao chamado!...”
E mostra-lhe o rebenque a gesto desumano...

Cansado, o lavrador atende e silencia,
Toma parte da cruz sobre o ombro robusto,
Fita o Mestre cansado e o suor que o cobria...
A turba escala o monte e alcança o topo a custo.

Contemplando Jesus, por fim, deposto o lenho,
Diz-lhe Simão: _ “Senhor, achava-me apressado...
A filha cega e muda é o tesouro que eu tenho,
Não queria ferir-te o peito atribulado.

Perdoa, se aleguei a urgência em que me via...
É o coração de pai que falava a chorar...
Sei que estás inocente, ampara-me, alivia
A dor que me avassala e me atormenta o lar...”

Jesus endereçou-lhe um aceno de ternura,
Em meio a multidão, apupado, sozinho
E acentuou: _ “Simão, guarda a fé que te apura,
Todo o bem que se faz é uma luz no caminho.”

O cireneu, de volta, acha a enorme surpresa...
Fala-lhe a filha: - “oh, pai, uma luz veio a mim,
Agora vejo e falo, acabou-se a tristeza,
Tenho a impressão que a Terra é um formoso Jardim!...”

Simão chora, lembrando a cruz que traz na mente
E reconhece o bem por divino troféu,
Que mesmo praticado involuntariamente
É uma força atraindo a intercessão do Céu!...

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

159 Ação de Graças Por Um Benefício Concedido a Outrem

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

44. PREFÁCIO. Quem não se acha dominado pelo egoísmo rejubila-se com o bem que acontece ao seu próximo, ainda mesmo que o não haja solicitado por meio da prece.

45. Prece. - Meu Deus, sê bendito pela felicidade que adveio a N... 
Bons Espíritos; fazei que nisso ele veja um efeito da bondade de Deus. Se o bem que lhe aconteceu é uma prova, inspirai-lhe a lembrança de fazer bom uso dele e de se não envaidecer, a fim de que esse bem não redunde de futuro, em prejuízo seu.

A ti, bom gênio que me proteges e desejas a minha felicidade, peço afastes do meu coração todo sentimento de inveja ou de ciúme.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Estória: O Esquilo Fujão

Numa clareira da floresta, habitava uma família de esquilos que vivia em paz e harmonia.

A pequena família era constituída do papai Esquilão, da mamãe Esquila e de um casal de filhotes muito obedientes. Todos se estimavam sinceramente, pois entre eles havia compreensão e amizade.

Enquanto papai Esquilão saía em busca do sustento da família, mamãe Esquila permanecia em casa cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos.

Certo dia, Esquila descobriu que ia ser mãe novamente. Todos ficaram muito felizes. Afinal, as crianças estavam crescidinhas e um bebê fazia falta em casa.

Dentro de pouco tempo, a família aumentou. Era um lindo filhotinho!

O filhote crescia rápido e se tornava cada vez mais exigente. A pequena família vivia em função dele, fazendo-lhe todas as vontades.

Mas nem tudo podia ser permitido! E cada vez que sua mãe o repreendia, ele ficava revoltado e infeliz.

Com o passar do tempo, começou a achar que ninguém o amava. Sempre viviam ralhando com ele: “Não faça isso, Esquilino! Não faça aquilo! Arrume suas coisas!”

Um dia, cansado de tudo, sentindo-se muito triste, foi embora resolvido a viver livre na floresta. Sua mãe sempre o alertara para os perigos que encontraria, mas ele nunca se importou. O pai também jamais permitira que ele se internasse na mata sozinho preocupado com sua segurança. Agora, no entanto, ele estava livre e não precisava obedecer a ordens de ninguém.

— Ufa! Afinal vou levar a vida que sempre desejei. Já sou bastante crescido para cuidar de mim mesmo! — pensou.

Andou bastante pela floresta, satisfeito da vida.

Aos poucos foi escurecendo e o pequeno esquilo não tinha encontrado ainda local onde pudesse se abrigar. Os ruídos da mata o assustavam e ele desejou estar ao lado de sua mamãe, sempre tão amorosa.

Mas agora estava perdido. Não sabia mais voltar. E, além de tudo, estava com uma fome terrível!

A escuridão foi ficando cada vez maior e mais apavorante.

Cansado de tanto andar, Esquilino aninhou-se no tronco de uma grande árvore e adormeceu depois de muito chorar.

De manhãzinha, acordou ouvindo o ruído de folhas secas. Alguém se aproximava. Levantou-se rápido. Quem sabe era alguém que poderia ajudá-lo?

Era um lobo enorme e ameaçador!

Quando o lobo uivou, arregaçando os dentes perigosamente, o esquilinho saiu em grande disparada.

Ao perceber que não estava mais ao alcance do lobo, parou para descansar.

— Ufa! Que sufoco! — disse mais aliviado.

Nisso, ouviu um ruído estranho, como se fossem guizos. Olhou para o chão e se deparou com uma enorme cobra pronta para dar o bote.

Apavorado, fugiu novamente tão rápido quanto lhe permitiam as pernas.

Com o coração aos saltos e a respiração ofegante, parou junto a uma árvore. Suas pernas estavam bambas! Encostou-se nela para recuperar o fôlego, quando escutou um zumbido diferente.

O que seria? Olhou para o lado e percebeu que quase tocara num grande cacho de abelhas. E elas pareciam realmente enfezadas!

Reunindo as forças, fugiu de novo procurando escapar do enxame que vinha em sua direção.

Olhando para trás, não viu um riacho logo à sua frente. Caiu dentro dele, ficando todo molhado.

Felizmente, as abelhas o perderam de vista e Esquilino pôde sair da água tranquilamente.

Olhando em volta, reconheceu o lugar. Sim! Estava próximo de casa!

Mais confiante, tomou uma pequena trilha e em poucos minutos chegou à clareira onde residia.

Todos ficaram felizes e aliviados com sua volta e o abraçaram e beijaram repetidas vezes.

Mais refeito, após se alimentar convenientemente, Esquilino disse à sua mãe:

— Sabe, mamãe, descobri que nada é melhor do que o lar da gente! Pensei que não me amassem, porque viviam me repreendendo. Agora, sei que é justamente por me amarem muito que agiam assim. Passei por muitos perigos, sentindo-me só e desamparado. Apenas aqui, junto de vocês, estou seguro e tranquilo.

E a mamãe, com lágrimas nos olhos, afirmou risonha:

— É verdade, meu filho. Nada como o amor da família. Porém, jamais esteve desamparado. Deus velava por você e o trouxe são e salvo para o nosso convívio.

E Esquilino, baixando a cabeça, disse comovido:

— Obrigado, meu Deus, pela família maravilhosa que o Senhor me concedeu!

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Biografia: JOÃO TEIXEIRA DE PAULA

1911 – 1985

Nasceu em 04 de novembro de 1911, tendo desencarnado em 03 de outubro de 1985.

Como jornalista, escritor, articulista e filólogo deixou varias obras não espíritas.

Em Espiritismo deixou-nos a Enciclopédia de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, Estudos de Espiritismo.

Traduziu para o português, Pesquisas de Mediunidade de Gabriel Delanne, Tratado de Metapsíquica de Charles Richet.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.