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sexta-feira, 28 de junho de 2019

REUNIÕES CRISTÃS


“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas da casa onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus e pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco.” (JOÃO, 20: 19)

Desde o dia da ressurreição gloriosa do Cristo, a Humanidade terrena foi considerada digna das relações com a espiritualidade.

O Deuteronômio proibira terminantemente o intercâmbio com os que houvessem partido pelas portas da sepultura, em vista da necessidade de afastar a mente humana de cogitações prematuras. Entretanto, Jesus, assim como suavizara a antiga lei da justiça inflexível com o perdão de um amor sem limites, aliviou as determinações de Moisés, vindo ao encontro dos discípulos saudosos.

Cerradas as portas, para que as vibrações tumultuosas dos adversários gratuitos não perturbassem o coração dos que anelavam o convívio divino, eis que surge o Mestre muito amado, dilatando as esperanças de todos na vida eterna. Desde essa hora inolvidável, estava instituído o movimento de troca, entre o mundo visível e o invisível. A família cristã, em seus vários departamentos, jamais passaria sem o doce alimento de suas reuniões carinhosas e íntimas.

Desde então, os discípulos se reuniriam, tanto nos cenáculos de Jerusalém, como nas catacumbas de Roma. E, nos tempos modernos, a essência mais profunda dessas assembleias é sempre a mesma, seja nas igrejas católicas, nos templos protestantes ou nos centros espíritas.

O objetivo é um só: procurar a influenciação dos planos superiores, com a diferença de que, nos ambientes espiritistas, a alma pode saciar-se, com mais abundância, em voos mais altos, por se conservar afastada de certos prejuízos do dogmatismo e do sacerdócio organizado.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 09 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

JESUS VEIO


“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” Paulo. (FILIPENSES, 2: 7.)

Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra.

Entretanto, tais reclamações não são justas.

Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.

Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.

O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.

Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.

Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões.

Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.

Recorda a demonstração do Mestre Divino.

Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 08 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

TUDO NOVO


“Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” Paulo. (I CORÍNTIOS, 5: 17)

É muito comum observarmos crentes inquietos, utilizando recursos sagrados da oração para que se perpetuem situações injustificáveis tão-só porque envolvem certas vantagens imediatas para suas preocupações egoísticas.

Semelhante atitude mental constitui resolução muito grave.

Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão, foi à cruz e legou o último testemunho de não violência, mas também de não acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.

Não se engane o crente acerca do caminho que lhe compete.

Em Cristo tudo deve ser renovado, O passado delituoso estará morto, as situações de dúvida terão chegado ao fim, as velhas cogitações do homem carnal darão lugar a vida nova em espírito, onde tudo signifique sadia reconstrução para o futuro eterno.

É contrassenso valer-se do nome de Jesus para tentar a continuação de antigos erros.

Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado, dirigindo-se ao Mestre como um prisioneiro carregado de cadeias, estejamos certos de que esse irmão pode estar à porta do Cristo, pela sinceridade das intenções; no entanto, não conseguiu, ainda, a penetração no santuário de seu amor.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 07 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Não Percas Tempo


Não deixes para mais tarde
A palavra calma e boa,
Que salva anima e perdoa
Curando ofensa ou pesar;

Talvez muita gente esteja
Na pauta do que te digo,
Pedindo-te um gesto amigo
Que não se deve adiar

Às vezes, num só abraço,
Numa frase ou num sorriso
Temos nós o que é preciso
Em qualquer reparação;

Faze agora o bem que possas,
Não aguardes outro dia,
Bondade semeia e cria
Vida nova no coração.

Haja o que houver em caminho,
Não guardes ressentimento,
Todo minuto é momento
De ajudar e recompor.

Não apontes, nem lastimes,
A incompreensão que te alcança,
Para quem segue a esperança
Deus é a presença do amor.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 19 de junho de 2019

88 O Homem de Bem


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 17 – Sede Perfeitos

3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado".

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal...

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.
Fonte da Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

MEU AMIGÃO


Uma noite, eu e minha mamãe estávamos em casa, quando, de repente, começou uma ventania danada, e muiiiiita chuva, que fazia assim: chiiii, chiii, chiiii, e os trovões então! Era catabruummm catabruuummm e um montão de relâmpagos.

Eu fiquei com medo e sai correndo atrás de mamãe, gritando:

- Mamãe, Mamãe, eu tô com medo! muiiiiiiiito medo!

Mamãe, então, me abraçou forte, bem forte, e disse:

- Meu filho, vou lhe contar um segredo! Quando você sentir medo da chuva, você vai pensar assim: "O Papai do Céu, Deus, me criou e gosta muiiiiiito de mim. Igual meu amigão Jesus gosta, igual a mamãe e o papai gostam! E o Papai do Céu não vai nunca me deixar sozinho. Quer ver só?

- Como, Mamãe?!

- Olha, Filho, o Papai do Céu, Deus, pediu alguém para ajudar você e cuidar de você. Sabe quem é?

- Não, quem mamãe? Você?

- Eu também filhinho, mas há uma pessoa especial: o seu Espírito Protetor!

Você não pode vê-lo, mas vai senti-lo bem pertinho de você. Me dê sua mãozinha, viu só? você não vê o vento, mas o sente, né mesmo?

- É sim, Mamãe, Legal...

- Então, vamos fazer uma prece, pedindo ao seu Espírito Protetor para lhe ajudar a acabar com este medo?

- Han, han... Tá...

- Meu Espírito Protetor, meu amigão, por favor fique perto de mim e me ajude a não sentir medo da chuva. Obrigado.

Mas, depois de um bom tempo, depois que eu já estava mais crescidinho, lá veio o medo de novo, desta vez sempre que eu ia dormir e ficava sozinho, vinha aquele medão do escuro... Daí eu lembrei do meu Amigão, meu Espírito Protetor e fiz a ele uma prece assim:

- Meu Espírito Protetor, meu amigão, por favor fique perto de mim e me ajude a não me sentir sozinho e nem a ter medo do escuro.

Obrigado.

- Sabem o que aconteceu? Olha só, eu pedi com muiiiiiita força, com uma vontade grande dentro do meu coração e daí ó, o medo sumiu!!!

Aí eu cresci mais um cadinho e sabem quem resolveu aparecer, de novo? O tal do medo, vê se pode! Só que agora eu morria de medo de perder o papai, a mamãe, a vó, o vô, a tia Nena, vivia com um "ai que medão!" danado de tudo

Claro que fui correndo pro meu amigão, né?

- Meu Espírito Protetor, meu amigão, por favor ajuda também meu pai, minha mãe, minha vó, meu vô, minha tia Nena a ter sempre saúde e estejam sempre bem, alegres e perto de mim. Obrigado.

O que foi que aconteceu?

Y Y yesss, o medão foi-se embora e é assim que Deus, nosso Pai do Céu, nos ajuda: pede ao nosso Espírito Protetor para cuidar de nós em qualquer lugar e a qualquer hora.

Legal, este amigão que todos nós temos, né?

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

ESFORÇO E ORAÇÃO


“E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.” (MATEUS, 14: 23)

De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.

Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.

Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.

Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.

Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.

Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.

A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.

A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.

Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”, recordando o Senhor.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 06 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

BASES


“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” (JOÃO, 13: 8)

É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.

Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.

O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.

Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.

Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.

Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 05 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

FÉ E CONFIANÇA


Jesus convidou André e Simão Pedro
Para a palavra pregar
Eram os irmãos pescadores
E só sabiam pescar

Ao convite,
Responderam: - Não podemos Senhor,
A pesca tá pobre
Precisamos trabalhar.

Pôs-se Jesus então a falar:
-Não se preocupem com isso
Estando comigo,
Estais com Meu Pai
E Ele não vos deixará nada faltar.

Cheinha de peixes,
A rede começou a pesar,
E os dois bem felizes
Começaram a puxar.

Senhor, Senhor,
Como vamos agradecer-lhe a fartura?
- Venham comigo agora,
A trabalhar para o PAI; é chegada vossa hora
Serão Pescadores de Homens,
A divulgar a Boa Ventura.

Seguiram-no os dois agora sem hesitar
E seus Grandes Discípulos
Vieram a se tornar,
Jesus silenciou o vento
E acalmou as ondas do mar
- Não temam, estão comigo
Não têm porque recear.

Pregaram por outras terras,
Ensinando o dom de Amar.
No sustento da fé divina
Que aprenderam a confiar.

Autora: Paty Bolonha - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Norma de Vida


Sinto-te o coração dorido em prece
E perguntas, em pranto, alma querida e boa:
- "Como guardar a fé, sem que a prova nos doa
Nos recessos do ser?
Uma norma de paz haverá sobre a Terra,
Que consiga sanar as chagas da alma triste?"
Sem pretensão, respondo que ela existe:
- Trabalhar e esquecer.

A própria Natureza é um livro aberto.
Recorda o tronco antigo e a tempestade;
Desçam raios do céu, a nuvem brade,
Sob a crise da noite a estremecer,
Ei-lo, porém, ereto e firme, aguentando a tormenta...
Quebra-se-lhe quase toda a ramaria,
Ele guarda, no entanto, as instruções da vida:
- Trabalhar e esquecer.

Vejo a terra humilhada na lavoura,
Ferida e massacrada
Ao peso do trator e entre golpes de enxada
Tem nos vulcões rugindo o seu bravo gemer...
Mas, mesmo assim, produz o pão do mundo,
Injuriada e revolvida
Atende a ordenação que recebe da vida:
- Trabalhar e esquecer.

O fio dàgua que nasceu na serra,
Pouco a pouco se fez amplo regato,
Percorrendo quilômetros de mato,
A correr e a correr...
Dessedentando pombos e serpentes,
Sofre a baba do lobo que o domina
E segue para o mar, ante a norma divina:
- Trabalhar e esquecer!...

Assim também, alma querida e boa,
Se carregas contigo farpas de amargura,
Desencanto, tristeza, desventura,
Chora, mas faze o bem - nosso alto dever...
Quanto às pedras e empeços do caminho,
Desengano e aflição, mágoa e mudança,
Olvida!... E segue as vozes da esperança:
- Trabalhar e esquecer!...

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 5 de junho de 2019

87 O DEVER


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 17 - SEDE PERFEITOS

7. O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida.

Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração.

Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão.

Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.

Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer.

Com relação ao bem, infinitamente variado nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações.

O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um só tempo juiz e escravo em causa própria.

O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque o preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade.

Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos. - Lázaro. (Paris, 1863.)
Fonte da Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

NOVA BIOGRAFIA


Hoje foi postada a biografia do mês de Junho de 2019 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JAIME MONTEIRO DE BARROS.