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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

JESUS E OS AMIGOS

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a vida pelos seus amigos.” Jesus (JOÃO, 15: 13)

Na localização histórica do Cristo, impressiona-nos a realidade de sua imensa afeição pela Humanidade.

Pelos homens, fez tudo o que era possível em renúncia e dedicação.

Seus atos foram celebrados em assembleias de confraternização e de amor.

A primeira manifestação de seu apostolado verificou-se na festa jubilosa de um lar.

Fez companhia aos publicanos, sentiu sede da perfeita compreensão de seus discípulos. Era amigo fiel dos necessitados que se socorriam de suas virtudes imortais. Através das lições evangélicas, nota­se­lhe o esforço para ser entendido em sua infinita capacidade de amar. A última ceia representa uma paisagem completa de afetividade integral. Lava os pés aos discípulos, ora pela felicidade de cada um...

Entretanto, ao primeiro embate com as forças destruidoras, experimenta o Mestre o supremo abandono.

Em vão, seus olhos procuram a multidão dos afeiçoados, beneficiados e seguidores.

Os leprosos e cegos, curados por suas mãos, haviam desaparecido.

Judas entregou-o com um beijo.

Simão, que lhe gozara a convivência doméstica, negou­o três vezes.

João e Tiago dormiram no Horto.

Os demais preferiram estacionar em acordos apressados com as acusações injustas. Mesmo depois da Ressurreição, Tomé exigiu-lhe sinais.

Quando estiveres na “porta estreita”, dilatando as conquistas da vida eterna, irás também só. Não aguardes teus amigos. Não te compreenderiam; no entanto, não deixes de amá-los. São crianças. E toda criança teme e exige muito.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 86 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

TESTEMUNHO

“Respondeu-lhe Jesus: — Dizes isso de ti mesmo ou foram outros que te disseram de mim?” (JOÃO, 18: 34)

A pergunta do Cristo a Pilatos tem significação mais extensiva.

Compreendemo-la, aplicada às nossas experiências religiosas.

Quando encaramos no Mestre a personalidade do Salvador, por que o afirmamos? Estaremos agindo como discos fonográficos, na repetição pura e simples de palavras ouvidas?

É necessário conhecer o motivo pelo qual atribuímos títulos amoráveis e respeitosos ao Senhor. Não basta redizer encantadoras lições dos outros, mas viver substancialmente a experiência íntima na fidelidade ao programa divino.

Quando alguém se refere nominalmente a um homem, esse homem pode indagar quanto às origens da referência.

Jesus não é símbolo legendário; é um Mestre Vivo.

As preocupações superficiais do mundo chegam, educam o espírito e passam, mas a experiência religiosa permanece.

Nesse capítulo, portanto, é ilógico recorrermos, sistematicamente, aos patrimônios alheios.

É útil a todo aprendiz testificar de si mesmo, iluminar o coração com os ensinos do Cristo, observar-lhe a influência excelsa nos dias tranquilos e nos tormentosos.

Reconheçamos, pois, atitude louvável no esforço do homem que se inspira na exemplificação dos discípulos fiéis; contudo, não nos esqueçamos de que é contraproducente repousarmos em edificações que não nos pertencem, olvidando o serviço que nos é próprio.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 85 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

LEVANTEMO-­NOS

“Levantai-vos, vamo-nos daqui.” Jesus (JOÃO, 14: 31)

Antes de retirar-se para as orações supremas no Horto, falou Jesus aos discípulos longamente, esclarecendo o sentido profundo de sua exemplificação.

Relacionando seus pensamentos sublimes, fez o formoso convite inserto no Evangelho de João:

— “Levantai-vos, vamo-nos daqui.”

O apelo é altamente significativo.

Ao toque de erguer-se, o homem do mundo costuma procurar o movimento das vitórias fáceis, atirando-se à luta sequioso de supremacia ou trocando de domicilio, na expectativa de melhoria efêmera.

Com Jesus, entretanto, ocorreu o contrário.

Levantou-se para ser dilacerado, logo após, pelo gesto de Judas.

Distanciou-se do local em que se achava a fim de alcançar, pouco depois, a flagelação e a morte.

Naturalmente partiu para o glorioso destino de reencontro com o Pai, mas precisamos destacar as escalas da viagem...

Ergueu-se e saiu, em busca da glória suprema. As estações de marcha são eminentemente educativas:

— Getsêmani, o Cárcere, o Pretório, a Via Dolorosa, o Calvário, a Cruz constituem pontos de observação muito interessantes, mormente na atualidade, que apresenta inúmeros cristãos aguardando a possibilidade da viagem sobre as almofadas de luxo do menor esforço.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 84 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

AFLIÇÕES

“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições do Cristo.” (I PEDRO, 4: 13)


É inegável que em vosso aprendizado terrestre atravessareis dias de inverno ríspido, em que será indispensável recorrer às provisões armazenadas no íntimo, nas colheitas dos dias de equilíbrio e abundância.


Contemplareis o mundo, na desilusão de amigos muito amados, como templo em ruínas, sob os embates de tormenta cruel.


As esperanças feneceram distantes, os sonhos permanecem pisados pelos ingratos. Os afeiçoados desapareceram, uns pela indiferença, outros porque preferiram a integração no quadro dos interesses fugitivos do plano material.


Quando surgir um dia assim em vossos horizontes, compelindo-vos à inquietação e à amargura, certo não vos será proibido chorar. Entretanto, é necessário não esquecerdes a divina companhia do Senhor Jesus.


Supondes, acaso, que o Mestre dos Mestres habita uma esfera inacessível ao pensamento dos homens? julgais, porventura, não receba o Salvador ingratidões e apodos, por parte das criaturas humanas, diariamente? Antes de conhecermos o alheio mal que nos aflige, Ele conhecia o nosso e sofria pelos nossos erros.


Não olvidemos, portanto, que, nas aflições, é imprescindível tomar-lhe a sublime companhia e prosseguir avante com a sua serenidade e seu bom ânimo.


Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 83 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

118 ABORRECER PAI E MÃE

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 23 - MORAL ESTRANHA

1. Como nas suas pegadas caminhasse grande massa de povo, Jesus, voltando-se, disse-lhes: - Se alguém vem a mim e não odeia a seu pai e a sua mãe, a sua mulher e a seus filhos, a seus irmãos e irmãs, mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem quer que não carregue a sua cruz e me siga, não pode ser meu discípulo. 
Assim, aquele dentre vós que não renunciar a tudo o que tem não pode ser meu discípulo. (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 25 a 27 e 33.)

2. Aquele que ama a seu pai ou a sua mãe, mais do que a mim, de mim não é digno; aquele que ama a seu filho ou a sua filha, mais do que a mim, de mim não é digno. (S. MATEUS, cap. X, v. 37.)

3. Certas palavras, aliás, muito raras, atribuídas ao Cristo, fazem tão singular contraste com o seu modo habitual de falar que, instintivamente, se lhes repele o sentido literal, sem que a sublimidade da sua doutrina sofra qualquer dano. Escritas depois de sua morte, pois que nenhum dos Evangelhos foi redigido enquanto ele vivia lícito é acreditar-se que, em casos como este, o fundo do seu pensamento não foi bem expresso, ou, o que não é menos provável, o sentido primitivo, passando de uma língua para outra, há de ter experimentado alguma alteração. Basta que um erro se haja cometido uma vez, para que os copiadores o tenham repetido, como se dá frequentemente com relação aos fatos históricos.

O termo odiar, nesta frase de S. Lucas: Se alguém vem a mim e não odeia a seu pai e a sua mãe, está compreendido nessa hipótese. A ninguém acudirá atribuí-la a Jesus. Será então supérfluo discuti-la e, ainda menos, tentar justificá-la. Importaria primeiro, saber se ele a pronunciou e, em caso afirmativo, se, na língua em que se exprimia, a palavra em questão tinha o mesmo valor que na nossa. Nesta passagem de S. João: "Aquele que odeia sua vida, neste mundo, a conserva para a vida eterna", é indubitável que ela não exprime a ideia que lhe atribuímos.

A língua hebraica não era rica e continha muitas palavras com várias significações. Tal, por exemplo, a que no Gênese, designa as fases da criação: servia, simultaneamente, para exprimir um período qualquer de tempo e a revolução diurna. Daí, mais tarde, a sua tradução pelo termo dia e a crença de que o mundo foi obra de seis vezes vinte e quatro horas. Tal, também, a palavra com que se designava um camelo e um cabo, uma vez que os cabos eram feitos de pelos de camelo. Daí o haverem-na traduzido pelo termo camelo, na alegoria do buraco de uma agulha.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Dar de Si Mesmo

Laurinha, embora contasse apenas oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as outras pessoas.

 

Certo dia, na aula de Evangelização Infantil que frequentava, ouvira a professora, explicando a mensagem de Jesus, falar da importância de se fazer caridade, e Laurinha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.

 

Pensou... pensou... e resolveu:

 

— Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado.

 

Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.

 

Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber aonde ela ia. Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina respondeu:

 

– Vou dar este dinheiro a um mendigo!

 

A mãezinha, contudo, considerou:

 

– Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la a ninguém porque não lhe pertence!

 

Sem graça, a garota devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando...

 

– Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?

 

Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma ideia surgiu:

 

– Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.

 

Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo da sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou:

 

– O que você vai fazer com esse livro, minha filha?

 

Laurinha estufou o peito e informou:

 

– Vou dá-lo a alguém!

 

Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmando:

 

– Este livro não é seu, Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo para ninguém.

 

Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta, Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cair.

 

– Não é justo! – resmungava. – Quero fazer o bem e meus pais não deixam!

 

Nisso, ela viu uma colega da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desanimada que Laurinha esqueceu o problema que tanto a afligia.

 

Aproximando-se, perguntou gentil:

 

– O que você tem, Raquel?

 

A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou:

 

– Estou chateada, Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuadas e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou acabar perdendo o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.

 

Laurinha respirou, aliviada:

 

– Ah! Bom, se for por isso, não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até a sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.

 

Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até a sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.

 

Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradecer à amiga.

 

– Laurinha, eu aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.

 

Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente tinha ajudado alguém.

 

Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.

 

Retornando para casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando:

 

– A casa de Raquel é muito pobre, mamãe; acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? – perguntou, algo temerosa, lembrando-se das “broncas” que levara algumas horas antes.

 

A senhora abraçou a filha, satisfeita:

 

– Estou muito orgulhosa de você, Laurinha. Agiu verdadeiramente como cristã, ensinando o que sabia. Quanto às roupas, são “suas” e poderá fazer com elas o que achar melhor.

 

Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal, compreendendo o sentido da caridade.

 

– É verdade, mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.

 

Célia Xavier Camargo

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Pai Sempre

Alguém te disse, alma querida e boa,

Que os Espíritos Nobres

Nunca se valem de pessoa

Claramente imperfeita

Em tarefas de amor à Humanidade...

 

Por isso mesmo o escrúpulo te invade

E, receando a própria imperfeição,

Foges do privilégio de servir

Em que o Senhor te pede trabalhar

A fim de conquistar

O Celeste Porvir...

 

Reflitamos, no entanto,

Entre simples lições da Natureza:

A semente germina em lauréis de esperança,

Muita vez sob a lama asco rosa e indefesa;

A fonte não seria exemplo de bondade

Em que a vida enxameia,

Se recusasse deslizar

Sobre tratos de terra e lâminas de areia...

 

Olha as flores do charco

Embalsamando campos e caminhos,

A rosa não desdenha florescer

Entre punhais de espinhos...

 

Pensa ainda conosco

Nas fraquezas e lágrimas que levas.

O Sol seria o Sol

Se fugisse das trevas?

Esquece pessimismo, acusação, censura,

Nada te desanime, ergue-te e vem...

 

Conquanto enferma e rude, mesmo assim,

Se te encontras na sombra, avança para a luz,

Sem desertar, porém, de servir com Jesus!

Vem cooperar no amor que devemos ao mundo

E entenderás, por fim,

Que só se vence o mal pelo serviço ao Bem

E que a bênção de Deus jamais nos desampara

Nem despreza a ninguém.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

MADEIROS SECOS

“Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?” Jesus (LUCAS, 23: 31)

 

Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina, espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infamante.

 

Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.

 

Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos, representando galhos ainda secos na árvore da vida?

 

Em cada experiência, necessitamos de processos novos no serviço de reparação e corrigenda.

 

Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em sua fúria destruidora.

 

Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.

 

O martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.

 

Como lenhos ressequidos, ao calor do mal, sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos.

 

O mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.

 

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 82 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Ouve Coração

Perguntas, coração,

Como sanar as dores sem medida,

De que modo enxugar a lágrima incontida

Sob nuvens de fel e de pesar!...

Recordemos o chão...

Quando o lodo ameaça uma estrada indefesa,

Em cada canto roga a Natureza:

Trabalhar, trabalhar.

 

Fita o aguaceiro que se fez tormenta.

Ao granizo que estala, o vento insulta;

Seio de mágoas que se desoculta,

A terra, em torno, geme a desvairar...

Mas, finda a longa crise turbulenta,

Sobre teto quebrado, pedra e lama,

Renasce a paz do céu que vibra e chama:

Trabalhar, trabalhar.

 

Ressurge, inalterado, o sol risonho,

Não pergunta se o mal ganhou no mundo

A tudo abraça em seu amor profundo,

A criar e a brilhar!

Recebe cada flor um novo sonho,

Cada tronco uma bênção, cada ninho

Canta para quem passa no caminho:

Trabalhar, trabalhar.

 

Assim também, nas horas de amargura,

Enquanto a sombra ruge ou desgoverna,

Pensa na glória da Bondade Eterna,

Acende a luz da prece tutelar!

E vencerás tristeza e desventura,

Obedecendo à voz de Deus na vida

Que te pede em silêncio, à alma ferida:

Trabalhar, trabalhar.

 

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

117 O Divórcio

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

 

Cap. 22 - Não Separar o Que Deus Juntou

 

5. O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se fosse contrário a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.

 

Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: "Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?" Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: "no princípio, não foi assim", isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.

 

Vai mais longe: especifica o caso em que pode dar-se o repúdio, o de adultério. Ora, não existe adultério onde reina sincera afeição recíproca. É verdade que ele proíbe ao homem desposar a mulher repudiada; mas, cumpre se tenham em vista os costumes e o caráter dos homens daquela época. A lei mosaica, nesse caso, prescrevia a lapidação.

 

Querendo abolir um uso bárbaro, precisou de uma penalidade que o substituísse e a encontrou no opróbrio que adviria da proibição de um segundo casamento. Era, de certo modo, uma lei civil substituída por outra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, tinha de passar pela prova do tempo.

 

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Fazendo o Bem

Durante uma aula de Evangelização, entre todas as coisas que a professora falou, Bentinho gravou mentalmente de modo especial que todos temos tarefas a cumprir e que devemos sempre fazer o bem aos outros.

 

Bentinho, garoto esperto e inteligente, ouviu e guardou dentro do coração as palavras da professora.

 

No dia seguinte, no horário do recreio, viu uma colega tentando resolver um problema de matemática. Bentinho lembrou-se do que a professora tinha dito e não teve dúvidas, parou e, como tinha facilidade para matemática, em poucos minutos resolveu a questão.

 

A garota agradeceu, encantada, e Bentinho afastou-se satisfeito, pensando: Fiz a minha primeira boa ação do dia.

 

Na saída da escola, passou por uma casa onde um garotinho tentava empinar uma pipa sem muito sucesso. Num impulso, aproximou-se e, tomando o brinquedo das mãos do menino, rapidamente colocou a pipa no céu.

 

O garoto agradeceu, surpreso, segurando o carretel de linha que mantinha a pipa no ar, e Bentinho prosseguiu seu caminho sentindo-se cada vez melhor. Fizera sua segunda boa ação do dia e um grande bem-estar o inundava por dentro.

 

Mais adiante, pouco antes de chegar a sua casa, viu um menino abaixado junto a uma bicicleta. Aproximou-se e percebeu que ele estava com problemas. A corrente tinha saído do lugar. Imediatamente, Bentinho ajoelhou-se e, com presteza, arrumou a corrente. O menino agradeceu e foi embora.

 

Bentinho entrou em casa todo orgulhoso.

 

Contou à mãe o que tinha feito naquela manhã e ela deu-lhe os parabéns pela ajuda às três crianças. Depois, perguntou:

 

— E agora? O que pretende fazer, meu filho?

 

— Vou almoçar e depois ficarei lá fora vendo se posso ajudar mais alguém hoje.

 

A mãe escutou e não disse nada.

 

Depois do almoço Bentinho ficou no portão, esperando o que ia acontecer.

 

Mais tarde, ele voltou para casa, satisfeito, e contou para a mãe:

 

— Mamãe, ajudei uma senhora a atravessar a rua. Depois, ajudei o carteiro a entregar todas as correspondências.

 

Bentinho parou de falar, sorriu e concluiu cheio de orgulho:

 

— Estou exausto, mas muito feliz, mamãe. Agora vou tomar um banho, jantar e dormir.

 

A mãe olhou-o com seriedade e considerou:

 

— Bentinho, muito louvável seu desejo de ajudar as pessoas, meu filho. Todavia, e suas tarefas, quem fará?

 

Bentinho arregalou os olhos, como se só naquele momento tivesse se lembrado de seus deveres.

 

— Mas, mamãe... — gaguejou, decepcionado —, achei que estava fazendo a coisa certa!

 

— Sim, meu filho. Só que ajudar aos outros é algo mais que podemos fazer, sem esquecer nossas próprias obrigações. A professora não disse que todos têm suas tarefas a cumprir?

 

— É verdade. E agora?

 

— Agora, você tem os deveres da escola para fazer, o quarto para arrumar, os brinquedos para guardar. Ah! E ainda ficou de consertar a bicicleta de seu irmão, lembra-se?

 

— Mas já é tarde! — reclamou o garoto.

 

— Não é tão tarde assim. Você ainda tem algum tempo antes do jantar.

 

Vendo que a mãe estava irredutível, Bentinho baixou a cabeça e foi cumprir suas obrigações. Em seguida, tomou banho e jantou. Depois da refeição, extremamente cansado, foi logo dormir.

 

A mãe entrou no quarto para fazer a oração com ele.

 

Sentou-se na beirada da cama e, acariciando os cabelos do filho, disse:

 

— Meu filho, eu estou muito orgulhosa de você hoje. Fez a coisa certa ajudando às pessoas. Só que, no impulso de ser útil, não podemos ultrapassar o limite da ajuda realizando a tarefa pelo outro.

 

— Como assim, mamãe?

 

— Por exemplo. Fazendo a tarefa de matemática para sua colega, você a impediu de aprender. O mais correto seria tê-la ensinado a resolver o problema. Entendeu?

 

— Entendi, mamãe. Quer dizer que eu poderia ter ajudado o garotinho a empinar a pipa, mas não a fazê-lo por ele, não é? Assim também com o garoto da bicicleta. Se eu o tivesse ensinado a colocar a corrente, em outra ocasião ele saberia fazer isso sozinho. E o carteiro?

 

— A questão do carteiro é mais complexa, meu filho. A responsabilidade por entregar a correspondência pertence a ele. O carteiro ganha para isso. E se você tivesse feito algo errado? Como entregar uma correspondência importante em endereço diferente? Ou se perdesse uma carta? A responsabilidade seria dele e ele sofreria as consequências.

 

— Tem razão, mamãe. Mas acho que agi bem quando ajudei a senhora a atravessar a rua.

 

— Exatamente, meu filho, embora tudo o que você fez hoje tenha sido bom. Só não devemos tirar a oportunidade das pessoas de aprenderem fazendo suas obrigações.

 

— Nem de nos esquecermos de fazer as nossas!

 

Bentinho estava contente. Tinha sido um dia diferente e muito produtivo.

 

Abraçou a mãezinha com amor, e, juntos, fizeram uma prece a Jesus, gratos pelas lições daquele dia.

 

Célia Xavier Camargo

 

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

NOVA BIOGRAFIA

Hoje foi postada a biografia do mês de Outubro de 2020 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JOÃO ANDREOTTI.