Todo conteúdo deste blog é publico.

Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.

segunda-feira, 30 de março de 2020

SABER E FAZER


“Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jesus (JOÃO, 13:17)

Entre saber e fazer existe singular diferença.

Quase todos sabem, poucos fazem.

Todas as seitas religiosas, de modo geral, somente ensinam o que constitui o bem. Todas possuem serventuários, crentes e propagandistas, mas os apóstolos de cada uma escasseiam cada vez mais.

Há sempre vozes habilitadas a indicar os caminhos. É a palavra dos que sabem.

Raras criaturas penetram valorosamente a vereda, muita vez em silêncio, abandonadas e incompreendidas.

É o esforço supremo dos que fazem.

Jesus compreendeu a indecisão dos filhos da Terra e, transmitindo-lhes a palavra da verdade e da vida, fez a exemplificação máxima, através de sacrifícios culminantes.

A existência de uma teoria elevada envolve a necessidade de experiência e trabalho. Se a ação edificante fosse desnecessária, a mais humilde tese do bem deixaria de existir por inútil.

João assinalou a lição do Mestre com sabedoria. Demonstra o versículo que somente os que concretizam os ensinamentos do Senhor podem ser bem-aventurados. Aí reside, no campo do serviço cristão, a diferença entre a cultura e a prática, entre saber e fazer.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 49 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 27 de março de 2020

GUARDAI­VOS


“Estes, porém, dizem mal do que ignoram; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” (JUDAS, 1:10)

Em todos os lugares, encontramos pessoas sempre dispostas ao comentário desairoso e ingrato relativamente ao que não sabem.

Almas levianas e inconstantes, não dominam os movimentos da vida, permanecendo subjugadas pela própria inconsciência.

E são essas justamente aquelas que, em suas manifestações instintivas, se portam, no que sabem, como irracionais. Sua ação particular costuma corromper os assuntos mais sagrados, insultar as intenções mais generosas e ridiculizar os feitos mais nobres.

Guardai-vos das atitudes dos murmuradores irresponsáveis.

Concedeu-nos o Cristo a luz do Evangelho, para que nossa análise não esteja fria e obscura.

O conhecimento com Jesus é a claridade transformadora da vida, conferindo-nos o dom de entender a mensagem viva de cada ser e a significação de cada coisa, no caminho infinito.

Somente os que ajuízam, acerca da ignorância própria, respeitando o domínio das circunstâncias que desconhecem, são capazes de produzir frutos de perfeição com as dádivas de Deus que já possuem.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 48 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 25 de março de 2020

A GRANDE PERGUNTA


“E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” Jesus (LUCAS, 6:46)

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.

Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.

É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.

Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando lhes as forças.

Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal.

Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.

Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.

É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 47 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 23 de março de 2020

QUEM ÉS?


“Há só um Legislador e um Juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (TIAGO, 4:12)

Deveria existir, por parte do homem, grande cautela em emitir opiniões relativamente à incorreção alheia.

Um parecer inconsciente ou leviano pode gerar desastres muito maiores que o erro dos outros, convertido em objeto de exame.

Naturalmente existem determinadas responsabilidades que exigem observações acuradas e pacientes daqueles a quem foram conferidas.

Um administrador necessita analisar os elementos de composição humana que lhe integram a máquina de serviços.

Um magistrado, pago pelas economias do povo, é obrigado a examinar os problemas da paz ou da saúde sociais, deliberando com serenidade e justiça na defesa do bem coletivo. Entretanto, importa compreender que homens, como esses, entendendo a extensão e a delicadeza dos seus encargos espirituais, muito sofrem, quando compelidos ao serviço de regeneração das peças vivas, desviadas ou enfermiças, encaminhadas à sua responsabilidade.

Na estrada comum, no entanto, verifica­se grande excesso de pessoas viciadas na precipitação e na leviandade.

Cremos seja útil a cada discípulo, quando assediado pelas considerações insensatas, lembrar o papel exato que está representando no campo da vida presente, interrogando a si próprio, antes de responder às indagações tentadoras: “Será este assunto de meu interesse? Quem sou? Estarei, de fato, em condições de julgar alguém?”

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 46 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Outro Dia


Afirmas, coração, que tudo te falhou:
Felicidade, amor, confiança, promessa...
Rogas socorro e amparo de alma opressa
Para esquecer o fel que te agonia!...
Recordemos, no entanto, a natureza,
Tudo espera por Deus: o céu, a vida, o solo,
Ante a luz matinal que aclama, polo a polo:
- Outro dia, outro dia!...

Calamidades surgem...Terremotos
Lançam em torvo abismo as obras do homem,
Não se enumera as glórias que consomem
Na desordem sombria!...
Passada a convulsão, a gleba se renova,
E, enquanto ouves canções de tratores e enxadas,
Dizem rosas nas sebes orvalhadas:
- Outro dia, outro dia!...

Pensa no campo, à noite, em tempestade,
Verga-se a planta em furacão violento,
A galharia estala em desalento,
Mas o tronco porfia...
Garante os ninhos frágeis que agasalha
E, quando a aurora se desencastela,
Entoa a passarada a oração doce e bela:
- Outro dia, outro dia!...

Cai pesada barranca sobre a fonte,
Enodoa-lhe a face alegre e pura...
A fonte acolhe e abraça a lama escura
Que a deslustra e injuria,
Vence, calma, o tropeço que a constrange
E em vez de revoltar-se, agitando a corrente,
Trabalha e canta em paz, seguindo para a frente:
- Outro dia, outro dia!...

Assim no mundo, coração cansado,
Se a dor te busca, amargurosa e austera,
Nunca te desanimes!...Sofre, espera,
Luta, serve, confia!...
E escutarás na fé que te abençoa,
Sem que a palavra humana logre formulá-la,
A eterna voz de Deus que te levanta e fala:
- Outro dia, outro dia!...

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 18 de março de 2020

104 Os Trabalhadores da Última Hora


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 20 - TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha.

Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha.

Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, - disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram.

Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo.

Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? - É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um.

Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor....

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. - Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?

Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Viver de lá pra cá, de cá pra lá...


Era uma vez um menino chamado Alfredo.

Ele era muito legal, e fazia o que toda criança de sua idade – oito anos – costuma fazer: ia à escola, brincava, praticava esporte... Só que ele tinha uma característica especial...

Qual será? Vocês sabem? Nãããoo?? Vamos ver?!

Alfredo não enxergava, ele nasceu com deficiência visual.

Alfredo estudava em uma escola destinada a deficientes visuais e, entre todas as matérias ali ensinadas, a música era a de que mais gostava.

Rita, a sua professora, tinha um carinho especial por Alfredo, achando-o uma criança muito alegre e esforçada.

Um dia, no intervalo de aulas, Rita estava no pátio, ouvindo um CD que ganhara de presente e, como Alfredo se aproximava, ela o chamou para ouvirem juntos as músicas que eram bastante alegres.

O CD que Rita ouvia era com músicas espíritas e a música que Rita estava ouvindo chamava-se “Sempre Viver”.

Alfredo adorou a música e chegou a cantarolar um pedacinho, mas, como ele não era espírita, ficou sem entender direito a letra.

- Puxa, Rita, que música legal! A gente aprende num instante! Só que eu não entendi muito bem esse negócio de viver de lá pra cá, de cá pra lá...

A professora, que era espírita, viu que aquele momento poderia ser muito importante para Alfredo, se ela lhe desse algumas informações que o Espiritismo nos fornece a respeito da vida, da eternidade, do Espírito, do nosso objetivo na Terra... E falou a ele, com muito carinho:

- Alfredo, esta música fala sobre reencarnação, que é um ensinamento de Jesus e também da Doutrina Espírita. Nós fomos criados por Deus para sermos perfeitos, e como em uma só vida não dá pra aprender tudo, a gente nasce várias vezes!

A cabeça de Alfredo fervilhou de curiosidade! Ele já ouvira falar em Espiritismo, tinha até um tio que frequentava um Centro Espírita.

Interessado que ficou, fez uma porção de perguntas para a professora...

- O Espírito é criado por Deus na hora do nascimento da criança? Que acontece com o Espírito quando o corpo morre? Por que, quando a gente reencarna, fica um corpo diferente do que a gente tinha? Um defeito que a gente tem, como a minha cegueira, quando desencarnamos, ele continuará a existir? Por que umas pessoas nascem de um jeito e outras de outro jeito? Eu posso encontrar as pessoas de quem eu gosto, e as de quem eu não gosto, na minha próxima reencarnação? Como vou saber isso? Quando a gente encontra dificuldades numa reencarnação é porque não fomos bons na outra passada? O defeito que a gente tem, como a minha cegueira, eu vou ter na próxima reencarnação?

Uuffaaa..., quantas perguntas que o Alfredo fez num fôlego só, né mesmo?

Que tal vocês mesmos responderem ao Alfredo?

Passado algum tempo, depois que o Alfredo recebeu todas as respostas e que a Rita foi explicando mais miuçadinho; Fred estava muito feliz com as respostas, porque assim ele percebeu que Deus não o “castigava” com a deficiência visual; aquela era uma oportunidade para aprender outras coisas, outras habilidades, e ele, como Espírito, não era cego, existindo aquela limitação apenas no corpo físico.

Uma grande esperança começou a nascer naquele coraçãozinho, fazendo Rita também muito feliz.

- Sabe, Rita, gostei desses ensinamentos do Espiritismo! Quando o Tio Jorge for lá em casa poderei conversar com ele um pouco mais.

- Isso mesmo, Alfredo. Tenho certeza que você aproveitará bastante! E também, quando quiser, poderemos continuar nosso papo, pois há muita coisa na Doutrina Espírita que você gostará de aprender!

Como estivesse acabado o intervalo da aula, os dois, abraçados, seguiram cantarolando para a sala de aula:

- Eu sei que vou viver de lá pra cá, de cá pra lá ... Eu sei que vou viver, aprendendo sem parar!

Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 13 de março de 2020

CONVERSAR


“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.” Paulo (EFÉSIOS, 4:29)

O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.

As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.

A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.

Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.

Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.

Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas.

São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.

Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 45 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 11 de março de 2020

O CEGO DE JERICÓ


“Dizendo: Que queres que te faça? E ele respondeu: — Senhor, que eu veja.” (LUCAS, 18:41)

O cego de Jericó é das grandes figuras dos ensinamentos evangélicos.

Informa-nos a narrativa de Lucas que o infeliz andava pelo caminho, mendigando... Sentindo a aproximação do Mestre, põe-se a gritar, implorando misericórdia.

Irritam-se os populares, em face de tão insistentes rogativas. Tentam impedi-lo, recomendando-lhe calar as solicitações. Jesus, contudo, ouve lhe a súplica, aproxima­se dele e interroga com amor:

— Que queres que te faça?

Á frente do magnânimo dispensador dos bens divinos, recebendo liberdade tão ampla, o pedinte sincero responde apenas isto:

— Senhor, que eu veja!

O propósito desse cego honesto e humilde deveria ser o nosso em todas as circunstâncias da vida.

Mergulhados na carne ou fora dela, somos, às vezes, esse mendigo de Jericó, esmolando às margens da estrada comum. Chama-nos a vida, o trabalho apela para nós, abençoa-nos a luz do conhecimento, mas permanecemos indecisos, sem coragem de marchar para a realização elevada que nos compete atingir. E, quando surge a oportunidade de nosso encontro espiritual com o Cristo, além de sentirmos que o mundo se volta contra nós, induzindo-nos à indiferença, é muito raro sabermos pedir sensatamente.

Por isso mesmo, é muito valiosa a recordação do pobrezinho mencionado no versículo de Lucas, porquanto não é preciso compareçamos diante do Mestre com volumosa bagagem de rogativas. Basta lhe peçamos o dom de ver, com a exata compreensão das particularidades do caminho evolutivo. Que o Senhor, portanto, nos faça enxergar todos os fenômenos e situações, pessoas e coisas, com amor e justiça, e possuiremos o necessário à nossa alegria imortal.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 44 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 9 de março de 2020

MINA E CELMA


Mina e Celma descendiam de famílias que imigraram para o Brasil. Foram amigas nos dias da infância, mas se tornaram adultas, casaram-se e nunca mais se encontraram.

Depois de transcorridos muitos anos, certa tarde Mina foi visitar uma amiga. Como houvesse se demorado mais do que o previsto, fez parar um taxi e tomou caminho de volta. Notou que ao volante estava uma mulher e pôs-se a conversar com ela.

Ambas notaram algo de familiar entre as duas e finalmente reconheceram-se. Celma, simples, porém autêntica; e Mina, sofisticada, presunçosa e toda superficial.

Notando que Celma era a mesma pessoa ingênua, articulou um plano para vê-la humilhada ao seu lado. Convidou-a para um chá íntimo e ela credulamente aceitou. No horário estabelecido, Celma compareceu nos seus trajes de serviço.

Mina preveniu as amigas da sua roda sobre o jeito de ser da convidada, mas se fingiu cordial ao recebê-la. Vieram os cumprimentos estudados, um pouco de conversa e em seguida foi servido um cálice de licor acompanhado de canapés; mas tudo com grande requinte. Sem se preocupar com o aparato, Celma serviu-se a vontade.

Falou alto, gesticulou o quanto julgou necessário. Daí..., olhares zombeteiros, risinhos irônicos e piscadinhas maliciosas... Celma, o alvo das atenções.

Mas esta cena não se prolongou por longo tempo. O telefone tocou. Avisava que o neto de Mina fora acidentado.

Esta, transtornada, retorna a sala e comunica o fato.

Foi então que ela viu sair cada amiga sem se preocupar com o seu desespero. Mas Celma permaneceu. Solicita e experiente, entrou logo em ação, conduzindo Mina a clínica onde o neto se encontrava, e para satisfazer as exigências preliminares do hospital, ela teve de emprestar dinheiro também.

Estava sendo exigida a presença dos pais da criança e foi a essa altura que Mina precisou dizer que a filha era desquitada e o garotinho sofria muito com a ausência do pai.

Celma, seguindo a direção indicada pela amiga, saiu a procura da mãe e depois do pai da criança, mas só depois de uma hora de busca os dois foram encontrados.

O pai, bebendo num bar e a mãe jogando numa casa de jogos clandestinos. De volta a clínica, novo problema: sangue para o menino.

Mina se comunica com sua roda de amigas, mas nenhuma foi encontrada com disposição para doar.

Celma ligou para as suas vizinhas e não tardou surgir um grupo da amizade dela e a criança recebeu o sangue necessário. Alta madrugada, Mina e Celma se separaram, porém o quadro era outro.

A primeira sem a máscara da hipocrisia, humilhada e envergonhada, sentia-se pequena ao lado, da verdadeira amiga. Esta, cansada mas feliz, estava em paz consigo mesma, por haver cumprido o dever de "SER AMIGO"

Autor Desconhecido - Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 6 de março de 2020

O Semeador do Bem


Arar, moldando a gleba empedrada e agressiva
Erguer-se, sol a sol, na tarefa cativa,
Servindo por amor, ignorando a quem...
Doar tempo, esperança, força e vida,
Embora suportando a alma ferida
Na lavoura do bem.

Impedir que o serviço retrograde
Ouvir de longe o vento e a tempestade
De ciclones irados a cair...
E proteger as sementeiras novas
Contra o furor de semelhantes provas
A fim de que produzam no porvir...

Sofre insônia e anseio, de alma em chaga,
Ante os calhaus da senda em que a ideia se esmaga
Na defesa da frágil plantação;
Ouvir e desculpar, sofreando-se a custo,
O sarcasmo cruel do menosprezo injusto
De quem não crê na própria elevação...

No entanto, semeador, prossegue enquanto é dia,
Entoa no trabalho as canções da alegria
Ao ritmo da fé que te apoia e conduz;
E, após o anoitecer, nas orações que levas,
Contemplarás, Além, abrindo-se nas trevas
O sereno esplendor da Seara de Luz.

Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 4 de março de 2020

103 A Fé Humana e a Divina


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 19 – A Fé Que Transporta Montanhas

12. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.

Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exaltou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?

A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação.

Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.

O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.

Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas.                              

Um Espírito Protetor. (Paris, 1863)

Fonte da Imagem: Internet Google

segunda-feira, 2 de março de 2020

NOVA BIOGRAFIA


Hoje foi postada a biografia do mês de Março de 2020 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JAIR SOARES.