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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

CAMPO DE SANGUE

“Por isso foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue.” (MATEUS, 27: 8)

Desorientado, em vista das terríveis consequências de sua irreflexão, Judas procurou os sacerdotes e restituiu-lhes as trinta moedas, atirando-as, a esmo, no recinto do Templo.

Os mentores do Judaísmo concluíram, então, que o dinheiro constituía preço de sangue e, buscando desfazer-se rapidamente de sua posse, adquiriram um campo destinado ao sepulcro dos estrangeiros, denominado, desde então, Campo de Sangue.

Profunda a expressão simbólica dessa recordação e, com a sua luz, cabe-nos reconhecer que a maioria dos homens continua a irrefletida ação de Judas, permutando o Mestre, inconscientemente, por esperanças injustas, por vantagens materiais, por privilégios passageiros. Quando podem examinar a extensão dos enganos a que se acolheram, procuram, desesperados, os comparsas de suas ilusões, tentando devolver-lhes quanto lhes coube nos criminosos movimentos em que se comprometeram na luta humana; todavia, com esses frutos amargos apenas conseguem adquirir o campo de sangue das expiações dolorosas e ásperas, para sepulcro dos cadáveres de seus pesadelos delituosos, estranhos ao ideal divino da perfeição em Jesus Cristo.

Irmão em humanidade, que ainda não pudeste sair do campo milenário das reencarnações, em luta por enterrar os pretéritos crimes que não se coadunam com a Lei Eterna, não troques o Cristo Imperecível por um punhado de cinzas misérrimas, porque, do contrário, continuarás circunscrito à região escura da carne sangrenta.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 91 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

ENSEJO AO BEM

“Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? — Então, aproximando-se, lançaram mão de Jesus e o prenderam.” (MATEUS, 26: 50)

É significativo observar o otimismo do Mestre, prodigalizando oportunidades ao bem, até ao fim de sua gloriosa missão de verdade e amor, junto dos homens.

Cientificara-se o Cristo, com respeito ao desvio de Judas, comentara amorosamente o assunto, na derradeira reunião mais íntima com os discípulos, não guardava qualquer dúvida relativamente aos suplícios que o esperavam; no entanto, em se aproximando, o cooperador transviado beija­o na face, identificando­o perante os verdugos, e o Mestre, com sublime serenidade, recebe-lhe a saudação carinhosamente e indaga: Amigo, a que vieste?

Seu coração misericordioso proporcionava ao discípulo inquieto o ensejo ao bem, até ao derradeiro instante.

Embora notasse Judas em companhia dos guardas que lhe efetuariam a prisão, dá-lhe o título de amigo. Não lhe retira a confiança do minuto primeiro, não o maldiz, não se entrega a queixas inúteis, não o recomenda à posteridade com acusações ou conceitos menos dignos.

Nesse gesto de inolvidável beleza espiritual, ensinou-nos Jesus que é preciso oferecer portas ao bem, até à última hora das experiências terrestres, ainda que, ao término da derradeira oportunidade, nada mais reste além do caminho para o martírio ou para a cruz dos supremos testemunhos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 90 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

O FRACASSO DE PEDRO

“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” (MATEUS, 26: 58)

O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas.

A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo.

Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis?

Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância.

O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas.

Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo.

Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”.

Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios.

Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão amargamente.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 89 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

VELAR COM JESUS

“E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste velar comigo?” (MATEUS, 26: 40)

Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior.

É interessante lembrar, todavia, que, em sentindo a necessidade de alguém para acompanhá-lo no supremo testemunho, não convidou seguidores tímidos ou beneficiados da véspera e, sim, os discípulos conscientes das próprias obrigações.

Entretanto, esses mesmos dormiram, intensificando a solidão do Divino Enviado.

É indispensável rememoremos o texto evangélico para considerar que o Mestre continua em esforço incessante e prossegue convocando cooperadores devotados à colaboração necessária. Claro que não confia tarefas de importância fundamental a Espíritos inexperientes ou ignorantes; mas, é imperioso reconhecer o reduzido número daqueles que não adormecem no mundo, enquanto Jesus aguarda resultados da incumbência que lhes foi cometida.

Olvidando o mandato de que são portadores, inquietam-se pela execução dos próprios desejos, a observarem em grande conta os dias rápidos que o corpo físico lhes oferece. Esquecem-se de que a vida é a eternidade e que a existência terrestre não passa simbolicamente de “uma hora”. Em vista disso, ao despertarem na realidade espiritual, os obreiros distraídos choram sob o látego da consciência e anseiam pelo reencontro da paz do Salvador, mas ecoam lhes ao ouvido as palavras endereçadas a Pedro: Então, nem por uma hora pudeste velar comigo?

E, em verdade, se ainda não podemos permanecer com o Cristo, ao menos uma hora, como pretendermos a divina união para a eternidade?

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 88 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Sempre o Bem

Bendito sejas, coração amigo,
Buscando construir e elevar para o bem
Sem destacar a treva
Nem ferir a ninguém.

Deus te guarde na lei do auxílio que nos rege
Sempre que te dediques a expressar-te,
À Excelsa Providência determina
Que a bênção do socorro esteja em toda parte.

Quem de nós, aprendizes do progresso,
Estará esquecendo orgulho, possessão, vaidade, força bruta?
Sem o amparo de alguém que nos tolere
E nos minore a luta?

Não vale maldizer a sombra em torno,
Basta a fim de arredá-la humilde vela acesa,
Unir e melhorar, ajudar e servir
São determinações da natureza.

Um pântano qualquer pode fazer-se, um dia,
Campina surpreendente, em fruto e flor,
Mas não prescindirá de mãos amigas
Que lhe estendam recurso, auxílio e amor...

Fita a cachoeira em ápices de força...
Sem alguém que lhe oferte o controle da usina,
É grandeza de ação deficitária,
Alto poder entregue à indisciplina.

Certo bloco de mármore do monte
Rolou a flagelar canteiros de verdura,
Mas um artista a educá-lo, dia-a-dia,
Dele fez obra-prima de escultura.

Pensemos quanto a isso, alma querida,
Estendendo a esperança, ante a força do bem;
Quem procura no amor a elevação da vida,
Não se detém no mal, nem censura a ninguém.

Autora: Maria Dolores
 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

120 Deixar aos Mortos o Cuidado de Enterrar Seus Mortos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 23 Moral Estranha

7. Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor; consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.) 
8. Que podem significar estas palavras: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"? 

As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. 

Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tomar perceptível.

A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. 

O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. 

O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. 

Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. 

Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender.

Jesus lhe ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Fazer o Bem Sem Olhar a Quem

A família entrou no consultório falando alto: pai, mãe e filha não se entendiam.

A pediatra que tratava o corpo, mas também a alma, tentou acalmá-los, para que pudesse verificar qual era o motivo que os trazia até ali.

A menina, uma quase adolescente, não tinha nada de grave fisicamente, e a consulta parecia ser mais um pedido de socorro daqueles três corações em conflito. Mas qual seria a dificuldade? Ciúmes do irmão mais novo? Problemas na escola? Relacionamento difícil com os familiares?

A menina, com certeza, tinha muitas coisas materiais, mas conversando com ela era possível perceber que ela não sabia utilizar o que possuía para sua felicidade e dos outros, estando sempre insatisfeita e mal-humorada.

A falta de objetivos, além do grande desejo de ter muitas coisas materiais, era evidente em todos naquela família. Aproveitando uma oportunidade, a médica falou sobre o objetivo da vida: evoluir, desenvolver as virtudes que trazem felicidade. Falou também da Lei de Causa e Efeito e de como é importante o que pensamos e fazemos, pois emitimos energias, positivas ou negativas. A pediatra falava de um jeito tão natural e amoroso que conseguia envolver desde os pais, até a menina, na reflexão.

- Mas tem hora que eu não sei o que fazer, e quando vi, já fiz a bobagem! - desabafou a menina.

- Isso também acontece comigo, lembrou a médica. E sabe o que eu faço? Quando não sei o que fazer, eu penso: “O que Jesus faria nessa situação?” Então, logo sei qual a melhor atitude. Mas se errei, procuro pensar: “E agora, o que posso fazer para consertar?” E tento fazer algo de bom logo em seguida, se possível para a pessoa que prejudiquei, ou então para outra pessoa.

A jovem médica sabia que cada consulta era um momento especial, pois sempre podemos fazer o bem, seja qual for a nossa profissão. Em pensamento, ela fez uma prece de agradecimento por conhecer a Doutrina Espírita que lhe oportunizou entender tantas coisas, tornando-se luz em seu caminho. Orou também por aquela família que, naquele momento, precisava aprender e praticar os ensinamentos de Jesus para encontrar o caminho da harmonia e da felicidade.

Esse foi mais um dia de muito trabalho para a pediatra, mas ela atendeu a cada criança, cada família, com muito amor e dedicação, colocando em prática o seu objetivo nesta vida: “Evoluir, semeando o bem; ajudar, sem olhar a quem.”

Claudia Schmidt

Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

POR QUE DORMIS?

“E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.” (LUCAS, 22: 46)

Nos ensinos fundamentais de Jesus, é imperioso evitar as situações acomodatícias, em detrimento das atividades do bem.

O Evangelho de Lucas, nesta passagem, conta que os discípulos “dormiam de tristeza”, enquanto o Mestre orava fervorosamente no Horto. Vê-se, pois, que o Senhor não justificou nem mesmo a inatividade oriunda do choque ante as grandes dores.

O aprendiz figurará o mundo como sendo o campo de trabalho do Reino, onde se esforçará, operoso e vigilante, compreendendo que o Cristo prossegue em serviço redentor para o resgate total das criaturas.

Recordando a prece em Getsêmani, somos obrigados a lembrar que inúmeras comunidades de alicerces cristãos permanecem dormindo nas convivências pessoais, nos mesquinhos interesses, nas vaidades efêmeras. Falam do Cristo, referem-se à sua imperecível exemplificação, como se fossem sonâmbulos, inconscientes do que dizem e do que fazem, para despertarem tão-só no instante da morte corporal, em soluços tardios.

Ouçamos a interrogação do Salvador e busquemos a edificação e o trabalho, onde não existem lugares vagos para o que seja inútil e ruinoso à consciência.

Quanto a ti, que ainda te encontras na carne, não durmas em espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e esforça-te, porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações, através de pesadelos ou fantasias.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 87 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

119 Abandonar Pai, Mãe e Filhos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 23 Moral Estranha

4. Aquele que houver deixado, pelo meu nome, sua casa, os seus irmãos, ou suas irmãs, ou seu pai, ou sua mãe, ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o cêntuplo de tudo isso e terá por herança a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XIX, v. 29.)

5. Então, disse-lhe Pedro: Quanto a nós, vês que tudo deixamos e te seguimos. 
-Jesus lhe observou: Digo-vos, em verdade, que ninguém deixará, pelo reino de Deus, sua casa, ou seu pai, ou sua mãe, ou seus irmãos, ou sua mulher, ou seus filhos - que não receba, já neste mundo, muito mais, e no século vindouro a vida eterna. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 28 a 30.)

6. Disse-lhe outro: Senhor, eu te seguirei; mas, permite que, antes, disponha do que tenho em minha casa. 
- Jesus lhe respondeu: Quem quer que, tendo posto a mão na charrua, olhar para trás, não esta apto para o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 61 e 62.)

Sem discutir as palavras, deve-se aqui procurar o pensamento, que era, evidentemente, este: "Os interesses da vida futura prevalecem sobre todos os interesses e todas as considerações humanas", porque esse pensamento está de acordo com a substância da doutrina de Jesus, ao passo que a ideia de uma renunciação à família seria a negação dessa doutrina.

Não temos, aliás, sob as vistas a aplicação dessas máximas no sacrifício dos interesses e das afeições de família aos da Pátria?

Censura-se, porventura, aquele que deixa seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos, para marchar em defesa do seu país?

Não se lhe reconhece, ao contrário, grande mérito em arrancar-se às doçuras do lar doméstico, aos liames da amizade, para cumprir um dever? 

E que, então, há deveres que sobrelevam a outros deveres.

Não impõe a lei à filha a obrigação de deixar os pais, para acompanhar o esposo? 

Formigam no mundo os casos em que são necessárias as mais penosas separações. Nem por isso, entretanto, as afeições se rompem. 

O afastamento não diminui o respeito, nem a solicitude do filho para com os pais, nem a ternura destes para com aquele. Vê-se, portanto, que, mesmo tomadas ao pé da letra, excetuado o termo odiar, aquelas palavras não seriam uma negação do mandamento que prescreve ao homem honrar a seu pai e a sua mãe, nem do afeto paternal; com mais forte razão, não o seriam, se tomadas segundo o espírito. 

Tinham elas por fim mostrar, mediante uma hipérbole, quão imperioso é para a criatura o dever de ocupar-se com a vida futura. Aliás, pouco chocantes haviam de ser para um povo e numa época em que, como consequência dos costumes, os laços de família eram menos fortes, do que no seio de uma civilização moral mais avançada. Esses laços, mais fracos nos povos primitivos, fortalecem-se com o desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. 

A própria separação é necessária ao progresso. Assim as famílias como as raças se abastardam, desde que se não entrecruzem, se não enxertem umas nas outras. É essa uma lei da Natureza, tanto no interesse do progresso moral, quanto no do progresso físico.

Aqui, as coisas são consideradas apenas do ponto de vista terreno. 

O Espiritismo no-las faz ver de mais alto, mostrando serem os do Espírito e não os do corpo os verdadeiros laços de afeição; que aqueles laços não se quebram pela separação, nem mesmo pela morte do corpo; que se robustecem na vida espiritual, pela depuração do Espírito, verdade consoladora da qual grande força haurem as criaturas, para suportarem as vicissitudes da vida. (Cap. IV, nº 18; cap. XIV, nº 8.)

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Sophia e Seu Anjo Amigo

Sophia, assim se chamava uma menina que morava bem perto daqui, em uma casa muito simples, porém limpinha e aconchegante, com seus pais e seu irmãozinho que ainda era um bebê. A mãe de Sophia cuidava da casa e da família e seu pai trabalhava como marceneiro.

Certo dia, Sophia estava voltando da escola quando tropeçou em uma pedra e caiu. Algumas pessoas que passavam por ali a ajudaram a levantar, ela sentia o joelho doendo, mas continuo a sua caminhada.

Chegando em casa logo disse:

- Mamãe, machuquei meu joelho.

Sua mãe toda carinhosa fez um curativo e deixou a menina deitadinha no sofá.

Seu pai chegou do trabalho e foi ver o que tinha acontecido. Foi quando Sophia lhe perguntou curiosa:

- Pai, existe anjo da guarda?

O pai lhe respondeu:

- Claro que existe minha filha!

E continuou explicando:

- Sophia, cada um de nós tem um Espírito que nos protege que chamamos de anjo da guarda.

E Sophia interrompeu:

- Mas então quando eu estava indo para a escola porque meu anjo da guarda deixou que eu tropeçasse e caísse?

Seu pai sorridente lhe falou:

- Milha filha, quando você caiu, poderia ter acontecido algo muito pior. Mas graças à proteção do se anjo da guarda você apenas machucou o joelho! E agora Sophia, você acredita em Espíritos protetores e anjos guardiões?

Sophia, que depois daquela conversa amiga já estava quase esquecendo a dor no joelho, pulou no colo do pai, lhe deu um abraço e respondeu:

- Agora sim papai, agora sim!


Grupo Espírita Amigos de Chico (Santo Ângelo/RS).

Fonte da imagem: Internet Google.

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Reencontro no Além

Vagueava no Espaço a pobre mãe suicida,
Apagara, a veneno, a luz da própria vida
Tentando reencontrar o filho que perdera
Em tóxicos letais,
Saudade, ânsia, aflição...
Não suportara mais.
E espírito da sombra, em lágrimas vagueia,
Entre a cegueira e a dor na angústia que a estonteia.

Dias, semanas, meses na loucura
Atravessara, atribulada e errante,
O império do remorso, ante a sombra gigante,
Sem confiança em Deus, infeliz e insegura,
A bradar o estribilho:
- Ah! meu filho, meu filho!...
Até que atormentada, louca e cega
Tateando no Além, eis que se apega
A desditoso irmão, também desorientado,
Que lastimava, em choro, os erros do passado...
Depois de ouvir-lhe os gritos,
O pobre respondeu:

- A senhora clamando é mais feliz do que eu,
Seu coração procura um filho muito amado,
Quanto a mim... quanto a mim,
Quero esquecer a mãe que tive no passado,
Que me repôs aqui, neste inferno sem fim...
E o pobre continuou, desalentado:
Saí daqui, um dia, a fim de melhorar-me,
Ela me recolheu nos braços com carinho...
Vestiu-me e festejou a júbilos e alarme,
O berço em que eu nascia...
A princípio, embalou-me em canções de alegria,
Entretanto, depois,
Na vida mais profunda entre nós dois,
Segregou-me no mundo, em egoísmo atroz,
Para ela, por fim, na ilusão que levava,
A terra éramos nós, o amor somente nós...

Criou-me escravo dela e fez-me minha escrava,
Afastou-me de tudo quanto fosse inquietação ou prova,
Em que me caberia
Acender, dentro em mim, a luz de vida nova.
Transformou-me a existência em longa fantasia
Para que eu fosse,
Desde o a b c da escola,
Um gênio de artimanhas,
Um moço de aventuras e façanhas,
Mas nunca um aprendiz
Que fosse no futuro um homem reto e feliz.

Quando atingi a plena juventude,
Contratou-me instrutores,
Que me ensinassem força, ação, elegância e beleza,
A fim de que, na forma, eu dominasse
Todos os contendores,
Fortes também por leis da natureza...
Deveria, por fim, ver todos muito abaixo,
A minha pobre mãe exigia e exigia
Que eu demonstrasse, em tudo, a excelência de um macho...
Depois, no entanto, veio a derrocada,
O tóxico apanhou-me a preguiça dourada...

Minha mãe jamais quis ensinar-me a sofrer,
Não quis que eu trabalhasse ou prezasse um dever...
Conheci a maldade e os impulsos medonhos
E a morte prematura, arrasando-me os sonhos...
De útil ou de bom nada tenho e nem fiz,
Sou agora, onde estou, um espírito infeliz!...

Ao escutar-lhe a voz e ao conhecer-lhe o nome,
Cai a pobre mulher na angústia que a consome;
Chama o desventurado e arrasta-se-lhe aos pés,
Avançando de bruços,
Ei-la a falar, desfeita em terríveis soluços:
- Agora compreendo...agora sei quem és...
E, em desespero, a voz grita, ante o céu sem brilho:
- Perdoa-me, meu Deus! ... Ah! meu filho, meu filho!

Autora: Maria Dolores
 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

NOVA BIOGRAFIA

Hoje foi postada a biografia do mês de Novembro de 2020 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA.