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sábado, 31 de outubro de 2009
Em Oração
Néio Lucio
Na véspera da partida do Senhor, no rumo de Sídon, o culto do Evangelho, na residência de Pedro, revestiu-se de justificável melancolia. As atividades do estudo edificante prosseguiriam,
mas o trabalho da revelação, de algum modo, experimentaria interrupção natural.
A leitura de comoventes páginas de Isaías foi levada a efeito por Mateus, com visível emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas ninguém formulou qualquer indagação.
Intraduzível expectativa pairava no semblante de todos.
O Mestre, por si, absteve-se de qualquer comentário, mas, ao término da reunião, levantou os olhos lúcidos para o Céu e suplicou fervorosamente:
— Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Ajuda aos que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio.
Socorre os que se não lembram de agradecer aos benfeitores.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade.
Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalharam a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.
Eles todos, Pai, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...
A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular.
Quase todos os presentes, inclusive o próprio Mestre, mostravam lágrimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenilúnio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Simão, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justiça, amoroso e reto, continuaria velando...
Do Livro Jesus no Lar – Lição nº 50 - Médium Francisco C. Xavier
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Homenagem a Henrique Varoli
26.05.1927 a 28.10.2009
NINGUÉM MORRE
Não reclames da Terra
Os seres que partiram...
Olha a planta que volta
Na semente a morrer.
Chora, de vez que o pranto
Purifica a visão...
No entanto, continua
Agindo para o bem.
Lágrimas sem revolta
É orvalho de esperança.
A morte é a própria vida
Numa nova edição.
Psicografia. Chico Xavier - Livro Caravana de Amor - Emmanuel
Obrigado, Pai por esta reencarnação, por todo desvelo e dedicação e pela paciência com minha imperfeição.
Luz, paz e progresso na vida verdadeira.
Carlos Varoli
ANTE OS QUE PARTIRAM
Emmanuel
Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparado ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno ou paterno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.
Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
Do livro "Religião dos Espíritos", por Francisco Cândido Xavier.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Quem Te Ama e Quem Não Te Ama
Quem te ama te acompanha na subida,
quem não te ama te empurra para a descida;
quem te ama perdoa os teus desacertos,
quem não te ama se apressa em fazer "consertos";
quem te ama respeita tua intimidade,
quem não te ama destrói tua privacidade;
quem te ama te ouve com o coração,
quem não te ama só quer ter razão;
quem te ama, ama também a tua Luz,
quem não te ama quer ser o que te conduz;
quem te ama não se impõe à tua vontade,
quem não te ama cerceia tua liberdade;
quem te ama, ama também teu passado,
quem não te ama quer ver tudo deletado;
quem te ama alardeia os teus sucessos,
quem não te ama tem medo dos teus progressos;
quem te ama quer ver-te brilhar, de fato,
quem não te ama te impele ao anonimato;
quem te ama aplaude o que aqui é mostrado,
quem não te ama pode ver-se incomodado.
Olha bem as diferenças que te foram reveladas,
e as considera sementes que estão em ti já plantadas.
Se agora não tens certeza de que és amado ou não,
põe tuas dúvidas no peito e escuta o teu coração.
S í l v i a S c h m i d t
São Paulo/SP - março de 2006 -
domingo, 25 de outubro de 2009
MELHORAR PARA PROGREDIR
Emmanuel
"E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um,
a cada um segundo a sua capacidade..." - Jesus. (MATEUS, 25:15.)
Melhorar para progredir - eis a senha da evolução.
Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser lhe recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador.
Não olvides que os talentos de Deus são iguais para todos, competindo a nós outros a solução do problema alusivo à capacidade de recebê-los.
Não te percas, desse modo, na lamentação indébita.
Uma hora anulada na queixa é vasto patrimônio perdido no preparo da justa habilitação para a meta a alcançar.
Muitos suspiram por tarefas de amor, confiando-se à aversão e à discórdia, enquanto que muitos outros sonham servir à luz, sustentando-se nas trevas da ociosidade e da ignorância.
A alegria e o fulgor dos cimos jazem abertos a todos aqueles que se disponham à jornada da ascensão.
Se te afeiçoas, assim, aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica...
Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um.
Livro Palavras de Vida Eterna, Cap. 7, psicografado por Chico Xavier.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O Bem é a Meta
Surge a Era Nova.
O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.
Sem alarde, em luta constante, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã.
Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, como fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo.
Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apóiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão.
Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não porém, grupo ao abandono.
Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa, como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.
Divaldo P. Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Almas-Problema
A pessoa que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida...
O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.
O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.
Todos eles provêm do teu passado espiritual.
Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa. Mas, tu também.
Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes, que induzem e levam ao abismo. Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.
Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consangüinidade, através da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.
Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses... Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te anceia o desejo de ver-te libertado...
Grave engano!
Só há liberdade real, quando se resgata o débito. Distância física não constitui impedimento psíquico. Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio. O Espírito é a vida, e enquanto o amor não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado.
Arrima-te ao amor e sofre com paciência. Suporta a alma-problema que se junge a ti e não desfaleças nos ideais de amparar e prosseguir.
Ama, socorrendo.
Dias nascerão, luminosos, em que, superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.
O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.
Mas o amor, que "cobre a multidão dos pecados", voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.
Divaldo P. Franco, Da obra: Alerta, Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
HOJE E AMANHÃ
Toda ampliação dos valores humanos cresce conforme a despersonalização a que te afeiçoes no culto da verdadeira fraternidade.
Bens terrenos e aptidões intelectuais desenvolvem-se e progridem, desde que lhes canalizes as forças no suprimento do bem alheio.
Aquele que dispõe do que usufrui a favor dos semelhantes, caminha consolidando a própria paz.
A distribuição do ouro é imprescindível à saúde do homem abastado que não lhe resiste ao peso por longo tempo.
O emprego das tendências artísticas e das possibilidades da inteligência em prol da felicidade geral, significa libertação das teias enfermiças da sombra.
Somos hoje, o reflexo do ontem.
Seremos amanhã, o reflexo de hoje.
Usurários, prendendo o dinheiro agora, estaremos depois encarcerados por ele.
Intelectuais viciosos aqui, surgiremos dementados além.
Menos abuso na arte, mais altura de espírito.
Menos preconceito na ciência, mas luminosa ascensão.
Auxílio desinteressado, apoio a nós mesmos.
Renovação interior, subida moral.
Observa em teu presente, o futuro que se avizinha.
Não te enganes.
Extensões de terra, evidência econômica, parques industriais, tanto quanto a máquina do raciocínio, o arquivo da memória e a fonte imaginativa, representam empréstimos do Senhor, a serem mobilizados a serviço de todos, sem o que sofrerás pelos danos da omissão na esfera das consequências.
Não te esqueças, pois, de que és, e serás sempre, o único construtor dos instrumentos de que disponhas na vida e na estrada do teu próprio destino, na marcha insofreável da evolução.
André Luiz
Do livro "Sol nas Almas, Waldo Vieira,
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Defenda-se
Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.
A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.
Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.
As imagens que você corromper viverão corruptas na tela de sua mente.
Não Faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.
Use-as na sementeira do bem.
Não menospreze suas faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.
Você responderá pelo que fizer delas.
Não condene sua imaginação às excitações permanentes.
Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.
Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.
Ensine-os a gozar o prazer de servir.
Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno. A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.
* * *
André Luiz
Do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier
domingo, 18 de outubro de 2009
VIGIEMOS E OREMOS
"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação."
- Jesus. MATEUS, 26:41
As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo, mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contacto com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.
Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo sob as marteladas da tentação, é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações, tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.
Livro Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Chico Xavier
Lição nº 110
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Chegar e Ficar
Chegar,
Como brisa que atravessa a janela.
Soprando de leve,
As brumas do passado.
Chegar,
Como o barco.
Trazendo alegrias,
Após enfrentar as procelas sombrias.
Chegar,
Como a saudade.
Que bate,
De manso, no coração.
Chegar,
Como Chuva, fininha,
Mansinha, criadeira,
Necessária e tão querida.
Ficar,
Nas lembranças do passado,
Nas estampas do presente,
A retratar nosso ontem no hoje.
Ficar,
Para sempre.
Na imagem nunca esquecida,
Dos que nos são tão queridos.
A vida,
É chegar e ficar,
Para sempre.
Vida nunca será partida.
Cecília Meireles (espírito)
Mensagem recebida por Shyrlene Soares Campos
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Amor
O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos.
Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
Palpita em todas as criaturas.
Alimenta todas as ações.
O ódio é o Amor que se envenena.
A paixão é o Amor que se incendeia.
O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
O ciúme é o Amor que se dilacera.
A revolta é o Amor que se transvia.
O orgulho é o Amor que enlouquece.
A discórdia é o Amor que divide.
A vaidade é o Amor que ilude.
A avareza é o Amor que se encarcera.
O vício é o Amor que se embrutece.
A crueldade é o Amor que tiraniza.
O fanatismo é o Amor que petrifica.
A fraternidade é o Amor que se expande.
A bondade é o Amor que se desenvolve.
O carinho é o Amor que se enflora.
A dedicação é o Amor que se estende.
O trabalho digno é o Amor que aprimora.
A experiência é o Amor que amadurece.
A renúncia é o Amor que se ilumina.
O sacrifício é o Amor que se santifica.
O Amor é o clima do Universo.
É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação.
Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade.
Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
Com ele, tudo se aclara.Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no Infinito, segundo os Propósitos Divinos; e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.
João de Brito
Livro "Falando à Terra" - Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Oração da natureza
A natureza revela o amor e a criatividade
suprema de Deus.
Senhor, abra os meus olhos e os de meus semelhantes para ver e desfrutar a grande maravilha que o Senhor criou para alegrar as
nossas vidas: a natureza feita para embelezar, para manter nossas vidas e para nutrir as mais variadas necessidades.
Senhor, sabemos que a água, o sol, as estrelas, as plantas, os animais e muitas outras coisas são Tua obra de arte para a humanidade.
Muitas vezes, o egoísmo, a falta de amor e a ganância destroem e rejeitam a Tua grande criação. Ajude-nos a conservar, amar e a
ressuscitar a velha e sempre nova natureza.
Que o nosso carinho seja sempre derramado sobre a maravilhosa obra de Tuas mãos.
Quer seja para vermos, cheirarmos, nos alimentar ou desfrutarmos.
Que possamos sempre amar e cuidar
da nossa sempre amiga e amada natureza.
Amém.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
RENUNCIA
Emmanuel
"Compadece-te dos que não pensam com as tuas idéias e não lhes encarceres a vida em tua própria vida. . .".
Contempla a criança que nasce e recorda a condição de carência a que aportaste no mundo.
Não eras senão o minúsculo viajor, destituído de todos os recursos, a valer-se do sacrifício materno, para abordar a embarcação frágil do berço, iniciando a viagem no oceano da experiência terrestre.
Nem vestimenta, nem pão.
Nem dinheiro, nem títulos.
É preciso lembrar algumas vezes a nossa posição de usufrutuários da Terra, quando lhe envergamos o veículo físico, a fim de que não venhamos a viver entre os homens no falso regime da apropriação indébita.
É por isso que Jesus, a cada passo do Ministério Divino, ensinou a renúncia e exemplificou-a, desassombrando e humilde, da manjedoura de palha à cruz da morte.
Honra a teus pais e ajuda-os quanto possas.
Isso é simples dever.
Entretanto, não te ensombre o coração a tirania de exigir-lhes a adesão ao teu próprio caminho.
Ama a tua esposa ou ao teu esposo, aos teus filhos ou aos teus afeiçoados e amigos.
Isso é obrigação na luta diária, contudo, não lhes imponhas o teu modo de ser e de ver, porquanto, cada criatura respira no degrau de evolução e entendimento que lhe é próprio.
Estudando o Evangelho, não olvides a lição do Reino de Deus que, segundo o Senhor, não se encontra aqui ou acolá, mas sim em ti mesmo, portas a dentro do próprio espírito, nos mais íntimos refolhos da consciência e do coração.
E, renunciando ao capricho de padronizar as opiniões e preferências daqueles a quem amas pelo estalão de teus próprios pontos de vista, aprenderás que deixar alguém, isso ou aquilo, por amor do Cristo, é servir com mais devotamento a todos os que nos cercam, deixando de lado os nossos desejos e exigências, para, em suprema fidelidade a Deus, perseverarmos, valorosos e firmes, na obra do bem até o fim.
Livro: Irmão - Espírito Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier
sábado, 10 de outubro de 2009
FELICIDADE POSSÍVEL
Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.
Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.
Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.
Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...
Crês que eles são felizes...
Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.
Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.
Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.
Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.
Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.
*
Felicidade, porém, é conquista íntima.
Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.
Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.
As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.
A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.
Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.
Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.
Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.
Joanna de ângelis
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A Prece
João de Deus
O Senhor da Verdade e da Clemência
Concedeu-nos a fonte cristalina
Da prece, água do amor, pura e divina,
Que suaviza os rigores da existência.
Toda oração é a doce quinta-essência
Da esperança ditosa e peregrina,
Filha da crença que nos ilumina
Os mais tristes refolhos da consciência.
Feliz o coração que espera e ora,
Sabendo contemplar a eterna aurora
Do Além, pela oração profunda e imensa.
Enquanto o mundo anseia, estranho e aflito,
A prece alcança as bênçãos do Infinito,
Nos caminhos translúcidos da Crença.
Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Ainda Hoje
“Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: — Conhece-te a ti mesmo.”
O Livro dos Espíritos – questão 919
Aplique-se à campanha do otimismo, no país convulsionado da sua alma.
*
Esqueça o pesadelo da noite anterior e alegre-se com o dia que surge.
*
Conserve nos lábios o sorriso que traduz confiança e estabilidade interior.
*
Desfaça as algemas fortes do desencanto que o limitam na movimentação.
*
Modifique a rotina dos seus dias com a introdução de trabalhos renovadores.
*
Acaricie a esperança todas as horas.
Faça exercícios mentais de saúde, repetindo: — Jesus é vida abundante!
*
Afaste do caminho os fantasmas do receio com as armas da resolução confiante.
*
Liberte-se das recordações deprimentes, passando adiante os objetos que as evocam.
*
Aproveite este dia para reconciliar-se com alguém que não tem coragem de achegar-se a você.
*
Escute com bondade um pedinte das ruas e dê-lhe um “toque” de fraternal amizade.
*
Programe para o seu dia pequenos trabalhos que o melhorem intimamente.
*
A luz que brilha em tudo fala da vitória do dia otimista sobre a noite escura.
“Brilhe a sua luz” — disse o Senhor.
Acenda a luz da sua alegria e avance.
*
A mais eficiente maneira de conhecer-se a si mesmo é você exercitar o espírito e o corpo com a virtude, a nobre ginástica da vida sadia.
Divaldo P. Franco - "Legado Kardequiano". Pelo Espírito Marco Prisco.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
O SABER VIVER
Para viver não há dificuldade,
Basta aceitar o que a vida oferece.
É ficar sempre alheio à maldade.
É reconhecer o valor da prece.
A prece é nosso elo de ligação.
É o que nos une a nosso Criador,
Para nossa alma ela é como o pão.
Ela é uma manifestação de amor.
Nela encontramos algo de divino.
Ela para nós é como um hino
Cuja cadência nos incita a marchar.
Leva-nos a um inusitado lugar,
Onde a vida real se faz presente
E a felicidade não é aparente.
Júlio 07/12/99
domingo, 4 de outubro de 2009
Perdoa-te
A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.
Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.
Divaldo P. Franco. Livro: Filho de Deus. Espírito Joanna de Angelis.
sábado, 3 de outubro de 2009
Amai-vos uns aos outros
Queridos irmãos, que a graça de Deus seja convosco. Vós tendes necessidade de ajudar-vos uns aos outros, seguindo o exemplo do Mestre e atendendo às vossas palavras que diz: “Amai-vos uns aos outros; façais aos outros o que gostaria que os outros vos fizessem”. Se pudésseis orientar vossas vidas por estas palavras, certamente seríeis mais felizes e não haveriam tantos sofrimentos.
É necessário vos preocupar com as necessidades do vosso irmão, pois sabeis que a tendência do homem é atender aos próprios interesses e esquecer-se das necessidades daqueles que estão a sua volta. O que para vós é supérfluo, para vosso irmão, muitas vezes, é o sustento, capaz de conceder a ele uma vida mais digna.
O egoísta não progride porque entende a vida e vê o mundo somente através de suas lentes, não sendo capaz de enxergar nada que vá além dos seus próprios interesses. Quantos são os necessitados deste vosso mundo, e podeis auxilia-los em muitas situações, levando-lhes o pão material e principalmente o pão espiritual, o único capaz de livra-lo das suas aflições. Poderia ser vós a viver esta situação, pois não conheceis plenamente a vossa intimidade, portanto, não sabeis das necessidades que tendes para ajustar vosso Espírito.
Se conhecêsseis os mecanismos que regem vossas vidas, saberíeis que todos vós tendes na vida as mesmas oportunidades e cabe a cada um de vós aprender a vivenciá-las, de maneira, que se hoje sois ricos, amanhã podereis viver na pobreza, se fordes irresponsáveis diante da vida e se não soubestes auxiliar os menos favorecidos deste vosso mundo.
Deixai que os governantes façam o que lhes cabe, porém vós não podeis vos esconder atrás destes homens que tem nas mãos grande responsabilidade. Façais a vossa parte cumprindo com vossos compromissos diante da vida, sem vos prenderdes às críticas que nada aliviam a dor dos que sofrem. Sede sinceros convosco mesmos, e busqueis olhar aqueles que sofrem, com piedade, e que este sentimento possa move-lo em benefício daqueles que, muitas vezes, só conhecem da vida a dor e a aflição.
Que o amor e a benção de Jesus possam estar entre vós e direcionar vossos passos rumo ao vosso irmão e que estejais imbuídos de boa vontade e disposição para amenizar a dor daqueles que sofrem.
Espírito: José Augusto
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Sinais de Alarme
Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:
quando entramos na faixa da impaciência;
quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
quando reclamamos apreço e reconhecimento;
quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
quando passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;
quando pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente;
quando julgamos que o dever é apenas dos outros.
Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou na luz do discernimento.
Chico Xavier, Da obra: Paz e Renovação. Pelo Espírito Scheilla.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
PRECE POR VISÃO
Senhor Jesus!
Todos sabemos que, em tua infinita misericórdia, nos aceitas por irmãos.
Entretanto, Senhor, reconhecemos que, por agora, somos apenas pequeninos servidores ou servos de teus servos.
Em vista disso, nós te rogamos nos auxilies a ser, no caminho em que nos achamos, mais irmãos uns dos outros, aprendendo paciência e humildade, tolerância e perdão, bondade e entendimento, paz e fraternidade, a fim de que, no trabalho que nos deste a fazer, possamos ser, um dia, teus irmãos para sempre, tanto quanto já és nosso Mestre e Senhor.
Amado Jesus, sê, como sempre, o nosso Amparo e Guia, em todas as estradas que o mundo nos estende para o encontro com Deus.
Livro:Tesouro De Alegria – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel
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