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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

HOJE

“Antes exortai-vos uns aos outros, todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje; para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.” – Paulo. (Hebreus, 3:130).

O conselho da exortação recíproca, diária, indicado pelo apostolo requisita bastante reflexão para que se não estabeleça guarida a certas dúvidas.

Salientemos que Paulo imprime singular importância ao tempo que se chama Hoje, destacando a necessidade de valorização dos recursos em movimento pelas nossas possibilidades no dia que passa.

Acreditam muitos que para aconselharem os irmãos, necessitam falar sempre, transformando-se em discutidores contumazes. Importa reconhecer, porém, que uma advertência, quando se constitua de palavras, deixa invariável vazio após a passagem.

Qual ocorre no plano das organizações físicas, edificação espiritual alguma se levantará sem bases.

O “exortai-vos uns aos outros” representa um apelo mais importante que o simples chamamento aos duelos verbais.

Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um. Todo aquele que vive na prática real dos princípios nobres a que se devotou no mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação.

É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-se-á o homem de enganos fatais.

Não te endureças, pois, na estrada que o Senhor te levou a trilhar, em favor de teu resgate, aprimoramento e retificação. Recorda a importância do tempo que se chama Hoje.

Livro: Pão Nosso, lição 69 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Agora é o Dia

Escuta, meu irmão, agora é o dia.
Em que a Bênção Celeste nos coroa,
Convidando à tarefa clara e boa
De espalhar a alegria.

Desce do altar caseiro a que te elevas
E acende sobre a noite de quem chora
Uma réstia de aurora,
Adelgaçando as trevas...

Assinala, mais perto,
De coração fiel, amigo e atento,
O dorido lamento
Dos que passam clamando no deserto.

É a miséria sem lar vagando além,
A ignorância, torva e envilecida,
A criança perdida
E o doente cansado sem ninguém...

Desce do pedestal nobre e sublime
Em que a glória da fé te ilustra o nome,
Trazendo o pão onde se estenda a fome
E a luz de Deus onde corveje o crime.

Sobre o abismo das lágrimas debruça
O coração tranquilo e consolado
E encontrarás Jesus crucificado
Em cada peito humano que soluça...

Em ti que trazes, rútilo e fecundo,
O brasão do Evangelho na alma ardente
Recai o privilégio onipresente
De revelar o Cristo sobre o mundo!

Escuta, meu irmão, agora é o dia
Em que a Bênção Celeste nos coroa,
Convidando à tarefa clara e boa
De espalhar a alegria...


Autor: José Tatagiba

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

BEM AVENTURANÇAS

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.” – Jesus. (Lucas, 6:22).

O problema das bem-aventuranças exige sérias reflexões, antes de interpretado por questão líquida, nos bastidores do conhecimento.

Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de bençãos educativas e redentoras.

Surge, então, o imperativo de saber aceitá-los.

Esse ou aquele homem será bem-aventurado por haver edificado o bem, na pobreza material, por encontrarem alegria na simplicidade e na paz, por saberem guardar no coração longa e divina esperança.

Mas... e a adesão sincera às sagradas obrigações do título?

O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta-se às bem-aventuranças eternas; entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de tesouro imenso.

A maioria dos menos favorecidos no plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a lamentação e o desespero; se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência descabida e, quase sempre, lançam-se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição.

Ofereceu Jesus muitas bem-aventuranças. Raros, porém, desejam-nas. É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu.

Livro: Pão Nosso, lição 89 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Pelas Almas Sofredoras Que Pedem Preces

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

64. PREFÁCIO. Para se compreender o alívio que a prece pode proporcionar aos Espíritos sofredores, faz-se preciso saber de que maneira ela atua, conforme atrás ficou explicado. (Cap. XXVII, n° 9, n° 18 e seguintes.) Aquele que se ache compenetrado dessa verdade ora com mais fervor, pela certeza que tem de não orar em vão.

65. Prece. - Deus clemente e misericordioso, que a tua bondade se estenda por sobre todos os Espíritos que se recomendam às nossas preces e particularmente sobre a alma de N...

Bons Espíritos, que tendes por única ocupação fazer o bem, intercedei comigo pelo alívio deles. Fazei que lhes brilhe diante dos olhos um raio de esperança e que a luz divina os esclareça acerca das imperfeições que os conservam distantes da morada dos bem-aventurados. Abri-lhes o coração ao arrependimento e ao desejo de se depurarem, para que se lhes acelere o adiantamento. Fazei-lhes compreender que, por seus esforços, podem eles encurtar a duração de suas provas.

Que Deus, em sua bondade, lhes dê a força de perseverarem nas boas resoluções!

Possam essas palavras repassadas de benevolência suavizar lhes as penas, mostrando-lhes que há na Terra seres que deles se compadecem e lhes desejam toda a felicidade.

66. (Outra) - Nós te pedimos, Senhor, que espalhes as graças do teu amor e da tua misericórdia por todos Os que sofrem, quer no espaço como Espíritos errantes, quer entre nós como encarnados.

Tem piedade das nossas fraquezas. Falíveis nos fizeste, mas dando-nos capacidade para resistir ao mal e vencê-lo. Que a tua misericórdia se estenda sobre todos os que não hão podido resistir aos seus maus pendores e que ainda se deixam arrastar por maus caminhos. Que os bons Espíritos os cerquem; que a tua luz lhes brilhe aos olhos e que, atraídos pelo calor vivificante dessa luz, eles venham prosternar-se a teus pés, humildes, arrependidos e submissos.

Pedimos-te, igualmente, Pai de misericórdia, por aqueles dos nossos irmãos que não tiveram forças para suportar suas provas terrenas. Tu, Senhor, nos deste um fardo a carregar e só aos teus pés temos de o depor. Grande, porém, é a nossa fraqueza e a coragem nos falta algumas vezes no curso da jornada. Compadece-te desses servos indolentes que abandonaram antes da hora o trabalho. Que a tua justiça os poupe, e consente que os bons Espíritos lhes levem alivio, consolações e esperanças no futuro. A perspectiva do perdão fortalece a alma; mostra-a, Senhor, aos culpados que desesperam e, sustentados por essa esperança, eles haurirão forças na grandeza mesma de suas faltas e de seus sofrimentos, a fim de resgatarem o passado e se prepararem a conquistar o futuro.

Assim seja.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

BAFO DE ONÇA

TEMA: HIGIENE BUCAL

João era um menino muito bom. Era querido por todos, por ser muito prestativo. Onde alguém precisasse de ajuda, lá estava o João.

Porém, João tinha um hábito muito feio: não gostava de escovar os dentes. Sempre que terminava de almoçar ou jantar, arranjava uma desculpa para sair correndo para a rua. Por isso, seu apelido era “Bafo-de-onça”. Aborrecia-se com isso, mas não podia evitar que o chamassem pelo feio apelido.

Seus pais, constantemente, o repreendiam.

— João, escove os dentes! Vai ficar com os dentes pretos e cariados.

Um dia se arrependerá de não escová-los!

— Meu filho, não se esqueça de escovar os dentes antes de sair...

— Não posso. O Patuca e o Carlinhos estão me esperando. Vamos jogar futebol no campinho.

Depois, eu não gosto de escovar os dentes. Perco muito tempo!

E os dentes de João foram ficando feios e cariados. Quando começava a falar, ninguém ficava por perto. Cheirava mal! Quando entrava na classe, diziam logo:

— Lá vem o “Bafo-de-onça”. Certo dia foram todos os alunos de sua classe convidados para trabalhar no teatro da escola. Era muito divertido participar do teatrinho. Vestiam roupas bonitas, usavam mascaras, às vezes ficavam horas e horas com d. Carmem, ensaiando.

Todas as crianças se reuniram no salão de festas da escola, para escolher os que iriam trabalhar no teatrinho. Todos estavam entusiasmados! Um dos alunos iria ser o Rei, e ficaria sentado num trono dourado!

O outro seria o Príncipe, muito garboso e valente, e usaria uma roupa azul, com um escudo de prata.

E o último, seria um Caipira, com as roupas remendadas e um chapéu de palha.

João logo pensou em ser o Rei. De qualquer jeito, pensava ele, seria o Rei.

— Eu quero ser o Rei! Disse João. Eu vou ser o Rei!

— Não pode! Gritaram todos. Você só poderá ser o Caipira. Tem os dentes estragados, nem mesmo será preciso pintá-los. Rei não tem dentes pretos.

João afastou-se dali, chorando. Nunca passara tanta vergonha! E como tinha vontade de ser o Rei no teatrinho! Pensando bem, seus colegas tinham razão. Seus dentes estavam muito feios. Não poderia mesmo ser o Rei.

Resolveu escovar os dentes, como sempre o aconselhavam os pacientes pais. Foi ao dentista, e, cuidando sempre dos dentes, estes, com o tempo, ficaram branquinhos e sadios.

No ano seguinte, Joãozinho foi convidado para ser o Príncipe, no teatrinho da escola.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

ANSIEDADES

"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem o cuidado de vós." - I Pedro, 5:7.

As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.

Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.

Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.

Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.

Se a criatura refletisse mais sensatamente, reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.

Indubitavelmente que as paisagens se modificarão, incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor; contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir diariamente, na direção do bem.

A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.

Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.

Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair.

Livro: Pão Nosso, lição 8 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O ‘NÃO’ E A LUTA

“Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” – Jesus. (Mateus, 5:37).

Ama, de acordo com as lições do Evangelho, mas não permitas que o teu amor se converta em grilhão, impedindo-te a marcha para a vida superior.

Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação, entretanto, não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios para o caminho alheio.

Atende com alegria ao que te pede um favor, contudo não cedas à leviandade e à insensatez.

Abre as portas de acesso ao bem estar aos que te cercam, mas não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.

Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto, sê leal e sincero em tuas atitudes.

O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações, todavia, o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais construtivo.

Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo e, por vezes, a própria vida.

Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o “não” deve ser dito sem aspereza.

Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca; urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais perturba. O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.

As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as palavras.

“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho.

Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel. Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer.

Livro: Pão Nosso, lição 80 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.

Fonte da imagem: Internet Google.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Amor e Vida

Muita semente esquecida
Em simples trato de chão
Transforma os charcos da vida
Em flor, alegria e pão.

Quem sente amor não reclama
Privilégios para si,
Quanto mais sofre, mais ama,
Quanto mais chora, mais ri.

Quem sabe renunciar,
Fazendo feliz alguém,
Por si já sabe olvidar
As mágoas que a vida tem.

Amor real e profundo
Dos sonhos e anseios meus,
Só mesmo existe no mundo
No coração que é de Deus.

Amor não é fanatismo,
Ciúme; inveja e paixão.
Amor é uma Luz Divina
Por dentro do coração.

Amor de mãe, poesia
Inspirada, terna e pura,
Que o Senhor criou um dia
Pensando em nossa ventura.

Vive; trabalha e abençoa,
Que a treva jamais te vença...
Quem ama sempre perdoa
A dor de qualquer ofensa.

Na Terra, o amor é assim:
Uma estrela em doce luz
Que brilha, do início ao fim,
E se consome na cruz.

Justiça aponta a Verdade
Sem segredos e sem véus,
Mas somente a Caridade
Sabe o caminho dos Céus.


Autor: Eurícledes Formiga

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SEGUNDO A CARNE

“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis.” – Paulo. (Romanos, 8:13).

Para quem vive segundo a carne, isto é, de conformidade com os impulsos inferiores, a estação de luta terrestre não é mais que uma série de acontecimentos vazios.

Em todos os momentos, a limitação ser-lhe-á fantasma incessante.

Cérebro esmagado pelas noções negativas, encontrar-se-á com a morte, a cada passo.

Para a consciência que teve a infelicidade de esposar concepções tão escuras não passará a existência humana de comédia infeliz.

No sofrimento, identifica uma casa adequada ao desespero.

No trabalho destinado à purificação espiritual, sente o clima da revolta.

Não pode contar com a bênção ao amor, porquanto, em face da apreciação que lhe é própria, os laços afetivos são meros acidentes no mecanismo dos desejos eventuais.

A dor, benfeitora e conservadora do mundo, é-lhe intolerável, a disciplina constitui lhe angustioso cárcere e o serviço aos semelhantes representa pesada humilhação.

Nunca perdoa, não sabe renunciar, dói-lhe ceder em favor de alguém e, quando ajuda, exige do beneficiado a subserviência do escravo.

Desditoso o homem que vive, respira e age, segundo a carne!

Os conflitos da posse atormentam lhe o coração, por tempo indeterminado, com o mesmo calor da vida selvagem.

Ai dele, todavia, porque a hora renovadora soará sempre! E, se fugiu à atmosfera da imortalidade, se asfixiou as melhores aspirações da própria alma, se escapou ao exercício salutar do sofrimento, se fez questão de aumentar apetites e prazeres pela absoluta integração com o “lado inferior da vida”, que poderá esperar do fim do corpo, senão sepulcro, sombra e impossibilidade, dentro da noite cruel?

Livro: Pão Nosso, lição 78 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pelos Espíritos Endurecidos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

75. PREFÁCIO. Os maus Espíritos são aqueles que ainda não foram tocados de arrependimento; que se deleitam no mal e nenhum pesar por isso sentem; que são insensíveis às reprimendas, repelem a prece e muitas vezes blasfemam do nome de Deus. São essas almas endurecidas que, após a morte, se vingam nos homens dos sofrimentos que suportam, e perseguem com o seu ódio aqueles a quem odiaram durante a vida, quer obsidiando os, quer exercendo sobre eles qualquer influência funesta. (Cap. X, n° 6; Cap. XII, n° 5 e n° 6.)

Duas categorias há bem distintas de Espíritos perversos: a dos que são francamente maus e a dos hipócritas. Infinitamente mais fácil é reconduzir ao bem os primeiros do que os segundos. Aqueles, as mais das vezes, são naturezas brutas e grosseiras, como se nota entre os homens; praticam o mal mais por instinto do que por cálculo e não procuram passar por melhores do que são. Há neles, entretanto, um gérmen latente que é preciso fazer desabrochar, o que se consegue quase sempre por meio da perseverança, da firmeza aliada à benevolência, dos conselhos, do raciocínio e da prece.

Através da mediunidade, a dificuldade que eles encontram para escrever o nome de Deus é sinal de um temor instintivo, de uma voz íntima da consciência que lhes diz serem indignos de fazê-lo. Nesse ponto estão a pique de converter-se e tudo se pode esperar deles: basta se lhes encontre o ponto vulnerável do coração.

Os Espíritos hipócritas quase sempre são muito inteligentes, mas nenhuma fibra sensível possuem no coração; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar a confiança, e felizes se sentem quando encontram tolos que os aceitam como santos Espíritos, pois que possível se lhes torna governá-los à vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, serve-lhes de máscara para encobrirem suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos, porque atuam na sombra, sem que ninguém disso desconfie; têm apenas as aparências da fé, mas fé sincera, jamais.

76. Prece. - Senhor, digna-te de lançar um olhar de bondade sobre os Espíritos imperfeitos, que ainda se encontram na treva da ignorância e te desconhecem, particularmente sobre N...

Bons Espíritos, ajudai-nos a fazer-lhe compreender que, induzindo os homens ao mal, obsidiando-os e atormentando-os, ele prolonga os seus próprios sofrimentos; fazei que o exemplo da felicidade de que gozais lhe seja um encorajamento.

Espírito que ainda te comprazes no mal, vem ouvir a prece que por ti fazemos; ela te há de provar que desejamos o teu bem, conquanto faças o mal.

És desgraçado, pois não se pode ser feliz fazendo o mal. Por que então te conservarás no sofrimento quando de ti depende evitá-lo?

Olha os bons Espíritos que te cercam; vê quão ditosos são e se te não seria mais agradável fruir da mesma felicidade.

Dirás que te é impossível; porém, nada é impossível àquele que quer, porquanto Deus te deu, como a todas as suas criaturas, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, isto é, entre a felicidade e a desgraça, e ninguém se acha condenado a praticar o mal. Assim como tens vontade de fazê-lo, também podes ter a de fazer o bem e de ser feliz.

Volve para Deus o teu olhar; dirige-lhe por um instante o teu pensamento e um raio da divina luz virá iluminar-te. Dize conosco estas simples palavras: Meu Deus; eu me arrependo, perdoa-me.

Tenta arrepender-te e fazer o bem, em vez de fazer o mal, e verás que logo a sua misericórdia descerá sobre ti, que um bem-estar indizível substituirá as angústias que experimentas.

Desde que hajas dado um passo no bom caminho, o resto deste te parecerá fácil de percorrer. Compreenderás então quanto tempo perdeste de felicidade por culpa tua; mas, um futuro radioso e pleno de esperança se abrirá diante de ti e te fará esquecer o teu miserável passado, prenhe de perturbação e de torturas morais, que seriam para ti o inferno, se houvessem de durar eternamente. Dia virá em que essas torturas serão tais que a qualquer preço quererás fazê-las cessar; porém, quanto mais te demorares, tanto mais difícil será isso.

Não creias que permanecerás sempre no estado em que te achas; não, que isso é impossível. Duas perspectivas tens diante de ti: a de sofreres muitíssimo mais do que tens sofrido até agora e a de seres ditoso como os bons Espíritos que te rodeiam. A primeira será inevitável, se persistires na tua obstinação, quando um simples esforço da tua vontade bastará para te tirar da má situação em que te encontras. Apressa-te, pois, visto que cada dia de demora é um dia perdido para a tua felicidade.

Bons Espíritos; fazei que estas palavras ecoem nessa alma ainda atrasada, a fim de que a ajudem a aproximar-se de Deus. Nós vo-lo pedimos em nome de Jesus-Cristo, que tão grande poder tinha sobre os maus Espíritos.

Assim seja.

Fonte da imagem: Internet Google.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A VOLTA DE JUCA

Desencarnado, o Lambisca,
Na vida espiritual,
Estava do mesmo jeito
E o barrigão tal e qual.

Acorda num campo lindo...
E agora, que não mais dorme,
Vê muita gente a sorrir
Por vê-lo de pança enorme.

Tem a impressão de trazer
O peso de um grande bumbo.
Quer levantar-se, porém
A pança cai como chumbo.

Juca xinga nomes feios...
Faz birra, choro e escarcéu
E pede com gritaria:
- Eu quero subir ao Céu!

Surge um Espírito amigo,
Carinhoso e benfeitor,
Que o recolhe com bondade
Nos braços cheios de amor.

Deu-lhe as mãos e disse: - Filho,
Levante-se, cale e ande...
Ninguém sobe à Luz Divina
Com barriga assim tão grande...

Mas o Juca, revoltado,
Ergue os punhos pesadões
Contra tudo e contra todos,
A murros e pescoções.

Depois berra: - Esta barriga
É grandona, mas é minha!
Eu quero comer no tacho,
Quero morar na cozinha!

Multidões surgem a ver
O menino barulhento.
E o Juca, com pontapés,
Aumentava o movimento.

Um sábio aparece e fala:
- O Lambisca não regula,
Enlouqueceu de repente
De tanto cair na gula.

Foi preciso, então, prendê-lo...
Amarrado e furioso,
O pequeno parecia
Um cachorrinho raivoso.

Os Protetores, após
Guardá-lo em corda segura,
Oravam, dando-lhe passes,
Com bondade e com doçura...

Viu-se logo o olhar do Juca
Fazer-se brando, mais brando...
O menino foi dormindo
E a barriga foi murchando...

Os amigos decidiram,
Assim como um grande povo,
Que o Juca a fim de curar-se
Devia nascer de novo.

Lambisca a dormir, coitado,
Ele – tão forte e mandão,
Renasceu, muito pequeno,
Um simples bebê chorão.

E para esquecer a gula
Cresceu doente e magrinho...
Só bebia caldo leve,
Sem feijão e sem toucinho.

Médium: Chico Xavier – Espírito: Casemiro Cunha.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

NOVA BIOGRAFIA

Hoje foi postada a biografia do mês de Janeiro de 2015 na coluna "Grandes Nomes do Espiritismo" em homenagem a RUY KREMER.