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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Primeira Palestra de 2009 no Expedição Caridade - 04.02.2009


O Evangelho Segundo O Espiritismo

Cap. 6 : O Cristo Consolador


Advento do Espírito da Verdade
ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1860
5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”
Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.
Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.
Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!


ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1861
6 – Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas.
Trabalhadores, traçai o vosso sulco. Recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno aos vossos corpos, mas vossas almas não estão esquecidas: eu, o divino jardineiro, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, quando a trama escapar de vossas mãos, e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis surgir e germinar em vós a minha preciosa semente. Nada se perde no Reino de nosso Pai. Vossos suores e vossas misérias formam um tesouro, que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas, e onde o mais desnudo entre vós será talvez o mais resplandecente.
Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são freqüentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.


ESPÍRITO DE VERDADE
Havre, 1863
8 – Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranqüilidade de espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.





LIVRO FONTE VIVA

17 - CRISTO E NÓS

“E disse-lhe o Senhor em visão:
- Ananias! E ele respondeu:Eis-me aqui, Senhor!”
– (ATOS, 9:10)

Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.

Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida, uma assembléia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.

E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de boa-vontade.

Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias. Enviando-o a socorrer o novo discípulo.

Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recém-convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.

“Ide e pregai.”

“Eis que vos mando.”

“Resplandeça a vossa luz diante dos homens.”

“A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.”

Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.

Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.

Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.

CRISTIANISMO SIGNIFICA CRISTO E NÓS.

Livro Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier



LIVRO SINAL VERDE


DEVER E TRABALHO



André Luiz



O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.

Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.

Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.

A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.

Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.

Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.

Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.

Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.





POEMA


COMEÇAR OUTRA VEZ



Maria Dolores



Alma querida, escuta!... Entre os lances do mundo,

Se escorregaste à beira do caminho

E caíste, talvez, em pleno desalinho,

Na sombra que te faz descrer ou desvairar,

Ante a dor de visita, a renovar-te anseios,

Não desprezes pensar! ... Levante-te e confia,

Porque a vida te pede, abrindo-te outro dia:

- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...



Ergue-te regressando à estrada justa,

Contempla a terra amiga em derredor,

Vê-la-ás, pormenor em pormenor,

Por mãe que sofra e sangra, a recriar ...

Medita na semente à sós, que o lavrador sepulta...

Quando alguém a supõe, humilhada e indefesa,

Ressurge em brilho verde, ouvindo a Natureza:

- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...



Fita o perfurador rasgando as entranhas da gleba;

O homem que o maneja, a golpes persistentes,
Pesquisa, sem cessar, todos os continentes,

Do deserto escaldante aos recessos do mar...

E eis que a lama oleosa, esquecida há milênios,

Trazida à flor do chão, é ouro e combustível,

Que o progresso conclama em ordem de alto nível:

- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...



Toda força lançada em desvalia

Quando erguida, de novo, em apoio de alguém,

Retoma posição no serviço do bem,

Utilidade viva a circular...

Olha a pedra moída, em função do cimento

E o barro que assegura a gestação do trigo,

Falando a todos nós, em tom seguro e amigo:

- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...



Assim também, alma fraterna e boa,

Se caíste em momentos infelizes,

Não te abatas, nem te marginalizes,

Levanta-te e retoma o teu próprio lugar!...

Aceita os grilhões das provas necessárias,

Esquece, age, abençoa, adianta-te e lida,

E escutarás a voz da Lei de Deus na vida:

- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...


Livro: “Vida em Vida” Psicografia: “Francisco Cândido Xavier” Espíritos Diversos

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