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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Amor e Vida
Embora as severas vinculações humanas com o culto egoístico ao utilitarismo, vige o amor abençoando as criaturas em variadas e formosas expressões.
Apesar das demoradas experiências humanas na belicosidade destrutiva, o amor é que edifica povos e civilizações, transmitindo para a posteridade o cabedal de sabedoria e de cultura com que se imortalizam homens e nações.
Não obstante a carreira desenfreada da criatura na busca das sensações grosseiras, manifesta-se o amor nos ideais de santificação e liberdade.
Conquanto o hediondo espetáculo da miséria econômica e social o amor enriquece as mãos e os corações para o ministério da caridade.
Apesar dos excessos atuais nos rumos da anarquia e da perversidade, o amor arma de misericórdia as mentes e os sentimentos para que o Sacerdócio da Medicina e da Enfermagem enfrentem a guerra levando ajuda aos tombados e vencidos.
Sem embargo, os altos índices da criminalidade, deixando entrever que o homem perdeu o rumo do bem; o amor está levantando santuários de esperança na Terra, pensando feridas e sacrificando-se à justiça.
O amor, considerado morto nestes dias de imediatismo, encontra-se, porém, vivo e vitaliza criaturas incontáveis, a fim de que mais rapidamente haja uma mudança nas estruturas, como balizas de luz, demarcando o inicio deste milênio.
O amor transita anônimo enxugando suores e limpando feridas, mãos alongadas no ministério do auxílio, elaborando o mundo melhor por que todos anelamos.
Há o amor de mães e de pais estóicos que se anulam no sacrifício e na abnegação, apagando os próprios ideais e renunciando-se, a fim de que os amados triunfem.
Há o amor de esposos nobres que silenciam ultrajes e ofensas, atestando que a honra e a coragem constituem os êmulos para a segurança e a felicidade.
Há o amor fraternal, alargando fronteiras, como antídoto eficiente aos males que solapam os alicerces sociais do mundo moderno.
Sempre o amor!
O amor é a presença de Deus no coração, dinamizando a paz, embora o rugir das tempestades em volta.
Por que o amor?
Amor é vida.
O ódio asselvaja. O amor acalma.
O ciúme desequilibra. O amor harmoniza.
A cólera envenena. O amor sustenta.
A sensualidade brutaliza. O amor dulcifica.
A inveja envilece. O amor eleva.
A maledicência denigre. O amor aclara.
A calúnia indignifica. O amor levanta.
O rancor desorganiza. O amor educa.
A violência animaliza. O amor conforta.
A agressividade destrói. O amor edifica.
A fúria enlouquece. O amor tranqüiliza.
A ignorância rebaixa. O amor salva.
A vaidade intoxica. O amor libera.
O orgulho perverte. O amor ampara.
Em tudo o amor tem preponderância.
O amor sobrevive.
O amor de Deus, que engendrou a Criação, é o hálito da vida.
A harmonia do amor aciona o mecanismo dos mundos mediante as leis sábias da gravitação universal.
O amor, a manifestar-se no sol, nutre e sustenta a vida em todas as suas expressões na Terra.
As paixões inferiores fazem queimar enquanto o amor aquece sem ferir.
Por amor, Jesus se transferiu do sólio do Altíssimo a fim de conviver com os homens, suportá-los, auxiliá-los e erguê-los às culminâncias da munificência de Deus.
Fora, portanto, do amor, não há felicidade, porque o amor é a base da caridade.
Sem o amor não vige o perdão, nem a justiça realiza o seu mister, fazendo-a derrape na impiedade.
Só o amor possui o élan vital para erguer a criatura ao seu Criador, num sublime processo de união e ventura.
Disse Jesus: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”.
Em tudo e todos o amor.
Eis porque o amor.
Médium: Divaldo Pereira Franco – Espírito: Joanna de Angelis.
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