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sexta-feira, 26 de novembro de 2010
ONDE ESTÁ DEUS?
Olhando atentamente ao nosso derredor, se observamos que, em pleno ar um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, a que conclusão chegamos?
Certamente deduziremos que hábil atirador o alvejou, ainda que não o possamos ver.
Sendo assim, nem sem sempre é necessário que vejamos uma coisa para saber que ela existe.
Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.
E, se todo o efeito tem uma causa, por conseguinte, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
Assim é que, quando contemplamos uma obra-prima da arte ou da indústria, dizemos que quem a produziu foi um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la.
Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, ninguém terá a idéia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, e, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.
Pois bem! Lançando o olhar sobre as obras da natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhecemos não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana.
Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à humanidade, a menos que se admita que há efeito sem causa.
E é a essa inteligência suprema que chamamos Deus.
... E onde está Deus? – pergunta o cientista.
- Ninguém jamais o viu. Deus é somente uma invenção da fé – responde, às pressas, o materialista...
Já o pensador, dirá sensatamente:
- Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe. A natureza mostra claramente em que consiste o Seu poder.
Mas o poeta dirá, com a segurança de quem tem certeza:
- Eu vejo Deus no riso da criança... no céu, no mar, na luz...
- Eu vejo Deus na mão que acaricia... No olhar das mães fitando os filhos seus... Nas noites de luar, claras e belas...
- Em tudo pulsa o coração de Deus.
- Eu vejo Deus nas flores e nos prados, nos astros a rolar pelo infinito...
- Escuto Deus na voz dos namorados... E sinto Deus na lágrima do aflito...
- Escuto Deus na frase que perdoa... Contemplo Deus no abraço dos amigos...
- Eu vejo Deus na criatura boa... E sinto Deus na paz, na alegria...
- Escuto Deus no som da melodia... E sinto Deus na brisa refrescante...
- Contemplo Deus no sol que ilumina... E sinto Deus no perfume das flores...
- Eu vejo Deus na chuva que beija a terra... E sinto Deus na fé, na esperança...
O mesmo calor solar, que mantém no estado líquido a água dos rios e dos mares, conduz a seiva à fronde das árvores e faz pulsar o coração dos abutres e das pombas.
A luz que espalha o verdor nos prados e nutre as plantas com um sopro impalpável, também povoa a atmosfera das maravilhosas belezas aéreas.
O som que estremece a folhagem, canta na orla dos bosques e ruge nas plagas marinhas.
Enfim, em tudo vemos uma correlação de forças físicas, que abrange num mesmo sistema a totalidade da vida sob a comunhão das mesmas leis.
É ao autor dessas leis soberanas e perfeitas que chamamos Deus.
Autor do texto desconhecido
Fonte do texto e imagem: Internet
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