CONFISSÃO
Não escutei o velhinho
Que quis contar sua história
Me falar dos seu caminhos
Gravados em sua memória.
Não pronunciei seu nome
Pro doente moribundo
O meu irmão sentia fome
E o chamei vagabundo.
Enfeitei com ramalhetes
Os caminhos de um nobre
Porém puxei o tapete
Na hora que vinha um pobre.
Não visitei o hospício
Tive medo da loucura
Isso era sacrifício
E eu não tinha estrutura.
Também não fui generosa
Eu não soube ser assim
E tão somente dei rosas
A quem já tinha jardim.
Muitas vezes fui omissa
Isso hoje reconheço
Eu somente fiz justiça
A quem já trouxe do berço.
Eu somente dei as sobras
Pensando no meu futuro
E hoje a vida me cobra
Tudo isso e mais os juros.
Médium: Lúcia - Espírito: Um amigo Poeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário