Nesse aspecto de
nossas dificuldades espirituais, assemelhamo-nos a criaturas invigilantes que
arrematassem os débitos desnecessários dos outros, permitindo-nos cair sob a
hipnose de forças destrutivas a que se afazem alguns dos nossos parceiros de
experiência.
Justo compartir as
provações se lhe vinculem ao aprimoramento, mas, porque arrecadar os disparates
estabelecidos voluntariamente por aqueles que patrocinam o nascedouro?
Comumente, estragamos
grande parte do dia entregando-nos a aflições inúteis, com as quais em nada
melhoramos a condição daqueles que lhes deram origem; muito ao contrário, em
lhes hipotecando apreço, ei-las que se ampliam, transformando-se, vezes e
vezes, em instrumentos de obsessão ou desarmonia, enfermidades ou delinquência.
Imunizemo-nos contra a
absorção de venenos mentais, em cuja formação não tivemos o menor interesse.
Se um companheiro
infringiu as disposições da lei, convencidos quanto estamos de que todo
reajuste surgirá pelo sofrimento, para que agravar a situação com apontamentos
cruéis?
Alguém ter-nos-á
caluniado ou insultado, fermentando difamação ou veiculando boatos, sem lograr
abrir a mínima brecha na fortaleza tranquila de nosso mundo interior... Porque
perder tempo ou conturbar o coração, se o problema pertence ao maldizente ou ao
caluniador, que responderão, sem dúvida, pelos males que causem?
Tenhamos as nossas
oportunidades de serviço, alegrias da vida íntima, afeições verdadeiras e
tarefas construtivas em mais alto conceito, recebendo-as por bênção de Deus, que
nos cabe valorizar e enriquecer com reconhecimento, trabalho, amor e lealdade
aos próprios deveres.
Se erramos,
retifiquemos nós mesmos, reparando, com
sinceridade, as consequências de nossas faltas; no entanto, se a obrigação
cumprida nos garante a consciência tranquila, quando a provação das trevas nos
desafie tenhamos a coragem de não conferir ao mal atenção alguma, abstendo-nos
de passar recibo em qualquer conta perturbadora que a injúria ou a maledicência
nos queiram apresentar.
Livro: Encontro marcado
– Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem:
Internet Google.
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