Todas as tardes após a
escola eu e meus amigos, íamos jogar bola no campinho que ficava ao lado da
casa de seu Antenor.
Seu Antenor é um homem
de meia idade que sempre implicava com os vizinhos, com o calor, com as
crianças, nada servia para ele.
E os meninos por sua
vez, não deixavam o pobre velho em paz.
Um belo dia ao voltar
para casa, Pedrinho passou em frente a casa de seu Antenor e o viu chorando abraçado
a um retrato. Quando chegou em casa contou à dona Helena.
- Mamãe, ao passar
pela casa de seu Antenor o vi chorando junto a um retrato. Pensei que ele não chorava
mais, pois ele é sempre tão ranzinza.
- Ora Pedrinho, foi o
meio que ele encontrou para esconder seus verdadeiros sentimentos.
- Não entendi mamãe?
- Algumas pessoas como
seu Antenor que já sofreram muito na vida, com a perda da família; esposa, seu
único filho, usam agressividade para se defender. Acreditam que assim não vão
sofrer mais.
- Isso é um engano,
pois, acabam sofrendo mais. Ninguém vive sem amor. Você meu filho que é um
menino bom, deve sempre que tiver oportunidade, ajudá-lo com muito carinho.
Seu Antenor é muito
só, e o evangelho sempre nos ensina a amar e a respeitar os mais velhos.
À noite Pedrinho
sonhou com seu querido vovozinho, pedindo para que ele tratasse seu Antenor como
seu avô e que o amasse muito.
Pela manhã na escola
contou aos seus amiguinhos a conversa com sua mãe e o sonho com seu avô, então
resolveram pedir desculpas a seu Antenor e para que ele aceitasse ser o avô
deles, já que muitos não tinham avô e outros o avô morava muito longe.
Seu Antenor ficou
muito contente, e disse emocionado:
- Eu serei o melhor
avô do mundo.
"Essa história
nos faz lembrar quantos vizinhos idosos nós temos, e, quantos velhinhos nos asilos
estão esperando apenas um abraço, um beijo, uma palavra amiga".
Nós nunca devemos
desrespeitar os mais velhos, pois são pessoas que já viveram muito e merecem todo
nosso carinho e respeito.
Fonte do Texto: Revista
Consciência Espírita - Fevereiro/2000
Imagem: Internet
Google.
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