Desencarnado,
o Lambisca,
Na vida
espiritual,
Estava do
mesmo jeito
E o barrigão
tal e qual.
Acorda num
campo lindo...
E agora, que
não mais dorme,
Vê muita
gente a sorrir
Por vê-lo de
pança enorme.
Tem a
impressão de trazer
O peso de um
grande bumbo.
Quer
levantar-se, porém
A pança cai
como chumbo.
Juca xinga
nomes feios...
Faz birra,
choro e escarcéu
E pede com
gritaria:
- Eu quero
subir ao Céu!
Surge um
Espírito amigo,
Carinhoso e
benfeitor,
Que o
recolhe com bondade
Nos braços
cheios de amor.
Deu-lhe as
mãos e disse: - Filho,
Levante-se,
cale e ande...
Ninguém sobe
à Luz Divina
Com barriga
assim tão grande...
Mas o Juca,
revoltado,
Ergue os
punhos pesadões
Contra tudo
e contra todos,
A murros e
pescoções.
Depois
berra: - Esta barriga
É grandona,
mas é minha!
Eu quero
comer no tacho,
Quero morar
na cozinha!
Multidões
surgem a ver
O menino
barulhento.
E o Juca,
com pontapés,
Aumentava o
movimento.
Um sábio
aparece e fala:
- O Lambisca
não regula,
Enlouqueceu
de repente
De tanto
cair na gula.
Foi preciso,
então, prendê-lo...
Amarrado e
furioso,
O pequeno
parecia
Um
cachorrinho raivoso.
Os
Protetores, após
Guardá-lo em
corda segura,
Oravam,
dando-lhe passes,
Com bondade
e com doçura...
Viu-se logo
o olhar do Juca
Fazer-se brando,
mais brando...
O menino foi
dormindo
E a barriga
foi murchando...
Os amigos
decidiram,
Assim como
um grande povo,
Que o Juca a
fim de curar-se
Devia nascer
de novo.
Lambisca a
dormir, coitado,
Ele – tão
forte e mandão,
Renasceu,
muito pequeno,
Um simples
bebê chorão.
E para
esquecer a gula
Cresceu
doente e magrinho...
Só bebia
caldo leve,
Sem feijão e
sem toucinho.
Médium:
Chico Xavier – Espírito: Casemiro Cunha.
Fonte da imagem: Internet Google.
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