Quando
psicografava o livro Paulo e Estevão, do Espírito Emmanuel, Francisco Cândido
Xavier via, ao seu lado, um sapo feio, gorduchão, que o amedrontava muito…
No
princípio, distava-lhe alguns metros. Depois, à proporção que a grande obra
chegava ao fim, o sapo estava quase aos pés do médium.
Isto lhe
dava um mal-estar intraduzível.
Emmanuel,
observando-lhe o receio, diz-lhe:
– O sapo é
um animal inofensivo, um abnegado jardineiro, que limpa os jardins dos insetos
perniciosos. Não compreendo, pois, sua antipatia pelo pobre batráquio… Procure
observá-lo mais de perto, com simpatia, e acabará sentindo-lhe estima.
Após
ponderação justa de seu Guia, o Chico começou a ter simpatia pelo sapo, e
achar-lhe até certa beleza, particular utilidade, um verdadeiro servidor.
Terminou a
recepção do formoso livro e Emmanuel, completando o asserto, pondera-lhe,
bondoso:
– O homem,
Chico, será um dia, uma Estrela de Cinco Raios, quando possuir os pés, as mãos,
e a cabeça alevantados, liberados.
Já possui
três raios: as mãos e a cabeça, faltando-lhes os dois pés, os quais serão
libertados quando perder a atração da Terra.
Existem, no
entanto, germes, animais, seres outros, com os cinco raios voltados para baixo,
para a Terra, sugando-lhe o seio, vivendo de sua vida.
Assim é o
sapo, coitado, que luta intensamente para levantar um raio, pelo menos a
cabeça. O boi já possui a cabeça alevantada, já que progrediu um pouco.
É preciso,
pois, que o Homem sinta a graça que já guarda e lute, através dos três raios já
suspensos, pela aquisição dos outros dois.
Que saiba
sofrer, amar, perdoar, renunciar, até libertar-se do erro, dos vícios, das
paixões, e, desta forma, terá livres os pés para transformar-se numa Estrela de
Cinco Raios e participar da vida de outras Constelações, em meio das quais
brilha uma Estrela Maior, que é Jesus.
Livro: Na
Intimidade – Médium: Chico Xavier – Espírito: Ramiro Gama
Fonte da imagem: Internet Google.
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