“E para que me não exaltasse pelas
excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, mensageiro de
Satanás.” – Paulo. (II Coríntios, 12:7)
Atitude
sumamente perigosa louvar o homem a si mesmo, presumindo desconhecer que se
encontra em plano de serviço árduo, dentro do qual lhe compete emitir
diariamente testemunhos difíceis.
É posição
mental, não somente ameaçadora, quanto falsa, porque lá vem um momento
inesperado em que o espinho do coração aparece.
O discípulo
prudente alimentará a confiança sem bazófia, revelando-se corajoso sem ser
metediço. Reconhece a extensão de suas dívidas para com o Mestre e não encontra
glória em si mesmo, por verificar que toda glória pertence a Ele mesmo, o
Senhor.
Não são
poucos os homens do mundo, invigilantes e inquietos, que, após receberem o
incenso da multidão, passam a curtir as amarguras da soledade; muitos deles se
comprazem nos galarins da fama, qual se estivesse convertidos em ídolos
eternos, para chorarem, mais tarde, a sós, com o seu espinho ignorado nos
recessos do ser.
Porque
assumir posição de mestre infalível, quando não passamos de simples aprendizes?
Não será
mais justo servir ao Senhor, na mocidade ou na velhice, na abundância ou na
escassez, na administração ou da subalternidade, com o espírito de ponderação,
observando os nossos pontos vulneráveis, na insuficiência e imperfeição do que
temos sido, até agora?
Lembremo-nos
de que Paulo de Tarso esteve com Jesus pessoalmente; foi indicado para o
serviço divino em Antioquia pelas próprias vozes do Céu; lutou, trabalhou e
sofreu pelo Evangelho do Reino e, escrevendo aos coríntios, já envelhecido e
cansado, ainda se referiu ao espinho que lhe foi dado para que se não exaltasse
no sublime trabalho das revelações.
Livro: Pão
Nosso, lição 126 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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