“Mas agora o meu reino não é daqui.” –
Jesus. (João, 18:35).
Desde os
primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram
deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.
Ajoelham-se,
por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a
realização da santidade.
Muitos
cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados,
expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece,
reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu
reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.
No entanto,
é justo ponderar que o Cristo não deserdou a planeta. A palavra d’Ele não
afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas
definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre
esclareceu: – “mas agora o meu reino não é daqui”.
Semelhante
afirmativa revela-lhe a confiança.
Jesus,
portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão só
porque a sombra se fez mais densa em torno dos problemas transitórios ou porque
as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita
vez, obedecem a pura ilusão visual.
A atividade
divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo
insculpirá a própria vitória.
Não nos
cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar,
confiantemente, para o grande futuro.
Livro: Pão
Nosso, lição 133 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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