“Estais, pois firmes na liberdade com que o
Cristo nos libertou e não vos submetais de novo ao jugo da escravidão.” –
Paulo. (GÁLATAS, 5:1.)
Meditemos na
liberdade com que o Cristo nos libertou das algemas da ignorância e da crueldade.
Não lhe
enxergamos qualquer traço de rebeldia em momento algum.
Através de
todas as circunstâncias, sem perder o dinamismo da própria fé, submete-se,
valoroso, ao arbítrio de nosso Pai.
Começa a
Missão Divina, descendo da Glória Celestial para o estreito recinto da
manjedoura desconhecida.
Não exibe
uma infância destacada no burgo em que se acolhe a sua equipe familiar; respira
o ambiente da vida simples, não obstante a Luz Sublime com que supera o nível
intelectual dos doutores de sua época.
Inicia o
apostolado da Boa Nova, sem constranger as grandes inteligências a lhe
aceitarem a doutrina santificante, contentando-se com a adesão dos pescadores
de existência singela.
Fascinando
as multidões com a sua lógica irresistível, não lhes açula qualquer impulso de
reivindicação social, ensinando-as a despertar no próprio coração os valores do
espírito.
Impondo-se
pela grandeza única que lhe assinala a presença, acenam-lhe com uma coroa de
rei, que Ele não aceita.
Observando o
povo jugulado por dominadores estrangeiros, não lhe aconselha qualquer
indisciplina, recomendando-lhe, ao invés disso, “dar a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus”.
Sabe que
Judas, o companheiro desditoso, surge repentinamente possuído por desvairada
ambição política, firmando conchavos com perseguidores da sua Causa Sublime,
contudo, não lhe promove a expulsão do círculo mais íntimo.
Não ignora
que Simão Pedro traz no âmago da alma a fraqueza com que o negará diante do
mundo, mas não se exaspera, por isso, e ajuda-o cada vez mais.
Ele, que
limpara leprosos e sarara loucos, que restituíra a visão aos cegos e o
movimento aos paralíticos, não se exime à prisão e ao escárnio público, à
flagelação e à cruz da morte.
Reflitamos,
pois, que a liberdade, segundo o Cristo, não é o abuso da faculdade de
raciocinar, empreender e fazer, mas sim a felicidade de obedecer a Deus,
construindo o bem de todos, ainda mesmo sobre o nosso próprio sacrifício,
porque somente nessa base estamos enfim livres para atender aos desígnios do
Eterno Pai, sem necessidade de sofrer o escuro domínio das arrasadoras paixões
que nos encadeiam o espírito por tempo indeterminado ás trevas expiatórias.
Livro:
Palavras de Vida Eterna, lição 24 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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