Ronaldo é um
garoto de sete anos, de olhos vivos, esperto! Entre os amigos é conhecido por
"pé de vento", pois sempre ganha nas corridas que apostam.
Ronaldo mora
em um bairro que tem várias ruas sem saída, e a dele é uma dessas. É muito
gostoso brincar ali, já que quase não existe movimento de carros.
Ronaldo
seria muito feliz se não houvesse algo que ele acha bastante desagradável!
- Uhmmm...!!
Que será?
É que na sua
rua não há padaria, nem mercadinho, nenhum comércio. E como ele é o encarregado
de comprar pão e outras pequenas necessidades da casa, praticamente todos os
dias ele precisa ir até à pracinha do bairro, onde estão as lojas.
Ronaldo faz
isso muiiiiito contrariado. Na hora de sair ele faz a maior cara feia e vai
reclamando:
- tudo eu!
Tudo eu nesta casa!
Numa manhã,
Ronaldo se levantou e ficou esperando que mamãe o lembrasse de ir buscar o pão,
mas D. Geni apenas falou:
- oi, Filho,
dormiu bem? Vamos tomar café? Fiz umas torradas com o pão que sobrou de ontem.
- torrada?
Arrrght!!! Detesto torrada!
Na hora do
almoço, mamãe fritou um ovo para cada um. Apesar de ser sábado, dia em que ela
fazia seu delicioso pastel de carne moída...
Ronaldo
começou a desconfiar daquelas modificações que estavam ocorrendo em casa...
À Tardinha,
o garoto foi convidado para ir ao aniversário de Júlio, seu melhor amigo.
Estava um pouco frio e ele pensou em vestir sua camisa de flanela xadrez, tão
quentinha... Mas, ao apanhá-la no armário, notou que mamãe não costurara sua
manga que havia despregado.
Ronaldo
ficou pensativo... Mamãe cuidava com tanto carinho de tudo, a tempo e ahora..
Como não costurara sua camisa?!?!?!
Os dias
foram passando e as coisas não melhoravam. Mamãe continuava sem tempo para
contar estórias ou fazer as guloseimas de que ele tanto gostava. Papai não
achava tempo para irem ao futebol, ou para ajudá-lo a consertar os brinquedos
que estragavam.
Um dia, não
aguentando mais a situação, Ronaldo chegou perto de D. Geni e falou:
- Mãe, vocês
não gostam mais de mim? Nem você, nem papai têm tempo para brincar comigo,
ninguém me ajuda a arrumar os brinquedos, você não faz meus pasteizinhos no
sábado...
- Claro que
amamos você, meu filho. É que meu tempo e o de papai, não está dando para
fazermos tudo que fazíamos quando você nos ajudava. Papai e eu notamos o quanto
o aborrecia ir comprar o pão, o leite e a nos auxiliar em algum servicinho, e
resolvemos que nós mesmos os faríamos. Aí, o tempo não dá mesmo...
Muito sem
graça, gaguejando e embaraçado, Ronaldo falou:
- mas eu não
achei que precisassem tanto de mim, afinal eu sou tão pequeno ainda...
- Acontece,
filhinho - continuou mamãe - que dentro de nossas possibilidades todos podemos
cooperar.
- como
assim, Mamãe???
- Veja
Ronaldo, que para atravessarmos um riacho precisamos da cooperação da ponte,
para termos o mel precisamos da cooperação das abelhas, para termos energia
elétrica precisamos do trabalho das usinas. Todo mundo coopera, auxilia para o
bem de todos. Assim também na família: se cada um fizer um pouquinho, todos
sairão ganhando.
- Acho que
estou entendendo... - falou Ronaldo.
E dando um
gostoso beijo na mamãe, o garoto pegou sua bola para brincar com os amiguinhos,
mas antes disse a D. Geni:
- Mamãe, à tardinha
vou até a padaria buscar pão fresco para o nosso lanche, tá? E voltarei a fazer
meus serviços pra cooperar com alegria, tá?
Fonte: AME/JF
Fonte do
texto e imagem Web Google.
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