“...
E à ciência temperança, e à temperança paciência e à paciência piedade.” –
Pedro. (II PEDRO, 1: 6.)
Aprender
sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra, analisar a
verdade e procurá-la são atitudes de que, efetivamente, não podemos prescindir,
se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado; entretanto, milhões de
talentosos obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram
a cultura intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram
em pavorosas guerras de extermínio.
Incapazes de
controlar apetites e paixões, desvairaram-se na corrida ao poder, encharcando a
terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições
desregradas.
Toda
grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em
devassidão e loucura.
Ainda assim,
a temperança e a paciência, por si só, não chegam para enaltecer o lustre do
cérebro.
A própria
diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos cimos da suavidade e da
tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em
muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre
as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a
respectiva explosão, na época que julga oportuna a calamitosas conflagrações.
O
apontamento do Evangelho, no entanto, é claro e preciso.
Não vale a
ciência sem temperança e toda temperança pede paciência para ser proveitosa,
mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o
suspirado acesso aos mundos superiores, é necessário que o amor esteja
presente, a enobrecer lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz
bastante para clarear o presente a santificar o porvir.
Livro:
Palavras de Vida Eterna, lição 121 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
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