Vitor morava
com sua mãe e com sua vó em um apartamento e ele não tinha irmãos, por isso
gostava de brincar com os meninos que moravam no mesmo prédio que ele.
Mas... Vítor
não era um menino muito alegre. Sabem por quê? É que ele sempre ficava com
raiva por qualquer coisinha e além disso não gostava de fazer as pazes depois
que brigava com alguém.
Um dia,
Camila, prima dele, foi passear na sua casa. Os dois brincaram e se divertiram
muito. Mas vejam só o que aconteceu quando Camila deixou o Vítor sozinho para
ir tomar banho:
Camila foi
tomar banho e Vítor foi brincar com seu jogo de armar e construir várias coisas
quando, de repente, PLOFT!
Sabem o que
tinha acontecido? Camila veio correndo para abrir a porta do quarto e pisou no
robô que o primo montara.
E vocês
sabem o que aconteceu? Pois é; Vítor ficou muito bravo...
- Xiii,
desculpa Vítor? - disse, chateada Camila - eu não sabia que você estava brincando
atrás da porta. Vamos, eu ajudo a montar outro robô, pois não quebrou nenhuma
pecinha.
Mas, a cara
do Vítor continuava emburrada.
- Desculpa,
Vitinho, foi sem querer, por favor me desculpe...
- Sem querer
que nada - falou Vítor todo emburrado - você queria mesmo desmanchar o que eu
montei. Não quero mais brincar com você! Pode ir embora pra sua casa, viu!
Camila
começou a chorar e D. Helena, mãe de Vítor, levou a menina embora.
Quando
voltou, percebeu que o filho estava triste porque a prima fora mesmo embora e
aproveitou para conversar com ele:
- Sabe,
filho, a gente precisa perdoar, desculpar o que nos fazem; senão vamos ficando
sozinhos, sozinhos e isso vai nos dando um aperto muito forte no coração.
Mas Vítor
fingiu que nem ouviu.
No dia
seguinte, Vítor, cansado de ficar sozinho, pediu à mãe para ir brincar na casa
do Guilherme, seu amigo que morava no térreo e tinha um pequeno quintal no
apartamento.
Lá chegando,
os meninos foram jogar bola. Brincaram bastante até que Guilherme chutou uma
bola errada que foi bater sabem aonde? Pois é; bem na barriga do Vítor.
Vocês já
sabem como é que o Vítor reagiu? Isso mesmo... Vítor ficou todinho cheio de
raiva e dá-lhe a falação:
- Também,
Guilherme, não vou mais brincar com você. Você não sabe jogar bola... Você
acertou minha barriga. Você me machucou.
- Mas foi
sem querer, Vítor. Eu queria chutar pro gol!! Aí errei e chutei em você. ME
desculpa, foi mesmo sem querer - dizia-lhe Guilherme.
- Não, não
desculpo não - retrucava o emburrado e embirrado Vítor.
- Puxa,
Vítor, eu sou seu amigo, me perdoe, não foi por querer não.
- Não quero
mais falar com você. Você me machucou.
E lá foi
Vítor embora pra sua casa.
Vítor chegou
em casa todo emburrado e foi pro quarto brincar de carrinho. Passou a manhã, chegou
a hora dele ir pro colégio, tomou seu banho, se arrumou , foi pro colégio,
ainda todo emburrado.
Voltando ao
final da tarde pra casa, ele resolveu brincar de cavalinho de pau.
E lá foi ele
para o terraço do prédio brincar com seu cavalinho de pau. E brinca daqui... E
brinca dali...
Enquanto
isso, no portão do prédio tinha alguém que estava olhando pra ele, o observava
como que pedindo: - Posso brincar com você também?
Sabem quem
era?
Yess... isso
mesmo o Guilherme.
Mas o Vítor
fingia que não o estava vendo e continuou a brincar sozinho com seu cavalinho.
E lá estava
ele: brincando daqui, brincando dali... até que... CRASH!
Sabem o que
aconteceu? Pois é, Vítor correndo com o cavalinho, pisou num buraco, se
desequilibrou e cataplof no chão.
Nisso o Guilherme,
que viu tudinho, chega correndo e pergunta:
- Quer que o
ajude, Vítor? Você machucou?
- Não precisa!
- falou Vítor envergonhado de ter caído e mais que isso; de ver como o
Guilherme era tão bonzinho.
Mas, quando
ele quis se levantar... Ai! Ai que dor ele sentiu! Parecia que tinha quebrado a
perna.
Aí Guilherme
o segurou pelo ombro, ajudando-o a se levantar e foram abraçados até o
apartamento do Vítor, para que o mesmo pudesse ser medicado.
Quando os
viu chegar, D. Helena correu e perguntou:
- Que
aconteceu?
- Vítor
caiu, D. Helena, e parece que machucou bem o joelho – respondeu Guilherme.
A mãe de
Vítor voltou a falar:
- Bem, vamos
então ver isso e fazer um curativo neste machucado. E muito obrigada,
Guilherme, por você ter ajudado o Vítor.
Vítor estava
com uma vergonha danada. Ele havia sido maldoso com o Guilherme e Guilherme o
havia perdoado e ajudado.
Aí aconteceu
uma coisa muito bonita.
Vítor abraçou
Guilherme e disse:
- Olha,
Guilherme, eu não fui legal com você e, mesmo assim, você me perdoou e ajudou.
Agora eu quero lhe pedir desculpas de verdade! E você quer ser meu amigo ainda?
Guilherme
sorriu e respondeu:
- Claro,
Vítor, eu perdoo você e podemos ser grandes amigos!
E Vítor, com
o coração mais levinho, prometeu a ele mesmo que seria um menino mais feliz e
alegre e que, assim como o Guilherme, iria saber sempre perdoar.
Fonte: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação
e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
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