Era uma vez
uma cadela de pelos pretos, aveludados, que ganhara três cachorrinhos: um
branquinho, o Totó, um com manchas no corpo, o Bolinha e um todo pretinho como
a mãe, o Caquinho.
Certo dia,
quando os três já estavam bem grandinhos, mamãe deixou-os dar um passeio pela
redondeza. Estava certa de que iriam se portar bem, com educação; só tinha
dúvidas com o Caquinho, ficando receosa de que ele se comportasse mal.
Iam os três,
estrada a fora, quando reconheceram o Paulinho, um garoto que morava na mesma
rua que os cachorrinhos; educadamente, sacudiram os rabinhos, demonstrando
alegria. Todos não, porque o Caquinho, enquanto os outros se mostravam
contentes, começou a latir, estranhando o menino, chegando até a mostrar os dentes.
Paulinho fez uma festinha em cada um, menos no Caquinho, que não deixou.
Continuando
o passeio, chegaram à casa de dona Augusta, que ofereceu a todos uma tigela de
leite; só o Caquinho não aceitou, e não querendo beber o leite, bateu com as
patinhas virando a tigela e derrubando tudo.
Quando o
marido de dona Augusta se aproximou, Totó e Bolinha deram pulinhos, mas
Caquinho saiu correndo; foi até a sala e querendo ver o que estava em cima da
mesa, puxou a toalha com os dentes... e lá se foi em pedaços uma linda jarra.
Por isso, o
Sr. Francisco ficou encantado com a graça dos dois e aborrecido com Caquinho,
que voltou chorando para casa.
Caquinho, chorando,
encostava-se na mamãe, como se estivesse reclamando dos maus tratos que recebera.
Mamãe, vendo
que o filhinho voltara sozinho, sem os irmãos, sentiu que algo acontecera. E
lambendo o filho e latindo baixinho, na linguagem dos cachorros, perguntou se
ele se comportou com educação e respeito para com todos, seguindo o exemplo dos
irmãos.
Caquinho silenciou
e a mamãe percebeu e se entristeceu.
Mas, calculem
só a alegria da mamãe, quando, no dia seguinte, encontrou os três reunidos,
todos com o rabinho em pé.
Todos? O
Caquinho Também?
Sim, o Caquinho
também! Ele não aprendera com mamãe a tratar a todos com educação, mas depois
que viu que ninguém ligava mais para ele, resolveu modificar seu comportamento.
E, agora
sim! Mamãe estava satisfeita! ... Feliz!
Fonte: CVDEE
- Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
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