Não esperes por fortuna
Para ajudar a quem chora,
Estende o apoio da hora,
Que possas movimentar;
Para o irmão que necessita
Migalha do que te reste
É bênção que se reveste
De regozijo invulgar.
Talvez não saibas ainda
Que a criança desvalida
Sem proteção para a vida
Não conhece estrada sã;
Da cabeça pequenina
Cuja dor ninguém pressente
Pode nascer facilmente
O malfeitor de amanhã.
Muitos amigos alegam,
Seguindo estranha cartilha
Que amparo aos outros humilha
Sem justo apoio a ninguém;
Mas ignoram que olvido
Às dores da vida alheia
É mal que surge e se alteia
Ferindo a força do bem.
Apoia, ajuda, perdoa...
Na Providência Divina,
A caridade é vacina
Contra revolta e rancor;
Uma prece, uma esperança,
Um pão pobre e pequenino
São sempre tijolo e ensino
Erguendo o Reino do Amor.
Autora: Maria Dolores
Fonte da imagem: Internet Google.
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