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domingo, 15 de março de 2009

Curso Básico de Espiritismo 1º ano, terça, 17.03.2009 no Expedição Caridade
21ª aula: Intervenção dos Espiritos no Mundo Corpóreo.
a) Afeição dos Espiritos por Certas Pessoas - Anjos da guarda - Espiritos Protetores, Familiares e Simpaticos
b) Pressentimentos
c) Missão dos Espiritas
Jesus no Lar, lição 40: O Venenoso Antagonista
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Palestra nesta quarta feira 18.03.2009 no Expedição Caridade
POESIA

Alguém

Auta de Souza


Alguém te bate à porta, dia a dia,

Esmolando-te amor, oculto embora

Nas agruras e chagas de quem chora

Entre a grande aflição e a noite fria...



Medita e ouvi-lo-ás chamando agora

Na miséria cansada que te espia,

Nos herdeiros da sombra e da agonia,

Que se arrastam gemendo estrada afora...



Alguém te segue os passos, de mansinho,

Junto às trevas e às dores do caminho,

Anotando o que fazes por vence-las;



Esse Alguém é Jesus que, em toda idade,

Arrecada os teus gestos de bondade

No Tesouro Divino das Estrelas.



Psicografia Chico Xavier - Livro: Poetas Redivivos - Espíritos Diversos

PRECE

EU TENHO A TI !

Jesus! Meus dias, a partir de hoje, raiarão floridos, porque eu tenho a Ti!
Não mais as lágrimas, não mais a dor, não mais as queixas, não mais as manhãs cinzentas, porque eu tenho a Ti!
Hoje, eu prometo ser diferente, mais confiante, valente, guerreiro de minha própria causa, destemido, ardente, como Tu mesmo o fostes; assim serei!...
Hoje, para começar, quero olhar para vida sem medo de receber chacotas, críticas, desprezo, ironias, maus tratos e palavras frias, vou olhar a face da hipocrisia sem me abalar, sem sofrer, pois que me importam as decepções da estrada, as pedradas, as desilusões, se eu tenho a Ti?
Junto ao Teu peito nunca mais serei pequeno! Serei grande, forte, arrojado, dono e senhor de mim mesmo, capacitado a me impor com nobreza, a participar, a seguir em frente, a fazer brilhar minha própria luz, a criar, porque eu tenho a Ti!
Se me amam menos, que importância tem? Se o que faço não conta, que importância tem? Importa é que sigo contigo, seguro, e aprendo em teus olhos que o que importa é que Tu me amas e que eu tenho a Ti!
Quando chegar a noite, Jesus, e ao deitar-me, quero te agradecer, feliz, por ter estado contigo, ter me resguardado, ter amado, perdoado e ganho assim o meu dia, ao teu lado! Quero adormecer em paz qual criança pequena que nada teme quando em colo amigo, assim serei contigo, hoje e sempre, porque tenho a Ti!

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 03.02.2003*

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BREVE MEDITAÇÃO SOBRE O TEMA

"Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou!... E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou!... Eu vim como Luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas! Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e, sim, para salvá-lo!... Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia!... Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai que me enviou, este tem me prescrito o que dizer e o que anunciar...
E sei que o seu mandamento é a vida eterna! As coisas, pois, que eu falo, como o Pai me tem dito, assim falo."
(O Resumo do Ensino de Jesus, João 12, vs. 44-50)

PALAVRAS DE VIDA ETERNA

33 - ACALMA-TE


Emmanuel
“A Deus tudo é possível...”


Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas.

Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança.

A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças tranqüilas.

O fruto que te nutre representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa.

Cada dia que se levanta é convite de Deus para que lhe atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor.

Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano.

Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz.

Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de sacrifício.

Decerto, encontrarás ainda hoje, corações envenenados que destilam irritação e desgosto, medo e fel.

Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com a tua paz.

Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão...

É da Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído, sem violência.

Recorda-te que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra-se e passa...

Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera..

Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.


Psicografado por Francisco Cândido Xavier, Livro Palavras de Vida Eterna

HISTORIA

31 - A RAZÃO DA DOR

Neio Lúcio

Raquel, antiga servidora da residência de Cusa, ergueu a voz para indagar do Mestre por que motivo a dor se convertia em aflição nos caminhos do mundo.

Não era o homem criação de Deus? Não dispõe a criatura do abençoado concurso dos anjos? Não vela o Céu sobre os destinos da Humanidade? Jesus fitou na interlocutora o olhar firme e considerou: — A razão da dor humana procede da proteção divina.

Os povos são famílias de Deus que, à maneira de grandes rebanhos, são chamados ao Aprisco do Alto.

A Terra é o caminho.

A luta que ensina e edifica é a marcha.

O sofrimento é sempre o aguilhão que desperta as ovelhas distraídas à margem da senda verdadeira.

Alguns instantes se escoaram mudos e o Mestre voltou a ponderar: — O excesso de poder favorece o abuso, a demasia de conforto, não raro, traz o relaxamento, e o pão que se amontoa, de sobra, costuma servir de pasto aos vermes que se alegram no mofo...

Reparando, porém, que a assembléia de amigos lhe reclamava explicação mais ampla, elucidou fraternalmente:

— Um anjo, por ordem do Eterno Pai, tomou à própria conta um homem comum, desde o nascimento.

Ensinou-lhe a alimentar-se, a mover os membros e os músculos, a sorrir, a repousar e a asilar-se nos braços maternos.

Sem afastar-se do protegido, dia e noite, deu-lhe as primeiras lições da palavra e, em seguida, orientou-lhe os impulsos novos, favorecendo-lhe o ensejo de aprender a raciocinar, a ler, a escrever e a contar.

Afastava-o, hora a hora, de influências perniciosas ou mortíferas de Espíritos infelizes que o arrebatariam, por certo para o sorvedouro da morte.

Soprando-lhe ao pensamento idéias iluminadas aos clarões do Infinito Bem, através de mil modos de socorro imperceptível, garantiu-lhe a saúde e o equilíbrio do corpo.

Dava-lhe medicamentos invisíveis, por intermédio do ar e da água, da vestimenta e das plantas.

Vezes sem conta, salvou-o do erro, do crime e dos males sem remédio que atormentam os pecadores.

Ao amanhecer, o Pajem Celestial acorria, atento, preparando-lhe dia calmo e proveitoso, defendendo-lhe a respiração, a alimentação e o pensamento, vigiando-lhe os passos, com amor, para melhor preservar-lhe os dons; ao anoitecer, postava-se-lhe à cabeceira, amparando- lhe o corpo contra o ataque de gênios infernais, aguardando-o, com maternal cuidado, para as doces instruções espirituais nos momentos de sono.

No transcurso da vida, guiou-lhe os ideais, auxiliou-o a selecionar as emoções e a situar-se em trabalho digno e respeitável; clareou- lhe o cérebro jovem, insuflou-lhe entusiasmo santo, rumo à vida superior, e estimulou-o a formar um reino de santificação e serviço, progresso e aperfeiçoamento, num lar...

O homem, todavia, que nunca se lembrara de agradecer as bênçãos que o cercavam, fez-se orgulhoso e cruel, diante dos interesses alheios.

Ele, que retinha tamanhas graças do Céu, jamais se animou a estendê-las na Terra e passou simplesmente a humilhar os outros com a glória de que fora revestido por seu devotado e invisível benfeitor.

Quando experimentou o primeiro desgosto, que ele mesmo provocou menosprezando a lei do amor universal, que determina a fraternidade e o respeito aos semelhantes, gesticulou, revoltado, contra o Céu, acusando o Supremo Senhor de injusto e indiferente.

Aflito, o anjo guardião procurava levantar-lhe o ideal de bondade, quando um Anjo Maior se aproximou dele e ordenou que o primeiro dissabor do tutelado endurecido por excesso de regalias se convertesse em aflição.

Rolando, mentalmente, de aflição em aflição, o homem começou a recolher os valores da paciência, da humildade, do amor e da paz com todos, fazendo-se, então, precioso colaborador do Pai, na Criação.

Finda a historieta, esperou Jesus que Raquel expusesse alguma dúvida, mas emudecendo a servidora, dominada pela meditação que os ensinamentos da noite lhe sugeriam, o culto da Boa Nova foi encerrado com ardente oração de júbilo indefinível.

Do Livro Jesus no Lar - Francisco C. Xavier

O EVANGELHO

Cap. 11 - Amar o Próximo Como a Si Mesmo

III - A Fé e a Caridade
UM ESPÍRITO PROTETOR
Cracóvia, 1861

13 – Eu vos disse recentemente, meus queridos filhos, que a caridade sem a fé não seria suficiente para manter entre os homens uma ordem social de fazê-los felizes. Devia ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Podereis encontrar, é verdade, impulsos generosos entre as pessoas sem religião. Mas essa caridade austera, que só pode ser exercida pela abnegação, pelo sacrifício constante de todo o interesse egoísta, nada a não ser a fé poderá inspirá-la, porque nada além dela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida.
Sim, meus filhos, é inútil querer o homem, ávido de prazeres, iludir-se quanto ao seu destino terreno, pretendendo que lhe seja permitido ocupar-se apenas da sua felicidade. Certo que Deus nos criou para sermos felizes na eternidade, mas a vida terrena deve servir unicamente para o nosso aperfeiçoamento moral, o qual se conquista mais facilmente com a ajuda do corpo e do mundo material. Sem contar as vicissitudes comuns da vida, a diversidade de vossos gostos, de vossas tendências, de vossas necessidades, são também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Porque somente a custa de concessões e de sacrifícios mútuos, é que podeis manter a harmonia entre elementos tão diversos.
Tendes razão, entretanto, ao afirmar que a felicidade está reservada ao homem neste mundo, se a procurardes antes na prática do bem do que nos prazeres materiais. A história da cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com alegria para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para ser cristão já não se precisa enfrentar a fogueira do mártir, nem o sacrifício da vida, mas única e simplesmente o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e fordes sustentados pela fé.

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