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sábado, 6 de junho de 2009


CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO
Terça feira, 09.06.2009
7ª aula: Lei da Destruição
a) Destruição Necessária e Abusiva - Flagelos Destruidores
b) Guerras - Assassínio - Crueldade - Pena de Morte
c) Não Vim Trazer a Paz, Porém a Divisão
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PALESTRA NO EXPEDIÇÃO CARIDADE
Quarta feira, 10.06.2009 às 19:oo horas

PARA REFLETIR

Certezas e Dúvidas

Fernando Pessoa, o poeta português, escreveu em um dos seus livros: "Quanto mais medito na capacidade que temos de nos enganar, mais se esvai entre os dedos lassos, a areia fina das certezas desfeitas".

Quantas vezes nos surpreendemos ao constatar que determinados fatos não se deram ou não aconteceram exatamente da forma como os lembramos. É como se em nossas mentes houvesse um caldeirão onde as nossas lembranças se misturam e, quando algumas vêm à tona, nem sempre são as verdadeiras; muitas vezes juntamos idéias ou fatos diferentes em um só acontecimento.

Mais grave ainda são as nossas certezas resultantes das nossas interpretações, das nossas conclusões, partindo de premissas falsas, que nos parecem verdadeiras, estamos convictos, certos apenas porque os raciocínios elaborados estão corretos.

Quantas vezes dizemos: "Mas, como não percebi tal coisa!", "Que burrice a minha!"
Jorge Luís Borges, escritor argentino, escreveu: "Talvez haja inimigos de minhas opiniões, mas eu mesmo, se espero um pouco, posso ser também inimigo de minhas opiniões".

Este pensamento evidencia bem as mudanças de opiniões que fazemos no decorrer de nossa existência.
Conceitos, valores, idéias, atitudes que nos parecem tão verdadeiros, tão corretos, num dado momento, não mais nos satisfazem: mudanças no entendimento, na interpretação.

Se analisarmo-nos com objetividade, percebemos o quanto mudamos em nossa maneira de sentir, de perceber, de reagir.
Por quê isto acontece? Por quê somos hoje contra idéias, opiniões que aceitamos ou defendemos no passado?

A nosso ver, essas experiências vividas por quaisquer pessoas nos mostram que somos seres em desenvolvimento, em processo de auto-educação. O homem não é obra acabada. Está se desenvolvendo durante suas existências na Terra e nos planos espirituais, nos intervalos das mesmas. Para isso, Deus nos fez perfectíveis e, enquanto não atingirmos um grau evolutivo que não mais nos permita enganos e erros, vamos mudando nossos sentimentos, nossas percepções, nossas idéias e comportamentos.

Assim, estamos sujeitos a erros e equívocos, dos quais devemos ressaltar as lições, aprendê-las para continuarmos nosso desenvolvimento.
Essa possibilidade de sempre o homem poder mudar-se, transformar-se é não só correta e normal, como sobretudo, necessária. Pobre da pessoa que diz: "Eu sou assim, serei sempre assim!"

Outro raciocínio que podemos fazer sobre esses dois pensamentos é que nossos enganos e equívocos constantes nos devem indicar a necessidade de sermos mais cautelosos em nossas certezas, em nossas verdades para não cairmos na radicalização ou na teimosia.
Mas, não podemos, então, ter certezas na vida? Temos de estar sempre em dúvida, mesmo diante do que nos parece certo?

Se assim fora, o homem jamais poderia adquirir segurança no seu viver, na sua maneira de ser. E ninguém pode desenvolver-se, crescer, realizar-se na dúvida constante.
Nossa segurança íntima decorre dos nossos valores, dos nossos princípios filosóficos, da maneira como encaramos o existir, a nós próprios e aos outros. Precisamos, portanto, ter algumas certezas sobre as quais determinamos nossas aspirações, nossos sonhos e nossos esforços nas conquistas dos mesmos.
Na medida do seu desenvolvimento, o Espírito vai percebendo facetas da verdade e são essas verdades percebidas que lhe auxiliam no seu processo evolutivo.

Nós, espíritas aceitamos determinados princípios que norteiam nosso viver. Quando essa aceitação é fruto de estudos, de reflexão e análise, transforma-se numa convicção interna, a que Kardec chamou fé raciocinada. E uma vez que nossa inteligência e sensibilidade sejam capazes de perceber e aceitar esses princípios, eles se constituem uma verdade. Por exemplo: Continuamos sendo nós mesmos após a morte do corpo? Se estamos convictos desta verdade, não precisamos mais continuar nos questionando. Precisamos sim, continuar estudando a teoria e a prática, não mais para adquirir convicção, mas para que esta verdade se amplie, trazendo novos e melhores conhecimentos das leis divinas. Só assim vamos reforçando nossa capacidade de aprendizado, de aquisições, conquistando mais apoio, mais segurança em nosso viver cotidiano, na educação (transformação interna) de nossos sentimentos, emoções, raciocínios, tornando-nos pessoas mais equilibradas, mais seguras e mais úteis a nós e à comunidade.

Se temos a certeza de que somente o amor incondicional leva o homem à felicidade, por quê não priorizarmos o desenvolvimento desse sentimento em nós, envidando todos os esforços e utilizando todos os recursos e oportunidades que a vida na Terra nos proporciona?
Se podemos e devemos transformarmo-nos continuamente, por quê não esforçarmo-nos mais em vivenciar a verdade que conseguimos compreender e aceitar, em nosso viver cotidiano? Pensemos nisso!


Texto de Leda de Almeida Rezende Ebner



CONDUTA

Considerações sobre a sabedoria e o amor

Temos sido diariamente alertados pelos imortais da vida maior, de que necessitamos desenvolver as duas asas que nos levarão à sublimação como seres eternos da criação que somos do nosso Pai Celestial, que são: a asa do amor e a asa da sabedoria, para planarmos em esferas mais elevadas do que a que ora nos movimentamos em termos de moralidade.

Ensinam-nos eles que: “A sabedoria sem amor, é campo aberto ao materialismo, ao passo que o amor sem sabedoria, se constitui portas abertas ao fanatismo”.

A sabedoria sem o amor, é como marco no deserto escaldante, que aponta o caminho de saída ao viajante exausto, mas não lhe retira a sede do momento, ao passo que o amor sem a sabedoria poderia se transformar em água cristalina em lugar escuro, que retira a sede do viajante, mas não lhe dá o caminho de saída.

Temos pois, necessidade de amor e sabedoria em perfeito equilíbrio. Daí a necessidade de um Amor que saiba e de uma Sabedoria que ame.

Pois só com o correto equilíbrio entre o amor e a sabedoria, em igualdade de desenvolvimento, seríamos capazes de nos harmonizar com as Leis universais da criação, e para justificar esse raciocínio, verificaremos a seguir algumas ocorrências que bem nos dão uma pequena amostra de como procedemos normalmente, em decorrência da desigualdade de proporção entre a nossa maneira de saber e de amar.

Temos inteligência, mas não possuímos amor, por isso somos perversos; nossa noção de justiça não leva em conta o amor, por causa disso somos implacáveis; nossa interpretação para a diplomacia não se baseia no amor, por conta disso nos tornamos hipócritas; o êxito que alcançamos em qualquer atividade que exerçamos não considera o amor, e por essa razão somos arrogantes; a riqueza da qual desfrutamos não contém nenhuma dose de amor, é então que nos tornamos avarentos; a nossa externa docilidade não contém amor, por isso nos tornamos servis; a pobreza que nos visita não é recebida com amor, por isso nos torna orgulhosos; a autoridade que nos foi confiada não é exercida com amor, por isso nos tornamos tiranos; o trabalho desmedido a que nos entregamos não contém a dosagem equilibrada do amor, por isso nos faz gananciosos; a simplicidade que ostentamos sem a devida dosagem de amor, nos deprecia; a Lei exercida sem o equilíbrio do amor, nos escraviza; a política exercida sem a presença do amor, nos faz egoístas.

E para que bem compreendamos o valor da sabedoria exercida com amor os espíritos superiores nos esclarecem que a nossa vida “sem a bênção do amor não faz sentido”.

No Capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito de Verdade nos alerta para que observemos estes dois ensinamentos: “Espíritas amai-vos, este o primeiro ensinamento; Espírita instruí-vos este o segundo”, que não deveremos jamais negligenciar sob pena de não alcançarmos o esperado êxito na nossa passagem por este planeta que nos abriga e nos concede a grande oportunidade de crescimento e desenvolvimento tendo como roteiro para nosso triunfo os ensinamentos contidos no evangelho de Jesus Cristo.

Cabe-nos, portanto, levar em consideração que precisamos imediatamente despertar para a prática das lições que a doutrina espírita nos fornece, e fazer uso de nossa força de vontade para empreendermos o quanto antes a tão necessária modificação de comportamento, abandonando em definitivo o procedimento milenar do homem velho que sempre fomos, e buscarmos agir o quanto antes com os ensinamentos contidos nas mensagens de Jesus, se pretendemos atingir a nossa finalidade maior que é sem dúvida, o progresso do ser espiritual que somos.

Texto de José Francisco Costa Rebouças


POESIA


CANÇÃO DO TEMPO

Francisca Clotilde Barbosa Lima


Ouve a esperança que te fala ao peito :

– “Hoje é o dia

De lavrar o coração

E plantar a alegria.”



No relógio da Terra, o tempo é curto...

Estende, agora, as mãos, enquanto é cedo.

Sê mais feliz, fazendo almas felizes,

Sem repouso e sem medo.



Assevera o minuto: “faze logo.”

Diz a vida : “não temas.”

À plena luta, a chave da bondade

É solução em todos os problemas.



Não mostres rosto triste.

Toda mágoa entorpece...

Conserva no semblante o riso que há no sol

E o louvor que há na prece.



Se podes trabalhar,

Reflete na semente

Que, lançada no solo,

É o pão de tanta gente!...



Procura no perdão a paz de novo,

Não te abandones à ilusão da ira.

Desculpa, de alma limpa, tantas vezes

Quantas vezes alguém te bata ou fira.



Não te prendas a dores de passagem,

Nem a posses terrenas...

Demoras-te no mundo

Por instantes apenas.

Todo mal que pratiques

É sombra a segregar-te em cativeiro;

Mas todo bem que faças

É amor vibrando no Universo inteiro...



Hoje é o dia de ajudar e abençoar, de entender e construir,

Segundo a fé que, em ti, refulge e arde.

Amanhã, outro dia talvez diga :

– “Não prossigas além, que é muito tarde...”


Livro: “Antologia dos Imortais” - Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


CONVITE


O Amar e o Saber

Caríssimos!
Amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo. Esse foi o ensinamento principal e mais precioso que o Irmão Maior veio trazer para todos os que empunham a bandeira do Espiritismo. O amor, entretanto, não pode vir dissociado da instrução pois ela é a mola mestra de todo o progresso que o Espírito realiza.

A instrução é esse esforço contínuo que todos fazem em busca da iluminação interior. Ninguém poderá alcançá-lo se não tiver dentro de si a determinação e a disciplina para fazer do estudo sua prioridade, mesmo nesse mundo onde as ocupações cotidianas tiram quase todas as possibilidades de horas vagas.

Alertai-vos quanto à necessidade santa de instruir-vos. Nenhum dentre os que se encontram auxiliando o Mestre nesta tarefa abençoada de espargir luzes para a humanidade prescindiu desse esforço. Todos indistintamente dedicaram-se por horas, meses, anos e encarnações a fio a instruir-se intelectualmente. O homem não avança sem essa importante ferramenta. Sem alcançar o saber intelectual ele pouco pode realizar no campo do saber moral. Claro, pois é através da intelectualidade que ele poderá descobrir sua pequenez diante da criação.

Mas quantos há que ao se deparar com o “desconhecido” preferem atribuir o fato ao fantasioso ou, pior, quando defrontam-se com as “descobertas” dedicam o feito a si mesmo, orgulhoso dos dons que possui, que lhe foram dados pela misericórdia de Deus para seu adiantamento e de muitos sob sua responsabilidade neste planeta. Os homens de saber, portanto, têm uma missão de que foram incumbidos, mas frequentemente esquecem-se e se envolvem com os acenos do mundo que lhes oferece glória e satisfação pessoal.

O amor não pode ser bem compreendido sem que a criatura entre no entendimento das coisas divinas através do desenvolvimento da intelectualidade. Os que dizem amar e recusam a instrução são como flores sem cheiro em um jardim: servem apenas para enfeitar a paisagem. Não a modificam, não exigem da terra renovação, pois têm vida efêmera, logo estará morta e ninguém mais se lembrará dela. Todos os grandes homens que deixaram suas marcas na humanidade, amaram verdadeiramente seu semelhante e tinham em seu patrimônio espiritual o avanço do lado intelectual, conseguido em muitas existências pregressas.

Caros amigos, instruí-vos nesta sã doutrina que vos abre os horizontes, que vos faz melhores, que vos mostra a vida por um ponto de vista da eternidade espiritual. Agradecei a Deus, Pai bom e misericordioso, essa oportunidade bendita de reajustamento que estais tendo com a prática do amor e com o exercício disciplinado do estudo da Doutrina dos Espíritos.

Irmãos, sejais cautelosos em tudo. O estudo será para vós a redenção e terá o peso certo na hora certa, pois deixará em vós a marca dos que lutam pelo seu próprio engrandecimento e, consequentemente, pelo melhoramento dos que marcham convosco na caminhada terrena, quer familiares ou não.

Espírito: Um Espírito Protetor


PRECE


Lições de vida


Pai, em Vossa sabedoria infinita,
deixastes-nos as lições da felicidade.
Mas, nossas fraquezas, nosso orgulho
e vaidade, não nos permitem enxergá-las.
Nossos problemas, dívidas e a ganância
de acumular bens materiais afastam-nos
de Vós, de Vossas lições e de nossos
semelhantes. Conhecendo a realidade
de nossos irmãos, amando-os,
auxiliando-os, tentando sempre
pôr um sorriso em seus lábios,
uma esperança em seus corações,
estaremos sorrindo e confiando também.
Ensina-nos Pai, a ver que, tudo que fizermos
por nossos irmãos, a nós mesmos estaremos
fazendo. Pois, estaremos praticando o
Vosso amor. Pai amado dai-nos a sabedoria
e a força para fazer esta, a realidade de
nossa trajetória na Terra.
Somente seguindo Vossas lições, seremos
felizes. Senhor, que Vossa luz nos ilumine,
para que possamos ver a grandiosidade do
Vosso amor; para que saibamos entender a
bênção da reencarnação, oportunidade que
nos foi dada para progredirmos na escalada espiritual,
e um dia estarmos mais próximos a Vós.
Assim seja

Marina C. Cruz



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 6: O cristo Consolador



Advento do Espírito da Verdade
ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1860

5 – Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!”
Mas os homens ingratos se desviaram da estrada larga e reta que conduz ao Reino de meu Pai, perdendo-se nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne, porque a morte não existe, sejais socorridos, e que não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que se foram, faça-se ouvir para vos gritar: Crede e orai! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e desenvolver-se como o cedro.
Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.
Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!

ESPÍRITO DE VERDADE
Paris, 1861

6 – Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor foi consagrada no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas.
Trabalhadores, traçai o vosso sulco. Recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno aos vossos corpos, mas vossas almas não estão esquecidas: eu, o Divino Jardineiro, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso, quando a trama escapar de vossas mãos, e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis surgir e germinar em vós a minha preciosa semente. Nada se perde no Reino de nosso Pai. Vossos suores e vossas misérias formam um tesouro, que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas, e onde o mais desnudo entre vós será talvez o mais resplandecente.
Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são freqüentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.

ESPÍRITO DE VERDADE
Bordeaux, 1861

7 – Eu sou o grande médico das almas, e venho trazer-vos o remédio que vos deve curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos, e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais carregados, e sereis aliviados e consolados. Não procureis alhures a força e a consolação, porque o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do Espiritismo: escutai-o. Que a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade, sejam extirpados de vossas almas doloridas. São esses os monstros que sugam o mais puro do vosso sangue, e vos produzem chagas quase sempre mortais. Que no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis sua divina lei. Amai e orai. Sede dócil aos Espíritos do Senhor. Invocai-o do fundo do coração. Então, Ele vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e vos dizer estas boas palavras: “Eis-me aqui; venho a vós, porque me chamastes”.

ESPÍRITO DE VERDADE
Havre, 1863

8 – Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranqüilidade de espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.
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